Dados divulgados, nesta sexta-feira, 24, pela Coordenação de Vigilância Ambiental da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) mostram que os casos notificados de dengue reduziram em 56% entre os anos de 2013 e 2012. Em 2012, foram registradas 15.840 notificações contra 6.954 do ano seguinte. Segundo a diretora de Vigilância em Saúde da Sesapi, Telma Evangelista, o incremento do trabalho da secretaria junto aos municípios contribuiu para a queda.
“Monitoramos intensamente o plano de contingência da dengue em 2013, junto aos municípios, que responderam ao nosso chamado. Não deixamos faltar inseticida para o combate de vetores, o que ajudou bastante também”, explica Telma.
Questionada se o fraco período chuvoso em 2013 ajudou na redução, a diretora ressalta que a influencia não foi significativa. “Se por um lado tivemos pouca chuva, por outro a população armazenou mais água, portanto, os riscos foram maiores”, afirma.
A redução é ainda maior em 2014 em relação ao mesmo período do ano passado. Até agora foram notificados 62 casos este ano, contra 331 em 2013. Uma queda de 81%.
A dengue é uma doença febril aguda com duração de até sete dias, acompanhada de, pelo menos, dois dos sintomas, como cefaléia, dor retroorbitária, mialgias, artralgias, prostração ou exantema, associados ou não a hemorragias. A convalescença pode prolongar-se por várias semanas.
É causada por um vírus RNA com quatro sorotipos conhecidos: DENV 1, DENV 2, DENV 3 e DENV 4 (os três primeiros já identificados no Piauí), cuja fonte de infecção e reservatório vertebrado é o homem, sendo transmitido pela fêmea de mosquitos do gênero Aedes - na Ásia pelo A. albopictus e nas Américas pelo A. aegypti.
Você prefere fazer exercício físico em ambiente fechado ou ao ar livre? Em uma enquete feita no site do Bem Estar, 70% dos internautas disseram que gostam mais de se exercitar na rua e apenas 30% votaram na academia - no entanto, seja qual for o local, o importante mesmo é fazer atividade física, como explicou a reumatologista e médica do esporte Fernanda Lima no Bem Estar desta sexta-feira , 24.
Porém, é fundamental tomar alguns cuidados, por exemplo, com a umidade, que pode limitar e prejudicar muito o desempenho, seja na rua ou até mesmo na academia. De acordo com o fisiologista do esporte Paulo Correia, para práticas esportivas, é ideal que a umidade relativa do ar esteja acima de 60% - se estiver em 50%, já fica mais difícil e abaixo de 40%, fica inviável. Isso porque o ar seco resseca a garganta e afeta a via respiratória, dando uma sensação de queimação. Dependendo do esforço, a respiração começa a ficar ruim e podem até acontecer crises de tosse.
Uma das maneiras de evitar isso é escolher a hora de treinar, como lembrou a reumatologista e médica do esporte Fernanda Lima. Apesar de o exercício ao ar livre oferecer o prazer do ambiente, é preciso tomar cuidado, por exemplo, com o sol forte, que pode levar a um quadro de insolação, um problema muito perigoso, como alertou a médica. Fora isso, em dias muito quentes, o rendimento não é o melhor já que o calor faz o corpo perder energia e se desidratar mais rápido. Com isso, a frequência cardíaca aumenta, os músculos ficam ressecados e a circulação de sangue nos rins e cérebros diminui, levando à fadiga.
Outro problema da atividade ao ar livre é a poluição - para reduzir a exposição, a dica é optar pelo exercício dentro de parques, debaixo das árvores, onde a poluição é menor do que na rua, perto dos carros, como mostrou o professor e especialista Paulo Saldiva na reportagem da Natália Ariede. O risco para a saúde é maior na rua por causa da fuligem, fumaça preta que sai dos automóveis, que pode provocar os mesmos efeitos do cigarro. No entanto, apesar dos riscos, é melhor fazer atividade física já que ela pode reduzir não só as chances de doenças, como as cardiovasculares, câncer e diabetes, mas também os efeitos da poluição.
A reportagem mostrou ainda que na academia também existe poluição, mas em um nível muito menor e dentro das taxas aceitáveis e recomendadas pela Organização Mundial de Saúde. Além disso, malhar na academia também tem a vantagem de estar em um ambiente controlado, longe do sol, da chuva, do calor excessivo ou da umidade muito baixa. Em geral, esses locais têm ar-condicionado, que deixa o corpo mais confortável e pode interferir no desempenho do atleta. Porém, se não estiver bem higienizado, o ar-condicionado pode levar bactérias para o ambiente e piorar a qualidade do ar.
Existe diferença também na hora de correr e caminhar - ao ar livre, por exemplo, o exercício exige maior resistência do atleta por causa do terreno acidentado, do vento e da ausência da rolagem da esteira, que diminui a necessidade de ação do músculo posterior da coxa. No caso da bicicleta, no entanto, é muito difícil encontrar uma pista onde seja possível pedalar rápido. Ou seja, nem sempre é possível forçar mais os músculos como nas aulas de spinning, que permitem que a pessoa use várias marchas e pedale na velocidade que quiser. Por isso, em geral, a musculatura trabalha mais nas aulas de spinning, que também queimam mais calorias.
O programa falou também sobre o uso de roupas quentes na hora de se exercitar. Há quem acredite que essas roupas podem ajudar a queimar mais calorias já que o corpo sua mais, mas isso é um mito, como explicaram os especialistas. O que acontece é que o corpo se desidrata e perde água, o que pode interferir no peso, mas logo que a pessoa beber água novamente, ela ganhará esse peso novamente. Outro problema é que, ao malhar agasalhado demais, o corpo cansa mais rápido, o que faz a pessoa parar o exercício mais rápido.
Pesquisa reforça a tese de que o comportamento do paciente pode alterar a manifestação dos genes e, assim, evitar processos inflamatórios. Esse é o ramo da ciência conhecido como epigenia. Um estudo feito por pesquisadores na Espanha, França e Estados Unidos mostrou que a meditação pode reduzir a manifestação de genes envolvidos em processos inflamatórios, como o RIPK2 e COX2. O resultado da pesquisa, que será publicada em fevereiro no jornal especializado Psychoneuroendocrinology, aponta a supressão de genes responsáveis por esses fenômenos no grupo que praticava meditação profunda.
Além da descoberta, o estudo proporciona evidências científicas de que é possível alterar a atividade genética e, assim, melhorar o estado de saúde por meio do pensamento e do comportamento.
Durante a pesquisa, foi constatado que, após oito horas de meditação, os indivíduos apresentaram uma redução nos níveis de genes pró-inflamatórios, além de outras alterações no mecanismo de regulação genética. Isso está relacionado com a rápida recuperação física após situações estressantes. Para Ritwick Sawarkar, do Instituto Max Planck de Imunobiologia e Epigenética, o estudo é "promissor, além de ser uma primeira pesquisa muito interessante que tenta vincular o comportamento ao que ocorre dentro das células".
O especialista acredita ainda que, se a meditação pode ter um efeito imediato sobre inflamações, novos medicamentos poderiam ser desenvolvidos para produzir um efeito similar.
A pesquisa reforçaria a importância da meditação no combate ao estresse. A prática seria ainda importante para a saúde, já que o estresse desliga o crescimento e a manutenção do corpo e do sistema imunológico. O argumento é de Bruce Lipton, considerado um dos criadores da epigenética, ramo da ciência que defende que hábitos de vida e o ambiente social em que uma pessoa está inserida poderiam modular o funcionamento de seus genes.
Mudança no comportamento
Essa pesquisa faz parte de um campo relativamente novo da epigenética, que investiga como o ambiente pode modificar permanentemente atividades genéticas em nível molecular.
A epigenética surgiu como uma área da biologia molecular no início dos anos 1990 e abalou a crença convencional de que o desenvolvimento de um organismo era predeterminado pelos genes. Ao examinar uma camada de moléculas dentro do núcleo celular no genoma, epigeneticistas perceberam como genes podem ser ativados ou desligados, independentemente da mudança na sequência do DNA.
Lipton explica que um cromossomo é composto por metade de DNA e metade de proteína. "Os pesquisadores estavam focados no DNA e esqueceram as proteínas. A epigenética diz que a proteína está fazendo algo", conta.
O biólogo compara o controle epigenético, ou o controle "sobre os genes", a botões de uma velha televisão analógica que ajustam cores e tonalidades. Fatores ambientais externos são capazes de modificar essa imagem, que seriam os genes. "Embora a transmissão não tenha mudado, a leitura dessa transmissão modificou a imagem", completa Lipton.
Sawarkar reforça que as alterações na organização da cromatina podem tornar-se permanentes e hereditárias, sendo transferidas de mãe para filho ou até mesmo entre células. "Eu chamo isso de inato, adquirido e ruído" – ou seja, como a condição de existência é determinada pela herança recebida no nascimento, pelo ambiente onde a pessoa cresce e pelo o que aconteceu no passado e no presente, completa o especialista.
A pesquisa sobre meditação examinou apenas o terceiro passo no processo de sensação, ou seja, o envio de um sinal que gera um produto que resulta em mudanças. Porém, ela não prova se essas mudanças foram permanentes – mas há essa possibilidade, afirma Sawarkar.
Meditação para a cura
A meditação pode ajudar no tratamento de várias doenças, inclusive do câncer, que é acompanhado com frequência de processos inflamatórios. "Nós recomendamos meditação aos nossos pacientes. A atitude do paciente é um fator determinante no processo de cura, uma pesquisa sobre o efeito do placebo reforça esse fato", conta György Irmey, diretor da Associação para a Resistência Biológica contra o Câncer, na Alemanha.
Para Irmey, o estudo sobre meditação contraria muitos campos da medicina baseados no poder de decisão do mapa genético. Pesquisas futuras poderiam, por exemplo, ajudar a explicar o fenômeno da redução espontânea do câncer que, segundo o pesquisador, acontece com mais frequência do que admitido por fontes médicas.
Já Lipton está convencido da cura por meio de pensamento e comportamento. O cientista aponta um estudo de 2008 que revelou que mudanças na alimentação e no estilo de vida reduzem a quantidade de genes que estimulam o desenvolvimento de câncer. "A mente vê algo e traduz em química, que é enviada para as células do corpo e ajusta epigeneticamente."
Em função da eliminação de líquidos provocada pelo calor típico desta época do ano, o corpo necessita que, diariamente, sejam consumidos dois litros de água para que ele mantenha funções importantes como filtração renal, eliminação das toxinas da alimentação e hidratação da pele e cabelo em pleno funcionamento. Para cumprir a tarefa, ao contrário do que muita gente pensa, não é preciso carregar uma garrafinha para todo lado, pois frutas e verduras colaboram para manter o nível ideal de líquido no organismo.
Consumidos normalmente na dieta, ao longo do dia, mantimentos como melancia, alface e feijão repõem a água perdida para o meio externo, principalmente em decorrência do suor. “A associação da ingestão de alimentos com alto teor de água na composição com a ingestão de líquidos, como água, chás e sucos, é que mantém a temperatura do corpo humano sob controle”, diz Marisa Resende Coutinho, nutricionista do Hospital São Camilo, em São Paulo.
Representando cerca de 60% do peso corporal, a água é ingerida em quantidade distinta entre as pessoas. Um cálculo simples é beber entre 35 e 40 ml por cada quilo do peso atual do indivíduo. Portanto, se considerarmos um jovem saudável de 75 kg, a sua necessidade hídrica é de três litros por dia. “Cerca de um terço desse líquido estará presente nos alimentos ingeridos, aproximadamente 300 ml será gerado por meio da oxidação dos alimentos no organismo. Assim, a ingestão faltante é de 1,7 litros de água por dia”, explica a especialista.