• prefeutura-de-barao.jpg
  • roma.png
  • SITE_BANNER.png
  • TV_ASSEMBLEIA.png
  • vamol.jpg

A Novo Nordisk informou que uma versão mais antiga de seu medicamento para perda de peso com semaglutida não conseguiu atingir seu objetivo principal em testes de estágio final para verificar se o medicamento pode retardar o declínio cognitivo em pacientes com Alzheimer.

canetaemagrecedoras

Os resultados são um revés para as esperanças de que o Alzheimer possa abrir um novo mercado importante para os medicamentos GLP-1, como semaglutida, conforme a Novo enfrenta a concorrência crescente de seus medicamentos de sucesso nas principais áreas de tratamento, como obesidade e diabetes.

O medicamento testado foi o Rybelsus, aprovado apenas para diabetes tipo 2. Como os campeões de vendas da Novo Ozempic e Wegovy, ele contém semaglutida.

Aqui estão algumas das outras condições para as quais os medicamentos estão sendo usados e testados:

1- Dependência de álcool Um estudo conduzido pelo Centro Psiquiátrico Rigshospitalet, da Universidade de Copenhague, está investigando se a semaglutida -- principal ingrediente do Wegovy e do Ozempic -- pode ajudar a reduzir a ingestão de álcool em 108 pacientes diagnosticados com transtorno do uso de álcool e obesidade.

2- Doença de Alzheimer A Novo Nordisk disse que uma versão mais antiga da semaglutida, chamada Rybelsus, não conseguiu retardar o declínio cognitivo em pacientes com Alzheimer em estágio inicial em dois estudos, abrangendo um total de 3.808 pacientes.

3- Doenças cardiovasculares A Eli Lilly estava testando a tirzepatida -- principal ingrediente do Mounjaro e do Zepbound -- em pacientes com insuficiência cardíaca e obesidade. A Lilly tinha informado que inscreveria cerca de 700 pessoas no estudo, mas a empresa disse em maio que retirou seu pedido de aprovação para insuficiência cardíaca nos EUA.

A Novo obteve a aprovação da Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla inglês) em 2024 para usar o Wegovy para reduzir o risco de morte cardiovascular, ataque cardíaco e derrame em adultos com sobrepeso ou obesos sem diabetes.

A Agência Europeia de Medicamentos apoiou o uso da semaglutida da Novo para ajudar a aliviar os sintomas de insuficiência cardíaca em pessoas com obesidade em setembro de 2024.

4 - Doença renal crônica O Ozempic, da Novo, foi aprovado nos Estados Unidos para reduzir o risco de insuficiência renal e a progressão da doença, bem como o risco de morte devido a problemas cardíacos em pacientes com diabetes e doença renal crônica.

A tirzepatida, da Lilly, está sendo avaliada em um estudo de estágio intermediário em pacientes com doença renal crônica e obesidade. A Lilly planeja inscrever até 140 participantes e espera-se que o estudo seja concluído no próximo ano.

5 - Doença hepática Em agosto, o Wegovy, da Novo, tornou-se a primeira terapia com GLP-1 aprovada nos EUA para tratar adultos com esteato-hepatite associada à disfunção metabólica, ou MASH, com base nos resultados da primeira parte de seu estudo em estágio final. Os resultados da segunda parte, com cerca de 1.200 pacientes, são esperados para 2029.

Em fevereiro, a tirzepatida, da Lilly, ajudou até 74% dos pacientes a obter ausência de MASH sem piora da cicatrização do fígado em 52 semanas, em comparação com 13% dos pacientes que receberam placebo, em um estudo de estágio intermediário.

6 - Distúrbios neurológicos Pesquisadores do Danish Headache Center (Centro Dinamarquês de Cefaleia) estão testando a semaglutida junto com uma dieta de muito baixa caloria como tratamento para hipertensão intracraniana idiopática de início recente, uma condição associada à obesidade na qual a pressão arterial dentro da cabeça aumenta. O estudo incluiu cerca de 50 pacientes.

7 - Apneia do sono O Zepbound foi aprovado pela Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos para apneia obstrutiva do sono em dezembro de 2024, tornando-se o primeiro medicamento a tratar diretamente pacientes com o distúrbio comum que causa interrupção da respiração durante o sono.

Reuters/Por Patrick Wingrove

Foto: Reprodução/TV Globo

O número de mortes por Acidente Vascular Cerebral (AVC) bateu 85.427 no Brasil no ano passado — e, segundo especialistas, um dos vilões mais perigosos está no dia a dia de muita gente. O neurocirurgião vascular Victor Hugo Espíndola Ala afirma com clareza: fumar “é, de longe, o pior hábito de vida que alguém pode manter” quando se trata de risco de AVC.

Para o médico, o cigarro causa uma inflamação constante nas artérias, danificando seu revestimento interno e tornando o sangue mais espesso — combinação perfeita para a formação de coágulos e, consequentemente, de um AVC isquêmico. Ele ressalta ainda que o processo de endurecimento das artérias, que normalmente surge com o tempo, costuma aparecer muito mais cedo em quem fuma, e que “até quem fuma pouco já carrega um risco aumentado”.

Mas há uma boa notícia: deixar o cigarro pode trazer alívio aos vasos sanguíneos quase de forma imediata. O corpo começa a se recuperar e os riscos diminuem. Quanto mais cedo a pessoa abandonar o tabagismo, melhor.

Jetts Entretenimento/msn

Postagens que ironizam o comportamento dos jovens da geração Z têm se acumulado nas redes sociais, conforme essa faixa, formada por quem nasceu entre 1997 e 2010, tem chegado à idade adulta e ingressado no mercado de trabalho. Não é incomum que a convivência com indivíduos de outras faixas etárias leve a um choque geracional.

geraçaoz

Mas a geração Z, que no Brasil soma 48,8 milhões de pessoas (23,2% da população), também cresceu em meio a instabilidades políticas, econômicas e sociais. Em 2008, o Brasil enfrentou uma recessão, em 2013 os protestos de junho alteraram as forças políticas no poder, culminando com o impeachment da então presidente Dilma Rousseff. Depois, veio a pandemia de covid-19, somada à inflação.

Para a pesquisadora da FGV Social, Janaína Feijó, "essa geração tem sim uma dificuldade adicional na hora de adquirir bens e serviços, que são uma medida da qualidade de vida do indivíduo". Ela explica que nas últimas décadas o reajuste nos salários não acompanhou a alta no custo de vida.

Autenticidade e fluidez Essas condições desfavoráveis contribuíram para moldar o comportamento dessa geração que é menos idealista e mais cautelosa em relação ao consumo. A consultoria McKinsey avaliou o comportamento da geração Z e aponta que esse grupo associa compra a uma expressão da própria autenticidade e valores pessoais. Esse grupo valoriza a fluidez, inclusive de gênero e crença, ao contrário das gerações anteriores.

Assim, compromissos de longo prazo, como a compra de imóvel ou a formação de uma família, são adiados tanto por conta das preferências pessoais quanto por causa de condições econômicas. "A geração Z busca por mais experiências, não necessariamente por manter ativos e eventualmente patrimônio, tal qual uma geração de 30, 40 anos atrás, que almejava conseguir a casa própria e um emprego com estabilidade", afirma o sócio da consultoria Delloite, Marcos Olliver.

O levantamento anual da Deloitte demonstrou as principais preocupações da geração Z no Brasil: custo de vida (34%), desemprego (25%), mudança climática (24%), saúde mental (22%) e segurança e criminalidade (18%).

Percepção do passado Quando estavam na juventude, os integrantes das gerações X (1965 a 1980) e Y (1981 a 1996) também enfrentaram dificuldades: hiperinflação , confisco de poupança, mudança do regime da ditadura militar para a democracia, além de guerras e conflitos. No entanto, os jovens de hoje idealizam esse passado quando comparam com sua própria realidade.

No entanto, essa impressão ignora avanços dos quais os jovens atualmente usufruem: o nível de desemprego é o menor da série histórica (5,6%, segundo o IBGE) e a qualificação se tornou mais acessível (um terço dos alunos que terminam o ensino médio vão para a graduação). Houve ainda o aumento na proporção de mulheres e pessoas negras nas universidades e nas carreiras.

"Mas tudo isso fez com que a concorrência também aumentasse, e o jovem sentiu a pressão por se destacar", pondera Feijó. "Os jovens precisam ter habilidade socioemocionais exigidas pelos empregadores, mas por não ter experiência, não conseguem ter todos esses atributos e não conseguem entrar no mercado de trabalho de forma efetiva."

Saúde mental O estilo de vida também contribui para a sensação de piora nas condições gerais. Nos últimos 10 anos, o consumo de ultraprocessados aumentou 5,5% entre a população brasileira, segundo a Universidade de São Paulo (USP), 84% dos jovens são sedentários (IBGE) e 66% dos brasileiros têm dificuldade para dormir, de acordo com pesquisa publicada na revista Sleep Epidemiology. Além disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que até 21% dos jovens de 13 a 29 anos se sentem solitários com frequência.

"Perdeu-se o convívio em espaços reais e as práticas coletivas, tínhamos vizinhanças mais ativas que ofereciam de diferentes formas uma rede de apoio mais sólida e com contornos mais delimitados", ressalta a psicóloga e professora da USP, Ana Barros. Ela diz que a soma desses fatores leva à deterioração da saúde mental.

Cerca de 40% das mulheres e 29% dos homens da geração Z afirmaram sofrer de depressão em 2024, entre os integrantes da geração X essa proporção foi de 32% e 25%, respectivamente, e na Y, de 38% e 31%. Os dados sobre brasileiros são da pesquisa World Mental Health Day, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Impacto das redes sociais O comprometimento do senso de comunidade também está relacionado ao uso das redes sociais. Enquanto nativa digital, a geração Z cresceu seguindo o ritmo dessas plataformas, que favorecem as conexões virtuais e o isolamento, e comprometem o desenvolvimento de habilidades sociais dos jovens enquanto amadurecem.

"A tecnologia mudou completamente as relações sociais, a forma como experimentamos e construímos nossa subjetividade e o contato com o outro. Hoje a subjetivação é feita na lógica da visibilidade e espelhamento imediatos", afirma a psicóloga Ana Barros. "Isso gera uma necessidade de validação externa muito instantânea, com uma pressão constante por corresponder a padrões e expectativas que levam a sentimentos de muita angústia e sensação de inadequação."

Busca por bem-estar Apesar da piora de indicadores, o consultor Marcos Olliver aponta que a saúde mental se tornou uma prioridade, o que avalia como positivo. "Para as outras gerações, não havia tanto a preocupação com a questão de qualidade de vida ou de bem-estar". Cerca de 13% dos brasileiros fazem terapia e 15% tomam remédios para tratar questões psiquiátricas, aponta pesquisa da Vida LinkedIn. Para 41,6%, saúde mental é uma das prioridades.

Barros afirma que esse movimento é um ponto de virada importante. "Isso indica que apesar das pressões inéditas que os jovens enfrentam, eles também desenvolvem estratégias próprias da sua época, como o próprio uso das redes sociais para formar comunidades virtuais e compartilhar o que sentem."

Em nome desse bem-estar, eles priorizam a vida privada em relação ao trabalho, e estão menos dispostos a se submeter a condições exaustivas: 56,2% dos jovens almejam vagas com possibilidade de trabalho remoto e horários flexíveis, de acordo com levantamento da Infojobs. Outros 71,6% disseram que deixariam os cargos se o ambiente fosse tóxico ou o trabalho estiver desalinhado com seus valores.

A classificação em gerações não é um consenso científico. Uma vez que foca nas diferenças e não nas convergências entre gerações, essas categorias fomentam a ideia de que há um choque entre elas, e servem de material para memes, além de refletir o pensamento de uma classe média alta, e não do grupo como um todo.

Feijó assinala que pessoas com níveis de renda e educação diferentes, têm comportamentos distintos, mesmo dentro da mesma geração.

"Geralmente, a população preta e parda tem esses sonhos materiais muito mais latentes do que a classe mais de renda mais elevada, composta majoritariamente por brancos ou amarelos. Por isso, o sonho da casa própria ainda é comum entre os mais pobres, enquanto os mais ricos já conseguem vislumbrar outras oportunidades, como ter um negócio e investir. Então, os sonhos são diferentes, mas os desafios permanecem."

G1

Foto: Freepik

A esteatose hepática, conhecida como gordura no fígado, já atinge cerca de 30% dos brasileiros — aproximadamente 1 em cada 3 pessoas — segundo a Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH). Mesmo tão prevalente, muitos ainda desconhecem quais exames detectam a condição, o que faz com que o diagnóstico seja tardio em grande parte dos casos. Esse atraso favorece a evolução para quadros mais graves, como cirrose, câncer hepático e até necessidade de transplante.

O cenário se agrava pelo caráter silencioso da doença. Nos estágios iniciais, a gordura se acumula no fígado sem provocar sintomas evidentes. Na maioria das vezes, o comprometimento só é percebido quando surgem sinais como cansaço excessivo, fraqueza ou dor abdominal, indicadores de que o órgão já pode estar em um estágio mais avançado da doença.

Da gordura à cirrose: como a doença evolui O acúmulo de gordura no fígado acontece de forma gradual e silenciosa. Sem diagnóstico precoce, pode haver progressão para inflamação, fibrose, cirrose e até câncer hepático. Trata-se de um processo contínuo, que pode ser evitado com acompanhamento regular e intervenções no momento certo.

A prevalência da doença está diretamente ligada ao aumento do excesso de peso no país. Uma pesquisa da Novo Nordisk, em parceria com o Instituto Datafolha, apontou que 66% dos brasileiros têm sobrepeso ou obesidade. Entre pessoas com diabetes tipo 2, o índice de esteatose chega a 70% quando avaliadas por ultrassom.

O estilo de vida é um fator central nesse cenário. Sedentarismo, dieta rica em ultraprocessados e descontrole glicêmico criam um ambiente propício para o acúmulo de gordura hepática.

Diagnóstico e tratamento da gordura no fígado O ultrassom abdominal é o exame mais acessível e frequentemente utilizado para identificar a esteatose hepática, sendo recomendado especialmente para pessoas com fatores de risco. Em estágios iniciais, a doença é reversível, e as mudanças no estilo de vida têm papel decisivo na recuperação do fígado. Uma perda de 5% a 10% do peso corporal já é suficiente para promover melhorias importantes na função hepática. Alimentação equilibrada, prática regular de atividade física, controle do diabetes e redução do consumo de ultraprocessados são pilares fundamentais no tratamento.

A prevenção é a estratégia mais eficaz. Manter exames de rotina em dia permite detectar a condição antes que cause danos irreversíveis ao fígado, reduzindo riscos e melhorando o prognóstico.

Minha Vida