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O câncer de intestino, também conhecido como câncer colorretal, é um dos tumores mais comuns no Brasil. Conforme o Instituto Nacional de Câncer (INCA), para cada ano do triênio 2023-2025, são estimados cerca de 45.630 novos casos, correspondendo a um risco de 21,10 casos por 100 mil habitantes.

cancerintestino

A maioria dos casos desse tipo de câncer está relacionada aos hábitos de vida. Especialistas apontam que até 80% das ocorrências têm como causa fatores como tabagismo, alimentação inadequada, consumo de álcool e sedentarismo.

Como evitar o câncer de intestino? Manter uma vida saudável é a principal recomendação para prevenir esse tipo de tumor. Além de evitar os hábitos que agridem o intestino, alguns comportamentos e escolhas alimentares têm mostrado benefícios adicionais na prevenção, como:

Uma dieta equilibrada é essencial para proteger o intestino. Consumir fibras — presentes em alimentos como frutas, verduras, legumes e cereais integrais — ajuda a manter o trânsito intestinal regular e reduz o risco de formação de tumores. Dietas com alto teor de carnes processadas, como embutidos e carne de sol, aumentam o risco de câncer.

Seguir uma dieta vegetariana bem planejada pode ser uma opção benéfica. As vantagens decorrem da ausência de carnes processadas e do maior consumo de fibras.

No entanto, mesmo dietas que incluem carne em quantidades moderadas podem trazer benefícios se forem saudáveis de maneira geral.

Não existe um alimento que previne a doença sozinho, mas um conjunto de hábitos saudáveis que faz a diferença.

Exercícios físicos diariamente A prática regular de atividades físicas está associada à redução do risco de câncer de intestino. Exercícios ajudam a regular o metabolismo, manter um peso corporal saudável e melhorar a saúde intestinal.

Caminhadas, corridas leves e atividades aeróbicas são boas opções para incluir na rotina.

Manter níveis adequados de vitamina D Há indícios de que níveis saudáveis de vitamina D podem estar relacionados à redução do risco de câncer colorretal.

A exposição moderada ao sol e alimentos ricos em vitamina D, como peixes gordurosos e ovos, ajudam a manter essa vitamina em níveis adequados.

Evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas O consumo excessivo de álcool é um fator de risco importante para o câncer de intestino. Limitar ou evitar bebidas alcoólicas é uma medida preventiva recomendada por especialistas.

Parar de fumar O tabagismo é um dos maiores vilões quando se fala em câncer de intestino e outros tipos de câncer. Abandonar o cigarro reduz consideravelmente os riscos e traz benefícios significativos para a saúde.

Exames regulares são fundamentais Além de adotar um estilo de vida saudável, realizar exames preventivos é essencial para identificar sinais precoces do câncer de intestino. O teste de sangue oculto nas fezes é recomendado anualmente e pode indicar a necessidade de uma colonoscopia.

Fazer exames anuais, praticar atividade física e ter uma dieta equilibrada não só reduzem o risco de câncer de intestino, mas também de outras doenças comuns.

Fique atento aos sinais O câncer de intestino está se tornando mais frequente, e a conscientização é uma das principais armas contra a doença.

Esteja atento a sinais como alteração nos hábitos intestinais, sangue nas fezes e dor abdominal persistente, buscando orientação médica sempre que necessário.

Catraca Livre

Foto: © iStock/ChrisChrisW

 

O colesterol HDL, conhecido popularmente como o “colesterol bom”, é amplamente reconhecido por seus benefícios à saúde, especialmente no que diz respeito à proteção do coração.

No entanto, um estudo recente revelou uma descoberta surpreendente: em pessoas com mais de 55 anos, níveis elevados de HDL podem estar ligados ao aumento do risco de desenvolver glaucoma, uma condição ocular grave.

Este estudo lança um novo olhar sobre o papel do colesterol na saúde dos olhos, sugerindo que o que tradicionalmente é considerado benéfico para o coração pode, em determinadas situações, não ser tão positivo para a visão.

Por outro lado, algo que muitos não esperavam: o colesterol LDL, o “colesterol ruim”, pode ter um efeito protetor, estando associado a um risco menor de glaucoma.

A ideia de que o colesterol ruim poderia ajudar a prevenir uma doença ocular séria desafia o que pensávamos saber sobre a relação entre as gorduras no sangue e a saúde ocular.

O que é glaucoma? O glaucoma é uma doença silenciosa que afeta o nervo óptico, responsável por transmitir as imagens que vemos aos olhos do cérebro. Quando esse nervo é danificado, a visão começa a se deteriorar de forma irreversível.

Sem tratamento adequado, o glaucoma pode levar à perda total da visão, tornando-se uma das principais causas de cegueira no mundo. De acordo com estimativas, até 2040, o número de pessoas afetadas pelo glaucoma pode atingir cerca de 112 milhões globalmente, o que torna a conscientização sobre a doença ainda mais importante.

A relação entre o colesterol e o glaucoma, especialmente em adultos mais velhos, abre um debate relevante sobre como as condições de saúde, como o colesterol, podem influenciar nossa visão.

Isso torna ainda mais fundamental compreender o impacto do colesterol HDL e LDL, não apenas na saúde cardiovascular, mas também na saúde dos olhos, especialmente à medida que envelhecemos.

Os dados foram coletados do UK Biobank, um estudo de longo prazo que acompanha a saúde dos participantes. Durante os 14 anos de acompanhamento, 6.868 pessoas desenvolveram glaucoma, o que forneceu uma base sólida para a análise.

Os pesquisadores descobriram que os indivíduos que desenvolveram glaucoma eram, em média, mais velhos, de etnia não branca, e apresentavam níveis mais elevados de colesterol HDL, o “colesterol bom”.

Além disso, essas pessoas também tinham menos colesterol LDL, o “colesterol ruim”, e uma maior circunferência abdominal, um sinal claro de obesidade central, o que pode indicar outros fatores de risco associados à doença. Colesterol HDL e o risco de glaucoma Embora o HDL seja tradicionalmente visto como protetor contra doenças cardíacas, o estudo trouxe uma reviravolta. Ao contrário do esperado, níveis mais altos de HDL podem, na verdade, estar associados a um risco maior de desenvolver glaucoma.

Os dados indicam que, entre os participantes com os maiores níveis de HDL, a chance de desenvolver glaucoma era 10% maior do que entre aqueles com níveis mais baixos desse tipo de colesterol.

Mais surpreendente ainda: a cada aumento significativo nos níveis de HDL, o risco de glaucoma subia em 5%. Isso sugere que, embora o HDL seja benéfico para a saúde cardiovascular, seu papel na saúde ocular pode ser mais complexo do que imaginávamos.

Esses achados indicam a necessidade de repensar as abordagens tradicionais em relação ao tratamento de colesterol e ao monitoramento de doenças oculares, especialmente em pessoas mais velhas.

O colesterol LDL e o risco reduzido De forma surpreendente, o colesterol LDL, muitas vezes visto como o “vilão” quando se trata de saúde cardiovascular, demonstrou ter uma relação oposta com o risco de glaucoma.

O estudo revelou que, quanto mais altos os níveis de LDL, menor foi o risco de desenvolver a doença ocular.

Em termos práticos, as pessoas com os níveis mais elevados de LDL tinham uma probabilidade de 8% a 14% menor de desenvolver glaucoma, em comparação com aquelas que apresentavam níveis mais baixos desse tipo de colesterol.

Além disso, o estudo mostrou que o aumento nos níveis de triglicerídeos — outro tipo de gordura presente no sangue — e do colesterol total também foi associado a uma redução do risco de glaucoma.

Esses resultados desafiam a visão tradicional de que o LDL e outros lipídios no sangue são prejudiciais à saúde ocular, sugerindo que o quadro é mais complexo do que se pensava.

Fatores que influenciam o risco de glaucoma O estudo também revelou que o risco de desenvolver glaucoma aumenta com a idade, sendo mais comum em pessoas com mais de 55 anos. Fatores como a etnia, por exemplo, mostraram ter um impacto significativo: pessoas de etnia não branca têm maior risco de desenvolver a doença.

Além disso, o histórico familiar, a pressão ocular elevada, e a presença de condições de saúde como hipertensão e diabetes também se mostraram fatores de risco importantes para o glaucoma.

Outro dado relevante identificado no estudo foi a associação entre o uso de estatinas — medicamentos que ajudam a reduzir os níveis de colesterol — e o desenvolvimento de glaucoma.

No entanto, é importante destacar que isso não significa que o uso de estatinas aumente o risco de glaucoma.

A observação sugere apenas que pessoas com níveis mais elevados de colesterol podem estar mais propensas a utilizar esses medicamentos, o que pode indicar um tratamento preventivo contra outras condições associadas ao colesterol alto, mas não necessariamente relacionado ao aumento do risco de glaucoma.

A importância de considerar o colesterol no tratamento do glaucoma Os pesquisadores destacam a necessidade urgente de repensar a abordagem de tratamento para pacientes com colesterol elevado, especialmente aqueles que estão em risco de desenvolver glaucoma.

Embora o colesterol HDL seja amplamente reconhecido por suas propriedades protetoras para a saúde cardiovascular, este estudo revela que, para pessoas acima de 55 anos, níveis elevados de HDL podem, na verdade, aumentar o risco de glaucoma.

Isso sugere que os médicos devem considerar a saúde ocular ao gerenciar os níveis de colesterol, criando estratégias de tratamento mais personalizadas para indivíduos mais velhos.

A influência da genética no risco de glaucoma Além dos fatores relacionados ao estilo de vida e condições de saúde, o estudo também explorou o papel da genética no risco de glaucoma. Para isso, os pesquisadores desenvolveram um escore de risco genético, que combina as predisposições genéticas de uma pessoa à doença.

A pesquisa mostrou que, para cada aumento no risco genético, as chances de desenvolver glaucoma aumentam em 5%. No entanto, é importante ressaltar que o estudo não encontrou associações claras entre genes específicos e o desenvolvimento da doença.

Isso significa que, embora a genética desempenhe um papel, outros fatores ainda têm grande influência sobre o risco de glaucoma.

O que isso significa para a saúde ocular? Esses novos achados revelam que a relação entre o colesterol e o glaucoma é mais complexa do que se imaginava. Os níveis elevados de colesterol HDL, que muitas vezes são considerados benéficos para o coração, podem representar um risco para a saúde ocular em pessoas mais velhas.

Em contrapartida, o colesterol LDL, tradicionalmente associado a doenças cardiovasculares, pode ter um efeito protetor contra o glaucoma.

Esse contraste chama atenção para a necessidade de mais pesquisas que possam esclarecer como os diferentes tipos de colesterol influenciam o risco de glaucoma, especialmente em adultos mais velhos.

Os especialistas reforçam a importância de entender completamente esses mecanismos, pois isso pode levar ao desenvolvimento de novas estratégias de prevenção e tratamento para o glaucoma, uma doença que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo.

O que fazer para proteger a visão? Embora o estudo tenha lançado luz sobre uma nova perspectiva em relação ao colesterol e o risco de glaucoma, a prevenção da doença continua sendo um esforço multifatorial. Para proteger a saúde ocular e prevenir o glaucoma, é essencial adotar algumas práticas simples e eficazes:

Monitoramento regular da pressão ocular: A pressão intraocular elevada é um dos principais fatores de risco para o glaucoma. Consultas periódicas ao oftalmologista são fundamentais para identificar qualquer alteração precoce.

Controle de doenças como diabetes e hipertensão: Condições como a hipertensão e o diabetes aumentam o risco de glaucoma. Manter essas doenças sob controle é essencial para preservar a saúde ocular.

Manter níveis saudáveis de colesterol: A adoção de uma alimentação equilibrada, rica em fibras, frutas, vegetais e fontes de gorduras saudáveis, combinada com a prática regular de exercícios físicos, pode ajudar a controlar os níveis de colesterol, tanto o HDL quanto o LDL.

Proteger os olhos da exposição excessiva ao sol: O uso de óculos de sol com proteção UV ajuda a prevenir danos aos olhos causados pela exposição excessiva aos raios solares, um fator que pode aumentar o risco de doenças oculares, incluindo o glaucoma.

Este estudo desafia algumas ideias antigas sobre o colesterol e sua relação com a saúde ocular. Para adultos mais velhos, especialmente aqueles com mais de 55 anos, é fundamental discutir com os médicos a melhor forma de gerenciar os níveis de colesterol e prevenir doenças oculares, como o glaucoma.

Um controle mais individualizado e abrangente, que leve em consideração todos os fatores de risco — como idade, genética, condições de saúde e colesterol — pode ser a chave para a preservação da visão e a promoção de uma saúde ocular duradoura.

Saude Lab

No Dia Mundial do Câncer, lembrado nesta terça-feira (4), a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que, a cada minuto, 40 pessoas são diagnosticadas com a doença em todo o planeta – e embarcam em uma verdadeira jornada para vencer a enfermidade.

“Elas não conseguem ser bem sucedidas sozinhas. Em todo mundo, a OMS trabalha com parceiros para criar coalisões globais, catalisar ações locais e amplificar as vozes de pessoas afetadas pelo câncer”, avaliou o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Em seu perfil na rede sociais X, Tedros destacou que a OMS atua em diversas áreas, desde o fornecimento de medicações para tratamentos oncológicos pediátricos até campanhas globais para a eliminação do câncer cervical. “Estamos trabalhando para melhorar a vida de milhões de pessoas”.

“No Dia Mundial do Câncer, honramos a coragem daqueles afetados pela doença, celebramos o progresso científico e reafirmamos nosso compromisso de promover saúde para todos”, concluiu o diretor-geral.

Dentre as orientações publicadas pela OMS para reduzir o risco de câncer estão:

- não fumar;

- praticar atividade física regularmente;

- comer frutas e verduras;

- manter um peso corporal saudável;

  • limitar o consumo de álcool.

Agência Brasil

Pesquisa da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), revela elevado índice de Covid longa na cidade do Rio de Janeiro, além de altas prevalências de sintomas associados à síndrome pós-Covid, tais como fadiga, dor articular e comprometimento cognitivo. Os dados apontam que a síndrome permanece despercebida nos serviços de saúde, indicando que os pacientes não conseguem obter os cuidados necessários e os serviços de saúde não estão preparados para cuidar deles. A pesquisa aponta ainda que, apesar do alto custo da Covid longa para indivíduos, famílias e sociedade, a conscientização e compreensão sobre essa condição são muito baixas.

covidpos

A pesquisa realizada em parceria com a Escola de Saúde Pública de Harvard (Harvard T. H. Chan School of Public Health) e a Escola de Economia e Ciências Políticas de Londres (London School of Economics and Political Science), objetiva fortalecer o cuidado com a síndrome pós-Covid no Sistema Único de Saúde (SUS). Os dados foram coletados entre novembro de 2022 e abril de 2024.

Também conhecida como Covid longa, a síndrome pós-Covid é uma condição crônica associada à infecção (CCAI), que pode se desenvolver após uma infecção por SARS-CoV-2, podendo durar de três meses até anos. A síndrome envolve entre um a vários sintomas, que podem variar ao longo do tempo. Os pacientes também podem apresentar danos em alguns órgãos.

A coordenadora do projeto no Brasil, Margareth Portela contou que “o estudo foi uma iniciativa internacional, interdisciplinar e com engajamento de pacientes, com vistas a estimar a prevalência de Covid longa, a partir da probabilidade de pacientes que foram hospitalizados por Covid-19 em hospitais do SUS, na cidade do Rio de Janeiro”.

A pesquisadora da ENSP explicou ainda que o estudo buscou, “identificar as necessidades, o uso e as barreiras de acesso aos serviços de saúde. No componente quantitativo do estudo, realizamos 651 entrevistas com pacientes hospitalizados durante o quadro agudo da doença. O componente qualitativo incluiu 29 entrevistas com gestores e profissionais de saúde da rede, além de 31 entrevistas sobre a experiência de pacientes vivendo com a Covid longa, independentemente de hospitalização prévia”, esclareceu Portela.

Sintomas Os resultados da pesquisa apontaram alta prevalência de sintomas pós-Covid: 91,1% dos entrevistados relataram, pelo menos, um sintoma; e 71,3% afirmaram vivenciar pelo menos um sintoma frequente. Do total de entrevistados, 39,3% falaram em síndrome pós-Covid, mas apenas 8,3% tiveram um diagnóstico de Covid longa de um profissional de saúde. Também foi constatada elevada mortalidade (12%) entre a alta do paciente e o seu recrutamento para o estudo até dois anos depois.

Os cinco sintomas mais comuns da doença foram: fadiga, mal-estar pós-exercícios (piora ou surgimento de sintomas entre 24 e 72 horas após esforço físico ou cognitivo), dor nas articulações, alterações no sono e comprometimento cognitivo.

Agência Brasil

Foto: © Marcelo Camargo/Agência Brasil

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