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Uma pesquisa realizada por cientistas dinamarqueses e divulgada na revista Circulation revelou que homens que fazem uso de esteroides anabolizantes têm até três vezes mais chances de sofrer um infarto.

anabolizantes

O estudo analisou dados de 1.189 homens que testaram positivo em exames de doping na Dinamarca entre 2006 e 2018 e os comparou com quase 60 mil indivíduos da população geral.

Essas substâncias, conhecidas como esteroides anabolizantes androgênicos, são versões artificiais do hormônio testosterona. Embora sejam permitidas em contextos médicos para tratar distúrbios hormonais, o uso com fins estéticos ou para melhora de desempenho físico está vetado no Brasil desde abril de 2023, conforme norma do Conselho Federal de Medicina (CFM).

Catraca Livre

Pesquisadores das universidades de Mie e Fujita, no Japão, alcançaram um marco importante nos estudos sobre a Síndrome de Down. Utilizando a técnica de edição genética CRISPR-Cas9, eles removeram com sucesso a cópia excedente do cromossomo 21 em células manipuladas em laboratório, restabelecendo, assim, o funcionamento genético normal.

sindromedwon

A condição conhecida como Síndrome de Down surge devido à trissomia do cromossomo 21, ou seja, à presença de uma terceira cópia desse cromossomo. Esse erro ocorre, geralmente, durante a formação dos gametas — óvulos ou espermatozoides — e provoca alterações no desenvolvimento neurológico, traços físicos específicos e maior vulnerabilidade a doenças cardíacas e digestivas.

Para o estudo, os cientistas utilizaram dois tipos de células: células-tronco pluripotentes induzidas e fibroblastos, que são células da pele obtidas de pessoas com a síndrome. Com o uso do CRISPR-Cas9, eles conseguiram eliminar apenas o cromossomo excedente, mantendo os dois cromossomos herdados dos pais intactos. Como resultado, esse procedimento representa um passo promissor rumo à criação de estratégias terapêuticas genéticas.

Apesar do entusiasmo com os resultados, os próprios pesquisadores ressaltam que a técnica ainda está em fase experimental. Ainda não há segurança suficiente para aplicá-la em seres humanos. Por isso, estudos complementares serão essenciais para garantir que não ocorram efeitos colaterais indesejados em outras regiões do DNA.

Embora o Brasil ainda não conduza pesquisas semelhantes, esse avanço japonês sugere um futuro promissor para tratamentos genéticos capazes de atenuar ou até reverter os efeitos da Síndrome de Down. Para muitas famílias e especialistas, a descoberta reacende a esperança de intervenções mais eficazes e transformadoras no cuidado com a condição.

BossaNews Brasil

Foto: ©Imagem: reprodução Instagram

Pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP-USP) alcançaram resultados com testes de crotoxina, uma proteína do veneno da cascavel, contra células do câncer de mama triplo negativo.

Através de testes laboratoriais (in vitro), a crotoxina eliminou e impediu a multiplicação das células da linhagem MDA-MB-231, associada a altos índices de metástase e mortalidade.

De acordo com os cientistas, o composto reuniu morte celular por necrose, inibiu mecanismos de defesa como autofagia e apoptose, e causou danos ao DNA tumoral, sem afetar células saudáveis.

A crotoxina foi isolada por pesquisadores da Unesp, tendo sido posteriormente usada para estudo de rotas biológicas envolvidas na morte celular e no estresse oxidativo. A substância também não apresentou interação negativa com a doxorrubicina, quimioterápico comum.

Em outro esforço de pesquisadores para melhorias ao combate ao câncer de mama, um ensaio testou um tratamento que unifica a quimioterapia com um medicamento de imunoterapia, promovendo uma taxa de cura de quase o dobro em relação à quimioterapia sozinha.

Bossa NewsBrasil

O câncer colorretal é o terceiro mais comum no Brasil, atrás apenas dos tumores de mama e próstata – sem considerar os de pele não melanoma. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa para o triênio que acaba em 2025, ultrapassa 45 mil novos casos por ano.

A tendência de aumento no número de casos, especialmente em pessoas com menos de 50 anos, tem preocupado especialistas que reforçam a importância de campanhas de conscientização como o “Março Azul-Marinho”.

De acordo com um estudo publicado no BMJ Oncology, o número de diagnósticos de câncer em pessoas com menos de 50 anos aumentou 79% entre 1990 e 2019, enquanto as mortes cresceram 28%.

Segundo o Dr. Samuel Aguiar, líder do Centro de Referência de Tumores Colorretais do A.C.Camargo Cancer Center, a doença tem maior incidência em áreas urbanas e entre adultos economicamente ativos, de 40 a 69 anos. “Tornou-se comum ver pacientes cada vez mais jovens, com idades entre 35 e 40 anos, sendo diagnosticados com câncer colorretal. Esse aumento está diretamente ligado a hábitos alimentares inadequados e fatores relacionados ao estilo de vida.”

Sintomas do câncer colorretal Geralmente, o câncer colorretal não apresenta sintomas em seu estágio inicial. No entanto, à medida que a doença progride, podem surgir sinais como sangramentos e obstruções intestinais.

Alguns sintomas devem servir como alerta, especialmente quando persistem por longos períodos.

“Os sintomas mais comuns incluem alteração do ritmo intestinal, presença de sangue nas fezes, cólicas ou desconforto abdominal, sensação de empachamento, perda de peso e anemia”, destaca o especialista, reforçando que o diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura.

Fatores de risco e como prevenir A boa notícia é que hábitos saudáveis, sobretudo uma alimentação equilibrada, podem reduzir os riscos da doença.

O consumo excessivo de ultraprocessados, rotinas estressantes, sedentarismo e longas jornadas de trabalho são apontados por diversos estudos como fatores que contribuem para o crescimento dos casos, principalmente entre os mais jovens.

O especialista ressalta que cerca de 90% dos casos estão associados ao estilo de vida e fatores ambientais, enquanto apenas 10% têm origem genética.

Dessa forma, para prevenir esse tipo de tumor é importante evitar o consumo de embutidos, bebidas açucaradas e o excesso de carne vermelha, adotar uma alimentação equilibrada (com frutas, verduras, legumes e cereais), praticar exercício físicos, não ingerir bebidas alcoólicas e não fumar.

Sobrevida e exame para rastreamento da doença Além dos hábitos saudáveis, a detecção precoce é um dos principais aliados no combate à doença. Dados do Observatório do Câncer do A.C.Camargo mostram que as taxas de sobrevida do câncer colorretal podem chegar a 95% nos estágios iniciais e, enquanto no estágio II, chegam a algo em torno de 80%, o que ainda representa um prognóstico favorável.[

No entanto, muitos pacientes ainda são diagnosticados tardiamente. Entre 55% e 60% dos casos, a doença é identificada em estágio avançado, exigindo tratamentos mais agressivos, como cirurgias extensas, quimioterapia e terapias-alvo de alto custo, com impactos financeiros e sociais tanto para o paciente quanto para seus familiares.

Por outro lado, exames simples e acessíveis, como a pesquisa de sangue oculto nas fezes, podem auxiliar na detecção precoce e indicar a necessidade de investigações mais detalhadas, permitindo um diagnóstico em fases iniciais.

Quando descoberto precocemente, o câncer colorretal tem taxas de cura superiores a 90%, além de possibilitar tratamentos menos invasivos e uma recuperação mais rápida.

Catraca Livre

Foto: © Panuwat Dangsungnoen/iStock