O omeprazol, medicamento utilizado por milhões de pessoas no mundo todo, inclusive no Brasil, é recomendado para o tratamento de úlceras no estômago e intestino, mas cada vez mais evidências apontam que o uso indiscriminado do fármaco pode causar problemas de saúde.
Especialistas ouvidos pelo portal g1 explicam que, um estudo recente que sugeria que o remédio pode estar ligado ao desenvolvimento de demência em pacientes era observacional.
“É uma relação indireta: o remédio não causa o problema cognitivo, mas pode facilitar uma deficiência que interfere no metabolismo cerebral”, detalhou Iago Navas, neurologista da Clínica Sartor.
O especialista destaca que o ácido gástrico é fundamental para liberar a vitamina B12 dos alimentos. Quando suprimido por muito tempo, a absorção diminui, o que está associado a sintomas como fadiga, formigamento, lapsos de memória e dificuldade de concentração. A reposição da vitamina, todavia, pode reverter esse cenário.
De acordo a pesquisa feita pelos profissionais da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, publicado na Alzheimers & Dementia, existe a possibilidade desse diagnóstico ocorrer em um tempo de até nove anos, o que permitiria futuros pacientes se beneficiarem de intervenções que reduzam o risco neurodegenerativo.
A equipe analisou dados genéticos de pacientes do Biobank (banco de dados anônimos de pacientes da rede de saúde) e descobriu que muitos apresentavam, a partir de outras condições, deficiências em diversas áreas, como a resolução de problemas e recuperação de números na memória.
Na coluna de quinta, abordei a discussão sobre o papel da tecnologia na promoção de acessibilidade e equidade no sistema de saúde, um dos temas centrais da FISweek 2025, evento voltado à inovação e tendências da área. No entanto, quem esteve no centro das atenções foi a inteligência artificial e, como consequência, o debate sobre ética e o uso de IA nas decisões clínicas.
Não se trata mais de uma questão sobre se a inteligência artificial vai ser usada, mas quando e de que forma – esse foi o consenso entre os especialistas. Para o médico Charles Souleyman, diretor-executivo da Rede Total Care (que pertence ao grupo Amil), a telemedicina não pode ser utilizada com o único objetivo de reduzir custos e fazer consultas de cinco minutos. “O resultado é uma consulta de péssima qualidade, com um agravante: provavelmente, será solicitado um número excessivo de exames, o que representa uma completa distorção”, afirmou.
Então, como garantir a eficiência da inteligência artificial para apoiar as decisões clínicas? Carlos Sacomani, doutor em urologista pela Faculdade de Medicina da USP e especialista em projetos em telemedicina, destacou a importância de checar a qualidade dos algoritmos utilizados. “Os dados precisam de robustez e é fundamental saber se o algoritmo foi bem treinado, se a validação é consistente. Atualmente, há produtos que são apresentados como se tivessem a capacidade de responder a todas as perguntas, o que nem sempre é verdade”.
Outro ponto preocupante é a formação dos profissionais de saúde para lidar com a tecnologia. “Exigirá o preparo do médico para formular as perguntas certas. Essa capacitação ainda passa longe dos cursos de graduação, mas tem que entrar no currículo das faculdades de medicina. Não se discute mais se a IA vai ser utilizada, e sim como. Uma consulta assistida por inteligência artificial pode sugerir falas compassivas que confortem o paciente, listar dúvidas que talvez não tenham sido respondidas e até recomendar exames complementares”, detalhou Souleyman.
Ambos também debateram como a IA pode desempenhar um papel determinante na melhora da gestão na saúde. Imaginemos um atendimento como um pronto-socorro: em vez de todas as imagens de raio-X de pulmão serem encaminhadas para a análise de um radiologista, a inteligência artificial se encarregaria de filtrar os casos normais – que são maioria – transferindo para o especialista apenas o que é suspeito. “O custo será menor e o profissional qualificado terá mais tempo para analisar o caso, agilizando o processo”, explicou Souleyman.
Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade McMaster, no Canadá, apontou que o uso exclusivo do índice de massa corporal (IMC) como medida de saúde metabólica pode não ser o ideal para identificar os riscos cardiovasculares.
A equipe afirma que o acúmulo de gordura no abdômen e no fígado, mesmo em pessoas aparentemente saudáveis, está associado a danos nas artérias e pode elevar o risco de derrame e infarto.
Deste modo, os cientistas propõem uma mudança na forma como médicos avaliam os riscos ligados à obesidade. No trabalho, os pesquisadores analisaram exames de ressonância magnética e dados clínicos de mais de 33 mil adultos no Canadá e no Reino Unido.
Eles identificaram que a gordura visceral, que se acumula em torno dos órgãos, e a gordura hepática, armazenada no fígado, estão fortemente associadas ao espessamento e à obstrução das artérias carótidas, responsáveis por levar sangue ao cérebro.
Essas alterações são importantes marcadores de risco para doenças cardíacas e acidente vascular cerebral (AVC). O efeito persistiu mesmo após o ajuste de fatores como colesterol, pressão arterial e estilo de vida. Ainda segundo os responsáveis pela pesquisa, duas pessoas com exatamente o mesmo peso podem ter riscos cardiovasculares distintos.
Os níveis elevados de colesterol no sangue são um fator importante de risco para doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, como infarto, AVC e aterosclerose. Por isso, manter o colesterol sob controle é essencial para a saúde do coração e da circulação.
De acordo com o portal da rede de saúde CUF, cerca de 25% da população portuguesa apresenta níveis de colesterol considerados perigosos. No cenário global, o colesterol alto está ligado a 18% dos casos de doenças cerebrovasculares, 56% das doenças cardíacas isquêmicas e é responsável por aproximadamente 4,4 milhões de mortes por ano, o que representa cerca de 7,9% do total mundial.
A boa notícia é que a alimentação desempenha um papel crucial tanto na prevenção quanto no tratamento da hipercolesterolemia. Segundo o médico Mehmet Temel Yilmaz, em entrevista ao jornal Huffington Post, alguns alimentos devem ser evitados por quem tem colesterol alto, devido ao seu impacto negativo nos níveis de gordura no sangue.
A seguir, veja quatro alimentos que devem ser retirados ou reduzidos da dieta se você tem colesterol elevado:
Carne vermelha
Carnes como boi, porco e cordeiro possuem altos teores de gorduras saturadas, que aumentam o colesterol LDL (o “ruim”) e favorecem o acúmulo de placas nas artérias. O ideal é substituir essas carnes por opções mais magras, como frango, peru ou peixes como tilápia, salmão e sardinha, que são ricos em ômega-3.
Laticínios integrais
Leite de vaca, queijos amarelos e outros laticínios com gordura animal são fontes importantes de colesterol e gorduras saturadas. Para quem precisa controlar os níveis no sangue, a recomendação é dar preferência a leites vegetais, como o de amêndoas, aveia ou soja, e queijos com baixo teor de gordura, como ricota e queijo feta. O consumo de manteiga também deve ser reduzido ou substituído por versões com gordura vegetal não hidrogenada
Chocolate
Nem todos os chocolates são iguais. O chocolate ao leite contém gordura saturada e colesterol, devido à presença de leite integral em sua composição. Já o chocolate amargo, com maior concentração de cacau (acima de 70%), tende a ter menor teor de colesterol e, quando consumido com moderação, pode até oferecer benefícios antioxidantes.
Alimentos fritos
Batatas fritas, hambúrgueres, salgadinhos empanados e outros alimentos preparados em óleo quente contêm gorduras trans e saturadas, que contribuem para o aumento do colesterol ruim e a redução do colesterol bom (HDL). Além disso, frituras em óleo reutilizado ou de má qualidade potencializam os danos às artérias. Sempre que possível, opte por preparações assadas, cozidas ou grelhadas.
Quais os melhores alimentos para controlar o colesterol?
Além de evitar os itens citados, é importante investir em alimentos que ajudam a reduzir o colesterol ruim e aumentar o bom. Entre os mais indicados estão:
Peixes gordurosos, como salmão, sardinha e cavala, ricos em ômega-3
Azeite de oliva extra virgem, com ação anti-inflamatória
Grãos integrais, como arroz integral, aveia, pão e massas integrais
Oleaginosas, como nozes, amêndoas e sementes de chia e linhaça
Frutas e vegetais ricos em fibras solúveis, como maçã, laranja, berinjela e cenoura
A prática de exercícios físicos regulares, manter o peso corporal saudável, evitar o tabagismo e reduzir o consumo de álcool também são fatores essenciais no controle do colesterol.
16 alimentos que ajudam a aliviar a constipação e regular o intestino Especialistas em nutrição indicam alimentos ricos em fibras e nutrientes que estimulam o bom funcionamento intestinal, como batata-doce, ameixa, chia, kiwi e abacate. Hidratação e atividade física também são fundamentais para prevenir a obstipação.