Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicada nesta quinta-feira, 23, no Diário Oficial da União suspende a importação, a distribuição, o comércio e o uso, em todo o território nacional, do produto Anel para Ronco.
De acordo com o texto, o produto, vendido por meio de propaganda no site www.deixarderoncar.com.br para o tratamento de ronco, insônia e sono agitado, não tem registro ou cadastro na agência.
Também fica suspenso qualquer tipo de propaganda ou publicidade do produto realizadas em todos os meios de comunicação.
Quando o bebê está na barriga da mãe, os dentes de leite já começam a se formar, mas só costumam aparecer quando a criança completa 6 meses de vida. Depois de alguns anos, esses dentes começam a ficar moles e chega o momento da troca pelos permanentes. Porém, mesmo nessa fase, a criança pode ter complicações, como alertou a especialista em reabilitação oral Ana Paula Uzun no Bem Estar desta quinta-feira, 23.
Segundo a especialista, os dentes de leite, apesar de não serem permanentes, podem apresentar complicações. No caso da cárie, por exemplo, muitos pais pensam que não é preciso fazer tratamento já que o dente vai cair, mas isso é um erro. Quando a cárie não é tratada, a bactéria pode entrar pelo canal do dente e promover uma infecção no dente permanente, que está logo abaixo. Com isso, o permanente pode nascer já com alguma imperfeição, como má formação, falta de uma ponta ou manchas.
Fora essas consequências, se não houver o tratamento, a cárie aumenta e pode tomar todo o dente - se ele estiver completamente cariado, o dentista não tem o que fazer a não ser extraí-lo.
O problema é que quando o dente de leite é extraído precocemente, antes de amolecer, ele deixa um espaço que é tomado pelos outros dentes de leite, que se movimentam e interrompem o crescimento dos permanentes. Com isso, os permanentes podem ficar reclusos, crescerem pela metade ou tortos.
Quando o dente amolece e cai naturalmente, muitas crianças ficam na dúvida do que fazer – por exemplo, existem aquelas que jogam no telhado e fazem um pedido, enquanto outras colocam debaixo do travesseiro para a fada pegar e trocar por uma recompensa, como mostrou a reportagem do Rafael Castro, de São Carlos, no interior de São Paulo. O problema é que esses dentes jogados fora fazem falta para um banco de dentes da USP, na capital paulista – lá, eles são usados para pesquisa e ensino, como explicou o coordenador José Carlos Imparato.
Dentes de qualquer tipo – cariados, restaurados e sadios – podem ser doados pessoalmente no banco ou até pelo correio (confira no vídeo ao lado).
Mas o coordenador alerta que é importante colocar o nome, idade, telefone e email para que eles possam entrar em contato, caso seja necessário. Junto com esses dados, o doador precisa ainda preencher e assinar um termo de doação, permitindo que as pesquisas sejam feitas (se você quer ser doador, clique aqui para imprimir a autorização).
Mordida cruzada
Quando ocorre uma alteração no crescimento facial, seja pela perda de dentes precocemente ou até por chupar o dedo na infância, o paciente pode desenvolver a mordida cruzada. Ela acontece quando os dentes de cima estão para dentro dos dentes de baixo, seja apenas de um lado ou dos dois, como explicou o cirurgião bucomaxilofacial Gabriel Pastore.
Em crianças, o tratamento é feito com o aparelho ortodôntico que aproveita a própria força do crescimento para corrigir. Nos adultos não há mais crescimento ósseo e, por isso, o tratamento é feito com cirurgia – sob anestesia geral, ela é feita em hospital, onde o dentista faz três incisões do lado superior dos dentes e depois faz um corte no osso para fragilizá-lo. Dessa maneira, o céu da boca fica mais largo e a mordida é corrigida. Depois da cirurgia, o paciente usa um aparelho por 10 dias para aumentar ainda mais essa expansão.
O médico explica que, quando a mordida cruzada é tratada, além da melhoria estética, o paciente tem também melhora na respiração, na fala e na mastigação.
Restauração
Se o paciente nota uma mancha amarela ou marrom no dente, ele pode se assustar. Mas se a mancha for branca, também é sinal de preocupação e pode ser o primeiro indício de cárie – se estiver acompanhada de dor, significa inclusive que o problema já está em um estágio avançado. Em caso de lesão por cárie, pode ser que seja necessário fazer uma restauração, assim como em caso de trauma externo, manchas e infiltrações, desgastes ou ausência de dentes.
Para saber qual o material indicado para o procedimento, no entanto, o dentista deve considerar a idade do paciente, o que ele costuma comer e beber e alguns hábitos, como roer unhas e ranger os dentes, que podem fraturar a restauração. No caso da Elisa, por exemplo, mostrada na reportagem da Natália Ariede, o material escolhido foi a resina para igualar o tamanho dos dentes – o lado bom dessa alternativa é que a cor do dente fica semelhante e os reparos são feitos sem grandes transtornos.
Mas existem casos em que a resina não é indicada e materiais mais resistentes, como a porcelana, são as melhores opções. Comparada à resina, a porcelana tem um desgaste menor ao longo do tempo e é produzida em um laboratório especializado – por isso, ela demora mais para chegar e é mais cara. Essas restaurações que se assemelham à cor do dente são técnicas recentes que passaram a ser mais escolhidas por causa da aparência estética. Por isso, elas acabaram substituindo os procedimentos feitos com amálgama, um material bem escuro e de vida longa, bastante comum antigamente.
O mundo para as crianças é mágico. Estimular a imaginação dos pequenos é a melhor forma de ajudá-los a entender questões não muito claras para sua pouca idade. Afinal, é difícil compreender coisas que seus olhos não veem. Esse é o caso da saúde bucal. Elas sabem que têm dentes, mas como falar sobre cárie, mau hálito e outras questões?
Para esses casos, sempre é aconselhável lançar mão de livros. “É uma forma de materializar coisas que não são visíveis”, diz a pedagoga, Julia Milani, da Assessoria Educacional Terceiro Passo. Segundo a especialista, encontrar um personagem para cada problema ajuda a criança a entender a importância de uma boa escovação. “Muitas vezes a criança não acredita que existe já que ela não vê. Com nome, forma, ajuda a compreensão”, afirma.
Chegou a hora
O momento certo para falar sobre o assunto pode ser quando os dentes já tiverem nascido e a criança na fase de ter autonomia para começar a escovar sozinha, apenas com supervisão do adulto. “Se for um livro lúdico que fala sobre a saúde em geral, pode ser lido junto com os outros que a criança gosta. Agora, se for técnico, ensinando como escovar os dentes, por exemplo, é bom fazer na hora da higiene”, diz Julia.
A Boca Mágica
O livro “A Boca Mágica” conta a história de Lico, um garoto que, depois de sofrer a pior das dores, a dor de dente, é levado para interior de sua própria boca. Ele descobre o plano do terrível vilão Ácido X, que quer roubar o sorriso de todas as crianças. Decide então escrever um livro para convencer as crianças que elas serão muito mais felizes se sorrirem com os próprios dentes.
Além do livro, o blog A Boca Mágica traz kits educativos com atividades lúdicas, teatrinho e espelho para escovação.
Um em cada cinco casos de AVC tem causa cardíaca e, por isso, cuidar do coração é uma das maneiras de se proteger, como explica o cardiologista Roberto Kalil.
Entre os principais fatores de risco para o AVC está a hipertensão, que aumenta as chances de entupimento e rompimento dos vasos, que causam o AVC isquêmico e hemorrágico. Fora a pressão alta, grande parte dos casos que têm causas cardíacas deve-se também a uma doença chamada fibrilação atrial, um tipo de arritmia cardíaca que atinge cerca de 1,5 milhão de brasileiros. Segundo o neurologista vascular Alexandre Pieri, um brasileiro morre a cada 6 segundos por causa de um AVC causado pela fibrilação atrial.
A doença acontece quando os átrios, câmaras superiores do coração, se contraem em um ritmo diferente do resto do coração, fazendo com que o sangue não corra do jeito que deveria. Muitas vezes o corpo se adapta bem a essa falta de sincronia, mas pode acontecer de o sangue engrossar e coagular.. Esse coágulo pode se espalhar pelo corpo e chegar ao cérebro, onde entra em uma veia pequena e interrompe o fluxo sanguíneo, gerando uma inflamação localizada e um entupimento, que é o AVC.
Quando ele ocorre, o paciente pode sentir uma dor de cabeça muito forte, ânsia e visão turva. Essa arritmia, característica da fibrilação atrial, em muitos casos não dá sintomas, mas o paciente pode observar alguns sinais, como palpitação e coração acelerado, cansaço, falta de ar, tontura e desmaio – nessa situação, é fundamental procurar um médico o quanto antes.
O neurologista Alexandre Pieri explica que, para identificar o AVC, o paciente deve levantar os dois braços em linha reta na frente do corpo para avaliar se há fraqueza em algum deles ou tentar falar uma simples frase, por exemplo; se houver alguma alteração nessas ações, é importante buscar ajuda imediatamente.
Se for diagnosticado o AVC, o médico pode dar um trombolítico, medicamento que ajuda a dissolver e destruir o coágulo que está interrompendo a veia, para que o sangue volte a fluir normalmente.
Para evitar um AVC, quem tem fibrilação atrial pode usar medicamentos anticoagulantes como parte do tratamento, já que eles previnem a formação de coágulos, como explicou o neurologista Alexandre Pieri. Em pessoas normais, a coagulação é um processo quase imediato – em, no máximo, 3 minutos, as plaquetas formam um parede para fechar o corte e parar o sangramento.
No entanto, além da fibrilação atrial, que aumenta as chances de coágulos, pode acontecer o contrário e o paciente ter a coagulação lenta, uma doença chamada hemofilia - nesse caso, o processo de coagulação pode demorar mais do que três minutos e existem casos de pessoas que ficam horas sangrando.
Nessa situação, é fundamental tomar cuidados para evitar ferimentos.