A Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou 278 milhões de pessoas no mundo, sendo 28 milhões no Brasil, são afetadas por zumbidos no ouvido. Quando o problema se agrava, pode provocar perda de sono, depressão e ansiedade. Até agora incurável, o mal pode estar com seus dias contados.

 

Isso porque um novo tratamento desenvolvido no Centro de Pesquisa Julich, na Alemanha, que consiste em fazer o paciente ouvir determinados sons por meio de fones, pode ajudar a ligar ou desligar as células nervosas auditivas no cérebro e fazer com que elas deixem de falhar. Trata-se da Neuromodulação Acústica com Reset Coordenado.

 

O tratamento foi desenvolvido a partir de terapias que envolvem o estímulo dos neurônios por meio de uma sonda introduzida no cérebro, usadas em doenças neurológicas como a doença de Parkinson. Mas, ao contrario da técnica chamada de Estimulação Cerebral Profunda, nesta nova técnica os pacientes precisaram usar apenas um par de fones de ouvido especial durante algumas horas por dia. Tais fones emitem uma série de tons afinados com a frequência característica do tipo de zumbido que causa transtornos ao seu portador.

 

O objetivo é perturbar os padrões rítmicos de zumbido criados pelas células nervosas auditivas. Participaram desse estudo 63 pacientes, que foram divididos em dois grupos: um recebeu tratamento adequadamente e ou outro com placebo. Os pesquisadores pediram a todos eles que avaliassem a altura e o nível de perturbação causado pelo zumbido, e mediram suas ondas cerebrais.

 

Nos pacientes verdadeiramente tratados, houve significativa melhora em 12 semanas, que perdurou por dez meses. Os pacientes tratados com placebo não registraram melhora. Na Alemanha, a técnica já foi usada em mais de dois mil pacientes com resultados estimulantes.


Agência Estado

A Secretaria de Saúde (SES) do Distrito Federal criou uma equipe especial para elaborar o Plano de Eventos de Massa, com representantes das subsecretarias de Atenção à Saúde e de Vigilância à Saúde. A tarefa do grupo é propor planos de assistência pré-hospitalar e hospitalar, além de estratégias de vigilância epidemiológica e sanitária para prevenir surtos e epidemias e preparar respostas imediatas às emergências durante a Copa 2014.

 

As ações fazem parte da Câmara Temática de Saúde, criada pelo Ministério da Saúde nas 12 cidades-sede do mundial para elaborar planos e campanhas preventivas. O objetivo, segundo a SES, é não somente criar investimento específico para a Copa, mas avançar no processo de organização do Sistema Único de Saúde (SUS).

 

O plano pré-hospitalar está em fase de conclusão e inclui o mapeamento dos serviços de urgência existentes na capital federal, com a identificação das unidades de referência para o atendimento aos turistas. Também está prevista a realização de cursos de capacitação dos profissionais que atuam na assistência pré-hospitalar e hospitalar da rede urgência e emergência e da vigilância à saúde. Já o plano hospitalar deve ficar pronto até dezembro.

 

Além disso, entre as principais medidas também estão a abertura de 12 novas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em várias localidades do Distrito Federal e a construção de uma nova unidade de tratamento de vítimas de traumas no Hospital de Base, em Brasília, com 150 leitos clínicos e 50 UTIs.

 

Segundo a diretora de Urgência e Emergência da SES, Marinice Cabral Moraes, o plano está focado na organização do fluxo de atendimento. Para tanto, será criada uma nova central de regulação de urgência a partir de agosto. Atualmente, essa regulação é feita pelo Serviço de Atendimento de Urgência (Samu). "Precisamos qualificar as portas de entrada para funcionar em rede, com ênfase na classificação de risco", afirma.


Saúde.net

Desde a adolescência, a psicóloga Kátia Cruvinel Arrais, 28 anos, sente que durante alguns pesquisadora usp172012dias do mês seu rosto fica mais inchado e o cabelo, cacheado, mais liso. Ela sabia que as mudanças tinham relação com o ciclo menstrual, mas só teve certeza disso quando foi convidada a ser voluntária em uma pesquisa da USP de Ribeirão Preto (SP). Kátia descobriu que as mulheres no período fértil são consideradas mais atraentes pelos homens. “Confirmei porque me sinto tão feminina nessa época”, disse.

 

O estudo, desenvolvido pela pesquisadora colombiana Lina María Perilla Rodríguez, comprovou que as mulheres emitem sinais de fertilidade em mudanças sutis, mas perceptíveis na face. Para isso, Lina fotografou 18 mulheres entre 18 e 42 anos durante o período de ovulação – fase fértil – e de menstruação – menos fértil. Todas elas não tomavam anticoncepcional.

 

 As imagens foram apresentadas a 64 julgadores voluntários, maiores de 18 anos. O resultado apontou que 62% dos rostos fotografados na fase fértil foram escolhidos como mais atraentes, contra 38% no período infértil.

 

“Provamos que no ser humano ainda é relevante a influência biológica nas escolhas, ou seja, essas alterações permitem aos homens reconhecer a mulher mais apta a garantir o sucesso da reprodução, que em última instância é o objetivo da espécie”, explicou Lina.

 

A pesquisadora explicou que analisando os rostos mais detalhadamente, percebeu que durante o período de ovulação os lábios ficam mais volumosos e a região da bochecha mais arredondada e simétrica. “Características que podem atrair mais os homens.”

 

Anticoncepcional

Lina destaca, porém, que o uso do anticoncepcional pode influenciar nos sinais que deixam as mulheres mais atraentes. Outra etapa do estudo realizada com 18 mulheres que tomam esse tipo de medicamento regularmente não apontou diferenças significativas: 52% dos homens tiveram preferência pelos rostos fotografados na fase fértil e 48% pelos registrados no período infértil.

 

“Uma das razões é que essas mulheres não sofrem as mudanças hormonais de fase menstrual. Isso não quer dizer que basta tomar o hormônio manipulado. Não existe uma fórmula para ser mais atraente, é natural”, disse a pesquisadora.


G1

Pesquisadores do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da Universidade de São Paulo (USP), em Piracicaba, desenvolvem uma técnica que pode trazer bons resultados para o combate à dengue. Por meio de radiação, eles tornam o mosquito transmissor do vírus da doença, o Aedes aegypti, estéril.

 

Em parceria com a empresa Bioagri, que fica em Charqueada (SP), os pesquisadores jogam radiação na pupa, como é chamada a fase jovem do inseto, tornando o macho estéril. Com uma baixa dosagem de radiação gama, que tem como fonte o Cobalto 60, o inseto macho fica incapaz de fecundar a fêmea. “O macho copula com a fêmea 'normal' e ela põe os ovos, mas esses ovos não eclodem”, explica o coordenador da pesquisa, professor Valter Arthur.

 

Ao liberar massivamente os mosquitos estéreis (produzidos em laboratório) na natureza, de preferência em localidades onde a infestação é maior, os pesquisadores esperam reduzir a quantidade de machos com capacidade de copular, assim eles entrariam em competição. “A ideia é diminuir a probabilidade do macho normal cruzar com a fêmea normal”, disse.

 

Segundo Valter, a radiação no Aedes aegypti ainda tem a vantagem de se tratar de um método limpo, ao contrário de técnicas nocivas ao meio ambiente, como o uso indiscriminado de inseticidas.

 

Na primeira fase do estudo, concluída em três meses, os pesquisadores conseguiram determinar o nível de radiação para impedir a proliferação do mosquito. O próximo passo será o 'teste de compatibilidade', quando tentarão o cruzamento dos insetos. “Não adianta você liberar o inseto estéril e ele não procurar a fêmea ou a fêmea não aceitar o inseto estéril”, explica. A expectativa de Valter é que toda a pesquisa seja concluída em aproximadamente dois anos. Ele destaca que há mais de 30 anos são feitos estudos com radiação em insetos.

 

O pesquisador esclarece, porém, que a técnica não será capaz de erradicar totalmente a transmissão da doença, “apenas diminuir a um nível que não seja tão epidêmico.” Por isso, ele alerta que a prevenção à dengue deverá ser mantida. A população, segundo ele, deverá continuar eliminando os criadouros do mosquito, formados em água parada em vasos, garrafas, pneus, caixas d'água, calhas, entre outros.

 

Levantamento mais recente do Ministério da Saúde aponta 472.973 casos confirmados da doença de janeiro ao dia 4 de julho no país. No período, foram registradas 154 mortes.

 

Agência Brasil