Preocupações excessivas, medo e sintomas físicos como batimentos cardíacos acelerados e suor. A ansiedade é uma resposta natural do corpo ao estresse e pode surgir em resposta a situações específicas percebidas como ameaçadoras ou desafiadoras. Mas, quando intensa e constante, pode se tornar incapacitante. Uma das formas de lidar com os picos de ansiedade e crises emocionais é utilizar técnicas de aterramento mental.

Essas estratégias simples ajudam a reconectar a mente ao momento presente e afastar pensamentos negativos e gatilhos emocionais. Há um crescente conjunto de evidências científicas de que essas técnicas podem ser eficazes no controle de uma crise repentina.

O que são técnicas de aterramento mental? As técnicas de aterramento (ou grounding) são práticas terapêuticas utilizadas para reduzir sintomas de ansiedade, estresse pós-traumático e dissociação. Elas atuam como uma âncora para a mente, trazendo o foco para o aqui e agora. O objetivo é interromper o ciclo de pensamentos ansiosos e devolver à pessoa uma sensação de controle e segurança.

Essas técnicas são especialmente úteis em situações de gatilho emocional, quando algo no ambiente — um som, cheiro, imagem ou até um pensamento — ativa lembranças traumáticas ou causa angústia súbita.

Técnica 5-4-3-2-1 Essa é uma das estratégias mais conhecidas e eficazes. Ela consiste em utilizar os cinco sentidos (visão, tato, audição, olfato e paladar) para trazer a atenção ao momento presente. A prática funciona como um botão de reinicialização mental. Ela não exige equipamentos, aplicativos ou ambientes específicos e pode ser feita em qualquer lugar.

Como aplicar a técnica:

5 coisas que você pode ver: olhe ao redor e nomeie mentalmente cinco objetos. 4 coisas que você pode tocar: sinta a textura de roupas, móveis ou objetos ao seu alcance. 3 coisas que você pode ouvir: foque nos sons do ambiente, como o canto de um pássaro ou o barulho do ventilador. 2 coisas que você pode cheirar: perfume, sabonete, uma xícara de chá. 1 coisa que você pode saborear: uma bala, um gole d’água, ou até mesmo sentir o gosto natural da sua boca. Visualização positiva Visualize um lugar onde você se sinta calmo, feliz e seguro. Pode ser a casa da sua infância, uma praia tranquila ou até mesmo um lugar fictício. Imaginar um espaço seguro pode efetivamente influenciar as emoções e o estado de espírito, ajudando a passar por um momento de tensão ou ansiedade.

Respiração consciente Controlar a respiração é uma forma simples e poderosa de reduzir a ansiedade. Ao respirar lenta e profundamente, o sistema nervoso parassimpático é ativado, o que promove relaxamento.

Como praticar:

Inspire pelo nariz contando até 4. Segure o ar por 4 segundos. Expire lentamente pela boca contando até 6. Repita o ciclo por alguns minutos. Afirmações positivas Lembretes gentis como “Estou seguro” ou “Isso também vai passar” podem ajudar a acalmar uma crise de ansiedade, mas, é bom adquirir o hábito de praticar esses tipos de afirmações regularmente para que sua mente se acostume a ouvi-las. Use-as quando estiver se sentindo relaxado e calmo ou pratique-as diariamente para aumentar seu bem-estar geral.

Observação do ambiente Outra técnica simples e eficaz é descrever mentalmente o ambiente ao seu redor, como se estivesse narrando uma cena para alguém que não está presente. Detalhe cores, formas, objetos e sons. Esse exercício redireciona o foco para fora da mente e reforça a consciência do momento presente.

Catraca Livre

O Ministério da Saúde fechou a compra de 57 milhões de doses da vacina contra a Covid-19. O contrato, assinado na última sexta-feira (11), assegura a continuidade da vacinação no país, com a oferta da versão mais atualizada do imunizante aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

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As entregas serão feitas de forma parcelada, conforme a demanda e a adesão da população à vacinação. A primeira remessa, com 8,5 milhões de doses, deve chegar até maio deste ano. A previsão é de que mais de 15 milhões de doses sejam aplicadas ainda em 2025, com um investimento estimado em R$ 700 milhões.

A vacina será fornecida pela farmacêutica Pfizer e está destinada ao público a partir de 12 anos de idade, abrangendo adolescentes e adultos.

Inicialmente, a empresa Zalika seria responsável pelo fornecimento, mas teve a atualização do imunizante reprovada pela Anvisa. Com isso, a Pfizer, segunda colocada no processo, assumiu o fornecimento.

Contrato com validade de até dois anos A aquisição faz parte de uma ata de registro de preços concluída no fim de 2024, com validade de até dois anos. O acordo garante que todas as doses adquiridas estejam alinhadas às versões tecnológicas mais recentes e licenciadas pela Anvisa, conforme a necessidade do Ministério da Saúde.

Apesar do prazo estendido, os valores previstos na ata podem ser executados antes do tempo, caso haja necessidade e orçamento disponível. O objetivo é garantir abastecimento contínuo e com vacinas atualizadas, de acordo com o cenário epidemiológico do país.

Público-alvo e calendário de vacinação A vacinação contra a Covid-19 permanece prioritária para crianças menores de 5 anos, idosos, gestantes e grupos com maior vulnerabilidade, como pessoas imunocomprometidas, ribeirinhos, quilombolas e indivíduos com comorbidades.

O imunizante agora também integra o calendário vacinal nacional para gestantes e idosos. As gestantes receberão uma dose por gestação, enquanto os idosos receberão uma dose a cada seis meses.

Para os grupos especiais, a vacinação será periódica: a cada seis meses para imunocomprometidos, e anualmente para os demais. A aplicação estará disponível em todas as salas de vacinação do país.

Atualmente, 86% dos brasileiros já receberam pelo menos duas doses da vacina contra a Covid-19.

R7

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil - Arquivo

A ansiedade afeta milhões de pessoas ao redor do mundo, e, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 450 milhões de indivíduos convivem com algum transtorno psicológico. O mais alarmante? Dois terços dessas pessoas não recebem o tratamento adequado, muitas vezes por falta de informação ou por preconceito.

Ignorar os sintomas da ansiedade pode levar a consequências sérias, tornando essencial o acompanhamento profissional para promover o bem-estar e o crescimento pessoal.

No entanto, pequenas mudanças no dia a dia também podem contribuir significativamente para o controle da ansiedade. Quer descobrir formas naturais e acessíveis para aliviar o estresse?

  1. Kava-Kava: O Relaxante Natural Essa erva é uma das mais eficazes para induzir o relaxamento. Seu consumo deve ser moderado, pois pode causar sonolência – razão pela qual, em alguns países, é vendida apenas com prescrição médica. No entanto, quando utilizada corretamente, pode ser uma grande aliada para reduzir a ansiedade e promover a tranquilidade.
  2. Exercícios intensos: Energia para o corpo e a mente Atividades aeróbicas vigorosas, como spinning e jump, são excelentes para dissipar o estresse acumulado ao longo do dia. Além de liberar endorfina – o hormônio do bem-estar –, a prática regular de exercícios melhora o condicionamento físico e proporciona uma sensação imediata de alívio mental.
  3. Valeriana: O chá do sono tranquilo A raiz da valeriana é amplamente utilizada na preparação de chás relaxantes. Suas propriedades sedativas são tão eficazes que alguns medicamentos naturais já incluem esse ingrediente em sua composição. Tomar uma xícara antes de dormir pode ajudar a melhorar a qualidade do sono e reduzir os sintomas da ansiedade.
  4. Yoga: Respire fundo e equilibre sua mente A prática do yoga combina posturas físicas com técnicas de respiração, promovendo relaxamento profundo e fortalecimento mental. Além de aliviar a ansiedade, a meditação e os exercícios de mindfulness são ferramentas poderosas para melhorar a concentração e a estabilidade emocional.
  5. Terapia: O caminho para o autoconhecimento Conversar com um profissional de saúde mental pode ser transformador. A terapia ajuda a identificar padrões de comportamento, trabalhar emoções e desenvolver estratégias para lidar com a ansiedade e o estresse diário. Mais do que um tratamento, é um investimento em qualidade de vida.

Incorporar essas práticas na sua rotina pode fazer toda a diferença. Escolha as que mais se encaixam no seu estilo de vida e dê um passo em direção ao equilíbrio emocional e ao bem-estar!

Seja treinando dois dias ou sete, o importante é se mexer. Seu corpo irá agradecer, independente do cronograma.

Outras dicas de saúde na Catraca Livre Embora existam várias formas de gerenciar a ansiedade, como exercícios físicos, terapia e meditação, a alimentação também desempenha um papel importante. Escolher a dieta e alimentos certos pode ajudar a reduzir os sintomas e promover uma sensação de bem-estar. 

Catraca Livre

A vacina contra a chikungunya, aprovada nesta segunda-feira (14) pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), pode em breve integrar o calendário de vacinação do SUS (Sistema Único de Saúde). O Ministério da Saúde já anunciou que solicitará a inclusão do imunizante no PNI (Programa Nacional de Imunizações), com aplicação prevista para adultos a partir dos 18 anos.

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O pedido será encaminhado à Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS), que avalia a adoção de novas tecnologias para uso na rede pública. Se aprovada e com capacidade de produção assegurada, a vacina poderá começar a ser distribuída nos postos de saúde em todo o país.

Desenvolvido pelo laboratório Valneva, da França e da Áustria, em parceria com o Instituto Butantan, o imunizante é o primeiro autorizado no Brasil para prevenção da doença. O pedido de registro havia sido submetido à Anvisa em dezembro de 2023.

Eficácia e produção nacional A eficácia da vacina foi comprovada em dois estudos clínicos de fase 3, realizados no Brasil e nos Estados Unidos. No estudo conduzido no país, sob coordenação do Instituto Butantan, 98,8% dos participantes desenvolveram anticorpos neutralizantes contra o vírus, demonstrando forte resposta imunológica e perfil seguro.

Além disso, o Butantan já trabalha em uma segunda versão da vacina, com formulação, liofilização (processo de secagem) e rotulagem realizadas no Brasil. Essa etapa permitirá uma produção nacional com custos reduzidos, favorecendo a ampliação do acesso via SUS.

Doença em crescimento no país Transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti — o mesmo que transmite dengue e zika —, a chikungunya provoca febre alta e dores intensas nas articulações, que podem evoluir para quadros crônicos de dor, comprometendo a qualidade de vida dos pacientes.

O vírus chegou ao Brasil em 2014 e, desde então, se espalhou por todos os estados do país. Até o dia 14 de abril de 2025, o Ministério da Saúde já havia registrado 68,1 mil casos da doença e 56 mortes confirmadas.

R7

Foto: Julia Prado/Ministério da Saúde - Arquivo