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enxaquecaUm aparelho que gera campos magnéticos e vem sido usado em tratamentos para depressão e esquizofrenia pode ajudar a aliviar os sintomas da enxaqueca, segundo autoridades médicas britânicas.

 

O Instituto Nacional Britânico para Excelência Clínica e de Saúde (NICE, na sigla em inglês) divulgou uma orientação recomendando o uso de estimulação magnética transcraniana para pacientes de enxaqueca. A tratamento é não invasivo; o aparelho portátil é colocado sobre o couro cabeludo e gera campos magnéticos indolores.

 

A organização voltada para saúde pública diz que o procedimento ainda é relativamente novo e reconhece ser necessário levantar mais dados a respeito de sua eficácia e segurança no longo prazo.

 

Em um teste feito com 164 pacientes, a estimulação funcionou duas vezes mais do que uma terapia com placebo e cerca de 40% dos voluntários já não sentia dores depois de usar o dispositivo.

 

Mas, segundo o NICE, a terapia, em que uma bobina gera campos magnéticos que ativam ou inibem neurônios, pode ser útil para pacientes que já tentaram outros tratamentos e não conseguiram alívio.

 

Segundo estatísticas, a enxaqueca é uma doença comum na Grã-Bretanha, afetando uma em cada quatro mulheres e um em cada 12 homens. No Brasil, estudos de 2009 apontam a incidência de enxaqueca em cerca de 15% da população.

 

Existem muitos tipos de enxaqueca, com ou sem aura e com ou sem dor. Também existem várias opções de tratamentos, incluindo a administração de analgésicos comuns como o paracetamol.

 

Peter Goadbsby, presidente da Associação Britânica para o Estudo da Dor de Cabeça, disse que muitos pacientes que sofrem do problema podem se beneficiar da estimulação magnética transcraniana.

 

A chefe da organização de caridade Fundação Enxaqueca da Grã-Bretanha, Wendy Thomas, também aprova a nova orientação do NICE.

 

"Muitos têm suas vidas afetadas pela enxaqueca. Aprovamos as orientações do NICE que possam ajudar a melhorar o futuro de muitas pessoas para as quais os outros tratamentos não funcionaram", afirmou.

 

 

O NICE recomenda ainda terapias como acupuntura.

 

BBCBrasil

A vacinação de meninas de 11 a 13 anos contra o papiloma vírus humano (HPV) na rede pública de saúde vai começar no dia 10 de março. O anúncio foi feito hoje, 22, pelo Ministério da Saúde. O vírus é uma das principais causas do câncer de colo de útero, o terceiro tipo mais frequente de câncer entre mulheres, atrás apenas do câncer de mama e do câncer de cólon e reto.

 

 

A meta do governo é imunizar 80% de um total de 5,2 milhões de meninas. A vacina estará disponível em 36 mil postos de saúde da rede pública durante todo o ano, como parte da rotina de imunização. Para se vacinar, basta apresentar o cartão de vacinação ou um documento com foto. A imunização é feita em três doses: a segunda vem seis meses depois da primeira e a terceira, cinco anos após a primeira.

 

A coordenadora do Programa Nacional de Imunização, Carla Domingues, ressaltou que a vacina tem caráter preventivo e não substitui a realização do exame conhecido como papanicolau, nem o uso de preservativo em relações sexuais.

 

Já o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lembrou que a orientação da pasta é que as secretarias estaduais e municipais de saúde promovam a vacinação em parceria com as secretarias de educação, com estratégias de imunização dentro de escolas públicas e particulares.

 

“Todos os estudos mostram que nessa faixa etária, de 9 a 13 anos, é quando, ao se aplicar a vacina, a produção de anticorpos tem maior intensidade. Chegamos ao nível máximo de proteção que essa vacina pode gerar contra o HPV”, explicou.

 

Segundo o ministério, a capacitação a distância de profissionais de saúde e de professores deve começar em fevereiro. As escolas também devem reforçar a importância da imunização, distribuindo um guia prático sobre a o vírus para adolescentes, pais e professores.

 

Para o primeiro ano da imunização, o governo adquiriu 15 milhões de doses. A vacina utilizada será a quadrivalente, recomendada pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), que oferece proteção contra quatro subtipos do HPV (6, 11, 16 e 18). Os subtipos 16 e 18 são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo de útero em todo o mundo. De acordo com a pasta, em 2015, a vacina será oferecida para adolescentes de 9 a 11 anos.

 

Para a produção da vacina, o ministério firmou parceria com o Instituto Butantan e com um laboratório privado. Será investido R$ 1,1 bilhão na compra de 41 milhões de doses durante cinco anos – período necessário para a transferência de tecnologia. A parceria, segundo o governo, possibilitou uma economia estimada em R$ 83,5 milhões.

 

O HPV é um vírus transmitido pelo contato direto com a pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. O vírus também pode ser transmitido de mãe para filho no momento do parto. A estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras da doença, sendo 32% infectadas pelos subtipos 16 e 18.

 

 

Em relação ao câncer de colo de útero, a estimativa é que 270 mil mulheres morrem todos os anos devido à doença. No Brasil, o Instituto do Câncer (Inca) estima que devem surgir 15 mil novos casos da doença e 4.800 óbitos por esse tipo de câncer.

 

Agência Brasil

saudecafemanhaNão tomar café da manhã pode ser uma rotina pouco saudável e de consequências perigosas. Além de não prover a energia necessária para o dia que acaba de começar, quem pula a refeição tem 21% mais chances de desenvolver a diabetes II, de acordo com o American Journal of Clinical Nutrition.

 

 

Um estudo similar da Universidade de Harvard com quase 27 mil homens chegou a conclusões parecidas. Pesquisadores afirmam que quem não come nada de manhã tem um risco 27% maior de ter um ataque cardíaco ou morte por doenças do coração.

 

 

De acordo com Leah Cahill, da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard, não tomar café da manhã também abre as portas para problemas de obesidade, pressão alta e colesterol alto, além de diabetes, doenças que podem levar a ataques cardíacos.

 

 

 

 

Terra

Uma nova pesquisa baseada em testes de computador sugere que o cérebro dos idosos é mais lento por causa do excesso de informação acumulado ao longo dos anos. O estudo contradiz a opinião de parte da comunidade médica para quem as conexões cerebrais são prejudicadas com o avanço da idade. A pesquisa foi publicada na revista científica Journal of Topics in Cognitive Science.

 

 

Para os cientistas, o cérebro dos mais velhos funciona como se fosse um "disco rígido de computador" que, repleto de dados, demora mais tempo para acessar suas informações. Segundo eles, essa lentidão não está associada a um declínio do processo cognitivo. "O cérebro humano funciona mais devagar com a idade", afirmou Michael Ramscar, responsável pelo estudo, "mas somente porque nós acumulamos mais informação com o passar do tempo". "Os cérebros das pessoas mais velhas não ficam mais fracos. Pelo contrário, eles simplesmente sabem mais", acrescentou.

 

Testes de computador

Para comprovar a tese, a equipe liderada por Ramscar, da Universidade de Tübingen, na Alemanha, programou um computador para ler uma certa quantidade de dados por dia, bem como aprender novas palavras e comandos. Quando os pesquisadores instruíram o computador a "processar" uma grande quantidade de dados, sua performance nos testes cognitivos se assemelhou a de um adulto.

 

Mas à medida que o computador foi exposto a novas palavras e comandos, sua performance se assemelhou a de um homem mais velho. Os cientistas concluíram, então, que a maior lentidão da máquina não estava associada a uma eventual redução de sua capacidade de processamento. Na verdade, a "experiência" acumulada - ou seja, a necessidade de aprender novos comandos e ler novas palavras - acabou por ampliar o banco de dados do computador, o que lhe obrigou a processar mais dados, o que, consequentemente, demandava mais tempo.

 

"Imagine alguém que saiba as datas de aniversário de duas pessoas diferentes e consiga lembrar-se delas de maneira quase perfeita." "Você realmente diria que essa pessoa (que se lembra do aniversário de duas pessoas) tem memória melhor do que outra que sabe o aniversário de 2 mil pessoas, mas só consegue dizer a data certa uma vez a cada dez tentativas", questionou Ramscar.

 

Teste cognitivo

 

O estudo fornece uma série de explicações sobre por que, à luz de todas as informações adicionais que o cérebro precisa processar, os cérebros dos mais velhos são mais lentos e mais "esquecidos" do que os cérebros mais jovens. Para os cientistas responsáveis pela pesquisa, alguns testes cognitivos que são usados para analisar a capacidade mental favorecem erradamente pessoas mais jovens.

 

Eles citam um conhecido teste de cognição, por exemplo, que requer dos envolvidos lembrar-se de um par de palavras não relacionadas, como "gravata" e "biscoito". Estudos realizados anteriormente mostram que os jovens têm melhor desempenho nesse teste, mas cientistas acreditam que os mais velhos apresentam dificuldades em lembrar-se de pares de palavras não relacionados - como "gravata" e "biscoito" - porque eles aprenderam que essas palavras não estão associadas.

 

Para o professor Harald Baayen, que lidera o grupo de pesquisa Alexander von Humboldt Quantitative Linguistics, onde a pesquisa foi feita, "o fato de que os mais velhos acham difícil memorizar pares de palavras não relacionados do que jovens adultos demonstra simplesmente que os mais velhos têm um melhor entendimento da linguagem".

 

"Eles têm de fazer mais esforço para aprender pares de palavras não associados porque, diferentemente dos mais jovens, eles sabem muito mais sobre os critérios de associação entre palavras". Segundo os cientistas envolvidos na pesquisa, isso explica, por exemplo, por que pessoas mais velhas têm maior dificuldade de lembrar os nomes das pessoas.

 

BBCBrasil

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