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Um estudo da Universidade de Boston acendeu um sinal de alerta para quem convive com diabetes relacionado à obesidade. Segundo os pesquisadores, essa condição metabólica pode tornar o câncer de mama triplo-negativo (TNBC) ainda mais agressivo — e com maior risco de metástase no cérebro.

diabetes

Atualmente, o tratamento desse tipo de câncer é feito sem considerar se a paciente tem ou não diabetes. Mas a pesquisa revela que isso deveria mudar. “A resistência à insulina pode alterar a biologia do câncer, tornando-o mais perigoso”, destacam os autores.

O grupo analisou os exossomos — pequenas partículas liberadas por células de gordura — e descobriu que eles carregam microRNAs capazes de estimular um comportamento mais agressivo nas células cancerígenas. Nos testes, ao entrar em contato com as células do TNBC, esses exossomos deixaram o tumor mais resistente, mais rápido na movimentação e com maior capacidade de se espalhar para o cérebro.

Além dos experimentos laboratoriais, os dados clínicos de pacientes confirmaram o que os cientistas já suspeitavam: existe uma ligação direta entre diabetes, resistência à insulina e piora no prognóstico desse tipo de câncer.

Diante dos resultados, os pesquisadores defendem mudanças urgentes na abordagem médica. “O câncer de mama deve ser tratado considerando a saúde metabólica do paciente”, afirmam. Como obesidade e diabetes impactam milhões de pessoas no mundo, compreender essa conexão pode ser decisivo para criar tratamentos mais eficazes e personalizados.

Feedtvnews/Felipe Reis

Foto: Reprodução

O Ministério da Saúde registrou 45.792 médicos cadastrados no Programa Mais Médicos, o que representa o maior número de inscritos, desde sua criação, em 2013.

Do total de inscritos, 93% são brasileiros (42.383 profissionais). Entre eles, 25.594 possuem registro profissional no Brasil e 16.789 são formados no exterior. Outros 3.309 médicos são estrangeiros com habilitação para exercer a profissão.

As mulheres representam a maioria das inscrições: 26.864, o equivalente a aproximadamente 58%.

As inscrições foram encerradas no último dia 8.

O Mais Médicos tem o objetivo de fortalecer a atenção primária à saúde oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) levando médicos para regiões prioritárias, remotas, de difícil acesso e de alto índice de vulnerabilidade, onde há escassez ou ausência desses profissionais.

Vagas O edital de chamamento público prevê 3.064 vagas distribuídas entre 1.620 municípios e 108 destinadas a 26 distritos sanitários especiais indígenas (Dseis).

O cronograma do edital prevê, no período de 2 a 10 de julho, o início das atividades dos médicos com registro no Brasil e brasileiros ou estrangeiros que já passaram pelas etapas de acolhimento e avaliação, quando os intercambistas passam por uma avaliação antes de ingressarem no Mais Médicos.

Mais Médicos Os profissionais do Mais Médicos integram as equipes de Saúde da Família e oferecem atendimento e acompanhamento mais próximos da população.

Quando necessário, encaminham os pacientes para consultas com especialistas. As informações são registradas no Prontuário Eletrônico (e-SUS APS), o que permite a integração dos dados do paciente entre a atenção primária e a especializada, incluindo consultas e exames.

Após a retomada do programa, em 2023, e a expansão do Mais Médicos, a meta do Ministério da Saúde é chegar a 28 mil profissionais, em 4.547 municípios, até o fim de 2025.

Atualmente, o programa conta com cerca de 24,9 mil médicos atuando em 4,2 mil municípios, o que representa 77% do território nacional. Dentre essas localidades, 1,7 mil são regiões com altos índices de vulnerabilidade social.

Agência Brasil

Um novo estudo divulgado pela Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS) identificou uma relação significativa entre a obesidade na infância e um risco aumentado de desenvolver esquizofrenia na vida adulta.

A descoberta reforça a importância de políticas de prevenção à obesidade desde os primeiros anos de vida, com foco não apenas na saúde física, mas também no bem-estar mental a longo prazo.

A pesquisa analisou dados genéticos de milhares de indivíduos com diagnóstico de esquizofrenia e os comparou com informações sobre o índice de massa corporal (IMC) na infância. Os resultados indicam que o IMC elevado durante essa fase da vida está associado diretamente ao aumento do risco da doença, independentemente do peso na fase adulta ou de fatores como estilo de vida.

“Nossos achados oferecem evidências sólidas de que o IMC elevado na infância exerce um impacto direto e duradouro sobre o risco de esquizofrenia ao longo da vida”, afirmam os autores.

O que o estudo investigou A análise utilizou duas grandes bases de dados genéticos, que permitiram aos pesquisadores identificar correlações entre características físicas e predisposições psiquiátricas. Embora a obesidade infantil tenha se mostrado relacionada ao aumento de risco para esquizofrenia, não foi encontrada associação significativa com outros transtornos como depressão, TOC, Alzheimer ou ansiedade.

Além disso, a obesidade adquirida na fase adulta não demonstrou a mesma correlação, sugerindo que o período da infância representa uma janela crítica no desenvolvimento cerebral.

Possíveis explicações Especialistas que participaram do estudo levantam a hipótese de que o excesso de gordura corporal durante a infância possa afetar negativamente o desenvolvimento do cérebro, interferindo na formação de estruturas neurais e em processos inflamatórios ligados à saúde mental. Embora a relação exata ainda esteja em investigação, a associação estatística foi considerada robusta.

Limitações do estudo Os pesquisadores destacam que os participantes analisados eram todos de origem europeia, o que limita a aplicabilidade dos resultados a outras populações. Novos estudos serão necessários para confirmar essas relações em grupos com diferentes contextos genéticos e socioeconômicos.

Implicações para a saúde pública A esquizofrenia é um transtorno mental grave que afeta cerca de 23 milhões de pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A condição, que geralmente se manifesta no final da adolescência ou início da vida adulta, pode causar alucinações, delírios, alterações de comportamento e prejuízos significativos à vida social e funcional dos indivíduos.

Diante da nova evidência, especialistas reforçam a necessidade de medidas preventivas focadas na infância. Alimentação saudável, atividade física regular, redução do consumo de alimentos ultraprocessados e o combate à insegurança alimentar e ao sedentarismo infantil devem ser prioridades para famílias, escolas e autoridades.

“Tratar a obesidade infantil é, também, uma forma de proteger a saúde mental das próximas gerações”, conclui o estudo.

Outras dicas de Saúde na Catraca Livre
Uma pesquisa da Universidade William Paterson, em Nova Jersey, Estados Unidos, desafiou conceitos tradicionais sobre nutrição ao identificar os dez vegetais mais saudáveis do mundo. Surpreendentemente, a maioria desses superalimentos é de cor verde, oferecendo uma densidade nutricional excepcional com baixo teor calórico.

Catraca Livre

A urina e o sangue são um "dedo duro" da quantidade de alimentos ultraprocessados na dieta de uma pessoa, é o que revela um estudo publicado nesta terça-feira (20).

Os alimentos ultraprocessados são aqueles que passam por um processamento industrial intenso e são transformados quimicamente, como produtos em conserva, enlatados, frios e embutidos.

Globalmente, estima-se que uma em cada cinco mortes esteja ligada à má alimentação — e o papel dos ultraprocessados tem chamado atenção em diversos estudos nos últimos anos.

Pesquisadores do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos descobriram pela primeira vez que moléculas presentes no sangue e na urina podem revelar quanta energia uma pessoa consome a partir de alimentos ultraprocessados.

A expectativa é que essa descoberta ajude a compreender melhor o impacto desse tipo de produto — já associado a doenças como obesidade, diabetes e até câncer — no corpo humano.

Como a pesquisa foi feita? A maior parte dos estudos sobre ultraprocessados se baseia em entrevistas, em que as pessoas relatam o que comeram. O problema é que esse método nem sempre é confiável: muitos esquecem o que consumiram ou não sabem identificar o que é ou não um alimento ultraprocessado.

Para contornar isso, os pesquisadores conduziram o estudo em duas etapas:

Primeira etapa da pesquisa Na primeira, analisaram 700 amostras de sangue e urina de voluntários que também forneceram relatórios alimentares recolhidos ao longo de um ano.

Ao examinar as amostras, os cientistas descobriram que, em média, os ultraprocessados representavam 50% da ingestão calórica dos participantes.

A partir disso, criaram uma pontuação com 28 marcadores no sangue e até 33 na urina que identificaram a ingestão de alimentos ultraprocessados em dietas. Esses marcadores foram identificados como uma espécie de "dedo duro" do padrão alimentar baseado em ultraprocessados.

Alguns dos marcadores apareceram mais de 60 vezes em um universo de 100 testes. Um deles mostrou uma possível ligação entre uma dieta rica em ultraprocessados e o risco de diabetes tipo 2, segundo o estudo.

Segunda etapa da pesquisa Com essa pontuação, os pesquisadores analisaram também 20 adultos que foram internados por um mês no Instituto Nacional do Câncer.

Esses participantes receberam dietas baseadas em alimentos ultraprocessados e não processados, com quantidades semelhantes de calorias, açúcar, gordura, fibras e macronutrientes. Cada dieta foi seguida por duas semanas, e os participantes podiam comer o quanto quisessem.

A equipe, liderada por Stephanie Loftfield, descobriu que os marcadores no sangue e na urina permitiam identificar com precisão quando os voluntários estavam consumindo muitos ultraprocessados — e quando não estavam.

Como isso vai ser usado? O termo ultraprocessado vem sendo usado há 15 anos para identificar esses alimentos que passam por um longo processo industrial e que recebem uma série de químicos.

Há várias pesquisas pelo mundo analisando sua relação com doenças. Agora, com a identificação desses marcadores, isso pode ficar mais confiável.

A proposta dos pesquisadores é que, no futuro, essa análise permita rastrear com mais precisão, por meio de amostras biológicas, a relação entre o consumo de ultraprocessados e o risco de desenvolver doenças como o câncer.

G1