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Vários hábitos do dia a dia podem acabar impactando negativamente o cérebro e a memória. Em entrevista à revista Parade, neurologistas alertaram para uma prática comum que pode trazer sérias consequências.

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O comportamento em questão é o multitasking, ou seja, fazer várias coisas ao mesmo tempo no trabalho. Isso inclui, por exemplo, enviar e-mails enquanto participa de reuniões ou trabalhar enquanto escuta um podcast. Os especialistas sugerem repensar a maneira como você organiza suas tarefas diárias.

"Existem áreas do cérebro dedicadas a atividades específicas que só conseguem realizar uma tarefa de cada vez, embora haja uma transição rápida entre elas", explica Jeffrey Portnoy.

Quando você tenta fazer multitasking, o cérebro acaba alternando entre várias tarefas rapidamente. "Embora, na prática, você esteja fazendo apenas uma coisa de cada vez, consegue retomar as atividades com mais facilidade e gastar o mínimo de tempo, o que faz parecer que está fazendo várias coisas ao mesmo tempo", afirma Portnoy.

Por sua vez, Muhammad Arshad ressalta que o cérebro não está preparado para executar múltiplas tarefas simultaneamente. "O multitasking pode parecer eficiente, mas, na realidade, pode levar mais tempo no final e resultar em mais erros. Pequenos bloqueios mentais entre as tarefas podem custar até 40% do seu tempo produtivo."

Portnoy acrescenta que essa prática pode causar mais estresse, levar à exaustão e até diminuir o desempenho geral.

Noticias ao Minuto

Foto: © Shutterstock

Acordar no meio da noite em busca de alimentos pode ser um sinal de distúrbio de sono, revelou uma pesquisadora do Instituto do Sono.

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De acordo com a médica Dalva Poyares, o organismo da maioria das pessoas está preparado para o jejum durante a madrugada e para não digerir comidas calóricas.

Deste modo, caso a pessoa esteja com o organismo reagindo de forma diferente, pode causar um distúrbio alimentar associado ao sono ou a síndrome do comer noturno. “Nessas pessoas, o organismo entende que a hora de maior funcionamento seria à noite. Por causa disso, têm pouca fome de manhã e mais apetite à noite”, explicou ela.

Na síndrome do comer noturno, o paciente possui consciência do que ingeriu e memória dos eventos no dia seguinte. “Quem tem esse distúrbio de sono tende a comer alimentos não usuais ou misturar alimentos que não combinam e que nunca consumiriam, se estivessem conscientes, podendo acordar nauseado ou se sentindo mal”, disse a pesquisadora.

Ainda de acordo com a médica, o distúrbio alimentar associado ao sono acomete pessoas com propensão a ter parassonia e se caracteriza por despertares noturnos acompanhados de comportamento exclusivamente relacionado à mastigação e à deglutição de alimentos ou substâncias. “Uma das coisas que acontecem é a pessoa comer e não lembrar. Nesse momento ela corre riscos associados à ingestão de substâncias tóxicas, coisas que estão na geladeira e não estão muito boas, misturar alimentos que não combinam, ou mesmo ter lesões por cozinhar ou preparar alimentos durante a madrugada”, declarou.

Bossa News Brasil

©Foto: iStock

A falta de sono de qualidade pode envelhecer o cérebro em quase três anos, alertaram cientistas em um novo estudo.

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A falta de sono – incluindo dificuldade para adormecer ou permanecer dormindo – está associada a uma saúde cerebral mais precária anos depois. Isso ocorreu apesar do ajuste para fatores como idade, sexo, pressão alta e diabetes, disseram os cientistas.

De acordo com os autores do estudo, as descobertas destacam a importância de abordar os problemas de sono mais cedo na vida para preservar a saúde do cérebro, incluindo manter um horário de sono consistente, praticar exercícios, evitar cafeína e álcool antes de ir para a cama e usar técnicas de relaxamento.

Detalhes do estudo O estudo, publicado no periódico Neurology – o periódico médico da Academia Americana de Neurologia – incluiu 589 pessoas com idade média de 40 anos no início da investigação. Elas preencheram questionários de sono no início e novamente cinco anos depois.

Os participantes também fizeram exames cerebrais 15 anos após o início do estudo.

Os pesquisadores revisaram as respostas dos participantes a perguntas como: “Você costuma ter dificuldade para dormir?”, “Você costuma acordar várias vezes à noite?” e “Você costuma acordar muito cedo?” Eles registraram o número de seis características de sono ruim para cada participante: curta duração do sono, má qualidade do sono, dificuldade para adormecer, dificuldade para permanecer dormindo, despertar cedo pela manhã e sonolência diurna.

Aqueles no grupo baixo não tinham mais do que uma característica de sono ruim, enquanto as pessoas no grupo médio tinham de duas a três, e aqueles no grupo alto tinham mais de três, disseram os pesquisadores.

No início do estudo, cerca de 70% estavam no grupo baixo, 22% estavam no meio e 8% estavam no grupo alto. Os pesquisadores examinaram as varreduras cerebrais dos participantes, onde o nível de encolhimento cerebral corresponde a uma idade específica.

Descobertas Os pesquisadores usaram o aprendizado de máquina para determinar a idade cerebral de cada participante. Após o ajuste para fatores como idade, sexo, pressão alta e diabetes, os pesquisadores descobriram que as pessoas no grupo médio tinham uma idade cerebral média 1,6 anos mais velha do que aquelas no grupo baixo, enquanto aquelas no grupo alto tinham uma idade cerebral média 2,6 anos mais velha.

Das características do sono, má qualidade do sono, dificuldade para adormecer, dificuldade para permanecer dormindo e despertar cedo pela manhã foram associados a uma maior idade cerebral, especialmente quando as pessoas tiveram consistentemente essas características de sono ruins ao longo de cinco anos.

Os autores do estudo destacam a necessidade de pesquisas futuras se concentrarem em encontrar novas maneiras de melhorar a qualidade do sono e investigar o impacto de longo prazo do sono na saúde do cérebro em pessoas mais jovens.

Catraca Livre

Foto: © zdravinjo/istock

Um estudo recente publicado na Nature Human Behaviour revelou como esses fatores podem ter consequências significativas para a saúde, aumentando o risco de doenças e até mesmo a mortalidade.

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De acordo com a pesquisa, as pessoas que experimentam solidão e isolamento social enfrentam riscos de saúde semelhantes aos causados por hábitos prejudiciais como o tabagismo e a obesidade.

A descoberta foi possível através da análise de proteínas no corpo humano, que desempenham um papel essencial em processos biológicos e podem ajudar a explicar como a solidão impacta nosso organismo. A pesquisa abre novas possibilidades para entender esses efeitos e desenvolver estratégias para reduzir esses riscos à saúde.

O impacto da solidão e do isolamento social na saúde As relações sociais são fundamentais para o bem-estar e a sobrevivência humana. No entanto, a falta de conexões sociais ou o isolamento prolongado têm sido associados a uma série de problemas de saúde.

Esses efeitos negativos podem ser comparados aos riscos causados por comportamentos como fumar ou a obesidade, que são bem conhecidos por suas consequências graves para a saúde.

Pesquisas científicas recentes têm mostrado que a solidão e o isolamento social afetam o corpo de maneiras complexas.

A principal forma como esses fatores influenciam a saúde é por meio da ativação de processos biológicos no corpo, como a inflamação, a resposta antiviral e o descontrole de sistemas importantes do organismo, como o sistema nervoso simpático e o sistema hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA).

Esses sistemas desempenham um papel vital na regulação das respostas ao estresse e no controle da saúde física e mental.

Com base nessas descobertas, muitos cientistas passaram a investigar mais a fundo como essas condições podem ser monitoradas por meio de alterações em proteínas no corpo humano.

As proteínas desempenham um papel crucial em muitos processos biológicos e, como alvos chave de medicamentos, são essenciais para a compreensão das ligações entre a saúde e as relações sociais.

Assim, os pesquisadores esperam que, ao identificar proteínas específicas alteradas pelo isolamento social, seja possível prever doenças com mais precisão e desenvolver estratégias de prevenção e intervenção mais eficazes.

O estudo que revelou a conexão molecular O estudo foi conduzido com a participação de mais de 500 mil pessoas no Reino Unido, com idades entre 40 e 69 anos, que forneceram informações detalhadas sobre sua saúde e comportamento.

Durante o período de acompanhamento de aproximadamente 14 anos, os participantes foram monitorados quanto a fatores como doenças cardíacas, demência, diabetes tipo 2, depressão e acidente vascular cerebral (AVC).

Os pesquisadores utilizaram amostras de sangue para realizar um perfil proteômico, que examina a presença e os níveis de várias proteínas no organismo. A análise revelou alterações em proteínas que estão associadas à inflamação e ao estresse, duas condições que podem ser exacerbadas pela solidão e o isolamento social.

Além disso, foi feita uma avaliação detalhada sobre como os participantes se relacionavam socialmente e como se sentiam em relação à solidão.

Para avaliar o isolamento social, foram analisadas informações como a frequência de contato com amigos e familiares, o número de atividades sociais realizadas e a frequência com que as pessoas se sentiam solitárias.

Já a solidão foi medida com base no sentimento de estar desconectado dos outros, mesmo quando cercado por pessoas, e na frequência com que se confiava a alguém sobre seus sentimentos mais íntimos.

Essas informações foram cruzadas com dados genéticos e outros biomarcadores presentes nas amostras de sangue para determinar as possíveis ligações entre o isolamento social, a solidão e os problemas de saúde observados durante o acompanhamento.

Os resultados do estudo e suas implicações Os resultados do estudo apontaram que cerca de 9,3% dos participantes se consideravam socialmente isolados, enquanto 6,4% se sentiam frequentemente sozinhos.

Essas pessoas apresentaram alterações significativas nas proteínas relacionadas à inflamação e ao estresse, o que pode ter levado ao desenvolvimento de condições como doenças cardíacas, diabetes e distúrbios mentais.

Além disso, o estudo revelou que as alterações moleculares observadas podem ser um fator importante na explicação dos altos índices de doenças em pessoas que enfrentam o isolamento social ou a solidão.

Essas mudanças no organismo não acontecem de forma isolada, mas são interconectadas, sugerindo que os efeitos do isolamento social podem se estender a vários sistemas biológicos de uma vez.

Ao analisar esses dados, os cientistas foram capazes de identificar algumas proteínas específicas que podem estar diretamente ligadas aos problemas de saúde observados.

Isso abre caminho para novas formas de monitorar e tratar pessoas que enfrentam esses desafios, usando tratamentos que podem atuar diretamente sobre essas proteínas e reduzir os impactos negativos do isolamento.

A importância de fortalecer as conexões sociais O estudo destaca a importância de manter e fortalecer os laços sociais como uma estratégia vital para a saúde. As descobertas mostram que o impacto da solidão e do isolamento social vai além do psicológico, afetando o corpo de maneiras profundas e complicadas.

Por isso, é fundamental que a sociedade invista em programas e políticas públicas que promovam a interação social, além de oferecer apoio a pessoas que enfrentam situações de solidão.

É importante lembrar que o isolamento social pode afetar qualquer pessoa, especialmente em momentos de grandes mudanças ou crises, como durante uma pandemia ou o envelhecimento.

Portanto, a promoção de uma rede de apoio social é essencial para prevenir doenças e melhorar a qualidade de vida. Cuidar da saúde emocional e das relações interpessoais pode, de fato, ser tão importante quanto manter um estilo de vida saudável e sem vícios.

O fortalecimento das conexões humanas pode ser a chave para prevenir diversos problemas de saúde e garantir uma vida mais longa e saudável.

Saúde Lab

Fonte: News Medical

Foto: Divulgação

 

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