Pesquisadores dos Estados Unidos descobriram que um suplemento da vitamina K3, conhecido como menadiona, pode retardar a progressão do câncer de próstata.

O estudo preliminar, realizado em camundongos, oferece novas perspectivas para o tratamento futuro dessa doença.

Como a vitamina K3 atua contra o câncer de próstata? A menadiona atua confundindo as células cancerígenas, impedindo que reconheçam adequadamente as substâncias que chegam até elas.

O estudo foi conduzido por uma equipe liderada pelo professor Lloyd Trotman, do Cold Spring Harbor Laboratory (CSHL), um renomado centro de pesquisa nos Estados Unidos. Trotman e seus colegas descobriram que a menadiona ataca um lipídio essencial para as células do câncer de próstata, chamado PI(3)P. Sem ele, as células perdem a capacidade de gerenciar seus processos internos e acabam se destruindo.

Isso fez com que a progressão do câncer diminuísse nos camundongos. “É como um aeroporto. Se todos os aviões que entram perderem sua identificação imediatamente, ninguém sabe para onde eles devem ir em seguida. Aeronaves novas continuam chegando, e o centro de transporte começa a inchar. Isso, em última análise, leva ao estouro da célula”, explicou.

Os pesquisadores acreditam que o modelo do estudo pode ser replicado em humanos. O público-alvo seriam homens que fizeram biópsias e têm uma forma precoce da doença diagnosticada.

A menadiona tem outras aplicações médicas? Ao estudar a menadiona, os cientistas observaram que a vitamina também pode ser eficaz contra a miopatia miotubular, uma doença genética congênita incurável que impede o crescimento muscular de crianças.

Os pacientes com a condição raramente vivem além da primeira infância. Ao acabar com o PI(3)P com menadiona, eles conseguiram dobrar a expectativa de vida de camundongos com a condição. Se os mesmos benefícios forem vistos em humanos, isso pode significar maior longevidade das crianças diagnosticadas com miopatia miotubular.

Embora os resultados sejam promissores, é importante ressaltar que os estudos ainda estão em fase inicial e foram realizados em modelos animais. São necessárias mais pesquisas para confirmar a eficácia e a segurança da menadiona no tratamento do câncer de próstata e de outras condições em humanos.

Catraca Livre

O número de brasileiros adultos com IMC (Índice de Massa Corporal) elevado pode atingir 119 milhões até 2030, segundo projeções publicadas pela Federação Mundial da Obesidade. O estudo indica que 68% da população adulta no Brasil poderá apresentar IMC acima de 25 kg/m² – considerado sobrepeso –, e uma parcela significativa superará os 30 kg/m², faixa que caracteriza a obesidade.

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De acordo com os dados, a quantidade de homens com IMC alto pode subir de 38,5 milhões em 2015 para 55,8 milhões em 2030. Entre as mulheres, o crescimento projetado é de 41,4 milhões para 63,3 milhões no mesmo período. O estudo não traz projeções para um cenário em que políticas públicas efetivas sejam implementadas.

O estudo reforça a obesidade como um dos principais fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, derrames e alguns tipos de câncer.

Em 2021, o Brasil registrou 60.913 mortes prematuras atribuídas a essas condições relacionadas ao IMC elevado. Globalmente, mais de 1 bilhão de pessoas vivem com obesidade, número que pode ultrapassar 1,5 bilhão em cinco anos caso medidas preventivas não sejam adotadas.

O levantamento aponta que o Brasil está entre os 17 países com mais políticas voltadas ao combate à obesidade, incluindo diretrizes para controle do IMC, inatividade física e doenças crônicas na atenção primária. No entanto, o consumo de bebidas adoçadas ainda é elevado – variando entre 1 e 2,5 litros por semana por pessoa –, e a taxa de adultos que não praticam atividade física suficiente permanece entre 40% e 50%.Taxação de bebidas adoçadas e alimentos ultraprocessados; Subsídios para alimentos saudáveis; Restrições à publicidade de alimentos para crianças; Incentivos à prática de atividade física; Apoio do sistema de saúde no tratamento da obesidade. O estudo aponta que dois terços dos países avaliados não têm nenhuma ou possuem apenas uma dessas políticas implementadas. Apenas 7% das nações possuem sistemas de saúde preparados para lidar com a obesidade, sendo que a situação é mais crítica em países de baixa e média renda.

Em comparação global, apenas um país (Tonga) apresentou alto nível de prontidão para enfrentar o problema, enquanto México, Índia, Reino Unido, Finlândia e Malásia demonstraram preparo moderado. Por outro lado, 67 nações não conseguiram cumprir sequer um dos critérios de estruturação para combate à obesidade. A Federação Mundial da Obesidade analisou a adoção de cinco políticas-chave para combater o problema:

Além do Atlas Mundial da Obesidade, um estudo apresentado em 2024 no ICO (Congresso Internacional sobre Obesidade) indicou que, até 2044, 48% dos adultos brasileiros poderão atingir a obesidade, enquanto outros 27% estarão com sobrepeso. Se essa projeção se concretizar, o Brasil terá cerca de 130 milhões de adultos com IMC elevado, sendo 83 milhões com obesidade e 47 milhões com sobrepeso.

O presidente da Federação Mundial da Obesidade, Simon Barquera, comparou o impacto da condição ao de acidentes de trânsito, ressaltando que os governos precisam agir com mais rigor. “Ficaríamos horrorizados se um país não tivesse uma política para reduzir fatalidades nas estradas, mas muitos governos em todo o mundo não têm um plano sério para reduzir a morte e a doença causadas pela obesidade”, afirmou.

Estudos e especialistas alertam que a obesidade não é apenas resultado de escolhas individuais, mas também reflete fatores estruturais, como alimentação inadequada e dificuldades de acesso a espaços para a prática de atividade física.

R7

Foto: Divulgação/Sec. de Estado de Saúde - RJ/Arquivo

O calendário vacinal organizado pela pasta da Saúde está datado para iniciar nessa terça-feira, 22, e deve se estender até a próxima semana.

Conforme informações, todos os profissionais da Saúde, de uma forma ou de outra, estão imbuídos na programação. Veja:

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Da redação

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou nesta quarta-feira (16) uma proposta que obriga as farmácias a reterem receitas médicas no momento da venda de Ozempic e Wegovy, medicamentos usados em tratamento contra obesidade e diabetes.

Apesar de serem considerados remédios de tarja vermelha, o consumidor conseguia comprar os remédios sem prescrição médica. Com a nova regra, os farmacêuticos ficarão com o documento no ato da compra, visando um controle maior na comercialização dos produtos.

A aprovação da nova regra ocorreu durante reunião da Diretoria Colegiada da Anvisa. O tema tinha sido retirado de pauta no mês passado após o pedido de vista do diretor substituto do órgão, Rômison Mota. Na ocasião, ele ressaltou que o adiamento aconteceu devido a novas informações sobre os medicamentos em reuniões com fabricantes.

Na pauta desta quarta, Mota levou em consideração a análise da Gimed (Gerência de Inspeção e Fiscalização Sanitária de Medicamentos e Insumos Farmacêuticos), que identificou um número elevado de notificações de uso desses medicamentos fora da indicação aprovada, além da comercialização indevida de farmácias.

56% de brasileiros utilizam Ozempic para perda de peso Pesquisa do Instituto Datafolha realizada com 812 entrevistados em fevereiro de 2025 mostrou que 45% dos usuários de remédios como Ozempic já compraram esses medicamentos sem prescrição médica. Do percentual, 73% revelaram que não tiveram orientação médica, enquanto 25% passaram por algum profissional.

O levantamento também mostrou que 56% dos entrevistados utilizam o medicamento para perda de peso, sendo que desse percentual, 37% possuem IMC (Índice de Massa Corporal) considerado normal.

Medicamento pode causar efeitos colaterais O Ozempic ajuda a controlar o níveis de açúcar no sangue para pessoas com diabetes. Além disso, o medicamento em forma de caneta auxilia no emagrecimento ao aumentar a saciedade e reduzir a preferência por alimentos gordurosos ou doces.

Contudo, o medicamento pode causar efeitos colaterais intestinais, como prisão de ventre, náusea e vômito, que devem ser gerenciados sob orientação médica.

R7