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O que leva a pessoa a ter glaucoma? Qual o primeiro sinal dessa patologia ocular? Quais são os 4 tipos de glaucoma? Essas foram algumas das perguntas que foram respondidas pela Dra. Márcia Letícia, que atende no hospital de Olhos Bucar, todas as semanas, pelo menos três dias.

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A profissional em saúde, especialista em Glaucoma, foi a entrevistada dessa terça-feira, 14, no Jornal Piauí Notícias. O tipo mais comum de glaucoma (glaucoma de ângulo aberto), conforme estudo, não costuma apresentar outros sintomas além da perda lenta da visão. Veja a entrevista e saiba mais: 

O glaucoma de ângulo fechado, embora raro, é uma emergência médica e seus sintomas incluem dor ocular com náuseas e distúrbios súbitos de visão. O tratamento inclui colírios, medicamentos e cirurgia. 

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Da redação

Para quem vive com enxaqueca, o sofrimento vai muito além de uma dor passageira. Trata-se de uma condição neurológica complexa e crônica, enraizada em fatores genéticos, que se manifesta como uma dor latejante em um ou ambos os lados da cabeça.

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Esse incômodo pode durar de poucas horas a dias intermináveis, trazendo consigo um combo devastador de sintomas: náuseas, vômitos e uma hipersensibilidade que transforma luzes, sons e cheiros em verdadeiros vilões.

Decifrando os gatilhos da enxaqueca Embora a ciência ainda não tenha desvendado por completo as causas exatas dessa condição, já se sabe que a genética é um ingrediente essencial na sua fórmula. No entanto, o que desencadeia as crises pode variar de pessoa para pessoa.

Entre os vilões mais comuns estão o estresse, noites mal dormidas, alterações hormonais e certos alimentos, como queijos maturados e o irresistível chocolate. Até mesmo cheiros intensos ou mudanças repentinas no clima podem ser o estopim de uma nova crise.

Para as mulheres, a enxaqueca muitas vezes se torna uma companhia indesejada durante a tensão pré-menstrual (TPM). Segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia, fatores como irregularidades menstruais, endometriose e síndrome dos ovários policísticos podem agravar ainda mais o quadro. Alterações em neurotransmissores, como a serotonina, também desempenham um papel fundamental no desenvolvimento da enxaqueca.

Crises de enxaqueca: Uma condição globalmente prevalente Os números falam por si. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 40% da população mundial sofre com algum tipo de distúrbio de cefaleia, afetando mais de 3 bilhões de pessoas. Não é surpresa que as mulheres liderem as estatísticas, já que influências hormonais tornam as crises mais frequentes nelas do que nos homens.

Os diferentes rostos da enxaqueca A enxaqueca não é igual para todos. Cerca de 25% das pessoas experienciam a chamada enxaqueca com aura, um prenúncio de alterações visuais como flashes de luz, pontos brilhantes ou linhas cintilantes que avisam que a dor está a caminho. Já os outros 75% lidam com a enxaqueca sem aura, caracterizada por uma dor intensa e unilateral que pode durar dias.

Ambos os tipos vêm acompanhados de sintomas como náuseas, vômitos, sensibilidade extrema a estímulos externos e agravamento da dor durante atividades físicas. No caso da enxaqueca com aura, ainda podem surgir sintomas neurológicos, como dormência, dificuldades de fala ou até perda parcial da visão, que costumam desaparecer antes da dor se instalar.

Como identificar e tratar a enxaqueca O diagnóstico de enxaqueca é um verdadeiro trabalho de detetive, baseado na análise detalhada dos sintomas relatados pelo paciente. Segundo a International Headache Society, a dor deve atender a critérios específicos, como ser unilateral, pulsante, agravada por esforço físico e impactar as atividades diárias.

Além disso, sintomas associados, como náuseas ou sensibilidade à luz, ajudam a compor o diagnóstico. Para quem sofre com enxaqueca com aura, características como a duração e o intervalo entre a aura e a dor são cruciais para o diagnóstico.

O tratamento é uma dança delicada entre a medicina e o estilo de vida. Medicamentos ajudam a aliviar as crises e preveni-las, enquanto identificar e evitar gatilhos pessoais pode ser o grande trunfo para o controle da condição. O acompanhamento médico, especialmente com um neurologista, é essencial, e a abordagem multidisciplinar – que pode incluir fisioterapia, psicoterapia e mudanças na alimentação – muitas vezes faz toda a diferença.

Viver com enxaqueca é desafiador, mas com as ferramentas certas, é possível retomar o controle e melhorar a qualidade de vida, transformando os dias de dor em dias de conquista.

Catraca Livre

© iStock/nicoletaionescu

O zumbido, um sintoma incômodo descrito como apitos ou chiados no ouvido, afeta cerca de 28 milhões de pessoas no Brasil, segundo dados da Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde. No mundo, são mais de 278 milhões, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS). Embora não seja uma doença, o zumbido é um sinal de alerta para problemas sérios que podem comprometer a saúde.

O zumbido é a sensação de ouvir um ruído externo que parece existir, mas não está presente e pode afetar pessoas de todas as idades e estar relacionado a diversas causas, de exposição a barulhos intensos e o envelhecimento natural até alterações metabólicas e hormonais. Nos jovens e adolescentes, o sintoma aparece, comumente, pelo uso excessivo de fones de ouvido.

Um estudo conduzido pela Associação de Pesquisa Interdisciplinar e Divulgação do Zumbido (APIDIZ), da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, entrevistou 170 adolescentes de classe média/alta, em 2017, com idades entre 11 e 17 anos. Mais da metade dos adolescentes (54,7%) relataram ter percebido o zumbido nos últimos 12 meses. Entre eles, 51% afirmaram que o sintoma apareceu logo após o uso prolongado de fones de ouvido ou após saírem de locais excessivamente barulhentos, como festivais e shows de música. Além disso, os testes auditivos indicaram que 28,8% dos jovens apresentaram níveis de zumbido semelhantes aos observados em adultos.

“O zumbido é um dos possíveis sintomas que indicam a perda auditiva, por isso é tão importante estar alerta. Os fones de ouvido são, inclusive, extremamente prejudiciais, porque, quando usados de forma errada, carregam sons de até 120 decibeis diretamente para o tímpano”, informa a fonoaudióloga especialista em reabilitação auditiva, Dra. Vanessa Gardini, da clínica Pró-Ouvir Aparelhos Auditivos, de Sorocaba (SP).

Ela explica que a audição humana suporta até 70 decibeis (dB), sem danos. Acima dessa medida há risco de lesão no aparelho auditivo. Sons acima ou perto de 110 dB já podem causar dor imediata e danos permanentes em segundos. Os altos ruídos nos grandes centros urbanos podem chegar a alarmantes 90 dB.

A lista de fatores que podem levar alguém a sentir o zumbido é grande. Ele pode estar relacionado à infecção no ouvido, anemia, diabetes, estresse, tabagismo, doenças autoimunes, problemas na tireoide, uso de drogas, bebidas alcoólicas e medicamentos, doenças autoimunes, pressão alta, entre outras condições. Para diagnosticar e compreender o tipo e a gravidade do zumbido, podem ser solicitados diferentes exames, como audiometria (para avaliar a audição), acufenometria (que ajuda a identificar a frequência e a intensidade do zumbido) e exames de sangue.

“O zumbido pode gerar grande impacto emocional e social, afetando o sono, a concentração e o bem-estar geral do paciente”, afirma a fonoaudióloga. Ela explica que aparelhos auditivos modernos têm se mostrado eficazes, tanto para melhorar a audição, quanto para oferecer terapias sonoras que ajudam a mascarar o zumbido. Porém, além dos aparelhos e medicamentos, mudanças no estilo de vida também colaboram com a redução do zumbido.

“Ter uma alimentação balanceada e praticar atividades para redução do estresse, por exemplo, podem ser recomendadas”, acrescentou a especialista, reiterando que o tratamento do zumbido varia de acordo com suas causas.

Noticias ao Minuto

Uma pesquisa do Imperial College London, publicada no The American Journal of Clinical Nutrition, revelou que o folato (vitamina B9) pode desempenhar um papel crucial na redução do risco de câncer colorretal. Com base em dados de mais de 70 mil participantes, os resultados reforçam a importância de uma alimentação rica em vegetais para a saúde intestinal e geral.

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Folato e a redução do risco de câncer De acordo com o estudo, o consumo regular de folato pode diminuir significativamente as chances de desenvolver câncer colorretal. A cada 260 microgramas adicionais de folato ingeridos diariamente, o risco da doença foi reduzido em até 7%. Esse dado destaca a relevância de incluir alimentos ricos nessa vitamina, como espinafre, brócolis e couve, na dieta diária.

Os pesquisadores ainda observaram que o aumento da ingestão de folato equivalente a 65% da dose diária recomendada (400 microgramas) está associado a uma menor probabilidade de desenvolver câncer de intestino. Essa relação sugere que mesmo pequenas alterações na dieta podem ter grandes benefícios para a saúde.

Benefícios adicionais do folato Além de ajudar na prevenção do câncer, o folato é indispensável para diversas funções no organismo. Ele contribui para a formação de glóbulos vermelhos saudáveis, prevenindo anemias, e é essencial para o desenvolvimento fetal durante a gravidez. Por isso, sua suplementação é amplamente recomendada para mulheres grávidas ou que planejam engravidar.

Outro ponto abordado no estudo foi o papel do folato na saúde do DNA, o que pode explicar parte de sua capacidade de proteger contra o câncer. O folato auxilia na reparação e manutenção do DNA, reduzindo o risco de mutações genéticas que podem levar ao desenvolvimento de tumores.

O impacto da genética na absorção de folato Os pesquisadores também investigaram como fatores genéticos podem influenciar a eficácia do folato na prevenção do câncer colorretal. Uma região específica do genoma parece determinar como o organismo responde à ingestão de folato e suplementos de ácido fólico. Embora promissora, essa descoberta ainda precisa ser mais explorada em estudos futuros para esclarecer essa interação genética.

Essa investigação levanta questões importantes sobre como personalizar recomendações nutricionais com base no perfil genético individual, o que pode levar a estratégias de prevenção mais eficazes.

Implicações para políticas de saúde pública As descobertas reforçam a necessidade de promover dietas ricas em vegetais verdes como parte das políticas de saúde pública. O estudo sugere que a suplementação de ácido fólico pode ser uma estratégia adicional para populações que enfrentam dificuldades em consumir quantidades suficientes de folato por meio da dieta.

Além disso, as conclusões oferecem uma base científica para futuras iniciativas de conscientização sobre o papel da nutrição na prevenção do câncer colorretal, uma das formas de câncer mais prevalentes globalmente.

Com mais estudos e a integração de fatores genéticos, as descobertas podem revolucionar as abordagens preventivas contra o câncer, tornando a alimentação balanceada um elemento central na promoção da saúde.

Catraca Livre

Foto: © iSTock/dragana991

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