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O mês de novembro é dedicado à conscientização sobre a saúde masculina, com destaque para a prevenção do câncer de próstata, uma das doenças mais comuns entre os homens. Conhecido como “Novembro Azul”, esse período busca informar e sensibilizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce e das medidas preventivas que podem ser adotadas para reduzir os riscos. Entre essas medidas, destaca-se a prática regular de atividade física, um aliado poderoso na promoção da saúde e na prevenção do câncer de próstata.

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Mas antes de falarmos sobre a relação entre atividade física e a prevenção do câncer de próstata, vamos entender o que é a doença e quais os fatores de risco. “O crescimento descontrolado de células na próstata, formando um tumor maligno, é o que consideramos câncer de próstata”, explica o Dr. José Silvino, urologista do Hospital Moriah, em Campo Grande. “Em muitos casos, o tumor cresce lentamente e pode não causar sintomas graves por muito tempo. Portanto, geralmente os sintomas não ocorrem na fase inicial da doença”, complementa o doutor Silvino.

E justamente pelos sintomas não aparecerem rapidamente, é que se faz necessária a prevenção. “Embora não haja uma forma garantida de prevenir o câncer de próstata, algumas práticas podem ajudar a reduzir o risco de desenvolver a doença, como: realização de exames regulares para rastreio, dieta saudável com redução no consume de gordura de origem animal, aumento no consumo de frutas, verduras, e peixes, evitar o tabagismo e o sedentarismo”, nos conta o urologista José Silvino.

A prática de atividade física regular tem se mostrado uma importante ferramenta na redução do risco de desenvolver câncer de próstata. Estudos científicos indicam que homens que se exercitam de forma constante apresentam menor chance de desenvolver a doença, além de um prognóstico mais favorável caso o câncer seja diagnosticado. Mas como exatamente a atividade física pode ajudar?

Redução dos Níveis de Hormônios: o câncer de próstata está muitas vezes relacionado a níveis elevados de testosterona no corpo. A atividade física, especialmente o exercício aeróbico, pode ajudar a equilibrar os níveis hormonais, contribuindo para a redução do risco de desenvolvimento da doença;

Controle do Peso Corporal: a obesidade é um fator de risco conhecido para vários tipos de câncer, incluindo o de próstata. Homens com sobrepeso ou obesidade têm maior chance de desenvolver formas agressivas da doença;

Melhora no Sistema Imunológico: a prática de atividades físicas estimula o sistema imunológico, o que ajuda o corpo a combater possíveis células cancerígenas antes que elas se proliferem;

Melhoria da Qualidade de Vida e Bem-Estar Psicológico: além dos benefícios físicos, o exercício regular também tem um impacto positivo na saúde mental. A prática de atividades físicas pode reduzir o estresse, a ansiedade e a depressão, problemas comuns em pacientes diagnosticados com câncer. A saúde mental é um aspecto essencial do tratamento e da prevenção do câncer de próstata.

E para que os benefícios da atividade física se manifestem, é fundamental que o exercício seja realizado de maneira regular. Especialistas recomendam pelo menos 150 minutos de atividade física moderada por semana, ou 75 minutos de atividade intensa, distribuídos ao longo da semana. Além disso, é importante combinar exercícios aeróbicos com atividades de fortalecimento muscular, como musculação, duas ou mais vezes por semana.

A prevenção do câncer de próstata exige um esforço conjunto de diagnóstico precoce, hábitos saudáveis e cuidados com o corpo e a mente. A prática de atividade física regular é uma das maneiras mais eficazes de reduzir os riscos associados a essa doença. No Novembro Azul, mais do que um alerta para a realização de exames, é fundamental que os homens se conscientizem sobre a importância de adotar um estilo de vida saudável, onde a atividade física desempenha um papel crucial. Com pequenas mudanças no dia a dia, é possível prevenir o câncer de próstata e garantir uma vida mais longa e saudável.

R7

Foto: Direct Media/Free Range Stock (Imagem em Domínio Público)

Muitas pessoas com autismo enfrentam desafios profundos que podem limitar sua independência. Contudo, existem inúmeros casos de pessoas que levam anos sem desconfiar da condição, só descobrindo o autismo com um diagnóstico tardio.

Isso ocorre porque, muitas vezes, os sinais são sutis e passam despercebidos ou são confundidos com traços de personalidade.

Sinais de autismo que passam despercebidos Ecolalia A ecolalia, caracterizada pela repetição de palavras, frases ou sons, é um comportamento comum entre autistas. A repetição pode ocorrer logo após ouvir algo (ecolalia imediata) ou mais tarde (ecolalia tardia). Pessoas com autismo podem reproduzir trechos de conversas, filmes, ou sons de máquinas e do ambiente, como o barulho de portas ou sirenes. Esse comportamento pode ajudar na compreensão de informações ou na autorregulação emocional, especialmente em situações de estresse.

Esgotamento social Ambientes sociais com muitos estímulos — luzes, sons, e interações — podem sobrecarregar indivíduos com autismo, que frequentemente enfrentam esforço mental ao tentar interpretar expressões faciais, tons de voz e normas sociais. Após tais eventos, é comum que o autista sinta-se exausto e deseje um período de isolamento para “recarregar as baterias”.

Ingenuidade Indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) podem ter dificuldade em interpretar intenções e sinais não-verbais, o que pode fazê-los compreender as interações de maneira literal. Esse aspecto pode levar à falta de percepção de nuances, como sarcasmo ou ironia, mas não representa uma característica própria do autismo, e sim uma consequência das dificuldades de interação social.

Honestidade e comunicação direta A comunicação de pessoas com autismo tende a ser mais direta e honesta, o que pode ser interpretado como frieza ou ingenuidade por aqueles que esperam estratégias sociais mais complexas.

Entendendo o Transtorno do Espectro Autista (TEA) O TEA é uma condição que afeta o desenvolvimento neurológico, impactando áreas como comunicação, interação social e comportamento. Como um espectro, o autismo se manifesta de maneiras diversas em cada pessoa, ainda que existam características comuns.

No Brasil, estima-se que cerca de dois milhões de pessoas tenham TEA, mas a falta de dados concretos levou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a incluir perguntas sobre autismo no censo de 2022.

O diagnóstico precoce do autismo possibilita o início de práticas terapêuticas que incentivam a independência e qualidade de vida. O tratamento geralmente é multidisciplinar, com a inclusão de terapia cognitiva comportamental e de integração sensorial, além de medicação em alguns casos.

No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece suporte a pacientes com TEA por meio de uma rede de assistência específica para essa condição.

Catraca Livre

O uso frequente de medicamentos para dormir, como zolpidem, clonazepam, diazepam e antidepressivos, pode aumentar consideravelmente o risco de demência em até 79%, indica recente pesquisa conduzida pela Universidade da Califórnia-São Francisco e publicada no Journal of Alzheimer’s Disease.

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O aumento do risco, asseguram os autores do estudo, é especialmente significativo entre indivíduos brancos. O tipo e a quantidade de medicação utilizada também desempenham um papel importante nesse cenário, apontam os especialistas.

Risco de demência Intitulado “Saúde, Envelhecimento e Composição Corporal”, o estudo analisou ao longo de nove anos cerca de três mil idosos sem demência, que viviam fora de asilos. Aproximadamente 42% eram negros e 58% brancos. Ao longo do estudo, 20% dos pacientes desenvolveram demência.

Medicamentos associados à demência De acordo com as evidências, participantes brancos que faziam uso “frequente” ou “quase sempre” de medicamentos para dormir tinham uma probabilidade 79% maior de desenvolver demência em comparação com aqueles que raramente ou nunca os utilizavam.

Já entre os participantes negros, que dependiam muito menos de medicamentos para dormir, também se observou um risco maior quando o uso era frequente.

Além disso, os pesquisadores levantaram a possibilidade de que alguns medicamentos para dormir possam apresentar um risco maior de demência do que outros.

Yue Leng, o principal autor do estudo, enfatizou que pacientes com problemas de sono devem considerar cuidadosamente a intervenção farmacêutica.

Ele destacou a terapia cognitivo-comportamental para insônia como a primeira linha de tratamento para casos diagnosticados de insônia.

Em relação aos medicamentos, ele mencionou que a melatonina poderia ser uma opção mais segura, mas a necessidade de mais evidências para entender o impacto a longo prazo na saúde ainda é uma questão a ser considerada.

Outras evidências Estudos anteriores já haviam apontado para o risco de demência no uso desses medicamentos. Um deles, publicado em 2015, avaliou os efeitos do uso de zolpidem no desenvolvimento de demência ou doença de Alzheimer na população idosa.

Os resultados indicaram que o uso do zolpidem, tanto sozinho quanto em combinação com outras condições de saúde, como hipertensão, diabetes e acidente vascular cerebral, foi significativamente associado ao desenvolvimento de demência. Essa associação permaneceu significativa mesmo após o controle de possíveis fatores de confusão, como idade, sexo, presença de doença arterial coronariana, o uso de medicamentos anti-hipertensivos ou para diabetes.

Cadastre seu CNPJ e conheça as melhores soluções para alavancar sua empresa. Serasa Experian Cadastre seu CNPJ e conheça as melhores soluções para alavancar sua empresa. Publicidade Drogas com efeito sedativo O zolpidem é um medicamento que pertence à classe das drogas conhecidas como hipnóticos não benzodiazepínicos. Ele é usado principalmente para tratar a insônia, ajudando as pessoas a adormecerem mais rapidamente e a terem um sono mais prolongado.

O medicamento vem na forma de comprimidos. Só está disponível mediante receita médica.

É importante observar que o zolpidem é projetado para uso a curto prazo, geralmente por algumas semanas, para evitar o desenvolvimento de tolerância e dependência.

Ele age num receptor de neurônios e mexe com um químico cerebral chamado ácido gama-aminobutírico, também conhecido pela sigla GABA, que está envolvido na regulação do sono. Ao ativar esse receptor, o zolpidem promove um efeito calmante e sedativo, contribuindo para induzir o sono.

Como qualquer medicamento, o zolpidem pode ter efeitos colaterais, incluindo sonolência diurna, tonturas, dificuldade de coordenação e, em casos raros, reações paradoxais, como agitação ou insônia.

O clonazepam, popularmente conhecido como Rivotril, age diretamente no sistema nervoso e tem ação de sedação leve, relaxamento dos músculos e efeito tranquilizante.

Ele é frequentemente prescrito para o tratamento de transtornos de ansiedade, convulsões e, em alguns casos, distúrbios do sono.

O clonazepam conta com efeitos colaterais que devem ser observados com muito cuidado, tais como sonolência, cansaço, alteração de memória, depressão, vertigem, dificuldade para coordenar movimento ou caminhar e dificuldade de concentração.

Já o diazepam é um medicamento pertencente à classe das benzodiazepinas. Essas substâncias têm propriedades ansiolíticas, sedativas, anticonvulsivantes, relaxantes musculares e amnésicas.

O diazepam é frequentemente prescrito para tratar condições como ansiedade, insônia, convulsões, espasmos musculares e abstinência de álcool.

O mecanismo de ação do diazepam é semelhante ao de outras benzodiazepinas. Ele age potencializando os efeitos do neurotransmissor GABA (ácido gama-aminobutírico) no sistema nervoso central.

Entre os efeitos colaterais do diazepam estão: sonolência, tontura, confusão, redução das habilidades motoras e do estado de alerta, emoções entorpecidas, fraqueza muscular, dor de cabeça e visão dupla.

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Catraca Livre

Foto: © magone/DepositPhotos

A esclerose múltipla (EM) é uma doença inflamatória em que o sistema imunológico ataca o sistema nervoso central.

Os mecanismos moleculares que causam essa doença ainda são pouco compreendidos. Em um artigo publicado na Life Science Alliance, cientistas revelam como a perda de controle da enzima que lê os genes pode explicar vários aspectos da doença.

A esclerose múltipla, uma doença autoimune ainda pouco compreendida A esclerose múltipla (EM) é uma doença autoimune crônica do sistema nervoso central, caracterizada pela degradação progressiva da mielina, uma substância que envolve e protege as fibras nervosas. Essa desmielinização perturba a transmissão dos sinais nervosos entre o cérebro, a medula espinhal e o resto do corpo, levando a diversos sintomas neurológicos.

Em termos de mecanismos, a EM é marcada principalmente por uma resposta imunológica anormal, em que os linfócitos T atacam a mielina como se fosse um corpo estranho.

As origens dessa resposta autoimune ainda são pouco compreendidas. Pesquisas sugerem uma mistura complexa de fatores genéticos, ambientais e infecciosos, mas nenhum mecanismo molecular único foi identificado como a causa direta. Um novo mecanismo molecular revelado

Analisando RNAs raros, o estudo mostrou que, em alguns pacientes com EM, uma desregulação da expressão genética nas células imunológicas responsáveis pela destruição de patógenos está ligada a disfunções do complexo Integrator, uma maquinaria proteica essencial para a maturação de RNAs não codificantes.

Devido a essa disfunção, os RNAs produzidos em regiões de sequências de DNA que regulam a expressão dos genes são mais longos e mais abundantes. No entanto, essas sequências, também chamadas de “enhancers”, provêm em parte de antigos vírus que foram domesticados e são usados pela célula para controlar melhor a expressão genética.

Portanto, a maturação imperfeita dos RNAs dos enhancers poderia explicar a produção de genes virais frequentemente observados em pacientes com EM.

Além disso, o complexo Integrator também influencia a atividade da RNA polimerase II, a enzima responsável pela leitura dos genes que codificam proteínas. Na ausência de uma atividade ótima do Integrator, a RNA polimerase II inicia a transcrição mais frequentemente, mas tem dificuldade em completá-la. Isso favorece a expressão de genes curtos, como os envolvidos na inflamação, enquanto os genes longos, essenciais, por exemplo, para a integridade dos endotélios, não são transcritos completamente, comprometendo assim sua expressão.

Dessa forma, várias observações transcricionais em pacientes com EM encontram explicação em um mesmo fenômeno, o que melhora significativamente nossa compreensão dessa doença complexa.

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