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Lançada em fevereiro, a campanha do Ministério da Saúde para vacinar adolescentes de 15 a 19 anos contra o HPV avança em ritmo lento. Apenas 1,5% do público-alvo foi imunizado até agora — cerca de 106 mil jovens, de um total estimado em 7 milhões.

A iniciativa, que termina em dezembro, tenta alcançar quem perdeu a vacinação no período de rotina do Sistema Único de Saúde (SUS), entre os 9 e 14 anos. A imunização contra o vírus é fundamental para conter o avanço do câncer do colo do útero, uma das principais causas de morte entre mulheres no Brasil.

A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) demonstra preocupação com os resultados parciais. O temor é de que o país não consiga avançar a tempo de cumprir o compromisso assumido com a Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2020, ao lado de outros 194 países, de eliminar o câncer do colo do útero nas próximas décadas.

Para isso, seria necessário atingir taxas de cobertura vacinal acima de 90%. Hoje, o índice brasileiro entre 9 e 14 anos é de cerca de 77%.

Doença que pode ser evitada O HPV é responsável por 99,7% dos casos de câncer do colo do útero. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a doença é o terceiro tipo mais incidente entre mulheres no Brasil, atrás apenas dos tumores de mama e de cólon e reto. A estimativa é de 17 mil novos diagnósticos por ano até 2025. Em 2024, 6.853 mulheres morreram em decorrência da doença, de acordo com o Ministério da Saúde.

Além disso, o HPV pode provocar verrugas genitais e câncer em outras regiões, como vagina, vulva, ânus, pênis e orofaringe. Por isso, a SBIm reforça que a vacinação em meninos também é fundamental para proteger os próprios adolescentes e reduzir a circulação do vírus.

Falta de informação e mitos Um estudo da Fundação Nacional do Câncer revelou que a desinformação ainda é um dos maiores entraves. Entre os adolescentes pesquisados:

Até 37% não sabiam que a vacina previne o câncer do colo do útero. Entre 36% e 57% acreditavam que ela poderia ser prejudicial à saúde. 82% achavam que protegia contra outras infecções sexualmente transmissíveis, o que não é verdade. Pais e responsáveis também apresentaram desconhecimento: 17% não sabiam da relação com a prevenção do câncer e 22% acreditavam que a vacina poderia incentivar a iniciação sexual precoce.

O levantamento apontou ainda fragilidades entre profissionais de saúde: um terço declarou não se sentir seguro para orientar pacientes sobre a vacinação, e menos da metade se considera responsável por ações educativas.

Mundo avança, Brasil fica para trás Enquanto o Brasil luta para ampliar sua cobertura vacinal, países como Austrália, Escócia, Suécia e Reino Unido já registram avanços significativos.

A Austrália está perto de se tornar o primeiro país do mundo a eliminar o câncer do colo do útero como problema de saúde pública, graças à combinação de vacinação em massa e rastreamento eficiente.

G1

Especialistas em oncologia afirmam que o câncer está se transformando em uma condição crônica controlável, semelhante ao HIV e diabetes. O oncologista Stephen Stefani destacou a importância de tratamentos personalizados durante uma entrevista recente, ressaltando que esses tratamentos consideram as características moleculares de cada tumor para proporcionar terapias mais eficazes e com menos efeitos colaterais.

cancercontrole

Nos últimos anos, houve avanços significativos na oncologia com o desenvolvimento de drogas específicas que oferecem respostas mais duradouras. Algumas doenças anteriormente incuráveis agora têm cura, permitindo que muitos pacientes convivam bem com a doença por longos períodos.

O diagnóstico precoce é essencial para aumentar as chances de cura, com exames de triagem como mamografia e colonoscopia desempenhando um papel crucial na detecção precoce da doença. Apesar dos avanços médicos, alguns tipos de câncer ainda apresentam desafios significativos no tratamento, exigindo pesquisa contínua para melhorar as respostas terapêuticas.

Além dos avanços no tratamento, a prevenção também é vital. Manter um estilo de vida saudável com dieta rica em fibras, prática regular de exercícios físicos e proteção solar adequada pode reduzir significativamente o risco de desenvolver câncer.

Como os especialistas veem a evolução do tratamento do câncer?

Especialistas em oncologia afirmam que o câncer está se tornando uma condição crônica controlável, semelhante ao HIV e diabetes.

Qual é a abordagem dos tratamentos personalizados no tratamento do câncer?

Os tratamentos personalizados consideram as características moleculares de cada tumor para proporcionar terapias mais eficazes e com menos efeitos colaterais.

Por que o diagnóstico precoce é importante no combate ao câncer?

O diagnóstico precoce é essencial para aumentar as chances de cura, com exames de triagem como mamografia e colonoscopia desempenhando um papel crucial na detecção precoce da doença.

Quais são algumas medidas preventivas que podem reduzir o risco de câncer?

Manter um estilo de vida saudável, incluindo dieta rica em fibras, prática regular de exercícios físicos e proteção solar adequada, pode reduzir significativamente o risco de desenvolver câncer.

Ri7a, a inteligência artificial do R7

A Dra. Ana Maria Coelho Holanda, que possui graduação em Medicina pela Faculdade Integral Diferencial (2012), residência médica em Ginecologia e Obstetrícia (2016), mestrado profissional em Cuidados Intensivos (2018) pelo Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira está sendo uma das palestrantes da Oficina de Estratificação de Risco da Gestante e da Criança que está se realizando em Floriano-PI.

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A florianense tem doutorado em Saúde Integral pelo Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira, bem como tem o título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO - 2017).

Atualmente, é médica obstetra e ginecologista da Secretaria Estadual de Saúde do Estado do Piauí e professora auxiliar de Obstetrícia da Universidade Federal do Piauí, preceptora da Residência Médica de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade Estadual do Piauí, obstetra do Comitê Hospitalar de Prevenção dos óbitos maternos, infantis e fetais da Maternidade Dona Evangelina Rosa.

O tema pautado a essa profissional na oficina que termina nessa sexta foi "Principais Causas de Morte Materno-Infantil". Nessa manhã de quinta-feira, a Dra. Ana Maria falou, com exclusividade, ao piauinoticias sobre o tema trabalhado por ela aos dezenas de profissionais em saúde, entre os quais, muitos médicos de Floriano e da região. Veja: 

A Dra. Ana é médica especialista em Saúde Feminina na Clínica Plena Mulher e trabalha com foco em gestação de alto risco, assistência humanizada ao parto e nascimento, na prevenção e investigação da morte materna.

Da redação

Cientistas anunciaram nesta quarta-feira (20) um avanço que pode transformar a pesquisa sobre o Alzheimer.

Pela primeira vez, minicérebros humanos (uma versão reduzida do nosso mais complexo órgão) cultivados em laboratório amadureceram de forma acelerada com a ajuda do grafeno, um material ultrafino derivado do carbono.

O estudo, publicado na revista "Nature Communications", contou com a participação de pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego (UCSD), entre eles o brasileiro Alysson Muotri.

A equipe também mostrou que esses organoides foram capazes de enviar sinais elétricos a um robô simples, que respondeu com movimentos.

Embora ainda em estágio experimental, o feito abre novas possibilidades para compreender doenças do cérebro e desenvolver futuras interfaces entre humanos e máquinas (entenda mais abaixo).

"O grafeno responde à luz, então a gente usa essa luz para estimular os neurônios. Diferente de outras técnicas, conseguimos fazer isso de forma crônica, por dias, semanas e até meses", explica Muotri ao g1. "Foi assim que percebemos que, com essa estimulação, as redes neurais amadurecem muito mais rápido e de um jeito muito mais próximo do que acontece no cérebro humano", acrescenta o pesquisador.

Como funciona a técnica O cérebro humano é um dos órgãos mais difíceis de estudar, já que se forma dentro do útero e depois fica protegido pelo crânio.

Para contornar essa limitação, cientistas vêm criando organoides cerebrais a partir de células-tronco.

Essas estruturas são versões em miniatura do nosso cérebro, com capacidade de reproduzir parte da sua organização celular.

O problema é que esses minicérebros costumam se desenvolver de forma lenta, o que dificulta pesquisas sobre doenças ligadas ao envelhecimento, justamente como o Alzheimer.

ENTENDA: nesse tipo doença, os neurônios vão morrendo aos poucos, comprometendo memória e cognição. Assim, para investigar esse processo em laboratório, seria preciso esperar anos até que os organoides amadurecessem.

Para contornar esse probelma, os pesquisadores utilizaram então o grafeno como uma espécie de "ponte de estímulo".

Ele permitiu acelerar o processo de maturação dos organoides sem modificar o DNA das células, ao contrário de outras técnicas que exigem alterações genéticas ou que podem danificar os neurônios com estímulos elétricos diretos.

Segundo os autores, a estratégia funcionou como um “empurrãozinho” para que os neurônios formassem conexões mais rápido.

Assim, em questão de semanas, os organoides apresentaram sinais de atividade semelhantes aos de cérebros mais desenvolvidos.

G1