Com o aumento da contaminação dos rios e oceanos, os microplásticos na água estão se tornando um problema global, afetando tanto o meio ambiente quanto a saúde humana.

microplastico

Um estudo revelou dados alarmantes sobre a quantidade de partículas plásticas que estão presentes na água mineral, apontando como essas substâncias podem ser prejudiciais ao nosso organismo.

Vamos entender melhor o que são os microplásticos e como eles chegam até nossos corpos.

O que são microplásticos na água? Microplásticos na água são pequenas partículas de plástico com menos de 5 milímetros de tamanho, que podem ser formadas por plásticos maiores que se quebram ao longo do tempo devido à exposição ao ambiente.

Essas partículas podem ser invisíveis a olho nu, mas seu impacto na saúde humana está começando a ser mais compreendido.

Cientistas da Universidade de Barcelona, na Espanha, realizaram um estudo sobre a presença de microplásticos em águas engarrafadas, uma das fontes mais consumidas pelas pessoas.

O estudo analisou 280 amostras de 20 marcas diferentes de água mineral, e os resultados mostraram que quase todas as amostras estavam contaminadas por microplásticos na água.

Microplásticos na água: quanto um adulto pode ingerir As partículas de microplásticos na água variam de tamanhos entre 0,7 e 20 micrômetros, ou seja, são aproximadamente dez vezes menores que um grão de areia.

Esse estudo mostrou que a concentração média de microplásticos na água foi de 359 nanogramas por litro, o que é um valor alarmante quando se pensa na quantidade de água que consumimos ao longo da vida.

Em um ano, um adulto pode ingerir até 262 microgramas de partículas plásticas apenas ao beber água engarrafada.

Microplásticos no corpo humano Os microplásticos no corpo humano chegam principalmente por meio de alimentos e bebidas.

No caso da água engarrafada, as partículas de plástico podem se soltar da própria garrafa ou serem resultado de contaminantes durante o processo de engarrafamento.

O principal tipo de plástico encontrado nas amostras analisadas foi o tereftalato de polietileno (PET), um material comumente utilizado em garrafas PET.

Além disso, o estudo identificou 28 aditivos químicos presentes nas amostras de água, como estabilizadores e plastificantes, que migram do plástico para a água.

Microplásticos no corpo humano: quais os riscos? Se os microplásticos na água já são preocupantes, o que acontece quando eles entram no nosso organismo?

Estudos recentes mostram que essas partículas estão penetrando profundamente em nossos corpos.

Alguns dos produtos químicos encontrados nas garrafas plásticas são especialmente preocupantes.

Um deles, conhecido como DEHP (bis(2-etil-hexil) ftalato), é classificado como altamente tóxico e pode causar diversos problemas de saúde, incluindo:

Alterações no microbioma intestinal; Maior resistência a antibióticos; Possíveis distúrbios hormonais. Ainda não se sabe exatamente quão prejudiciais esses plásticos são a longo prazo, mas uma coisa é certa: eles não deveriam estar dentro de nós.

Ferver a água pode reduzir os microplásticos na água? Se tanto a água engarrafada quanto a da torneira podem conter plásticos invisíveis, como nos proteger?

Um estudo chinês de 2024 descobriu uma forma simples e caseira de reduzir a quantidade de microplásticos na água: fervê-la antes de beber.

Pesquisadores das Universidades de Guangzhou e Jinan testaram esse método e viram que ele pode eliminar até 90% dessas partículas.

Mas como isso funciona? Passo a passo para reduzir os microplásticos na água:

Ferva a água (principalmente se for “dura”, ou seja, rica em minerais). O carbonato de cálcio (calcário) se forma e “prende” os plásticos. Filtre a água com um coador de aço inoxidável (como os usados para chá). Resultados:

Água dura (mineralizada): Remove até 90% dos microplásticos. Água mole (poucos minerais): Elimina cerca de 25% das partículas. Mas como descobrir qual é o tipo da sua água? Sinais de água dura:

Forma crosta branca (calcário) em chaleiras e torneiras Faz menos espuma com sabão (precisa de mais sabonete ou detergente para limpar) Pode ter um sabor levemente metálico ou terroso Sinais de água mole:

Não acumula calcário facilmente Faz muita espuma com pouco sabão Tem um sabor mais neutro Os cientistas afirmam que beber água fervida pode ser uma maneira eficaz de diminuir a ingestão de plásticos.

Claro, não resolve 100% do problema, mas já é um grande avanço.

Por que isso acontece? Quando a água é aquecida, os minerais se transformam em pequenos cristais (como o calcário que aparece nas chaleiras).

Esses cristais funcionam como uma armadilha para os microplásticos, prendendo-os e permitindo que sejam filtrados depois.

É um método barato, acessível e que qualquer pessoa pode fazer em casa.

Se você está preocupado com os microplásticos no corpo humano, essa pode ser uma solução prática

Alternativas para reduzir o consumo de microplásticos Além de ferver a água, existem outras opções para tentar reduzir o consumo de microplásticos. São elas:

Usar filtros de água domésticos:

Filtros de água são uma solução prática e acessível para reduzir a quantidade de microplásticos na água que consumimos.

Eles ajudam a filtrar as partículas plásticas e outras impurezas, proporcionando uma água mais limpa.

Optar por garrafas reutilizáveis:

Usar garrafas reutilizáveis em vez de garrafas plásticas descartáveis é uma ótima maneira de reduzir a quantidade de plástico consumido. Isso também ajuda a diminuir a contaminação ambiental.

Reduzir o consumo de plásticos descartáveis:

Evitar o uso de plásticos descartáveis, como sacolas plásticas, embalagens e utensílios de plástico, também é importante para diminuir a presença de microplásticos nos alimentos e bebidas que consumimos.

Essas práticas simples podem ajudar a proteger a nossa saúde e o meio ambiente, reduzindo os microplásticos no corpo humano e contribuindo para um mundo mais sustentável.

O futuro da água: precisamos de regulamentações mais rígidas Enquanto a ciência busca entender os efeitos dos microplásticos no corpo humano, uma coisa é clara: eles estão em toda parte.

Desde a água que bebemos até o ar que respiramos, essas partículas já fazem parte do nosso cotidiano.

Os pesquisadores defendem a criação de limites internacionais para a quantidade de plástico permitida na água e em alimentos.

Enquanto isso, medidas simples, como as citadas acima, podem ser um passo importante para proteger um pouco mais nossa saúde.

Saude Lab

Foto: Canva PRO

A doença de Parkinson afeta milhões de pessoas ao redor do mundo, com destaque para o Brasil, que possui mais de 200 mil casos registrados. Embora o tremor seja o sintoma mais conhecido, existem outros sinais que podem indicar a presença dessa condição neurológica crônica. O diagnóstico precoce é essencial para a eficácia no tratamento e na melhoria da qualidade de vida dos pacientes.

Sintomas do Parkinson que vão além dos tremores É comum associar o Parkinson exclusivamente aos tremores, mas a doença pode se manifestar por meio de outros sintomas que afetam a qualidade de vida. Entre os principais sinais estão a rigidez muscular e a dificuldade de manter o equilíbrio. Além disso, alterações no humor e na memória também podem ser precoces indicadores da condição.

Rigidez muscular e articulação: O Parkinson pode causar uma sensação de rigidez nas articulações, prejudicando a movimentação do paciente. Movimentos lentos: A diminuição da velocidade dos movimentos é uma característica comum do Parkinson. Postura inclinada: Pacientes podem desenvolver uma postura mais curvada ou inclinada para frente. Dificuldade para caminhar: O equilíbrio prejudicado pode tornar a caminhada instável e dificultar a mobilidade. Alterações cognitivas e emocionais: Falhas de memória, dificuldades de discriminação de odores e alterações de humor são também sintomas importantes. Além desses sinais, a progressão dos tremores pode se estender para outras partes do corpo, como a cabeça, pés ou queixo, mas eles não são os únicos a determinar o diagnóstico.

Fatores de risco e diagnóstico precoce Embora as causas exatas do Parkinson não sejam totalmente conhecidas, sabe-se que uma combinação de fatores genéticos, ambientais e neuroquímicos pode contribuir para o seu desenvolvimento. A maioria dos casos ocorre em pessoas com mais de 60 anos, mas a doença pode afetar indivíduos mais jovens. Traumas cranianos repetidos e a exposição a toxinas ambientais também são fatores que podem aumentar o risco.

É importante destacar que outras condições, como tremores essenciais e distonia, podem mimetizar os sintomas do Parkinson. Por isso, um diagnóstico preciso realizado por um médico especializado é fundamental. O diagnóstico precoce não apenas facilita o tratamento, mas também ajuda no planejamento de terapias que podem melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Alternativas de tratamento e prevenção Atualmente, não existe um exame de sangue definitivo para diagnosticar o Parkinson. O diagnóstico continua sendo clínico, baseado nos sintomas e em testes neurológicos. Embora a doença não tenha cura, o tratamento visa aliviar os sintomas e pode incluir uma abordagem multidisciplinar, com terapias físicas e medicamentos.

Para prevenir a condição, estudos indicam que a prática regular de exercícios físicos, uma dieta rica em antioxidantes e a redução da exposição a toxinas podem diminuir o risco. Embora o Parkinson apresente desafios consideráveis, a conscientização sobre seus sintomas e fatores de risco pode ser um passo importante para o controle e tratamento adequados da doença.

O exercício de baixo impacto que pode reduzir os sintomas de Parkinson Estudos apontam que atividades físicas de baixo impacto, como caminhada e natação, podem aliviar sintomas de Parkinson. Esses exercícios melhoram a mobilidade, o equilíbrio e a função motora, contribuindo para uma maior qualidade de vida dos pacientes, sem sobrecarregar as articulações ou causar lesões.

Catraca Livre

No Brasil, cerca de 20 milhões de pessoas convivem com diabetes tipo 2 e dessas, quase cinco milhões ainda não foram diagnosticadas.

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Enquanto isso, estima-se que outros 40 milhões de brasileiros possuem pré-diabetes, um quadro em que já há uma doença caracterizada, mas que ainda é possível evitar sua evolução.

“Embora no pré-diabetes já tenhamos danos importantes como, por exemplo, perda de aproximadamente 30% da função do pâncreas, a boa notícia é que este quadro é reversível com diagnóstico e tratamento na maioria dos casos, que inclui intervenções no estilo de vida,” afirma a Dra. Maria Augusta Bernardini, diretora da área médica da Merck para o Brasil e América Latina.

“Precisamos levar as pessoas à ação, na busca por um futuro mais saudável. E não tem segredo: é consultar um médico e manter os exames mais básicos em dia, como a glicemia de jejum e a hemoglobina glicada”, explica.

Quem deve ficar atento? O pré-diabetes e o diabetes tipo 2 possuem fatores de risco bem definidos. A Dra. Bernardini lista os principais:

Sobrepeso e obesidade: são dois fatores predominantes nos pacientes; Histórico familiar: parentes de primeiro grau com diabetes aumentam a chance de desenvolvimento da condição; Sedentarismo: a falta de atividade física regular está diretamente ligada ao aumento do risco; Hipertensão e doenças cardíacas: são condições que agravam as chances; Mulheres com histórico de diabetes gestacional ou síndrome dos ovários policísticos: estão entre os grupos com maior vulnerabilidade. E como reverter o pré-diabetes? A reversão do pré-diabetes exige disciplina e mudanças de hábitos e estilo de vida e, em cerca de 80% dos casos, tratamento medicamentoso.

“Com alimentação balanceada, prática de atividade física regular, controle do peso e acompanhamento médico, é possível impedir que o pré-diabetes evolua para o diabetes tipo 2,” reforça a médica.

A combinação de prevenção e informação é essencial para que os pacientes possam assumir o controle de sua saúde. O Brasil ocupa o sexto lugar entre os países com mais casos de diabetes no mundo.

“O pré-diabetes e o diabetes frequentemente não apresentam sinais ou sintomas, o que reforça a importância de realizar exames regulares. No Brasil, infelizmente, cerca de 70% dos pacientes só descobrem a doença quando já enfrentam complicações, algo que poderia ser evitado com diagnósticos precoces por meio de exames periódicos”, explica a Dra. Bernardini.

Para mudar esse cenário, visite o site www.quemprocurasecuida.com.br e realize o teste de risco gratuito. As informações disponibilizadas são de caráter educativo e informativo. No entanto, a consulta médica é indispensável para um diagnóstico preciso e um tratamento adequado, considerando a individualidade de cada caso.

O tratamento deve ser seguido conforme orientação médica, e nenhuma medicação deve ser alterada ou interrompida sem consulta prévia com um profissional de saúde.

Catraca Livre

Foto: © iStock/Aguus

O consumo excessivo de álcool pode estar diretamente relacionado ao aumento do risco de desenvolver a doença de Alzheimer, de acordo com um estudo recente publicado na revista eNeuro. A pesquisa identificou padrões genéticos semelhantes entre pessoas com transtorno do uso de álcool e aquelas diagnosticadas com Alzheimer, sugerindo que o abuso de bebida pode acelerar o declínio cognitivo.

Embora o envelhecimento e a genética sejam fatores de risco estabelecidos para o Alzheimer, fatores de estilo de vida, como inatividade física, dieta pouco saudável, tabagismo, depressão e lesão cerebral traumática, são todos considerados como tendo um papel no início da doença da doença, de acordo com o National Institute on Aging.

E até 40% de todos os casos de demência estão associados a riscos comportamentais e ambientais, de acordo com um relatório no The Lancet. Agora, este estudo recente se soma a um crescente corpo de pesquisas que mostram que o uso excessivo de álcool promove a progressão da doença de Alzheimer.

Detalhes da investigação O estudo analisou dados do Atlas de Células Cerebrais da Doença de Alzheimer de Seattle (SEA-AD), investigando expressões genéticas de 85 indivíduos em diferentes estágios da doença de Alzheimer. Os pesquisadores compararam essas informações com um banco de dados de indivíduos com transtorno do uso de álcool, identificando uma sobreposição significativa nas alterações genéticas e celulares entre ambas as condições.

Uma das descobertas mais relevantes foi a detecção de maior atividade de certos genes em um tipo de célula cerebral chamada neurônios inibitórios (GABAérgicos) em pessoas que abusavam do álcool e pessoas com Alzheimer intermediário a avançado.

⏳ Descubra o que está rolando por aí! Entre no canal da Catraca Livre no WhatsApp e receba novidades no celular. Essa desregulação pode levar ao estresse celular e à morte neuronal, fatores determinantes para a perda de memória e comprometimento cognitivo.

Danos ao cérebro em nível molecular Os cientistas também encontraram alterações em vias inflamatórias, especialmente na microglia, as células imunológicas do cérebro. Houve um aumento na atividade da resposta imunológica e sinais de estresse tanto em indivíduos com transtorno do uso de álcool quanto naqueles com Alzheimer avançado. Além disso, a pesquisa revelou enfraquecimento significativo da estabilidade das sinapses cerebrais, afetando estruturas essenciais como mitocôndrias e membranas celulares.

Os resultados do estudo reforçam a importância de considerar o transtorno do uso de álcool como um fator de risco relevante para o desenvolvimento de Alzheimer. Especialistas alertam que a doença pode começar a se desenvolver décadas antes dos primeiros sintomas, tornando essencial a adoção de hábitos saudáveis o quanto antes.

Para aqueles que consomem álcool regularmente, diminuir ou eliminar a bebida pode ser um passo importante para preservar a saúde cerebral.

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