Perder os dentes não é fácil e a adaptação com a dentadura pode não ajudar. É preciso ter paciência para a boca se acostumar com os novos dentes. Nesse estágio, pode ser que a prótese fique um pouco solta e até cause feridas na gengiva.
No primeiro caso, pode levar algum tempo até que os músculos das bochechas e da língua aprendam a mantê-la em posição. “Se a prótese escorregar, a reposicione mordendo delicadamente e engolindo”, diz o cirurgião-dentista, Mauro Piragibe.
Se a dentadura estiver machucando, por mais que pareça normal, é preciso ter acompanhamento de perto do dentista. “Próteses que ficam machucando a gengiva até ‘criar calo’, porque é ‘assim mesmo’ podem levar, no mínimo, a uma hiperplasia (crescimento) gengival e, no máximo, a um câncer de boca. Cuidado”, diz a cirurgiã-dentista, Ana Paula Pasqualin Tokunaga, autora do blog Medo de Dentista.
Quando doer
Se a ferida já está instalada e começar a incomodar, tire a dentadura e deixe a gengiva descansar. Mesmo sem os dentes, a boca precisa ser higienizada, principalmente se há lesões. Assim, é possível se proteger contra infecções.
Enxaguar a boca com água morna e sal pode ajudar a cuidar das feridas da boca. O sal tem características antibacterianas e cicatrizantes. Gel de aloe vera também atua para diminuir a dor na gengiva. Mas é imprescindível falar com um dentista antes de lançar mão de qualquer tratamento. Essas medidas são apenas um alívio para os sintomas.
No Brasil, 35% das farmácias e drogarias não têm farmacêutico em período integral. O que significa que, em determinados períodos do dia ou da semana, o atendimento ao público é feito sem presença do profissional responsável. A informação é do Censo Demográfico Farmacêutico, realizado pelo Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação do Mercado Farmacêutico (ICTQ). Os dados foram coletados junto aos conselhos regionais de farmácia do país entre agosto e dezembro de 2013.
Segundo o levantamento, ao todo, são 76.483 farmácias e drogarias no país, das quais 26.613 apresentam o problema. Já 4.852 estabelecimentos, ou 6% do total, não contam com farmacêutico em período algum. Por lei, o técnico farmacêutico responsável deve estar presente nas farmácias e drogarias durante todo horário de funcionamento.
Ainda de acordo com o censo, os estados de Alagoas e de Sergipe são os mais deficientes quanto à presença dos farmacêuticos: 97% das farmácias e drogarias dos dois estados não têm farmacêutico em período integral. No Pará e no Piauí, essa deficiência é de 95%.
Levando em conta todos os estabelecimentos registrados nos conselhos regionais de farmácia – entre hospitais, indústrias farmacêuticas, laboratórios de análises clínicas, distribuidoras de medicamentos, além das drogarias e farmácias –, que totalizam 97.031 unidades, 52% funcionam com a presença apenas parcial do farmacêutico responsável.
“A fiscalização é deficiente e faltam muitos farmacêuticos. Tem estado que não tem nem metade dos profissionais que deveria ter”, diz Marcus Vinicius Andrade, diretor de pesquisa do ICTQ.
Dados são contestados
O Conselho Federal de Farmácia (CFF) questiona os dados do censo farmacêutico. De acordo com o presidente do CFF, Walter da Silva Jorge João, os dados da pesquisa não são compatíveis com os dados disponíveis no conselho, que registra a existência de 91 mil farmácias e drogarias em todo o país, em vez de 76.483.
Segundo João, a análise desses dados também deve levar em consideração o fato de que, em algumas farmácias, principalmente no interior dos estados, são feitos acordos com o Ministério Público estabelecendo prazos para cumprir a exigência da presença do farmacêutico em período integral.
Nesses casos, de acordo com João, o acordo estabelece, por exemplo, que se contrate um farmacêutico por quatro horas diárias no primeiro ano, por oito horas no segundo ano e em período integral no terceiro ano. “Mas são casos pontuais", diz João.
Ele acrescenta que a parcela de farmácias e drogarias que o censo aponta que não possuem nenhum farmacêutico corresponde às farmácias irregulares e clandestinas. “O conselho atua sobre elas autuando e encaminhando para as vigilâncias municipais.”
O CFF considera que não faltam profissionais farmacêuticos no país e que o número de farmácias e drogarias é muito superior às necessidades da população. De acordo com ele, o Brasil tem cinco vezes mais farmácias do que precisaria.
Nossos genes ajudam a determinar se somos pessoas diurnas ou noturnas, dizem especialistas. Algumas pessoas pulam da cama cedo sem grandes dificuldades; outras precisam de mais de um alarme para garantir que não vão se atrasar ao trabalho. Uns ficam acordados durante a madrugada, mas há quem não abra mão de dormir cedo.
Somos divididos entre cotovias e corujas - e isso é definido pela genética, explica o neurogeneticista Louis Ptacek, da Universidade da Califórnia. "Independentemente de querermos ou não, nossos pais é que ditam a hora de dormir - com base nos genes que nos transmitiram", diz ele.
Produtividade
Os cientistas descobriram a importância de se entender o "cronotipo" de cada pessoa, ou seja, a hora do dia em que ela é mais produtiva - algo que pode ajudá-la a viver melhor no mundo moderno.
Rick Neubig, professor de farmácia em Michigan (EUA), é uma pessoa diurna.
"Pessoas com quem troco e-mails na Europa sempre reparam que eu mando as mensagens bem cedo", diz ele. "Outra coisa de que gosto muito, e que combina com manhãs, é observar pássaros. É muito mais fácil para mim do que para outras pessoas acordar de madrugada para vê-los." E essa facilidade é hereditária. Neubig conta que sua mãe costumava acordá-lo às 4h da manhã para as férias familiares. E, hoje, sua filha costuma se exercitar logo cedo.
Traços genéticos
Ptacek está estudando famílias de hábitos matutinos que tenham a síndrome Familiar de Fase Avançada de Sono.
"É um traço genético forte", diz o médico, que identificou um gene mutante que faz uma proteína diferente - e que afetou o ritmo do relógio biológico em animais estudados em laboratório. O especialista também acompanha famílias de "corujas", que têm a síndrome de fase "atrasada". Ele acha que isso se deve a uma diferente mutação no mesmo gene.
Nosso relógio interno é formado por milhares de células nervosas no núcleo supraquiasmático - uma estrutura localizada no hipotálamo (que controla diversas funções corporais, da liberação de hormônios à regulação da temperatura corporal), na base do cérebro.
Esse relógio é reiniciado diariamente pela luz. Seria lógico concluir que os relógios biológicos de todas as pessoas seguiriam ritmos parecidos, mas isso não acontece.
"Se o seu relógio for rápido, você será propenso a gostar de fazer as coisas logo cedo, e vice-versa", diz Derk-Jan Dijk, professor do Centro de Pesquisas do Sono da Universidade de Surrey (Grã-Bretanha).
Adaptação social
E nossos relógios também mudam ao longo da vida. Quem tem filhos pequenos sabe que eles costumam acordar cedo, assim como idosos. Mas, qualquer que seja nossa velocidade biológica, somos forçados a adaptá-la à sociedade e ao "horário comercial", das 9h às 17h.
Isso costuma ser particularmente difícil para adolescentes, que em geral não gostam de acordar cedo. O professor Till Roenneberg, da Universidade Ludwig-Maximilians, analisou os padrões de sono dessa faixa etária.
"Podemos demonstrar que a famosa demora dos adolescentes (em acordar) é algo real", diz ele. "Eles adquirem esse hábito ao longo da infância e puberdade e chegam a isso aos 19 anos e meio, para mulheres, e 21 anos, para homens."
Com um banco de dados do sono de mais de 200 mil participantes, o grupo de Roenneberg espera fazer "um mapa do sono do mundo".
Jet lag social
Por conta de dados como esses, Mary Carskadon, professora de psiquiatria na Universidade Brown, nos EUA, faz campanha para que as escolas comecem as aulas mais tarde.
"Nem sempre as notas melhoram (por conta disso), mas um dos aspectos mais sérios da privação de sono é a questão da depressão, da tristeza e da falta de motivação dos jovens", argumenta. "O humor melhora quando as aulas começam mais tarde." Mas não são muitas as escolas que costumam aderir a essa iniciativa, já que a maioria das pessoas tem de se acostumar ao horário comercial - mesmo que isso seja cansativo.
Roenneberg tem um jeito curioso de descrever e medir a privação de sono a que muitos estão submetidos por seus horários de estudo ou de trabalho: é o "jet lag" social.
"Em média, as pessoas acumulam uma ou duas horas de "jet lag" social, ainda que alguns - sobretudo jovens - acordem 5 horas mais cedo (para ir à escola do que acordariam num dia livre)", explica. Acumular o "jet lag" social é o equivalente a fazer um voo longo toda semana. Mas há formas de driblá-lo, diz o especialista.
"Deveríamos mudar horários de trabalho e torná-los mais individualizados, para que se adequem a nossos cronotipos. Se isso não for possível, devemos ser mais estratégicos quanto à exposição à luz - por exemplo, indo ao trabalho não em um veículo coberto, mas de bicicleta."
Branquear os dentes todo mundo sabe que é possível. Já o peeling gengival é o responsável por clarear a gengiva. A técnica de despigmentação remove manchas que são resultado do acúmulo de melanina (proteína que confere cor à pele) ou de tatuagens metálicas (manchas provenientes de restaurações), além de cicatrizes e excesso de volume gengival.
“As manchas melânicas acometem com mais frequência pacientes das raças negra e asiática, e as tatuagens por amálgama acometem pacientes submetidos a procedimentos específicos da endodontia”, diz a cirurgiã-dentista, Maristela Lobo, especialista em odontologia estética.
Procedimento
O peeling é feito por meio de dermoabrasão dos tecidos pigmentados, que é um lixamento cirúrgico da pele. Não há razão para se preocupar, pois o procedimento é feito sob anestesia local. “A gengiva alterada é removida, sob irrigação abundante com soro estéril”, afirma a especialista.
Geralmente, são necessárias duas sessões, uma para cada arcada dentária. O procedimento dura de 30 minutos a duas horas.
Resultado
“O resultado pode ser percebido em 72 horas, tempo suficiente para que o organismo produza uma primeira pele para proteger o local, sem melanina e totalmente rosa”, diz o cirurgião-dentista, Marcos Moura. Depois de sete dias, a gengiva está com aspecto bem próximo à normalidade, sem manchas. Com 15 dias o paciente não apresenta mais qualquer tipo de sensibilidade pós-operatória e o resultado estético pode ser percebido.
Na maioria das vezes, o resultado é definitivo. O problema pode voltar apenas em casos de excesso de melanina, já que a pigmentação tem influência genética. “É impossível prever o momento e o grau da recidiva, geralmente varia na faixa de seis meses a três anos”, afirma Maristela.
Custo
O custo do tratamento pode variar entre R$ 1 mil e R$ 3 mil por arcada, dependendo do grau de pigmentação e da área a ser trabalhada.
Cuidados
O pós operatório requer cuidados com a alimentação, que deve ser sem alimentos fibrosos, condimentados, ácidos, gordurosos. Em relação à higiene oral, o paciente deve evitar escovar os dentes por sete dias. Nesse período, o controle da placa bacteriana é feito com o uso diário de enxaguantes bucais com clorexidina.