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Um hormônio produzido pela glândula tireoide pode ter influência fundamental no desenvolvimento do câncer de próstata, de acordo com um novo estudo realizado por um grupo internacional de pesquisa liderado pela Universidade de Umeå, na Suécia, e pela Universidade Médica de Viena, na Áustria, e publicado na revista científica Molecular Cancer.

Ao bloquear um receptor desse hormônio, o crescimento de células tumorais na próstata foi inibido. O efeito foi mais potente que o do fármaco enzalutamida, usado clinicamente para tratar o câncer de próstata. O câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais frequente entre os homens e a sexta principal causa de morte por câncer no mundo. Estudos epidemiológicos estimam que um em cada oito homens será diagnosticado com câncer de próstata ao longo da vida. Quando detectado precocemente, a doença geralmente é tratada com a redução dos níveis de testosterona. Mas muitos pacientes desenvolvem resistência a esse tratamento e, consequentemente, o número de opções terapêuticas disponíveis é limitado.

A descoberta pode abrir caminhos para o tratamento de certos tipos agressivos de câncer de próstata, a longo prazo. A combinação de NH-3 e enzalutamida teve efeito sinérgico, bloqueando quase completamente o crescimento tumoral nos experimentos com animais.

Segundo o professor visitante da Universidade de Umeå e líder do estudo publicado na revista Molecular Cancer, Lukas Kenner, os resultados indicam que o receptor em questão é uma força motriz no crescimento do câncer. Substâncias que o bloqueiam podem, portanto, ser um alvo para futuros medicamentos contra o câncer de próstata.

O receptor citado é chamado de receptor beta do hormônio tireoidiano, TRβ, que se liga ao hormônio tireoidiano triiodotironina, T3. Em experimentos de laboratório, a ativação de T3 levou a um aumento acentuado no número de células cancerígenas da próstata. Mas quando o receptor TRβ foi inibido com a ajuda de uma substância ativa, NH3, houve uma grande redução no crescimento das células cancerígenas. NH3 é uma substância utilizada apenas em pesquisas para bloquear o TRβ.

Em experimentos com animais, especificamente camundongos, o efeito da substância no câncer foi confirmado. Os tumores tratados com NH-3 permaneceram menores ou progrediram significativamente mais lentamente. Em modelos de câncer de próstata resistentes à castração, isso se mostrou particularmente eficaz.

Isso significa que o tumor continua a crescer, apesar do tratamento que reduz a quantidade de testosterona. Esse hormônio sexual masculino normalmente impulsiona o crescimento desse tipo de câncer, cuja forma de tratar clinicamente é difícil atualmente.

O bloqueio do TRβ usando NH-3 funcionou levando à eliminação de um sinal específico, o sinal do receptor de andrógeno, que, de outra forma, é ativado pela testosterona e desempenha um papel central no desenvolvimento do câncer de próstata.

Níveis elevados de TRβ foram observados em amostras de tecido com tumores da próstata em comparação com o tecido saudável. Análises genéticas também mostraram que mutações em muitos pacientes com câncer de próstata alteram as vias de sinalização do hormônio tireoidiano.

Dessa forma, o bloqueio do hormônio tireoidiano e de seu receptor pode ser um alvo para pesquisas futuras visando o desenvolvimento de novos tratamentos para o câncer de próstata.

"É claro que é preciso encontrar um equilíbrio para não alterar o balanço hormonal da tireoide mais do que o necessário para combater o câncer em outra parte do corpo, e provavelmente não será uma solução para todos os tipos de câncer de próstata. Mais pesquisas precisarão responder como seria um tratamento, possivelmente em combinação com outros. Sem dúvida, essa é uma linha de pesquisa interessante", afirma Lukas Kenner.

Pesquisas anteriores mostraram que a proteína µ-cristalina (CRYM), que sequestra o T3, regula o desenvolvimento e a progressão do câncer de próstata por meio de interações com a via do receptor androgênico (AR). Mas os mecanismos moleculares dessa relação permaneciam pouco compreendidos.

G1

A cada poucos meses, uma nova “cura milagrosa” para o câncer vira tendência nas redes sociais. De superalimentos e suplementos a dietas radicais, as promessas são sempre ousadas — e quase sempre enganosas. A última afirmação sugere que um jejum de água de 21 dias pode “matar de fome” as células cancerosas e fazer com que o corpo se cure sozinho. Parece simples, até empoderador: pare de comer e seu corpo fará o resto.

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Mas a biologia raramente é tão simples assim. O câncer não é uma doença única, e o metabolismo não alterna facilmente entre “doente” e “saudável”. Embora o jejum possa afetar a forma como as nossas células utilizam energia, não há evidências científicas de que possa erradicar tumores. Na verdade, o jejum prolongado pode ser perigoso, especialmente para pessoas já enfraquecidas pelo câncer ou pelos seus tratamentos.

Embora o jejum possa influenciar o metabolismo, a imunidade, não há evidências confiáveis de que o jejum prolongado com água possa tratar ou curar o câncer.

O jejum, em suas diversas formas — desde o jejum intermitente até a restrição calórica de curto prazo —, demonstrou em estudos laboratoriais influenciar a forma como as células se reparam e gerenciam a energia. Pesquisas de 2024 mostram que o jejum suprime temporariamente a atividade das células-tronco intestinais, seguida por uma poderosa fase regenerativa assim que os alimentos são reintroduzidos. Esse rebote no crescimento das células-tronco é impulsionado por uma via conhecida como mTOR, que promove a síntese de proteínas e a proliferação celular.

Embora essa regeneração ajude na recuperação dos tecidos, ela também pode criar uma janela vulnerável na qual mutações prejudiciais podem ocorrer mais facilmente, aumentando o risco de formação de tumores. A maioria das pesquisas sobre os efeitos do jejum têm se concentrado em jejuns intermitentes ou curtos com duração entre 12 e 72 horas, e não em jejuns extremos apenas com água que se prolongam por semanas. Um jejum de água de 21 dias, como promovido em alguns círculos de bem-estar, acarreta sérios riscos. O jejum prolongado pode causar desidratação, desequilíbrios eletrolíticos, pressão arterial perigosamente baixa e perda muscular.

O câncer em si muitas vezes leva à desnutrição, e o jejum pode acelerar a perda de peso (caquexia), enfraquecer o sistema imune e aumentar a suscetibilidade a infecções. Muitos pacientes com câncer estão passando por quimioterapias que exigem nutrição adequada para manter a função dos órgãos e metabolizar os medicamentos com segurança. Combinar esses tratamentos com jejum prolongado pode amplificar a toxicidade, retardar a recuperação e piorar a fadiga.

Existem estudos clínicos em andamento e são cuidadosamente monitorados por motivos de segurança.

O jejum continua a intrigar os cientistas porque ativa mecanismos ancestrais de sobrevivência. Durante a escassez de alimentos, o corpo desencadeia processos como a autofagia, em que as células reciclam componentes danificados. Esse processo pode reduzir a inflamação e melhorar a saúde metabólica em estudos com animais.

Mas, no câncer, a história é muito mais complexa. As células cancerosas são engenhosas. Elas podem se adaptar ao jejum encontrando fontes alternativas de combustível, às vezes superando as células saudáveis sob estresse nutricional. Longos períodos sem nutrição também podem enfraquecer as células imunes que normalmente detectam e atacam tumores.

O estudo sobre o jejum de 2024 demonstra essa dualidade. O jejum pode redefinir o metabolismo, mas a realimentação ativa rapidamente vias de crescimento, como a mTOR. Em células saudáveis, isso ajuda a reparar os tecidos. Em células que já apresentam danos no DNA ou mutações precoces, pode incentivar a progressão maligna. Isso torna o jejum um fator de estresse biológico complexo, em vez de uma intervenção inofensiva ou terapêutica.

O mito da "desintoxicação” Grande parte do apelo popular do jejum vem do mito da “desintoxicação” que podem ser eliminadas. Ele se desenvolve por meio de alterações genéticas que causam o crescimento descontrolado das células. Nenhuma pesquisa demonstrou que o jejum pode eliminar células cancerosas ou reduzir tumores em seres humanos.

Estudos controlados observaram apenas alterações metabólicas de curto prazo que podem influenciar a inflamação ou a sinalização da insulina. Esses efeitos podem ajudar a reduzir os fatores de risco de longo prazo para doenças crônicas, mas não revertem o câncer depois que ele se desenvolve.

A promessa e os limites da pesquisa metabólica Existe interesse científico em como o metabolismo afeta o câncer. Pesquisadores estão explorando se a restrição calórica ou dietas cetogênicas direcionadas poderiam tornar as células tumorais mais sensíveis ao tratamento, protegendo as células saudáveis. Esses estudos ainda estão em estágios iniciais e se concentram na precisão, não na privação. Nenhum deles envolve privar o corpo de todos os nutrientes por semanas.

Afirmações sensacionalistas confundem a linha entre hipótese e prova, dando falsas esperanças a pacientes vulneráveis ao selecionar fatos, mencionando o papel do jejum na reparação celular e omitindo o detalhe crucial de que a maioria das descobertas vem de modelos animais, não de testes em humanos. Para alguém em tratamento contra o câncer, tentar um jejum extremo sem supervisão pode atrasar cuidados essenciais, piorar os efeitos colaterais ou até mesmo colocar sua vida em risco.

O jejum é um fator de estresse fisiológico. Em doses pequenas e controladas, ele pode desencadear processos adaptativos que beneficiam a saúde. Em excesso, especialmente durante uma doença, ele pode causar danos.

Um jejum de água de 21 dias não é um tratamento plausível nem seguro para o câncer. Pesquisas sobre o jejum nos ajudam a entender como as células respondem à nutrição e ao estresse, mas esse conhecimento ressalta a complexidade do jejum, em vez de apoiá-lo como terapia. Embora uma nutrição equilibrada, hidratação, atividade física regular e sono adequado possam apoiar a resiliência durante a terapia do câncer, nada substitui os tratamentos médicos projetados para atingir a biologia do tumor. O tratamento do câncer requer tratamentos direcionados e baseados em evidências, como quimioterapia, radioterapia, cirurgia e imunoterapia.

A pesquisa sobre o jejum está nos ajudando a compreender as profundas conexões entre o metabolismo e a doença, mas isso é muito diferente de curar o câncer com um copo de água e força de vontade. É compreensível que as pessoas queiram ter controle quando enfrentam algo tão assustador como o câncer. A busca por alternativas geralmente vem do medo, da frustração ou do desejo de evitar tratamentos dolorosos. Mas a esperança nunca deve se basear em informações erradas.

Por The Conversation Brasil

Foto: Adobe Stock

O coordenador da 10.ª Regional de Saúde, com sede em Floriano-PI, o servidor público Antônio José Barros, esteve nessa terça-feira, 11, em reunião com o Dr. Antônio Luiz, secretário da Secretaria Estadual da Saúde - SESAPI, e com a superintendente da SUPAT (Superintendencia de Atenção Primária em Saúde), Dra. Leila Santos.

O foco do encontro conforme Antônio José, que se deu em Teresina, foi discutir melhorias visando melhorar a representatividade e o atendimento aos municípios do território Vale dos Rios Piauí e Itaueira.

supat

Da redação

Um médico norte-americano apontou aquele que considera ser o “sinal mais precoce” de demência e da doença de Alzheimer, classificando-o como um “sintoma claro e revelador” de declínio cognitivo. Segundo o neurologista Stephen Cabral, apresentador do podcast The Cabral Concept, o indício mais evidente dessas doenças não é a perda de memória, mas a dificuldade em se orientar e a tendência a se perder com facilidade.

“O primeiro sinal de Alzheimer e demência é perder-se mais facilmente. Esse é o sintoma mais claro de que alguém pode, futuramente, desenvolver uma dessas condições cognitivas”, afirmou Cabral em um vídeo publicado nas redes sociais, citado pelo jornal Mirror.

De acordo com o especialista, esquecer nomes, compromissos ou onde se deixou as chaves é algo comum em pessoas estressadas ou com a rotina sobrecarregada. O que deve gerar preocupação, no entanto, é o momento em que a pessoa se sente desorientada, sem saber onde está ou como chegou a determinado local. “Isso é diferente de simplesmente não conseguir lembrar de algo. É um sinal de perda de referência espacial e pode indicar alterações neurológicas precoces”, explicou.

Outro sintoma que Cabral associa ao início da demência é a perda de coordenação motora e de noção espacial, como a dificuldade para estacionar o carro em linha reta. “Se alguém antes conseguia estacionar sem dificuldade e passa a ter problemas até para seguir em frente na vaga, pode ser um alerta”, acrescentou o médico.

Principais sintomas de demência

Segundo o Serviço Nacional de Saúde (NHS) do Reino Unido, os sintomas mais comuns de demência incluem:

Perda de memória;

Dificuldade para aprender novas informações;

Esquecimento frequente de objetos ou tarefas cotidianas;

Falhas ao reconhecer pessoas próximas;

Alterações de humor, apatia e perda de interesse em atividades habituais;

Dificuldade para controlar emoções e perda de empatia;

Episódios de alucinação ou criação de falsas memórias.

Em estágios mais avançados, os pacientes costumam perder a autonomia, enfrentando dificuldades para realizar tarefas simples, como se alimentar, vestir-se ou manter a higiene pessoal.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), há cerca de 47,5 milhões de pessoas com demência em todo o mundo, número que pode chegar a 75,6 milhões em 2030 e ultrapassar 135 milhões em 2050.

Alimentos que ajudam a prevenir a demência

Especialistas em neurologia ouvidos pela revista Parade destacam que uma alimentação equilibrada pode ajudar na prevenção do Alzheimer e de outras formas de demência. Entre os alimentos mais recomendados estão:

Salmão e peixes ricos em ômega-3;

Verduras e vegetais de folhas verdes;

Frutas vermelhas, especialmente mirtilos;

Fontes de proteína magra;

Aveia e grãos integrais;

Feijões e leguminosas;

Azeite de oliva extra virgem.

Como tem sido a rotina de Milton Nascimento, que recebeu diagnóstico de demência Segundo a reportagem da Revista Piauí, muitos tem deixado de visitar ou se comunicar com Milton diante da impossibilidade de tirar fotos para redes sociais ao lado do músico.

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