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No Dia Nacional da Imunização, comemorado nesta segunda-feira (9), o Pacto pelas Crianças do Piauí reforça o compromisso com a promoção da saúde desde a primeira infância, e destaca o papel fundamental das vacinas como ferramentas de prevenção, proteção coletiva e garantia de um futuro mais saudável para todos.

O Piauí tem se mantido entre os estados com melhores coberturas vacinais do Brasil, superando a meta de 90% em 17 das 24 vacinas monitoradas pelo Ministério da Saúde em 2025 — um marco importante, alcançado graças a políticas públicas integradas e ações em campo.

Um dos principais reforços nesse esforço coletivo é a Carretinha da Saúde, iniciativa itinerante que leva vacinação e atualização da caderneta de crianças para todos os cantos do estado, inclusive comunidades de difícil acesso.

De 2023 até 31 de maio de 2025, a Carretinha percorreu 72 municípios, avaliou 16.021 cadernetas de vacinação e realizou a atualização de 6.127 delas — ou seja, mais de 6 mil crianças estavam com alguma dose pendente e foram colocadas em dia graças à ação.

“A Carretinha tem sido essencial para garantir o acesso às vacinas e para fortalecer a cultura da imunização. Esses números mostram que há uma rede atenta, atuante e comprometida com a saúde das crianças piauienses”, afirma Isabel Fonteles, coordenadora do Pacto pelas Crianças do Piauí.

Vacinas salvam vidas e precisam estar em dia

As vacinas são responsáveis pela prevenção de doenças graves como sarampo, poliomielite, hepatite, meningite e coqueluche. No Piauí, o avanço é visível:

Em 2024, o estado aumentou a cobertura em 23 das 24 vacinas comparadas a 2023;

Em 2025, 17 imunizantes já superaram os 90% de cobertura;

Vacinas como BCG, DTP, hepatite B e tríplice viral ultrapassaram os 95% em cobertura;

Municípios com cobertura superior a 95% para pólio e tríplice viral aumentaram expressivamente.

Além disso, o Piauí é destaque nacional no alcance vacinal de crianças menores de 2 anos, com índices crescentes ano a ano — resultado da integração entre Saúde, Educação e Assistência Social, e do compromisso com os direitos da infância.

“Neste Dia Nacional da Imunização, o Pacto pelas Crianças do Piauí convida pais, mães e responsáveis a verificarem a caderneta de vacinação de suas crianças e procurarem o posto de saúde mais próximo para atualização.Vacinar é um ato de amor e responsabilidade. É proteger não apenas quem recebe a dose, mas também quem está ao redor — especialmente os mais vulneráveis”, finaliza Isabel Fonteles.

Sesapi

O consumo de fibras pode ser benéfico para a nossa saúde, e um estudo científico revelou que o papel desses nutrientes para manter a harmonia do ecossistema que habita o intestino e reduzir o risco de infecções.

Por meio da utilização de tecnologias como a inteligência artificial, um grupo de pesquisadores das universidades de Cambridge, no Reino Unido, de Chongqing, na China, e de Lisboa, em Portugal, analisou o microbioma de mais de 12 mil pessoas, de 45 países, a partir de amostras de fezes.

A pesquisa reforça que uma dieta rica em fibras colabora para evitar o que ocorre como desequilíbrio na população de micro-organismos, com maior concentração de bactérias patogênicas em comparação com as benéficas.

Os resultados mostram que a microbiota de uma pessoa pode prever se seu intestino tem probabilidade de ser colonizado por Enterobacteriaceae, família de bactérias que inclui diversos agentes patogênicos. Os resultados foram consistentes em diferentes estados de saúde e localizações geográficas.

Os pesquisadores identificaram 135 espécies de micro-organismos intestinais que são capazes de proteger contra infecções. Entre elas, destacam-se bactérias do gênero Faecalibacterium, que produzem compostos benéficos chamados ácidos graxos de cadeia curta ao decompor as fibras dos alimentos.

BossaNews Brasil

Acompanhar os meses em que o câncer está em remissão é um período de pura ansiedade. Agora, cientistas estão mais otimistas quanto a uma nova geração de exames de sangue que pode detectar o ressurgimento da doença meses antes de ela aparecer em exames de imagem como a tomografia computadorizada - e, com sorte, reduzir um pouco a insegurança do indivíduo nesse processo.

examesangue

Essa tecnologia, conhecida como biópsia líquida personalizada, procura fragmentos de DNA tumoral circulante (ctDNA) no sangue do paciente. Essas pistas são minúsculas, mas conseguem identificar que o câncer está tentando retornar.

Em um estudo publicado na Nature Medicine, pesquisadores da Universidade de Yale demonstraram que o teste foi capaz de detectar a reincidência do câncer de pulmão em média cinco meses antes de qualquer sinal aparecer nas imagens médicas.

“A tecnologia é empolgante porque podemos monitorar os resultados em tempo real e ajustar o tratamento de forma mais precisa”, disse Roy Herbst, vice-diretor do Centro de Câncer de Yale e autor principal do estudo, para a National Geographic.

Embora exames de sangue para marcadores de câncer não sejam novidade, essa nova geração vai além. Em vez de procurar mutações genéricas, os testes são moldados sob medida para cada paciente, analisando o DNA do tumor removido e comparando-o com o DNA saudável da pessoa.

O resultado é um exame que detecta a “assinatura genética” única daquele câncer, que é uma abordagem tão sensível que pode identificar a doença meses antes de se mostrar visível ou detectável por outros meios.

O objetivo é evitar sessões de quimioterapia desnecessárias ou iniciar o tratamento antes que a doença progrida silenciosamente.

No entanto, apesar do entusiasmo, especialistas alertam contra a adoção prematura. “Precisamos de mais dados, especialmente porque ainda não conhecemos todos os possíveis danos”, disse Herbst.

Uma preocupação é que testes positivos possam levar a tratamentos adicionais, como quimioterapia, em pacientes que estão assintomáticos, com potencial para causar efeitos colaterais significativos sem benefícios comprovados de sobrevida.

A questão é tão urgente que alguns especialistas pedem cautela até que ensaios clínicos sejam concluídos. “Antes de gastarmos milhões — ou bilhões — monitorando regularmente o ctDNA, precisamos saber se isso realmente ajuda as pessoas a viverem mais e melhor”, disse H. Gilbert Welch, médico e pesquisador que estuda triagem de câncer e escreveu recentemente sobre o tema no New England Journal of Medicine.

Superinteressante

Foto: © Testalize.me/Unsplash

Além dos mais de 20 imunizantes que o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece nas unidades básicas de todo o Brasil, algumas pessoas mais vulneráveis a infecções têm direito a receber outras vacinas ou versões diferenciadas, oferecidas nos centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (Crie).

Nem todo mundo, no entanto, conhece o serviço, alerta a presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim), Mônica Levi

"Os endocrinologistas têm que saber que aquele paciente diabético tem direito a uma série de vacinas que não têm na rotina e que eles são mais vulneráveis a essas doenças... Assim como os pacientes com cardiopatias crônicas, os pneumopatas crônicos, pacientes em tratamento oncológico. Infelizmente, é um desconhecimento não só da população, como também dos profissionais de saúde."

O jornalista Rodrigo Farhad recebeu o diagnóstico de diabetes tipo 1 há dois anos, e sempre se preocupou em manter a carteira de vacinação em dia, mas nunca foi orientado a fazer alguma vacinação especial por causa da sua condição:

"Na época da pandemia, eu me lembro de acompanhar o meu filho, que também tinha diabetes, à vacinação e que ele foi um dos primeiros públicos a serem vacinados contra a covi-19 em razão da comorbidade. Mas não me lembro desse aconselhamento, de que ele deveria tomar outras vacinas. E no meu caso, ninguém nunca me aconselhou nem a procurar um posto de saúde para verificar se a minha vacinação normal está em dia"

De acordo com as orientações do Ministério da Saúde, além de tomar as vacinas previstas no calendário básico, pessoas com diabetes devem sempre se proteger contra a influenza e receber a vacina pneumocóccica 23, que oferece proteção contra 23 tipos de bactérias pneumococo, que causam infecções nos pulmões, ouvidos e também sepse e meningite. 

Essa vacina só está disponível nos Cries e também é recomendada para pessoas com doenças como asma grave, cardiopatias crônicas, doença neurológica crônica incapacitante ou fibrose cística, que vivem com HIV ou em tratamento de câncer, entre outras situações. Já o público em geral têm à sua disposição a vacina pneumo-10, que protege contra os dez tipos mais prevalentes.

Mônica Levi explica porque há essa diferenciação. "Qualquer infecção pode causar uma descompensação da doença de base, levando ao descontrole da diabetes, da asma grave. Além disso, alguém com a imunidade muito baixa, seja por um transplante, seja por uma quimioterapia, ou uma doença autoimune, muitas vezes essas pessoas não morrem da doença em si, mas de uma infecção secundária. Então, é muito importante levar em consideração o risco de as infecções serem mais graves e a taxa de óbito mais elevada".

Outro público importante dos Cries são os bebês prematuros. A assistente social Yngrid Antunes, mãe de duas crianças nascidas com prematuridade extrema, foi informada sobre o serviço na Clínica da Família do bairro onde mora. No Crie que fica dentro da sede da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, os gêmeos Ísis e Lucas, hoje com 3 anos, receberam oito vacinas.

"O atendimento foi muito bom e muito rápido. Eles passaram por uma consulta com a imunologista e ela me explicou como seriam as doses para eles. O trabalho fez grande diferença, porque como eles são prematuros, a atenção e o cuidado têm que ser redobrado. E lá eles tomaram uma dose específica para o peso deles".

Prematuros como Ísis e Lucas também precisam receber uma dose especial das vacinas que protegem contra difteria, tétano, coqueluche, meningite por haemophilus, hepatite e poliomielite, com um componente acelular, o que não é necessário para as crianças nascidas no tempo normal e que não têm outros riscos.

Os Cries também aplicam as imunoglobulinas - imunobiológicos que contêm anticorpos já prontos para agir contra um possível invasor de forma emergencial. Uma delas é a imuglobina antitetânica, administrada em recém-nascidos e pessoas imunodeficientes que têm risco de contágio pela doença, por exemplo. Já a imunoglobina anti-hepatite B também é voltada para vitimas de violência sexual, já que a doença pode ser transmitida por essa via.

Desde fevereiro deste ano, o Brasil conta com uma Rede de Imunobiológicos para Pessoas com Situações Especiais que passou a coordenar o trabalho dos Cries. O objetivo da rede é garantir que os imunobiológicos especiais estejam disponíveis para atender a população e promover treinamento sobre o serviço para todos os profissionais de saúde do SUS.

A Sociedade Brasileira de Imunizações edita uma publicação atualizada com recomendações vacinais para pacientes com condições de saúde especiais. Também está disponível no site do Ministério da Saúde a sexta edição do Manual dos Cries, com todos os critérios técnicos e orientações para a aplicação dos imunizantes.

Agência Brasil