A campanha Novembro Azul, que visa combater o trânsito de próstata, tem como um dos focos conscientizar os homens sobre a importância da prevenção do câncer, o segundo tipo dessa doença mais comum entre os brasileiros, atrás apenas do câncer de pele não melanoma.
De 2023 a 2025, esperam-se nada menos de 71,7 mil casos por ano. Realmente, um problema de saúde pública: o tumor maligno da próstata é a segunda maior causa de óbito por câncer entre homens.
O câncer de próstata é normalmente silencioso e, por isso, nem sempre é diagnosticado de forma precoce. No ano que vem, a doença deverá atingir 71 mil homens no país, mais da metade deles moradores da Região Sudeste, que irá registrar 34.470 casos, segundo dados do Inca. Para que a descoberta do tumor - cuja prevenção é lembrada pela campanha Novembro Azul, seja feita precocemente, elevando as chances de cura para 90%-, é preciso tomar alguns cuidados, alerta o professor e coordenador de Urologia da Faculdade de Medicina da Unig, Sessin Akl Gajar.
Numa entrevista exclusiva ao Piauí Noticias, o urologista Dr. Hugo Coelho, repassou mais informações importantes sobre o mês e os cuidados que essa classe deve ter para se prevenir a doença.
A Linha de Cuidado do Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) no Piauí é fundamental para salvar vidas e melhorar a qualidade de vida da população. Desde setembro de 2022, quando foi implantada, mais de 3.200 atendimentos foram feitos e 487 trombólises realizadas. Os dados foram apresentados durante o I Fórum Multiprofissional da Linha de Cuidado do Infarto Agudo do Miocárdio no Piauí, realizado nesta quarta-feira (6), pela Secretaria de Estado da Saúde em parceria com o Hospital Getúlio Vargas (HGV).
O evento reuniu profissionais médicos, psicólogos, enfermeiros, fisioterapeutas para discutir o atendimento de pacientes vítimas de infarto agudo do miocárdio, debatendo sobre a importância e o funcionamento da linha de cuidado, bem como os cuidados intensivos direcionados ao IAM, o trabalho dos serviços de enfermagem para os pacientes cardiopatas, a importância do trabalho de reabilitação, e a assistência psicológica dentro do processo de atendimento dos pacientes.
"No Brasil são cerca de 330 mil óbitos neste ano de 2024 em decorrência de infarto, então trouxemos essa discussão para a realidade do Piauí, pois sabemos do impacto que esse problema tem na saúde da população. Vamos discutir com esses profissionais sobre o infarto, melhor forma de atendimento desses pacientes e apresentar o trabalho que o estado vem fazendo nessa área com a linha de cuidado, para dar uma melhor assistência ao público", explicou o Dr. Benoni Carvalho, coordenador das linhas de cuidado do IAM e AVC do estado do Piauí.
Hoje o estado do Piauí já conta com nove unidades hospitalares da rede estadual de saúde que atendem a população através da Linha de Cuidado do IAM e realizam a aplicação do trombolítico quando necessário.
"É um momento de discussão de casos e melhorias de protocolos clínicos, permitindo o fortalecimento da assistência prestada a população", disse a diretora do HGV Nirvânia Carvalho.
A Linha do IAM visa garantir que os pacientes com sintomas de infarto recebam o tratamento adequado de forma rápida e eficaz, desde a identificação precoce até o acompanhamento pós-alta. A agilidade no diagnóstico e no tratamento pode reduzir significativamente o risco de sequelas e complicações, além de diminuir a mortalidade associada ao infarto.
"A implementação dessa linha de cuidado fortalece o sistema de saúde estadual, proporcionando um atendimento mais eficiente e humanizado, com a colaboração de unidades de emergência, hospitais e unidades de reabilitação cardíaca. Com essa organização, o Piauí avança na prevenção e no cuidado ao infarto, promovendo a saúde cardiovascular e a qualidade de vida dos seus cidadãos", afirma Dirceu Campelo, superintendente de média e alta complexidade da Sesapi.
O excesso de açúcar no sangue, conhecido como hiperglicemia, pode muitas vezes passar despercebido até que sintomas graves se manifestem. Isso ocorre porque os sinais de alerta costumam ser discretos e difíceis de identificar.
Muitas pessoas convivem com o diabetes tipo 2 durante anos sem sequer suspeitar da condição.
Quais são as consequências do açúcar elevado no sangue? Níveis altos de glicose podem afetar os vasos sanguíneos, aumentando os riscos de doenças cardiovasculares, como aterosclerose, ataques cardíacos e derrames.
O acúmulo de açúcar no sangue provoca inflamações e estreitamento das artérias, elevando a pressão arterial e o risco de problemas cardíacos. A hiperglicemia prolongada pode também afetar os nervos, causando neuropatia diabética.
Isso pode se manifestar como formigamento, dormência, dor e fraqueza, especialmente nas extremidades, como mãos e pés.
Em casos extremos, pode ocorrer perda de sensibilidade, o que aumenta o risco de ferimentos e infecções, podendo, eventualmente, levar à necessidade de amputação.
9 sintomas que indicam açúcar elevado no sangue sede excessiva aumento da frequência urinária fadiga e apatia fome intensa mudanças de humor visão turva infecções recorrentes perda de peso sem causa aparente pele seca formigamento e dormência, especialmente nas pernas e pés Por que os níveis de açúcar no sangue aumentam? A hiperglicemia é frequentemente associada ao diabetes mellitus, uma condição crônica que interfere na produção e utilização eficaz da insulina pelo corpo.
No diabetes tipo 1, o organismo não produz insulina suficiente, enquanto o tipo 2 envolve resistência à insulina e produção insuficiente. Além do diabetes, a síndrome metabólica — caracterizada por resistência à insulina, pressão alta e colesterol elevado — pode também contribuir para o aumento dos níveis de glicose.
Outros fatores que podem elevar o açúcar no sangue incluem estresse, infecções, certos medicamentos, dieta inadequada e sedentarismo.
Como controlar o açúcar elevado no sangue? Monitoramento constante Para quem tem diabetes, acompanhar regularmente os níveis de glicose é fundamental. Dispositivos de monitoramento e visitas regulares ao médico são essenciais.
Dieta equilibrada Manter uma alimentação rica em fibras e com baixo índice glicêmico ajuda a estabilizar os níveis de açúcar. Evitar açúcares refinados e carboidratos simples também é recomendado.
Exercício físico A prática regular de atividade física ajuda a reduzir o açúcar no sangue, melhora a sensibilidade à insulina e promove o bem-estar.
Medicação Em alguns casos, medicamentos ou até mesmo insulina podem ser necessários para controlar os níveis de glicose. Seguir as recomendações médicas é essencial para obter bons resultados.
Um estudo recente trouxe uma possível explicação para a diferença de prevalência do autismo entre meninos e meninas.
Realizado pelo Geisinger College of Health Sciences, na Pensilvânia, o estudo sugere que fatores de risco ligados ao cromossomo Y podem estar relacionados ao desenvolvimento de transtornos do espectro autista (TEA).
A pesquisa representa um avanço significativo no entendimento dos fatores genéticos que podem influenciar o diagnóstico de autismo, condição que afeta cerca de uma em cada 100 crianças no mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Diferenças de diagnóstico entre meninos e meninas Há muito tempo, cientistas observam que meninos têm cerca de três vezes mais chances de serem diagnosticados com autismo do que meninas.
Diversas causas possíveis para os transtornos do espectro autista têm sido sugeridas, incluindo fatores ambientais e genéticos.
Uma hipótese comum é que o cromossomo X pode oferecer uma camada de proteção contra o autismo, explicando parcialmente a menor incidência em meninas.
No entanto, a nova pesquisa foi além e focou no impacto que o cromossomo Y pode ter no aumento desse risco entre meninos.
O estudo e a aneuploidia dos cromossomos sexuais A equipe do Geisinger College conduziu o estudo analisando indivíduos com aneuploidia dos cromossomos sexuais — uma condição em que uma pessoa nasce com uma quantidade anormal de cromossomos X ou Y.
Os cromossomos sexuais, XX para mulheres e XY para homens, determinam o sexo biológico, mas variações como XXY ou XYY permitem que os cientistas estudem como a quantidade adicional desses cromossomos afeta condições de saúde, incluindo o TEA.
Aproximadamente 1 em cada 450 bebês nasce com mais de dois cromossomos sexuais, o que permitiu à equipe investigar o impacto dessas variações específicas sobre o risco de autismo.
A relação do cromossomo Y com o aumento de risco Publicado na revista Nature Communications, o estudo investigou 350 pessoas com diferentes variações de cromossomos sexuais.
Os resultados indicaram que indivíduos com um cromossomo X extra não apresentavam alteração no risco de desenvolver autismo. Em contraste, aqueles com um cromossomo Y adicional mostraram uma probabilidade duas vezes maior de receber o diagnóstico.
Estes achados sugerem que a presença de um cromossomo Y extra pode estar associada a fatores de risco para o TEA, em vez de qualquer proteção vinda do cromossomo X.
Segundo Alexander Berry, cientista do Geisinger College e um dos coautores do estudo, os resultados incentivam novas pesquisas direcionadas ao cromossomo Y.
“Embora pareçam dois lados da mesma moeda, nossos resultados nos encorajam a buscar fatores de risco para o autismo no cromossomo Y, em vez de focar apenas na proteção oferecida pelo cromossomo X,” afirmou Berry.
Próximos passos: investigações em curso Embora as descobertas abram novas possibilidades para entender o papel dos cromossomos sexuais no autismo, a equipe ressalta a necessidade de estudos adicionais para identificar os fatores de risco específicos associados ao cromossomo Y.
A pesquisa oferece uma base sólida para futuras investigações sobre como elementos genéticos podem contribuir para o aumento da prevalência do TEA em meninos, enquanto reafirma a importância de estudos que abordem também fatores de proteção no cromossomo X.
Esses avanços podem eventualmente auxiliar no desenvolvimento de métodos de diagnóstico mais precisos e de intervenções personalizadas, que levem em conta a genética de cada indivíduo, criando um futuro promissor para o entendimento e o tratamento do autismo.