Não é de hoje que uma boa noite de sono é apontada como fator essencial para manter a qualidade de vida. Evidências recentes reforçam essa noção e acendem um novo alerta: dormir mal pode aumentar a sensibilidade à dor.

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"Alguns estudos com pessoas saudáveis mostram que se elas ficarem, por exemplo, um dia privadas de sono, aumenta a resposta à dor. Elas ficam com uma hipersensibilidade à dor, mesmo aquelas que não apresentam queixas de dor", explica Priscila Morelhão, pesquisadora do Instituto do Sono e fisioterapeuta, mestre e doutora pela Unesp (Universidade Estadual Paulista) e pós-doutorada em biologia e medicina do sono pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

Essa relação pode ser vista de forma bidirecional, ou seja, tanto a privação de sono pode piorar o quadro de dor quanto a dor pode afetar o sono. Não é de hoje que uma boa noite de sono é apontada como fator essencial para manter a qualidade de vida. Evidências recentes reforçam essa noção e acendem um novo alerta: dormir mal pode aumentar a sensibilidade à dor.

"Alguns estudos com pessoas saudáveis mostram que se elas ficarem, por exemplo, um dia privadas de sono, aumenta a resposta à dor. Elas ficam com uma hipersensibilidade à dor, mesmo aquelas que não apresentam queixas de dor", explica Priscila Morelhão, pesquisadora do Instituto do Sono e fisioterapeuta, mestre e doutora pela Unesp (Universidade Estadual Paulista) e pós-doutorada em biologia e medicina do sono pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

Essa relação pode ser vista de forma bidirecional, ou seja, tanto a privação de sono pode piorar o quadro de dor quanto a dor pode afetar o sono. Um estudo publicado no European Journal of Pain, em março deste ano, também observou esse rápido efeito do sono de má qualidade. Cientistas descobriram que apenas três noites consecutivas de sono interrompido (fracionado) aumentam a sensibilidade à dor de pessoas saudáveis – não tinham dor antes.

Segundo o reumatologista Marco Antônio Araujo da Rocha Loures, presidente da SBR (Sociedade Brasileira de Reumatologia), esse aumento de sensibilidade está ligado a uma diminuição de algumas substâncias.

"Por exemplo, se você queima o pé, tem uns que sentem mais dor, outros, menos. Ela [a dor] vem através da medula, sobe até o cérebro, e o cérebro controla essa dor. Isso é bem explícito na fisiologia. Mas o que acontece para ele modular? Vários locais do cérebro liberam substâncias que vão diminuir a dor, como serotonina, norepinefrina, endorfina entre outras. Esses pacientes que têm mais dor, estão com essas substâncias diminuídas", explica o especialista. É por essa razão que os remédios para controlar a dor, como opioides e anticonvulsivantes, agem na liberação dessas substâncias que diminuem o sintoma. Mas vale ressaltar que o limiar de dor é muito pessoal.

Porém, independente do nível de sensibilidade, é certo que todos, especialmente pessoas com doenças previamente diagnosticadas, que têm como sintoma a dor em determinadas regiões, devem se manter atentas. Grupos de risco

Indivíduos com dor crônica (que dura e se repete por meses ou ano), fibromialgia ou lombalgia, por exemplo, sofrem de forma recorrente com essa sensibilização aumentada após um sono de má qualidade. O mesmo acontece com pessoas com distúrbios do sono diagnosticados (insônia, apneia do sono, etc.).

Na fibromialgia, em específico, o sono de má qualidade ocorre em razão de uma interrupção da fase de sono profundo.

"Nós temos duas principais fases: o sono não REM e o sono REM. O sono N3 [faz parte do não REM], que chamamos de sono de ondas lentas, é um estágio do sono mais profundo, onde eu tenho todo o reparo do meu tecido muscular e, realmente, consigo fazer uma limpeza muscular para, no outro dia, acordar feliz e descansado. A pessoa que tem fibromialgia não consegue chegar nesse estágio de sono, acaba ficando em estágios de sono superficiais (N1 e N2)", explica Priscila.

Toda vez que esse grupo tenta aprofundar o sono, uma onda cerebral chamada alfa faz a pessoa acordar. Portanto, o corpo não consegue passar pela recuperação da musculatura e, consequentemente, o indivíduo acorda mais cansado e com mais dor. Neste caso, assim como nos demais, torna-se um ciclo vicioso: a dor impede que a pessoa consiga dormir bem; e essa má qualidade de sono aumenta a sensibilidade à dor, o que dificulta o processo de recuperação.

"As pessoas, por exemplo, com osteoartrite [desgaste da cartilagem articular do joelho], têm uma redução na eficiência do sono. [Isso acaba] aumentando a catastrofização da dor, que é aquele medo de se movimentar, de fazer alguma atividade e aumentar a dor", diz a pesquisadora.

Esse medo, portanto, torna-se um agravante, já que a recomendação em casos, principalmente, de dor crônica, é manter a movimentação.

"Quanto menos exercício, maior a dor. Lógico que depende do tipo de dor. Por exemplo, a espondilite [anquilosante] é uma inflamação da coluna, nesse caso, não pode repouso, tem que fazer exercício, ele é tão importante quanto a medicação. Ao contrário, se você quebra um braço ou a coluna, aí é repouso. Então depende do momento, qual o local e as implicâncias que existem", informa Loures. Prevenção

A melhor forma de evitar essa situação, segundo a pesquisadora, é agir primeiramente no sono. As evidências demonstram que a influência que o sono exerce na dor é mais forte do que o oposto.

"Diante do que vimos na literatura científica, talvez seja interessante olharmos para o sono primeiro. Olhamos para ele por estratégia simples de higiene do sono. A maioria dos casos de insônia, às vezes, conseguimos resolver por meio da higiene do sono", diz Priscila.

Entre boas práticas, estão:

  • Não tomar café após 15h (a cafeína tem efeito prolongado no sistema nervoso central);
  • dormir e acordar em horários regulares;
  • parar de olhar o celular uma hora antes de dormir;
  • não fazer atividade física 2 horas antes de dormir;
  • quem tem distúrbio de sono diagnosticado, deve seguir atendimento especializado.

O controle emocional e a prática de exercício físico também são recomendações, além de tentar encontrar a origem da dor se ela permanecer e aumentar de intensidade, porque pode se tratar de uma doença de base.

"Quem faz mais exercício, por exemplo, tem um limiar mais alto. O atleta, teoricamente, faz mais exercício e dorme melhor e, [portanto], tem menos dor, porque o limiar está grande, ele libera um monte de substâncias que controlam a dor fisiologicamente, como a endorfina, serotonina, norepinefrina e epinefrina", finaliza Loures.

R7

Foto: Freepik

O Hospital Clinicor é uma referência em atendimento médico-hospitalar na região centro-sul do estado do Piauí, oferecendo serviços de alta qualidade e com uma equipe altamente capacitada. Um dos fatores que contribuem para o sucesso do Hospital Clinicor é o trabalho em equipe.

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No ambiente hospitalar, a colaboração entre as equipes é essencial para garantir a segurança e a qualidade do atendimento aos pacientes. No Hospital Clinicor, as equipes de médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, fisioterapeutas, nutricionistas, entre outros profissionais, trabalham em conjunto para proporcionar um atendimento integrado e eficiente.

Além disso, o Hospital Clinicor investe em treinamentos e capacitações para seus colaboradores, buscando manter sua equipe sempre atualizada e preparada para lidar com as mais diversas situações. Isso se reflete em um atendimento mais humanizado e eficiente, que proporciona maior segurança e conforto aos pacientes.

Outro ponto importante é a comunicação entre as equipes, que é essencial para garantir a continuidade e a efetividade do atendimento. No Hospital Clinicor, a comunicação é incentivada e valorizada, tanto entre os profissionais de saúde quanto com os pacientes e seus familiares.

Dessa forma, é possível perceber que o trabalho em equipe é um dos pilares do sucesso do Hospital Clinicor. A colaboração entre as equipes, a capacitação dos profissionais e a comunicação eficiente são elementos fundamentais para garantir um atendimento de qualidade e excelência em saúde na região centro-sul do estado do Piauí.

 

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Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Minnesota (EUA) mostrou que pessoas com depressão e ansiedade são mais propensas a apresentar sintomas relacionados ao alcoolismo, quando comparadas às que não receberam tais diagnósticos, mesmo ingerindo as mesmas quantidades.

A pesquisa, publicada no periódico científico Alcohol: Clinical & Experimental Research, analisou 26 mil adultos que participaram da Pesquisa Nacional Epidemiológica sobre Condições Relacionadas ao Álcool, nos Estados Unidos. A partir dessa análise, os estudiosos compararam os sintomas comuns de transtornos relacionados ao uso de álcool em pessoas com ou sem as questões de saúde mental. Eles levaram em conta, entre os fatores, a ingestão de álcool desses participantes.

Além da constatação de que as pessoas com tais condições teriam maior propensão de apresentar descontrole relacionado à bebida e seus efeitos, os pesquisadores perceberam que as consequências se aplicavam, também, às pessoas que receberam o diagnóstico no passado.

Foi percebido, ainda, que o vício, a depressão e a ansiedade têm os processos compartilhados no cérebro.

“Nossas descobertas mostram que, aqueles com ansiedade e depressão, apresentam mais sintomas relacionados ao transtorno do uso de álcool. Se o vício fosse uma competição, aqueles com ansiedade e depressão teriam uma vantagem significativa”, afirma Matt Kushner, autor do estudo.

R7

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