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O intestino "preguiçoso" é uma queixa frequente, especialmente entre mulheres e em momentos como viagens ou mudanças de rotina. No entanto, alguns sintomas intestinais podem sinalizar condições mais graves do que uma simples prisão de ventre.

Cirurgiões do aparelho digestivo e gastroenterologistas esclarecem as principais doenças que afetam o intestino grosso (cólon) e o ânus, incluindo hemorroidas, fissuras anais, retocolite ulcerativa, doença de Crohn, pólipos e câncer.

Segundo os médicos Fábio Atui e Flávio Steinwurz, o intestino delgado tem aproximadamente 6 metros de comprimento e o intestino grosso, 1,5 metro.

Hemorroidas e Fissuras Anais: Como Identificar e Prevenir Hemorroidas: Presentes em todas as pessoas internamente, as hemorroidas tornam-se um problema quando as veias que irrigam o ânus e o reto inflamam e incham, seja dentro ou fora do corpo. Os sintomas podem incluir sangramento, dor ou ardor durante, ou após a evacuação, e uma saliência palpável. A principal causa é a constipação (prisão de ventre), que leva a um esforço excessivo ao evacuar.

Outros fatores predisponentes são: gravidez, idade, obesidade, genética, sedentarismo e uma dieta pobre em fibras e líquidos.

As hemorroidas são classificadas em graus:

no grau 1, somente sangram; no 2, sangram e saem; no 3, sangram, saem e a pessoa consegue colocá-la para dentro; e no 4, sangra e fica sempre para fora – aí é preciso operar. Pomadas à base de analgésicos, anestésicos e cicatrizantes podem ajudar, mas sempre com recomendação médica.

É importante notar que pimentas não causam hemorroidas, mas podem fazer a região doer mais. Da mesma forma, trabalhar sentado ou carregar peso não as causam, mas podem piorar o problema em quem já o tem.

Fissuras Anais: Uma fissura anal é uma úlcera de aproximadamente 4 cm no canal do ânus, geralmente longitudinal e localizada em áreas com menor irrigação sanguínea. Prisão de ventre, fezes endurecidas, sexo anal e outras agressões à região são fatores de risco.

Os sintomas incluem dor ao evacuar e sangue no papel higiênico ou nas fezes logo depois. Fissuras agudas podem se curar sozinhas em dois ou três dias, mas as crônicas exigem medicamentos para relaxar a musculatura anal e promover a cicatrização, ou cirurgia, se o tratamento conservador não for suficiente.

Medidas de Prevenção e Alívio para ambos: Os médicos deram algumas dicas importantes para evitar fissuras e hemorroidas:

Nunca evite a evacuação por medo da dor, pois isso só tornará as fezes mais duras e a dor ainda maior. Beba bastante líquido. Consuma muitas fibras, presentes em frutas, verduras, legumes e cereais, para auxiliar o fluxo intestinal. Faça banhos de assento com água morna para relaxar a musculatura anal e aliviar o desconforto. Doenças Inflamatórias Crônicas: Retocolite Ulcerativa e Doença de Crohn Retocolite ulcerativa e doença de Crohn são inflamações crônicas e incuráveis do intestino, de causa desconhecida, mas com características autoimunes e componentes genéticos. Embora semelhantes, apresentam diferenças cruciais.

Retocolite Ulcerativa: Afeta exclusivamente o intestino grosso, com lesões mais superficiais que atingem apenas a camada mais interna do órgão. As lesões são contínuas e acometem um segmento inteiro. É um fator de risco que predispõe ao câncer de intestino, principalmente em pacientes que têm a doença há mais de sete anos.

Doença de Crohn: Pode atingir qualquer parte do trato digestivo, da boca ao ânus, mas tem predileção pela parte final do intestino delgado (íleo) e o início do intestino grosso. Diferente da retocolite, o Crohn afeta todas as quatro camadas do intestino, podendo causar abscessos (acúmulo de pus), fístulas (comunicação forçada entre órgãos) e infecções em outros órgãos. Caracteriza-se por apresentar áreas alternadas de doença e saúde.

Incidência e Sintomas: A incidência dessas doenças é maior entre 15 e 40 anos (70% dos casos), e 20% dos pacientes são crianças. Observa-se também uma maior prevalência em países desenvolvidos. Sintomas comuns incluem diarreia com mais de um mês de duração, emagrecimento, muco ou sangue nas fezes e febre. Em crianças, pode haver dificuldade no desenvolvimento. O controle é feito com medicamentos que contêm a inflamação, anti-inflamatórios específicos e corticoides.

O câncer de reto é uma doença séria, mas que pode ser prevenida por meio de rastreamento antecipado. Geralmente, antes do câncer, surgem pólipos intestinais, que são lesões pré-cancerígenas e podem ser removidas durante uma colonoscopia. Existem pólipos hiperplásicos (benignos, sem risco de câncer) e adenomatosos, estes últimos com grandes chances de se tornarem cancerosos no futuro.

Recomendações de Rastreamento: O monitoramento precisa ser feito regularmente após os 50 anos de idade. Em caso de histórico familiar em algum parente de 1º grau, o rastreamento deve começar aos 40 anos, ou 10 anos antes da idade em que o parente teve câncer, caso isso tenha ocorrido antes dos 40 anos. Como a doença pode ou não dar sintomas, é importante fazer o monitoramento na idade certa. Os exames que rastreiam o câncer são o de presença de sangue oculto nas fezes e a colonoscopia.

Sintomas de Alerta: Os sintomas do câncer de reto podem ser variados e, por vezes, confundidos com outras condições, como hemorroidas ou fissuras. Incluem:

Vontade de ir ao banheiro, mas quando chega, não consegue evacuar ou tem sensação de evacuação incompleta; Sangue vivo nas fezes; Fezes em fita (iguais à serpentina); Dor no reto; Alternância entre diarreia e prisão de ventre; Alteração do hábito intestinal; Cólicas; Muco; Perda de peso sem causa aparente; Cansaço; Anemia; e Barulho na barriga. A sobreposição de sintomas com outras doenças intestinais reforça a importância de sempre procurar um médico ao sinal de qualquer um desses problemas para um diagnóstico preciso e tratamento adequado.

G1

Cerca de 16,6 milhões de adultos brasileiros entre 20 e 79 anos vivem com diabetes, segundo dados divulgados em 2024 pela Federação Internacional de Diabetes. A expectativa é que, até 2050, esse número chegue a 24 milhões de pessoas diagnosticadas no país.

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De acordo com o Ministério da Saúde, 62,8% das pessoas diagnosticadas são do sexo feminino, e 27% têm entre 60 e 69 anos. Em 2023, segundo a pasta, 10,2% da população adulta das capitais brasileiras afirmaram ter a doença.

Para conscientizar sobre a importância da prevenção e tratamento adequado da condição, nesta quinta-feira (26) é celebrado o Dia Nacional do Diabetes.

O levantamento da Federação Internacional de Diabetes também aponta que o Brasil gasta, em média, US$ 2.714 por pessoa com diabetes, e que 31% dos adultos nessa faixa etária convivem com a doença sem diagnóstico — ou seja, sem saber que têm diabetes.

Um dos casos é da psicopedagoga Andréa Cristina Olímpio de Abreu, que procurou ajuda médica após perceber dificuldades para emagrecer. “O diagnóstico foi recebido com estranheza, porque sempre achei que me alimentava bem. Nunca fui de comer muito doce, não gosto de chocolate. Então, não achei que a farinha branca fosse fazer tão mal”, contou.

Para ela, descobrir que é portadora de uma doença crônica afetou o lado emocional. “O maior desafio tem sido aceitar que há um problema e, a partir daí, adaptar a alimentação, conseguir regularidade na atividade física, ter boas noites de sono, perder peso. É uma nova fase da vida”, afirmou.

O que é diabetes? A diabetes é uma condição causada pela produção insuficiente ou pela má absorção de insulina — hormônio responsável por regular a glicose (açúcar) no sangue e garantir energia para o funcionamento das células do corpo.

Segundo o Ministério da Saúde, a orientação para os casos é procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima. “A Atenção Primária à Saúde (APS) é a porta de entrada preferencial do sistema, atuando na promoção da saúde, prevenção de fatores de risco, detecção precoce, acompanhamento e, quando necessário, encaminhamento para atendimento especializado”, explica a pasta.

No SUS (Sistema Único de Saúde) é feito o acompanhamento dos casos, inclusive com medicamentos gratuitos pelo Farmácia Popular.

“As equipes da APS realizam acolhimento, avaliação individualizada e planejamento terapêutico com base nas necessidades de cada paciente. Esse cuidado inclui consultas regulares, exames laboratoriais e ações de educação em saúde para o autocuidado e a automonitorização”, destaca o Ministério da Saúde.

Tipos de diabetes Tipo 1 Costuma se manifestar na infância ou adolescência, embora possa ser diagnosticado também em adultos.

Tipo 2 Ocorre quando o corpo não utiliza adequadamente a insulina produzida. Está diretamente relacionado a fatores como:

Sobrepeso; Sedentarismo; Triglicerídeos elevados; Hipertensão; e Hábitos alimentares inadequados. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 90% dos casos de diabetes no Brasil são do tipo 2.

Brasil ocupa 6º lugar no mundo O número de diagnósticos coloca o Brasil como o 6º país com mais casos de diabetes no mundo. Veja a relação:

China – 148 milhões Índia – 89,8 milhões

Estados Unidos – 38,5 milhões Paquistão – 34,5 milhões

Indonésia – 20,4 milhões

Brasil – 16,6 milhões

No total, há mais de 589 milhões de pessoas com diabetes no mundo, e a projeção é de que, em 2050, esse número chegue a 853 milhões.

R7

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Arquivo

O Aspergillus flavus é um fungo tóxico que não só afeta as safras, como foi associado a mortes em escavações de sepulturas antigas. No entanto, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Pensilvânia, nos Estados Unidos, conseguiu transformá-lo num potente composto anticancerígeno, ao modificar certas moléculas do fungo e experimentá-las contra células leucêmicas.

A descoberta abre perspectivas para novos medicamentos derivados desses organismos situados entre o mundo vegetal e o animal: "Os fungos nos deram a penicilina. Agora, estes resultados demonstram que estão por se descobrir muitos mais medicamentos derivados de produtos naturais", comenta a professora de bioengenharia Sherry Gao, principal autora do estudo publicado na revista Nature Chemical Biology.

De vilão a herói O A. flavus tem fama de vilão desde que arqueólogos liderados por Howard Carter abriram a câmara funerária do soberano egípcio Tutancâmon (1341 a 1323 a.C.), na década de 1920, e uma série de mortes misteriosas entre a equipe de escavação deu origem à lenda da "maldição do faraó".

Décadas mais tarde, deduziu-se que os esporos (amarelos, daí o epíteto latino "flavus") do microrganismo, latentes há séculos, poderiam ser os causadores.

A tragédia se repetiu na década de 1970, quando 12 cientistas penetraram na sepultura de Casimiro 4º da Polônia (1427-1492). Dentro de poucas semanas, dez deles morreram prematuramente. Análises posteriores revelaram a presença do fungo, cujas toxinas provocam infecções pulmonares.

A partir do atual estudo, porém, a reputação do Aspergillus flavus poderá mudar radicalmente. Sua potencial utilidade para a terapia do câncer se baseia numa classe de peptídios (moléculas compostas de dois ou mais aminoácidos) modificados.

Identificados pelo acrônimo RiPP (ribosomally synthesized and post-translationally modified peptide), eles são substâncias sintetizadas pelos ribossomas (estruturas que fabricam proteínas nas células) e posteriormente alterados para intensificar suas propriedades anticancerígenas.

Pesquisas anteriores haviam demonstrado que o Aspergillus podia conter RiPPs, e para identificar a melhor fonte, a equipe analisou geneticamente uma dúzia de cepas, chegando ao A. flavus.

Ação específica promissora Após purificar quatro RiPPs distintos, descobriu-se que as moléculas partilhavam estruturas de anéis entrelaçados, que foram batizadas "asperigimicinas". Mesmo sem modificações, ao serem combinadas com células leucêmicas humanas, duas dessas quatro variantes demonstraram efeitos anticancerígenos potentes.

A uma terceira variante os cientistas da Pensilvânia acrescentaram um lipídio também encontrado na geleia real das abelhas: o composto funcionou tão bem quanto a citarabina e a daunorrubicina, dois fármacos aprovados pelas autoridades sanitárias dos EUA, empregados há décadas no tratamento da leucemia.

Experimentos adicionais indicaram que as asperigimicinas provavelmente interrompem o processo de reprodução celular. "As células cancerosas se dividem de modo descontrolado. Esses compostos bloqueiam a formação de microtúbulos, essenciais para a divisão celular", explica Gao.

Notou-se ainda que os compostos tiveram pouco ou nenhum efeito sobre células do câncer de mama, fígado e pulmão, ou sobre diversas bactérias e fungos. Isso sugere que a ação disruptiva das asperigimicinas é específica para certos tipos de célula – uma característica fundamental para eventuais usos terapêuticos.

Além de demonstrar o potencial médico dessas substâncias, o estudo identificou grupos semelhantes de genes em outros fungos, sugerindo que há mais RiPPs fúngicos a serem descobertos. O passo seguinte será testar as asperigimicinas em modelos animais, visando futuros ensaios clínicos em humanos.

Por Deutsche Welle

G1

Ter um sono de má qualidade tem um impacto significativo na saúde do cérebro, podendo acelerar o envelhecimento cerebral em até três anos. Um estudo conduzido por cientistas da Universidade da Califórnia em São Francisco, nos EUA, revelou que a dificuldade para adormecer ou permanecer dormindo está diretamente associada a uma piora na saúde cerebral ao longo dos anos.

cerebro

A pesquisa analisou cerca de 600 pessoas de meia-idade, acompanhando seus padrões de sono e realizando exames cerebrais ao longo de 15 anos. Mesmo após ajustes para fatores como idade, sexo, hipertensão e diabetes, os resultados indicaram que a má qualidade do sono influencia negativamente o cérebro.

Segundo Kristine Yaffe, membro da Academia Americana de Neurologia, é essencial tratar os problemas de sono precocemente para preservar a função cerebral ao longo da vida. Ela recomenda manter um horário de sono regular, praticar exercícios físicos, evitar cafeína e álcool antes de dormir e adotar técnicas de relaxamento.

Metodologia do estudo Os participantes do estudo responderam questionários sobre seis características do sono: sono curto, má qualidade, dificuldade para adormecer, dificuldade para manter o sono, acordar cedo e sonolência diurna. Com base nas respostas, foram divididos em três grupos: baixo, médio e alto risco de envelhecimento cerebral acelerado. Aqueles do grupo intermediário apresentaram uma idade cerebral média 1,6 anos maior do que os do grupo baixo, enquanto os do grupo alto tiveram um envelhecimento médio de 2,6 anos a mais.

Esta não é exatamente uma novidade, pois estudos anteriores já haviam relacionado distúrbios do sono a déficits cognitivos e maior risco de demência.

Hábitos saudáveis para o cérebro Outra pesquisa publicada na revista Neurology aponta que hábitos saudáveis, como boa qualidade do sono, atividade física, alimentação balanceada e evitar o tabagismo, ajudam a reduzir o risco de derrame, depressão e declínio cognitivo.

Outro fator essencial para a saúde do cérebro envolve a manutenção de quatro indicadores dentro de faixas saudáveis: peso corporal, colesterol, pressão arterial e açúcar no sangue. Segundo cientistas dos Estados Unidos, esses fatores fazem parte dos chamados “8 Essenciais da Vida”, que já demonstraram benefícios para a saúde cardiovascular e podem retardar o envelhecimento cerebral.

Os dados foram extraídos de mais de 316 mil adultos do UK Biobank, um banco de dados do Reino Unido que reúne informações médicas e de estilo de vida de mais de meio milhão de pessoas.

Esses achados reforçam a importância de adotar hábitos que promovam um sono reparador e um estilo de vida saudável para preservar a função cerebral ao longo do envelhecimento. Medidas simples, como regularidade no sono, prática de exercícios e monitoramento de fatores de risco, podem ser decisivas para garantir um cérebro mais saudável e ativo por mais tempo.

Catraca Livre

Foto: © Naeblys/istock