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Uma pausa de uma semana nas redes sociais — ou, pelo menos, um corte forte no uso — foi associada a reduções de sintomas de ansiedade, depressão e insônia em jovens adultos, segundo estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Harvard.Sublead.

redessociais

O trabalho, liderado por John Torous, professor associado da Harvard Medical School e diretor de psiquiatria digital do Beth Israel Deaconess Medical Center, acompanhou participantes nos EUA com dados do celular e questionários e foi publicado na revista científica “JAMA Network Open”.

O que o estudo encontrou Na amostra, reduzir o uso de redes sociais por sete dias foi associado a:

16,1% menos sintomas de ansiedade; 24,8% menos sintomas de depressão; 14,5% menos sintomas de insônia. Já a solidão não teve mudança significativa, um resultado que os autores apontam como possível reflexo do papel social de algumas plataformas.

Menos rede social, mas não menos celular Um achado “contraintuitivo” é que o corte nas redes não virou, necessariamente, um corte na tela: durante o detox, o tempo diário médio em redes caiu de 1,9 hora para 0,5 hora, mas o tempo total de uso do celular ficou parecido (as pessoas preencheram o tempo com outras atividades no aparelho).

Na entrevista ao Harvard Gazette, Torous resume essa ideia ao dizer que a história “real” é que, em muitos estudos, a média esconde as respostas individuais — e que um detox pode ser um instrumento “grosseiro”, que talvez precise ser personalizado.

A reação não foi igual para todo mundo Os dados sugerem que há grande heterogeneidade: algumas pessoas relatam melhora mais forte, outras quase nenhuma — e isso pode depender do estado de saúde mental de partida e do tipo de relação com as plataformas.

No artigo, os autores também indicam que os ganhos foram mais pronunciados em quem tinha sintomas depressivos mais intensos no início.

Metodologia: pontos fortes e ressalvas

Os pesquisadores recrutaram jovens de 18 a 24 anos e acompanharam 373 participantes por três semanas: duas semanas de linha de base e, depois, um detox opcional de uma semana, focado em cinco apps (Facebook, Instagram, Snapchat, TikTok e X).

Eles combinaram uso de apps reportado nas configurações do celular, sinais coletados por sensores (como tempo em casa e padrões de tela) e escalas clínicas (como PHQ-9, GAD-7 e índice de insônia). Entre os pontos fortes estão o uso de dados mais objetivos e medidas padronizadas; entre as ressalvas, o fato de o detox ser voluntário (sem randomização), a amostra ser pouco diversa (predomínio de universitárias e usuárias de iPhone) e a ausência de follow-up, o que impede afirmar por quanto tempo a melhora duraria.

O que dá (e o que não dá) para concluir O estudo reforça a hipótese de que reduzir redes sociais pode ajudar parte dos jovens — mas não sustenta a ideia de uma receita universal do tipo “delete tudo e pronto”. Os próprios autores resumem assim: reduzir o uso por uma semana foi associado a melhora em três sintomas, mas a “durabilidade” desses efeitos ainda precisa de mais estudo.

Em outras palavras: pode funcionar — mas, como quase tudo em saúde, depende de como você usa, do que você vê e de quem você é (infelizmente não dá para colocar isso em um botão de “configurações”).

G1

Foto: Hollie Adams/Reuters

A paralisia do sono é um fenômeno que mistura sensação de imobilidade com possíveis alucinações visuais, auditivas ou táteis. Em geral, ocorre ao adormecer ou ao despertar, quando a pessoa está consciente, mas não consegue se mexer ou falar. Esses episódios duram poucos segundos ou alguns minutos e, apesar de serem impactantes, costumam ser considerados benignos pela medicina do sono.

O que é paralisia do sono e como ela se manifesta? A paralisia do sono é classificada como uma parasônia, isto é, um comportamento anormal que acontece durante o sono, principalmente na transição entre o sono REM (fase em que ocorrem os sonhos mais intensos) e o estado de vigília. Nessa fase, o cérebro está muito ativo, mas o corpo permanece “desligado”, para evitar que os movimentos dos sonhos sejam reproduzidos fisicamente.

Quando há descoordenação entre cérebro e musculatura, a mente retoma a consciência antes de o corpo sair desse bloqueio motor. A pessoa percebe o ambiente, mas permanece imóvel e pode relatar dificuldade para respirar, aperto no peito ou sensação de sufocamento, embora a respiração automática continue funcionando normalmente.

Confira um vídeo no Instagram de Drauzio Varella sobre o tema:

Por que o corpo fica travado durante a paralisia do sono? O “travamento” do corpo está ligado à atonia muscular do sono REM, mecanismo em que o sistema nervoso inibe a atividade da maior parte da musculatura esquelética. Essa atonia protege contra movimentos bruscos durante os sonhos, reduzindo risco de quedas e de se machucar na cama.

Na paralisia do sono, essa atonia persiste por alguns instantes após a consciência despertar, gerando a sensação de querer se mexer ou falar e não conseguir. Fatores como privação de sono, estresse, uso de álcool ou estimulantes e histórico familiar podem tornar o sono mais fragmentado e aumentar a chance de episódios isolados ou recorrentes.

Por que muitas pessoas veem vultos e sentem presenças? Os “vultos” ou figuras observadas na paralisia do sono têm relação com a sobreposição entre sonho e realidade. A pessoa está desperta o suficiente para perceber o quarto, mas ainda sob influência de imagens típicas do sono REM, o que favorece alucinações hipnopômpicas (ao despertar) ou hipnagógicas (ao adormecer).

Nesse contexto, o cérebro continua criando imagens e sensações como se estivesse sonhando, enquanto o corpo permanece imóvel. Isso dificulta testar o que é real, reforçando a impressão de algo externo no ambiente. Em muitas culturas, essas experiências já foram associadas a lendas, espíritos ou figuras sobrenaturais, influenciando o medo e a interpretação do episódio.

Como lidar com a paralisia do sono e quando buscar ajuda médica? A maioria das pessoas apresenta episódios esporádicos, que tendem a diminuir com o tempo. Adotar medidas simples de higiene do sono pode reduzir a frequência e a intensidade da paralisia, além de melhorar a qualidade global do descanso. Abaixo estão orientações práticas frequentemente recomendadas por especialistas:

Manter horários regulares para dormir e acordar, inclusive nos finais de semana. Evitar telas luminosas (celular, computador, TV) próximo da hora de dormir. Reduzir consumo de cafeína, nicotina e álcool no período noturno. Criar um ambiente confortável, escuro e silencioso no quarto. Praticar técnicas de relaxamento, como respiração profunda ou alongamentos leves.

É importante procurar um profissional especializado em medicina do sono ou neurologia quando houver episódios muito frequentes, medo intenso de dormir, sonolência excessiva diurna ou sintomas como ataques repentinos de sono e perda súbita de força ao sentir emoções fortes. Nesses casos, pode existir associação com quadros como narcolepsia ou outros distúrbios que exigem investigação e tratamento adequados.

Catraca Livre

 

A pressão alta, ou hipertensão, é uma doença que ataca os vasos sanguíneos e pode comprometer o funcionamento de vários órgãos, como coração, cérebro e rins. Aliás, sem o diagnóstico e tratamento adequados, a condição pode ser fatal.

pressaoalta

Ao aferir a pressão arterial, o ideal é que os marcadores fiquem próximos de 120 por 80 mmHg. No entanto, quando o número é igual ou maior do que 140 por 90 mmHg, considera-se que o paciente está com a pressão alta.

E o grande problema é que a hipertensão não costuma provocar grandes sintomas. Segundo o Dr. Celso Amodeo, cardiologista do sono e especialista em hipertensão arterial do Hcor, chamamos a doença de ‘inimigo silencioso’ porque ela provoca danos no organismo sem dar sinais.

“São cerca de 300 mil mortes registradas por ano no Brasil devido às doenças no coração e cérebro, segundo o Ministério da Saúde. Por conta desses quadros, podemos certificar que 80% dos óbitos por acidente vascular cerebral (AVC) e 60% dos infartos agudos do miocárdio foram causados pela pressão arterial elevada”, revela o cardiologista

9 dicas para prevenir a pressão alta Pensando nos altos riscos, o Dr. Amodeo ensina 9 maneiras de evitar o desenvolvimento da hipertensão. Confira:

Manter uma alimentação saudável e equilibrada;

Consumir pouco sal;

Praticar exercícios físicos;

Não fumar;

Reduzir a ingestão de bebidas alcoólicas;

Ter uma boa qualidade de sono;

Usar anti-inflamatórios não hormonais apenas com prescrição médica;

Fugir de pílulas anticoncepcionais;

Evitar sprays nasais com vasoconstritores.

Diagnóstico

Mas, mesmo seguindo à risca todas essas recomendações, ainda é possível que, por algum outro motivo, o seu organismo desenvolva uma hipertensão arterial. Por isso, as consultas médicas e a realização de exames são fundamentais para identificar um possível problema ainda no início e aumentar as chances de reverter o quadro.

“Temos casos de hipertensão noturna, durante o sono, que também trazem um risco cardiovascular aumentado aos pacientes, mesmo quando a pressão arterial de vigília está dentro dos valores aceitáveis. Devido às diversas causas da pressão alta, a conduta é baseada em múltiplos medicamentos que agem em diferentes sistemas do organismo”, finaliza o Dr. Amodeo.

Saúde em Dia

O Brasil recebeu, nesta quinta-feira (18), a certificação da Organização Pan-Americana da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) que reconhece a eliminação da transmissão vertical do HIV - quando o vírus passa da mãe para o bebê - como problema de saúde pública. A entrega do certificado foi feita ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

certificação

Com isso, Brasil se consolida como o único país de dimensão continental a alcançar esse marco.

Critérios cumpridos para obtenção do selo Para obter a certificação, o país manteve a taxa de transmissão vertical abaixo de 2% e a incidência da infecção em crianças inferior a 0,5 caso por mil nascidos vivos, cumprindo os critérios estabelecidos pela OMS. O Brasil também alcançou mais de 95% de cobertura em pré-natal, testagem para HIV e oferta de tratamento às gestantes que vivem com o vírus.

De acordo com o Ministério da Saúde, esses indicadores demonstram que o país interrompeu de forma sustentada a infecção de bebês durante a gestação, o parto ou a amamentação.

O processo de certificação começou em junho de 2025, com o envio de um relatório técnico à OPAS/OMS. No documento, o Brasil apresentou avanços consistentes na redução da transmissão vertical do HIV e no fortalecimento da resposta materno-infantil à epidemia.

Mortes por aids caem e chegam ao menor patamar em décadas Além do reconhecimento internacional, os dados mais recentes mostram queda no número de mortes por aids. Entre 2023 e 2024, os óbitos diminuíram 13%, passando de mais de 10 mil para 9,1 mil — a menor taxa em mais de três décadas.

A redução é atribuída à ampliação da testagem, ao início precoce do tratamento antirretroviral e às estratégias de prevenção combinada, como PrEP, PEP, exames rápidos e autotestes.

Reconhecimento da OPAS/OMS destaca papel do SUS Para a OPAS/OMS, a certificação representa uma conquista para o Brasil e para a região das Américas. “O Brasil é o primeiro país continental a conquistar a interrupção da transmissão vertical do HIV. Esse reconhecimento é fruto de anos de trabalho dos estados e municípios, da liderança do Ministério da Saúde e da fortaleza do SUS”, afirmou o diretor da organização, Jarbas Barbosa.

O ministro da Saúde classificou o reconhecimento como um marco histórico, quatro décadas após o primeiro registro de aids no país. “O Brasil é o maior país do mundo a eliminar a transmissão vertical do HIV. Esse avanço reflete uma construção coletiva que consolidou o acesso gratuito à terapia antirretroviral e às estratégias modernas de prevenção”, disse Padilha.

Durante a cerimônia, o presidente Lula destacou o papel do Sistema Único de Saúde (SUS) no enfrentamento da epidemia. Segundo ele, o sistema público brasileiro se fortaleceu ao longo dos anos e hoje é motivo de orgulho nacional e internacional.

A eliminação da transmissão vertical do HIV integra as metas do Programa Brasil Saudável, iniciativa do governo federal voltada à promoção da saúde, à redução das desigualdades e ao enfrentamento das principais causas de adoecimento no país.

De acordo com o Ministério da Saúde, o reconhecimento é resultado da ampliação do acesso gratuito às terapias antirretrovirais e da adoção de estratégias modernas, seguras e eficazes de prevenção.

G1

Foto: Adobe Stock