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Os homens têm uma chance em duas de serem diagnosticados com câncer durante a vida, e os diagnósticos vêm aumentando nos últimos anos.

Conforme a Revista Brasileira de Cancerologia, o câncer de próstata é o mais frequente entre os homens (30,0%), seguido dos cânceres de cólon e reto (9,2%), traqueia, brônquio e pulmão (7,5%), estômago (5,6%) e cavidade oral (4,6%). Essas estimativas de incidência de câncer no Brasil referem-se ao período de 2023 a 2025.

Conhecer os sinais e procurar ajuda médica ao notar algo incomum pode ser essencial para detectar a doença precocemente, o que aumenta as chances de sucesso no tratamento.

Os 9 sinais iniciais que podem indicar câncer

  1. Sangue na urina Notar sangue na urina é um dos sinais que não deve ser ignorado, pois pode indicar câncer de bexiga. Embora existam outras causas possíveis, esse sintoma precisa de investigação médica.

O câncer de bexiga é mais comum entre homens acima de 60 anos, e a detecção precoce pode fazer diferença no tratamento.

  1. Sangue nas fezes Outro sinal importante é o aparecimento de sangue nas fezes ou sangramento durante a evacuação. Esse sintoma pode estar associado ao câncer de intestino, que está entre os tipos mais comuns entre os homens.

Se o sangramento persistir ou for acompanhado por outros sintomas, como perda de peso e cansaço, procure um médico.

  1. Mudanças nos hábitos intestinais Diarreia ou constipação frequentes, sem causa aparente, também podem indicar problemas mais graves, incluindo câncer intestinal.

Mudanças prolongadas nos hábitos intestinais podem ser um sinal de que algo não está bem e merecem atenção.

  1. Indigestão frequente Dor abdominal constante, indigestão frequente e desconforto na parte superior do estômago podem ser sintomas de câncer de estômago.

Esses sinais podem ser facilmente confundidos com problemas digestivos comuns, mas se persistirem, devem ser avaliados por um profissional de saúde.

  1. Perda de peso inexplicável A perda de peso súbita e sem explicação é um dos sinais que podem indicar várias condições, incluindo câncer.

Em casos de câncer, isso ocorre porque o corpo consome muita energia para combater a doença. Se você perdeu peso sem motivo claro, consulte um médico.

  1. Dor nas costas sem motivo aparente A dor nas costas é comum, mas pode ser um sintoma de câncer quando associada a outros fatores.

Cânceres como o de próstata podem se espalhar para os ossos, causando dor na região lombar ou nos quadris. Se a dor for persistente e não houver explicação aparente, é importante verificar.

  1. Caroços incomuns no corpo Nódulos e caroços em qualquer parte do corpo devem ser observados com atenção. No caso dos homens, caroços nos testículos podem ser um sinal de câncer testicular, uma condição que afeta principalmente homens jovens.

Fazer exames regulares e estar atento a alterações pode ajudar na detecção precoce.

  1. Tosse persistente Uma tosse que não passa, especialmente se estiver acompanhada de sangue ou piorar com o tempo, pode ser um sinal de câncer de pulmão.

Esse tipo de câncer é uma das principais causas de morte, e o diagnóstico precoce é essencial para melhorar as chances de tratamento.

  1. Vontade frequente de urinar à noite Levantar-se várias vezes para urinar durante a noite pode ser mais do que um sinal de envelhecimento. Esse sintoma pode estar associado ao câncer de próstata, que afeta muitos homens a partir dos 50 anos.

Outros sinais, como dificuldade para urinar, jato fraco ou sensação de bexiga cheia, também são comuns e devem ser investigados.

O que fazer ao notar algum desses sinais? Se você perceber algum desses sintomas, isso não significa necessariamente que você tem câncer.

No entanto, é importante procurar um médico para uma avaliação completa. A detecção precoce é fundamental para o sucesso no tratamento.

Catraca Livre

O Ministério da Saúde passou a recomendar o acesso a mamografia, via Sistema Único de Saúde (SUS), para mulheres de 40 a 49 anos – mesmo que não haja sinais ou sintomas de câncer de mama. De acordo com a pasta, a faixa etária concentra 23% dos casos da doença, e a detecção precoce aumenta as chances de cura.

mamografia

Até então, a orientação era que o exame fosse feito a partir dos 50 anos.

A medida faz parte de um conjunto de ações anunciadas nesta terça-feira (23) voltado para a melhoria do diagnóstico e da assistência. A recomendação para mulheres a partir dos 40 anos é que o exame seja feito sob demanda, em decisão conjunta com o profissional de saúde.

“A paciente deve ser orientada sobre os benefícios e desvantagens de fazer o rastreamento. Mulheres nesta idade tinham dificuldade com o exame na rede pública de saúde por conta da avaliação de histórico familiar ou necessidade de já apresentar sintomas”, informou o ministério em nota.

As mamografias via SUS em pacientes com menos de 50 anos, de acordo com a pasta, representam 30% do total, o equivalente a mais de 1 milhão apenas no ano de 2024.

Rastreamento ativo Outra medida anunciada é a ampliação da faixa etária para o rastreamento ativo – quando a mamografia é solicitada de forma preventiva a cada dois anos. A idade limite, até então, era 69 anos. Agora, passa a ser 74 anos. Dados do ministério revelam que quase 60% dos casos de câncer de mama estão concentrados entre 50 e 74 anos.

“A ampliação do acesso à mamografia aproxima o Brasil de práticas internacionais, como as adotadas na Austrália, e reforça o compromisso em garantir diagnóstico precoce e cuidado integral às mulheres brasileiras. O câncer de mama é o mais comum e o que mais mata mulheres, com 37 mil casos por ano”, reforçou a pasta.

Os números mostram que, em 2024, cerca de 4 milhões de mamografias para rastreamento e 376,7 mil exames diagnósticos foram realizados no SUS.

Unidades móveis O ministério anunciou ainda a oferta de 27 carretas de saúde da mulher em 22 estados por meio do programa Agora Tem Especialistas. A ação é voltada para a expansão do acesso a consultas, exames e cirurgias com o objetivo de reduzir o tempo de espera para atendimento no SUS.

Os primeiros testes foram realizados em Goiânia. No próximo mês, as carretas seguem para diferentes estados do país. A expectativa é alcançar até 120 mil atendimentos ao longo de outubro, com investimento de R$ 18 milhões para a execução da ação.

“As unidades móveis vão oferecer uma ampla gama de serviços para o diagnóstico precoce de câncer de mama e de colo do útero, incluindo mamografia, ultrassonografia, punção e biópsia de mama, colposcopia e consultas médicas presenciais e por telemedicina”, informou a pasta.

Biópsia Outra iniciativa é a aquisição de 60 kits de biópsia, cada um com uma mesa de biópsia estereotática em decúbito ventral e um equipamento de raio-X especializado. Os equipamentos, segundo ministério, utilizam tecnologia de imagem 2D e 3D, garantindo maior precisão diagnóstica e reduzindo a necessidade de repetição de procedimentos.

Medicamentos mais modernos A partir de outubro, o SUS vai disponibilizar também novos medicamentos para o tratamento do câncer de mama. Um deles é o trastuzumabe entansina, indicado para mulheres que ainda apresentam sinais da doença mesmo após a primeira fase do tratamento com quimioterapia antes da cirurgia.

Outro grupo de medicamentos inclui os inibidores de ciclinas (abemaciclibe, palbociclibe e ribociclibe), recomendados para pacientes com câncer de mama avançado ou metastático – quando a doença já se espalhou para outras partes do corpo – e que têm receptor hormonal positivo e negativo.

Agência Brasil

Foto: © José Cruz/Agência Brasil

A diretora do Departamento de Imunização, Vacinas e Produtos Biológicos da OMS (Organização Mundial da Saúde), Kate O’Brien, afirmou que a desinformação contra vacinas pode colocar décadas de progresso em risco.

vacinadesinformada

“Informações falsas e desinformadas viajam mais rápido e mais longe do que a verdade. Suas potenciais consequências incluem a reversão de conquistas arduamente conquistadas na cobertura vacinal e no controle de doenças ao longo dessas décadas”, disse em comunicado divulgado nesta segunda-feira (22).

Kate ressaltou que os imunizantes são uma das “mais poderosas ferramentas nos sistemas públicos de saúde” e salvam mais de cinco vidas por minuto em todo o mundo.

“Graças aos esforços globais de vacinação, mais de 18 milhões de pessoas que poderiam ter ficado paralisadas pela poliomielite podem andar hoje, mais de 90 milhões de crianças que poderiam morrer por doenças preveníveis estão vivas, e mais de um milhão de mortes por câncer cervical foram evitadas”, afirmou.

Segundo ela, as consequências de informações falsas sobre vacinação são “reais e trágicas”, já que índices de vacinação infantil em países que antes mantinham boa cobertura estão caindo a níveis sem precedentes.

“Estamos arriscando a erosão de décadas de progresso — não por falta de vacinas seguras e eficazes, nem por ausência de inovação ou compromisso, mas por causa da desinformação”, alertou.

A especialista citou o sarampo como exemplo, uma doença cuja forma mais eficaz de prevenção é a vacinação.

“Houve vários casos recentes de crianças saudáveis que morreram após contrair o vírus altamente contagioso do sarampo ou devido a complicações que podem surgir anos após a recuperação da infecção”.

Kate destacou que os índices de imunização estão caindo mesmo em países desenvolvidos, como Estados Unidos, Reino Unido e Canadá.

Além disso, dados da Unicef e da OMS mostram que mais de 14 milhões de crianças não receberam nenhuma dose da vacina.

“Essas são crianças ‘dose zero’, muitas vivendo em ambientes frágeis, onde o acesso a cuidados é limitado e a desinformação representa uma ameaça adicional”.

‘Discussão perigosa’ No comunicado, a diretora afirmou que o movimento anti-vacina frequentemente promove conspirações sem embasamento científico, citando “estudos selecionados que ignoram a esmagadora maioria das evidências científicas e consensos”.

“Embora a verificação de fatos e as evidências científicas sejam importantes, pesquisas mostram que muitas pessoas continuam expostas a falsidades e, frequentemente, seguem acreditando nelas mesmo depois de serem informadas dos fatos”, pontuou.

“Nossa responsabilidade coletiva é clara: proteger decisões baseadas em evidências com a mesma veemência com que protegemos vidas. Apoiar e restaurar a confiança — uma conversa, uma política e uma verdade de cada vez — está no centro dos desafios que temos pela frente”, concluiu.

Perguntas e respostas Qual é a posição da diretora da OMS sobre a desinformação relacionada às vacinas?

A diretora do Departamento de Imunização, Vacinas e Produtos Biológicos da OMS, Kate O’Brien, afirmou que a desinformação contra vacinas pode colocar décadas de progresso em risco. Ela destacou que informações falsas se espalham mais rapidamente do que a verdade, o que pode reverter conquistas na cobertura vacinal e no controle de doenças.

Quais são os benefícios das vacinas segundo Kate O’Brien?

Kate O’Brien ressaltou que os imunizantes são ferramentas poderosas nos sistemas de saúde pública, salvando mais de cinco vidas por minuto em todo o mundo. Ela mencionou que, graças aos esforços globais de vacinação, mais de 18 milhões de pessoas que poderiam ter ficado paralisadas pela poliomielite podem andar hoje, e mais de 90 milhões de crianças que poderiam ter morrido por doenças preveníveis estão vivas.

Quais são as consequências da desinformação sobre vacinação?

As consequências da desinformação sobre vacinação são reais e trágicas, com índices de vacinação infantil em países que antes mantinham boa cobertura caindo a níveis sem precedentes. Kate O’Brien alertou que estamos arriscando a erosão de décadas de progresso devido à desinformação, não por falta de vacinas seguras e eficazes.

Que exemplo Kate O’Brien usou para ilustrar os riscos da desinformação?

Kate O’Brien citou o sarampo como um exemplo de doença cuja prevenção mais eficaz é a vacinação. Ela mencionou casos recentes de crianças saudáveis que morreram após contrair o vírus do sarampo ou devido a complicações que podem surgir anos após a infecção.

Como a desinformação afeta a vacinação em países desenvolvidos?

Os índices de imunização estão caindo mesmo em países desenvolvidos, como Estados Unidos, Reino Unido e Canadá. Além disso, dados da Unicef e da OMS mostram que mais de 14 milhões de crianças não receberam nenhuma dose da vacina, muitas vivendo em ambientes frágeis onde o acesso a cuidados é limitado.

Qual é a crítica de Kate O’Brien ao movimento anti-vacina?

Kate O’Brien criticou o movimento anti-vacina por promover conspirações sem embasamento científico, citando estudos que ignoram a maioria das evidências científicas. Ela destacou que, apesar da verificação de fatos, muitas pessoas continuam acreditando em falsidades mesmo após serem informadas dos fatos.

Qual é a responsabilidade coletiva mencionada por Kate O’Brien?

A diretora afirmou que a responsabilidade coletiva é clara: proteger decisões baseadas em evidências com a mesma veemência com que protegemos vidas. Ela enfatizou a importância de apoiar e restaurar a confiança, abordando uma conversa, uma política e uma verdade de cada vez.

R7

Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Apeksha Shetty, uma indiana que mora em Viena, começou a tomar a pílula anticoncepcional por motivos hormonais. Um dos benefícios, ela pensava, seria poder fazer sexo com seu parceiro sem ter que se preocupar com gravidez.

Mas as coisas não saíram como esperado. A pílula que foi prescrita a Shetty interrompeu completamente sua menstruação, e seu desejo sexual desapareceu. "Voltei ao médico e disse que não queria viver minha vida assim", disse Shetty à DW. "Eu disse a ele que era jovem, que tinha um parceiro atraente e queria fazer sexo com ele."

A história de Shetty não é isolada. A DW conversou com mulheres de diversas origens, incluindo África, Ásia, Oriente Médio e Europa. Todas relataram ter tomado pílula por recomendação médica, e a maioria afirma não ter sido orientada sobre possíveis impactos na libido – em muitos casos, nem mesmo a bula fazia menção ao efeito colateral.

A relação entre a pílula anticoncepcional e a libido das mulheres sempre foi complicada. A pílula deu início a uma nova era de autonomia sexual, mas, para algumas mulheres, os próprios hormônios sintéticos que impedem a gravidez também podem ter suprimido a libido.

A primeira pílula anticoncepcional foi aprovada nos Estados Unidos em 1960 pela FDA (agência reguladora de alimentos e medicamentos). Foi um passo sem precedentes na medicina e no planejamento familiar, dando às mulheres a capacidade de controlar sua fertilidade. As mulheres podiam ter relações sexuais sem o medo de uma gravidez indesejada.

Com o tempo, a pílula também passou a ser associada a uma maior liberdade sexual e autonomia corporal, especialmente para as mulheres. Mas, embora seja 99% eficaz como contraceptivo, a pílula não é uma forma segura de se proteger contra infecções sexualmente transmissíveis.

Tesão zero Mariel*, que é do Chipre e mora na Holanda, começou a tomar a pílula há oito anos, quando tinha 20. Antes de aderir ao método contraceptivo, ela estava frequentemente "com tesão", como ela mesma define.

"Eu queria ter mais relações sexuais e mais seguras", disse Mariel à DW. "Mas a maioria das minhas relações sexuais no início não era motivada pela libido, mas mais porque eu podia, quase independentemente da minha libido." Só mais tarde Mariel percebeu que a pílula havia diminuído seu desejo.

Uma grande revisão de 36 estudos envolvendo mais de 13 mil mulheres em 2013 descobriu que cerca de 15% das participantes relataram uma queda na libido enquanto usavam a pílula.

Desde então, poucos foram os esforços para tentar explicar o motivo, e os resultados existentes parecem ser contraditórios. Isso pode ter a ver com o fato de que os estudos são difíceis de serem comparados – embora a pílula geralmente contenha os hormônios estrogênio e progesterona, há variações na quantidade de cada um deles, o que pode levar a efeitos colaterais variados.

Em 2016, um ensaio clínico sobre o tema contou com 340 mulheres, uma parte delas tomando a pílula e a outra, um placebo. No geral, as participantes não notaram mudanças significativas em sua atividade sexual, mas as mulheres que tomavam a pílula relataram níveis mais baixos de desejo, excitação e prazer.

Pesquisadores acreditam que isso pode ser devido ao efeito da pílula sobre a testosterona. A pílula aumenta os níveis de globulina ligadora de hormônios sexuais (SHBG), proteína que se liga à chamada testosterona livre no corpo. A testosterona livre proporciona o desejo sexual. Quando a SHBG se liga à testosterona livre, ela a neutraliza e, como resultado, reduz a libido.

Secura, dor e psicologia Para algumas mulheres, os efeitos colaterais negativos da pílula não se limitam ao desejo. Eles também podem afetar a excitação física, particularmente a lubrificação.

A jornalista e ex-psicóloga Shristi Pal conta que começou a tomar a pílula para regular seus hormônios, mas percebeu secura vaginal e perda de libido. "Também foi psicológico", disse à DW. "Você tem medo de qualquer tipo de atividade sexual se isso for causar dor. O cérebro diz que você não está pronta."

Outras mulheres contaram à DW terem vivido oscilações emocionais enquanto tomavam a pílula – transitando entre apatia, ansiedade ou sensação de estar emocionalmente vulnerável.

Lee*, uma sul-africana na casa dos 40 anos, tomou a pílula há 10 anos, mas interrompeu o uso apenas dois meses depois porque sentiu que ela desestabilizava seu humor. "Eu ficava tão instável com a pílula que parei e mudei para [um dispositivo intrauterino]", disse ela à DW. Os dispositivos intrauterinos (DIUs) são uma forma não hormonal de contracepção, inserida no útero por um médico.

Apenas uma mulher com quem a DW conversou relatou uma experiência consistentemente positiva. Morando no Canadá e preferindo permanecer anônima, ela começou a tomar a pílula para tratar acne. Anos depois, ela ainda a usa, mas agora principalmente para contracepção.

Por Kaukab Shairani