O Brasil chegou a 152 mortes causadas por dengue em 2025 nesta quinta-feira (20), com outros 360 óbitos ainda em investigação. Isso representa uma média de 3 mortes por dia. Desde o começo do ano, 352 mil casos prováveis da doença foram contabilizados em todo o país, com uma taxa de incidência nacional de 169,2 casos por 100 mil habitantes.
Do total de mortes registradas no país, 77% é de São Paulo, com 118. Goiás, Minas Gerais e o Pará estão empatados em segundo lugar, com 5 óbitos. Paraná tem 4, e Bahia, Mato Grosso, Rio de Janeiro registraram 3. Acre e Amapá têm duas mortes cada, e Mato Grosso do Sul e Sergipe registraram um óbito. As outras unidades da Federação não registraram mortes pela doença até o momento.
São Paulo também lidera em números absolutos de casos prováveis, com quase 60% dos registros. São 209 mil desde o começo do ano. Minas Gerais está atrás, com 41 mil, seguido de Goiás, com 20.039, e Paraná, com 19.821.
Já se tratando sobre coeficiente de incidência, o Acre lidera entre as unidades da Federação. São 661,3 casos por 100 mil habitantes. São Paulo é o segundo colocado, com 454,9, e Mato Grosso registra taxa de 372,2.
A maioria dos casos de 2025 foi em mulheres (55%), e a faixa etária de 20 a 29 anos é a que mais contrai a doença, com 68 mil casos, o que representa quase um em cada cinco infecções.
Decreto de emergência Nesta quarta-feira (19), São Paulo decretou emergência em saúde pública devido à epidemia de dengue. 225 municípios paulistas já atingiram mais de 300 casos de dengue por 100 mil habitantes, e o estado lidera em números absolutos de casos e em mortes.
O decreto facilita o acesso das cidades a recursos federais e estaduais. A medida foi anunciada pelo secretário de Estado da Saúde, Eleuses Paiva, durante reunião do Centro de Operações de Emergências para as arboviroses, na capital paulista.
Já o Acre, que lidera em taxa de incidência da doença, decretou a emergência ainda em 9 de janeiro. Na época, a secretaria de Saúde afirmou que a situação estava “alarmante, com uma curva ascendente nos casos confirmados”.
Imagine acordar um dia e perceber que seus movimentos estão mais lentos, que suas pernas não respondem como antes, ou que sua visão começa a falhar. Para mais de 2,8 milhões de pessoas no mundo que vivem com esclerose múltipla (EM), essa é uma realidade diária.
Entre elas, estão aqueles que enfrentam a forma mais agressiva da doença: a esclerose múltipla primária progressiva (EMPP).
Sem períodos de remissão e com tratamentos limitados, a EMPP avança silenciosamente, roubando a independência e a qualidade de vida em questão de anos – ou até meses.
Mas e se houvesse uma maneira de frear essa progressão antes que os sintomas se tornem irreversíveis? E se pudéssemos entender exatamente como a doença ataca o sistema nervoso, mesmo em seus estágios mais iniciais?
Um estudo da Universidade de Michigan traz uma resposta promissora: um implante semelhante a uma esponja e nanopartículas inteligentes que, juntos, podem mudar o jogo no tratamento da EMPP.
Em camundongos, essa abordagem não apenas preveniu sintomas debilitantes como a paralisia, mas também reduziu a gravidade da doença pela metade quando administrada após o início dos sintomas.
Para pacientes e familiares que convivem com a incerteza da EMPP, essa descoberta não é apenas uma notícia científica – é um sopro de esperança.
O Desafio da Esclerose Múltipla Primária Progressiva A EMPP é uma das formas mais debilitantes da esclerose múltipla, causando incapacidade severa em média em 13 anos, mas podendo avançar rapidamente em apenas 2 anos.
Diferente das formas recorrentes da doença, a EMPP não tem períodos de remissão, e os tratamentos atuais são limitados. O único medicamento aprovado pela FDA para EMPP, o ocrelizumabe, apenas retarda a progressão da doença, mas não oferece cura ou remissão completa.
Além disso, por suprimir o sistema imunológico, ele expõe os pacientes a riscos de infecções.
O grande desafio para os pesquisadores tem sido entender como a doença ataca o sistema nervoso central (SNC) em seus estágios iniciais. Como o cérebro e a medula espinhal são de difícil acesso, não é possível realizar biópsias em pacientes vivos.
“Sem acesso ao tecido doente, é como tentar consertar um carro sem abrir o capô“, explica Aaron Morris, coautor do estudo e professor assistente da Universidade de Michigan.
A Inovação: Um Implante que “Engana” o Sistema Imunológico Para superar essa barreira, a equipe de pesquisa utilizou um implante biodegradável em forma de esponja, feito de poliéster e cheio de poros minúsculos. Esse dispositivo, com apenas 13 milímetros de diâmetro e 2 milímetros de altura, foi implantado sob a pele de camundongos, próximo às omoplatas.
O implante atrai células imunológicas, criando um “tecido substituto” que pode ser facilmente biopsiado e analisado.
Ao induzir uma condição semelhante à EMPP nos camundongos, os pesquisadores observaram como as células imunológicas se comportavam nos poros da esponja.
Usando sequenciamento de RNA de célula única, eles identificaram que um grupo de proteínas chamadas quimiocinas CC estava hiperativo no tecido doente.
Essas proteínas, que normalmente ajudam a combater infecções, estavam “chamando” células imunológicas de forma descontrolada, levando ao ataque à bainha de mielina – a camada protetora dos nervos.
Nanopartículas: A Chave para Interromper a Doença Com essa descoberta, a equipe desenvolveu nanopartículas injetáveis de 400 nanômetros de diâmetro, projetadas para bloquear as quimiocinas CC e interromper a inflamação desregulada.
Quando administradas precocemente, as nanopartículas impediram completamente o desenvolvimento de sintomas como paralisia. Já em camundongos que já apresentavam sintomas, o tratamento reduziu a gravidade dos sintomas pela metade.
“O implante nos dá uma janela sem precedentes para entender a dinâmica da doença, especialmente nos estágios iniciais. Terapias que visam esses mecanismos podem interromper a progressão antes que ocorram danos irreversíveis“, afirma Lonnie Shea, professor de Engenharia Biomédica e coautor do estudo.
O Que Isso Significa para os Pacientes? Embora os resultados sejam promissores, é importante ressaltar que o estudo foi realizado em camundongos, e são necessários mais testes antes que a abordagem possa ser aplicada em humanos. No entanto, essa descoberta representa um avanço significativo por duas razões principais:
Entendimento da Doença: O implante permite estudar a EMPP em seus estágios iniciais, algo que antes era impossível. Tratamento Direcionado: As nanopartículas oferecem uma terapia mais precisa, sem suprimir o sistema imunológico como um todo. Próximos Passos A equipe planeja expandir os estudos para modelos animais mais complexos e, eventualmente, iniciar ensaios clínicos em humanos. Se bem-sucedida, essa abordagem pode não apenas beneficiar pacientes com EMPP, mas também abrir portas para o tratamento de outras doenças autoimunes.
Enquanto aguardamos os próximos capítulos dessa pesquisa, uma coisa é clara: a ciência está cada vez mais próxima de desvendar os mistérios da esclerose múltipla e oferecer tratamentos mais eficazes. Para os milhões de pacientes ao redor do mundo, essa é uma luz no fim do túnel.
O aumento nos níveis de açúcar no sangue, conhecido como hiperglicemia, é um dos principais indicativos de diabetes, uma condição que, se não tratada adequadamente, pode gerar complicações graves à saúde. Infelizmente, muitas vezes, esse aumento ocorre sem sintomas evidentes até atingir níveis muito elevados. Por isso, é importante estar atento aos sinais e buscar ajuda médica quando necessário.
Sinais comuns de açúcar elevado no sangue Os sintomas da hiperglicemia podem variar de pessoa para pessoa. No entanto, existem alguns sinais mais comuns que podem indicar que os níveis de glicose estão elevados:
Sede excessiva A sensação de sede intensa é um sintoma clássico de hiperglicemia. O corpo tenta eliminar o excesso de glicose pela urina, resultando em desidratação. Micção frequente Com o aumento da produção de urina, causado pela tentativa do corpo de eliminar o excesso de glicose, a pessoa sente uma necessidade constante de urinar. Fome constante Mesmo após as refeições, a sensação de fome persistente pode ocorrer, devido à dificuldade do corpo em processar adequadamente o açúcar. Exames de rotina: prevenção é o melhor remédio Embora os sinais do corpo sejam importantes, exames laboratoriais são fundamentais para um diagnóstico preciso. Indivíduos com fatores de risco, como obesidade ou histórico familiar de diabetes, devem realizar exames regulares para monitorar os níveis de açúcar no sangue e prevenir complicações.
Como controlar o açúcar elevado no sangue A boa notícia é que é possível controlar os níveis elevados de glicose com algumas mudanças no estilo de vida. Aqui estão algumas dicas para manter o açúcar no sangue sob controle:
Adote uma alimentação balanceada
Optar por alimentos ricos em fibras, como frutas, vegetais e grãos integrais, pode ajudar a estabilizar os níveis de glicose.
Evite o consumo excessivo de açúcar refinado e alimentos processados.
Controle as porções
Evite exagerar no consumo de carboidratos, que se transformam em glicose.
Manter um equilíbrio nas porções ajuda a controlar os níveis de glicose no sangue.
Pratique atividade física regularmente
Exercícios aumentam a sensibilidade das células à insulina, o que facilita o uso adequado da glicose pelo corpo.
Atividades como caminhada e natação são ótimas escolhas.
Hidratação adequada Manter-se hidratado é fundamental para o bom funcionamento dos rins e para a eliminação do excesso de glicose.
Atenção aos sintomas de diabetes: procure ajuda médica
Fique atento a sinais como sede excessiva, cansaço, visão embaçada, cicatrização lenta, perda de peso inexplicada e aumento na frequência urinária. Identificar esses sintomas de forma precoce pode evitar complicações graves, como doenças cardíacas e renais.
Controle de açúcar no sangue com legumes O controle de açúcar no sangue pode ser eficazmente auxiliado pelo consumo de legumes. Ricos em fibras e nutrientes, esses alimentos ajudam a regular os níveis glicêmicos. Incorporá-los à dieta diária pode ser uma estratégia simples e natural para prevenir picos de glicose e melhorar a saúde metabólica.
Beber café logo ao acordar pode trazer mais benefícios do que apenas aumentar a energia. Um estudo realizado nos Estados Unidos sugere que esse hábito está associado a uma menor probabilidade de morte por doenças cardiovasculares. Essa relação foi destacada em uma pesquisa recente publicada no European Heart Journal.
Os efeitos do café da manhã na saúde do coração Pesquisadores analisaram os hábitos alimentares de mais de 40 mil pessoas ao longo de quase 20 anos e observaram que o consumo matinal de café está relacionado a um impacto positivo na saúde do coração. Os participantes que tinham esse costume apresentaram um risco 31% menor de morrer por doenças cardiovasculares, além de uma redução de 16% no risco de morte por qualquer causa.
De acordo com Lu Qi, professor da Escola de Saúde Pública de Harvard e um dos líderes da pesquisa, “nossas descobertas indicam que não é apenas a quantidade de café consumida que importa, mas também o horário em que a bebida é ingerida”.
Por que o horário do consumo faz diferença? Os pesquisadores sugerem que beber café mais tarde no dia pode prejudicar os ritmos circadianos, o chamado “relógio biológico” do corpo. Consumir cafeína no período da tarde ou noite pode interferir na produção de melatonina, hormônio essencial para a regulação do sono.
Quando o ciclo circadiano é alterado, existe um aumento na pressão arterial e nos níveis de inflamação, fatores que contribuem para doenças cardiovasculares. Já pela manhã, o corpo está naturalmente em estado de alerta devido à maior atividade do sistema nervoso simpático. Tomar café nesse horário potencializa seus efeitos positivos sem comprometer os ritmos biológicos.
Qual a quantidade ideal de café pela manhã? A pesquisa também revelou que a quantidade de café ingerida pela manhã influencia os benefícios observados. Os participantes que consumiam de duas a três xícaras diariamente apresentaram a maior redução nos riscos de mortalidade. Beber apenas uma xícara ou menos também mostrou efeitos positivos, mas em menor intensidade.
Por outro lado, ingerir mais de três xícaras não demonstrou impactos negativos claros, embora os especialistas reforcem que o consumo moderado é a melhor opção para garantir segurança e benefícios à saúde.
O café é indicado para todos? Apesar das vantagens para a saúde cardiovascular, o café pode não ser adequado para todas as pessoas. Indivíduos com gastrite, colesterol alto ou outras condições específicas devem ter cautela com a forma de preparo da bebida e evitar o consumo excessivo.
Consultar um profissional de saúde antes de aumentar a ingestão de café é fundamental para evitar complicações. Embora mais estudos sejam necessários para confirmar todas as descobertas, as evidências atuais sugerem que tomar café pela manhã pode ser um hábito benéfico para a saúde do coração. Mais um aliado para a saúde do coração Além do café matinal, outro alimento pode ajudar na saúde cardiovascular: a casca da banana. Segundo matéria da Catraca Livre, esse ingrediente, geralmente descartado, é rico em fibras e antioxidantes que contribuem para a redução do colesterol e da inflamação. Incorporar hábitos simples pode fazer a diferença para um coração mais saudável.