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Imagine dedicar a vida a um enigma, um mistério profundo dentro do nosso próprio corpo, e então, após décadas de pesquisa incansável, descobrir uma chave que pode destrancar um novo futuro para incontáveis pessoas.

curacancer

Esta é a imensa alegria e a profunda responsabilidade sentidas por Gabriel Rabinovich, um cientista argentino cujo trabalho está agora nas manchetes do mundo inteiro, superando até mesmo suas próprias expectativas de quando começou a fazer ciência. É um sonho que se tornou realidade, um avanço científico que está sendo noticiado globalmente, impactando as áreas da ciência e da saúde.

Artigos Relacionados No cerne desta descoberta inovadora está uma compreensão mais profunda de como o sistema imunológico, que deveria nos proteger, pode ser inadvertidamente manipulado pelo câncer. O Dr. Rabinovich e sua equipe de Córdoba desvendaram os mecanismos de ação das células mieloides supressoras (Mdscs). Essas células, nascidas na medula óssea e que normalmente defendem o corpo, transformam-se em "cúmplices" do tumor, inibindo a ação dos linfócitos e favorecendo o crescimento do tumor.

A chave para a cura do câncer A chave para reverter essa transformação está na Galectina-1 (Gal-1), uma proteína de ligação a açúcares que se encontra em níveis muito elevados nos microambientes onde os tumores crescem. Para deter o avanço do câncer, os pesquisadores argentinos desenvolveram um anticorpo monoclonal neutralizante (anti Gal-1) que consegue bloquear a ação da Gal-1.

Esse bloqueio permite que essas células "ruins" sejam reprogramadas para funcionarem como células imunológicas protetoras, impedindo o tumor de crescer. Os anticorpos monoclonais são descritos como "projéteis" — proteínas direcionadas criadas em laboratório para bloquear outras proteínas.

Um passo para melhor o tratamento contra o câncer O trabalho, publicado na renomada revista Immunity da Cell Press, abre um caminho para melhorar o tratamento, inicialmente do câncer colorretal, que tem visto um aumento em pacientes com menos de 50 anos, mas também de outros tipos como mielofibrose, câncer de mama, de pele e de pulmão.

Atualmente em fases pré-clínicas avançadas, os ensaios clínicos em humanos devem começar em um ou dois anos. O objetivo é estabelecer um novo paradigma de imunoterapia conhecido como glicocheckpoints. Além do potencial terapêutico, a equipe demonstrou que a quantidade de Gal-1 em um paciente pode indicar o prognóstico, conferindo-lhe um importante valor diagnóstico.

Um trabalho de décadas para achar a cura Um feito particularmente notável é que todo o estudo foi realizado na Argentina, contando com a colaboração de 28 pesquisadores do Laboratório de Glicomedicina do Instituto de Biología y Medicina Experimental (IByME) do Conicet, com envolvimento de equipes em Buenos Aires, Mendoza e La Plata. Essa conquista destaca a expertise dos cientistas argentinos. Através da Galtec, a empresa de base tecnológica que Rabinovich co-fundou em 2023, a equipe está trabalhando no desenvolvimento final do anticorpo, e já estão em conversas com investidores internacionais para a realização dos ensaios clínicos.

A jornada de Gabriel Rabinovich neste campo é fruto de um trabalho de décadas, que começou na primeira metade dos anos 90, durante sua tese de doutorado em Córdoba. Foi então que ele fez a descoberta inesperada da Galectina-1 e seu papel no sistema imune, o que marcou sua trajetória científica. Ele se dedicou a entender o papel imunossupressor da Gal-1, bem como novas funções decorrentes de sua interação com açúcares, como a angiogênese (formação de vasos sanguíneos) e a fibrose da medula óssea. Rabinovich cunhou o conceito de glicocheckpoints para descrever essas interações entre proteínas e açúcares que modulam processos fundamentais para diversas patologias, e que podem ser bloqueadas com anticorpos.

O trabalho pioneiro do Dr. Rabinovich tem sido amplamente reconhecido. Ele é um cientista multipremiado, tendo recebido recentemente o Doutorado Honoris Causa da Universidade Nacional de La Pampa. Em maio de 2025, ele foi distinguido com o Hakomori Award, a honraria mais importante concedida pela International Glycoconjugate Organization (IGO), uma das duas mais destacadas no campo das glicociências a nível internacional. Seus inúmeros prêmios incluem também o Karl Meyer Lectureship Award (2022), o Prêmio Konex de Brillante (2023), e filiações a prestigiosas academias como a Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos.

Itatiaia

Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade da Califórnia, em San Diego (EUA), desenvolveram uma terapia genética para a doença de Alzheimer que pode ajudar a proteger o cérebro e preservar a função cognitiva. A abordagem, ao contrário dos tratamentos atuais que visam depósitos de proteínas, busca influenciar o comportamento das células cerebrais.

terapiagenetica

A doença de Alzheimer afeta milhões de pessoas globalmente. No Brasil, cerca de 1 milhão de pessoas têm a doença, sendo que a previsão é que esse número quadruplique nos próximos 30 anos.

Ela ocorre quando proteínas se acumulam no cérebro, levando à morte de células cerebrais e ao declínio da função cognitiva e da memória. Os tratamentos existentes para Alzheimer controlam os sintomas, mas a nova terapia genética busca interromper ou reverter a progressão da doença.

Resultados do estudo

Em estudos com camundongos, os pesquisadores observaram que a administração do tratamento no estágio sintomático da doença preservou a memória dependente do hipocampo. Este é um aspecto da função cognitiva frequentemente afetado em pacientes com Alzheimer.

Os camundongos tratados também apresentaram um padrão de expressão gênica similar ao de camundongos saudáveis da mesma idade. Isso sugere que o tratamento tem o potencial de alterar o comportamento das células doentes, restaurando-as a um estado considerado mais saudável.

Embora sejam necessários mais estudos para a transição dessas descobertas para ensaios clínicos em humanos, a terapia genética oferece uma abordagem para mitigar o declínio cognitivo e promover a saúde do cérebro.

O estudo foi publicado na revista Signal Transduction and Targeted Therapy. A pesquisa foi liderada por Brian Head, Ph.D., professor de anestesiologia na Faculdade de Medicina da UC San Diego e pesquisador de carreira do Departamento de Assuntos de Veteranos. Shanshan Wang, MD Ph.D., professor assistente de anestesiologia na Faculdade de Medicina da UC San Diego, foi coautor sênior.

A tecnologia de terapia genética foi licenciada pela UC San Diego para a Eikonoklastes Therapeutics em 2021. A Eikonoklastes recebeu da FDA a Designação de Medicamento Órfão (ODD) para o uso da terapia genética patenteada na esclerose lateral amiotrófica (ELA), também conhecida como doença de Lou Gehrig.

G1

Vários hábitos do dia a dia podem acabar impactando negativamente o cérebro e a memória. Em entrevista à revista Parade, neurologistas alertaram para uma prática comum que pode trazer sérias consequências.

neurologico

O comportamento em questão é o multitasking, ou seja, fazer várias coisas ao mesmo tempo no trabalho. Isso inclui, por exemplo, enviar e-mails enquanto participa de reuniões ou trabalhar enquanto escuta um podcast. Os especialistas sugerem repensar a maneira como você organiza suas tarefas diárias.

"Existem áreas do cérebro dedicadas a atividades específicas que só conseguem realizar uma tarefa de cada vez, embora haja uma transição rápida entre elas", explica Jeffrey Portnoy.

Quando você tenta fazer multitasking, o cérebro acaba alternando entre várias tarefas rapidamente. "Embora, na prática, você esteja fazendo apenas uma coisa de cada vez, consegue retomar as atividades com mais facilidade e gastar o mínimo de tempo, o que faz parecer que está fazendo várias coisas ao mesmo tempo", afirma Portnoy.

Por sua vez, Muhammad Arshad ressalta que o cérebro não está preparado para executar múltiplas tarefas simultaneamente. "O multitasking pode parecer eficiente, mas, na realidade, pode levar mais tempo no final e resultar em mais erros. Pequenos bloqueios mentais entre as tarefas podem custar até 40% do seu tempo produtivo."

Portnoy acrescenta que essa prática pode causar mais estresse, levar à exaustão e até diminuir o desempenho geral.

Noticias ao Minuto

Foto: © DR

A palavra “menopausa” ainda é quase sempre associada ao corpo feminino, mas o que muitos não sabem é que os homens também enfrentam um processo semelhante com o avançar da idade: a andropausa. Essa condição, cientificamente chamada de Deficiência Parcial de Andrógenos no Homem Idoso (PADAM), está ligada à queda gradual da testosterona e costuma começar a partir dos 40 anos, podendo afetar significativamente a qualidade de vida.

andropausa

“Os termos andropausa, climatério masculino ou menopausa masculina podem ser considerados sinônimos”, explica o urologista Rodrigo Pires Bernis Abdo, coordenador do serviço de Urologia do Hospital Alberto Cavalcanti, da rede FHEMIG. “Eles denominam um fenômeno natural de queda progressiva na produção de testosterona e material espermático que acompanha o envelhecimento masculino, sendo inevitável.”

Essa queda hormonal tem impacto direto no organismo. De acordo com o médico, estima-se que homens após os 40 anos apresentem uma queda de 1% a 2% ao ano na produção de testosterona. “Um homem na sétima década de vida pode ter um nível de testosterona 35% menor se comparado aos homens jovens.”

Principais sintomas Entre os principais sintomas dessa deficiência estão o cansaço excessivo, a fadiga, a disfunção sexual e dores ósseas. Isso porque a testosterona afeta diretamente a massa óssea, a distribuição de gordura no corpo e o desempenho sexual. “A testosterona é um hormônio eritropoético, que estimula a produção de hemácias, os glóbulos vermelhos do sangue”, explica Abdo. “Por isso, idosos podem apresentar quadros de anemia e fraqueza muscular devido à deficiência deste hormônio.”

Apesar de sua importância, a andropausa ainda é pouco discutida. Muitos homens não procuram ajuda médica por vergonha ou falta de informação. “Há um tabu masculino não somente no Brasil, mas mundial em torno da medicina preventiva”, alerta o urologista. “Os homens não só vivem menos como vivem mais doentes que as mulheres. Estudos mostram que eles buscam menos a medicina preventiva, o que agrava o diagnóstico e tratamento de diversas condições.”

Diagnóstico e tratamento Para identificar a andropausa, é necessário observar os sintomas e realizar exames. “Quando um idoso se queixa de perda de ereção, fraqueza muscular e queda da libido, além do exame físico, o médico deve solicitar uma dosagem sérica da testosterona total”, detalha Rodrigo Abdo. “Se, em duas dosagens, o nível estiver abaixo de 300 ng/dl, médico e paciente devem discutir os riscos e benefícios da reposição hormonal.”

A reposição, no entanto, é um tema polêmico e deve ser feita com cautela. “Talvez nenhum tópico seja tão controverso quanto a indicação, eficácia e potenciais efeitos adversos associados à reposição hormonal”, afirma o médico. “Ainda não há estudos de longa duração e larga escala que comprovem os benefícios e a segurança do uso da testosterona exógena em casos de queda hormonal relacionada ao envelhecimento.”

Segundo Abdo, as formulações sintéticas de testosterona existem desde 1950 e foram criadas para homens com necessidade real, como vítimas de traumas ou câncer testicular bilateral. Hoje, há um crescente uso indiscriminado desse hormônio. “Existem casos de homens jovens que se tornam inférteis temporariamente ou até de forma definitiva pelo abuso de testosterona.”

As formas de reposição incluem injeções intramusculares e aplicações transdérmicas, feitas na pele do abdômen, ombros ou bolsa testicular. Mas, antes de iniciar o tratamento, dois exames são indispensáveis: hematócrito (que deve estar abaixo de 50%) e a dosagem basal da testosterona.

Hábitos saudáveis fazem diferença Além da reposição, mudanças no estilo de vida podem contribuir para melhorar os níveis hormonais e atenuar os efeitos da andropausa. “No homem obeso, a testosterona sofre uma conversão periférica no tecido adiposo (na gordura do corpo), transformando-se em estradiol, através da enzima aromatase”, explica o urologista. “A prática de atividades físicas aeróbicas e a perda de peso aumentam a disponibilidade de testosterona, melhorando os sintomas da andropausa.”

Alimentação equilibrada, cessação do tabagismo, redução no consumo de bebidas alcoólicas, sono regular e controle do estresse também são aliados importantes. O médico reforça que a baixa de testosterona pode estar associada a problemas mais amplos. “Na síndrome metabólica, por exemplo, o nível de testosterona geralmente está reduzido e o paciente apresenta risco aumentado de doenças cardiovasculares.”

Reconhecer os sinais do próprio corpo, buscar acompanhamento médico e manter hábitos saudáveis são passos essenciais para envelhecer com mais saúde e bem-estar.

Itatiaia

Sob supervisão de Lucas Borges