• roma.png
  • vamol.jpg
A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão do governo formado por representantes de vários ministérios, autorizou nesta segunda-feira, 19, o reajuste de até 5,85% nos preços dos medicamentos em todo o país.


O reajuste poderá ser efetuado a partir de 31 de março e terá como referência o preço do fabricante praticado em 31 de março de 2011. A autorização foi publicada no "Diário Oficial da União".


A autorização para reajuste leva em consideração três faixas de medicamento, com mais ou menos participações de genéricos. O reajuste segue a lógica de que nas categorias com mais genéricos a concorrência é maior e, portanto, o reajuste autorizado pode ser maior.


De acordo com resolução publicada nesta segunda, a categoria de remédios com maior participação de genéricos, na qual esses medicamentos representam 20% ou mais do faturamento, tem teto autorizado para reajuste maior: até 5,85%. A categoria intermediária - faturamento entre 15% e 20% - tem reajuste autorizado de até 2,8%.


A Câmara determinou que, no caso da categoria com menor participação de remédios genéricos (faturamento abaixo de 15%), as empresas deverão reduzir os preços em 0,25% "pois não tem havido repasse da produtividade nestas classes".


Entre os remédios da faixa 1 estão antiulcerosos. Entre os remédios da faixa 2 estão antifúngicos dermatológicos, e antiinfecciosos. Na faixa 3, por exemplo, estão antiespasmódicos.


O índice de 5,85% considera variação nos últimos doze meses do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. As empresas que tiverem interesse em efetuar o reajuste deverão apresentar à CMED um relatório de comercialização.


A CMED é formada por representantes dos ministérios da Saúde, Justiça, Fazenda e Casa Civil. A autorização para o aumento dos remédios é previsto na lei 10.742/2003 e dura por um ano. Ou seja, o próximo aumento só pode ocorrer em março de 2013. Há previsão de multa para quem conceder reajuste superior ao teto estipulado.


A resolução publicada no "Diário Oficial" estipula que "as unidades de comércio varejista deverão manter à disposição dos consumidores e dos órgãos de defesa do consumidor as listas dos preços de medicamentos atualizadas".



G1

pessoacomendoSe já não bastasse o mau humor e a falta de disposição, uma pesquisa da Clínica Mayo, nos Estados Unidos, constatou que noites mal dormidas também fazem com que a pessoa coma mais e, consequentemente, abra espaço para sobrepeso e obesidade. Os dados são do jornal Daily Mail.


Os cientistas analisaram 17 adultos jovens saudáveis de ambos os sexos durante oito noites, sendo que metade (grupo controle) dormiu normalmente e, o restante, uma hora e 20 minutos a menos. Todos podiam comer o quanto quisessem.


"Testamos se a falta de sono alterou os níveis dos hormônios leptina e grelina (associados com apetite), aumentou a quantidade de comida que as pessoas comiam e afetou a energia queimada por meio de atividade física", disse o autor do estudo, Virend Somers.


Os voluntários privados do sono completo consumiram, em média, 549 calorias adicionais por dia. Enquanto isso, a quantidade de energia utilizada para se exercitar não apresentou alterações significativas entre os grupos, sugerindo que os que descansaram menos não queimaram calorias extras para compensar.


"A privação do sono é um problema crescente, com 28% dos adultos relatando ter seis horas ou menos de sono por noite", acrescentou o co-autor, Andrew D. Calvin. A equipe de pesquisadores ressaltou que é fundamental realizar levantamentos maiores sobre o assunto para comprovar os resultados.



Ponto a Ponto ideias

denguenorioO cenário de uma provável epidemia de dengue começa a se desenhar nos hospitais e postos de saúde do Rio. A cada hora, 15 pessoas procuram atendimento na capital fluminense com suspeita de ter contraído o vírus. Em menos de quatro meses, 24 unidades da prefeitura especializadas em dengue receberam 40.577 pacientes que se queixavam dos principais sintomas da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.

 

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, até o último dia 10 de março, foram notificados 11.913 casos de dengue no Rio. No entanto, as filas nas unidades de saúde da cidade denunciam que o número de contaminados pode aumentar nos próximos meses. Por dia, ao menos 315 pessoas buscam atendimento só nos polos da dengue nas zonas norte e oeste.

 

As duas regiões concentram o maior número de casos de dengue da capital, com quase 11 mil notificações. Assustados com a morte de um menino de nove anos, em Guaratiba, os moradores da região oeste lotam as unidades de saúde da região.

 

Pacientes recebem soro na fila de espera

Moradora de Pedra de Guaratiba, a vendedora Fátima Cristina Gomes, de 40 anos, teve dengue hemorrágica na epidemia de 2002, a segunda maior já registrada no Estado. Com febre alta, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo, ela procurou o Posto de Saúde Doutor Alvimar de Carvalho, um dos polos da doença, na quinta-feira passada, 15.

 

Lá, funcionários da unidade serviram soro para a vendedora ainda na fila. Ao lado de dezenas de outros pacientes, ela teve o sangue coletado para exame médico. Mas não demorou muito para que os médicos revelassem o diagnóstico: Fátima está com dengue pela segunda vez.

 

- Eu já desconfiava de que seria dengue. Estou com medo de passar tudo de novo. Na outra vez, eu fiquei internada por quase duas semanas no hospital.

 

Do outro lado da cidade, o motorista Luiz Henrique Alves, de 29 anos, deixou a Policlínica Carmela Dutra, em Rocha Miranda, na zona norte, com o mesmo diagnóstico nas mãos. Além das recomendações para beber muita água e fazer repouso, Luiz Henrique recebeu medicamentos para febre e dores no corpo e pacotes de soro.

 

- O médico disse para eu voltar no posto daqui a três dias. Vou seguir todas as recomendações e tentar melhorar no tal prazo de sete dias.

 

As crianças eram maioria entre os pacientes com sintomas de dengue atendidos no Hospital Municipal Francisco da Silva Teles, em Irajá, zona norte, na última sexta-feira (16). Mãe do menino Wesley, de sete anos, a empregada doméstica Cristiane Santos Silva, 28, conta que o primeiro exame da criança deu negativo para dengue. Mas, segundo ela, o garoto ainda reclama dos sintomas da doença.

 

- Ele tem ficado com febre nas últimas semanas e reclama de dores de cabeça e no corpo. Estou muito preocupada. Por isso, eu voltei ao hospital para uma segunda consulta.

 

Tipo 4 pode piorar situação no Rio

O superintendente de Vigilância em Saúde do município, Marcio Garcia, diz que o número de casos da dengue tende a aumentar ainda mais entre março e abril. Nesse período, as altas temperaturas misturadas com a chuva ajudam as larvas do mosquito Aedes aegypti a se proliferarem.

 

Para piorar, segundo Garcia, praticamente toda a população do Rio está vulnerável ao tipo 4 da dengue, que entrou no Estado no ano passado. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o novo vírus é responsável pela contaminação de 68,4% dos casos notificados desde o início do ano.

 

Garcia lembrou que as pessoas que já foram infectadas pelos outros três tipos da dengue não estão imunes ao novo vírus. Além disso, o tipo 1 da doença, que infectou parte da população na década de 80, voltou a circular no Rio em 2011.

 

- A entrada do tipo 4 e a reintrodução do tipo 1, que são os dois vírus que estão circulando, são responsáveis pelo aumento dos casos de dengue. Toda a população do Rio está exposta à dengue tipo 4, porque o vírus nunca circulou antes. A dengue tipo 1 circulou na década de 1980 e voltou em 2011. Por isso, há um grande percentual da população que ainda não teve contato com esta versão da doença.

 

Para dar conta dos novos casos de dengue, a Prefeitura do Rio inaugurou na sexta-feira mais seis polos de atendimento da dengue nas zonas norte e oeste. Com isso, 30 unidades especializadas atendem a população no período de proliferação da doença.


R7

A crescente resistência humana a antibióticos poderá fazer com que esses medicamentos não sejam mais eficazes em um futuro próximo, levando o mundo a uma era 'pós-antibióticos', na qual uma simples infecção na garganta ou um arranhão podem ser fatais, diz a OMS (Organização Mundial da Saúde).

 

- Uma era pós-antibióticos significa, de fato, o fim da medicina moderna como a conhecemos, diz a diretora-geral da OMS, Margaret Chan.

 

Ao falar em um encontro de especialistas em doenças infecciosas realizado nesta semana na Dinamarca, Chan alertou para o desafio que esta nova realidade representa, especialmente para os países em desenvolvimento, que são os principais afetados por essas enfermidades.

 

- Muitos países estão incapacitados pela falta de infra-estrutura, incluindo laboratórios, diagnósticos, confirmação de qualidade, capacidade de regulação, monitoramento e controle sobre a obtenção e a utilização de antibióticos. Por exemplo, comprimidos contra malária são vendidos individualmente em mercados locais. Também há abundância de antibióticos falsos ou de baixa qualidade.

 

Uso excessivo

As declarações da diretora da OMS foram feitas em um momento em que diversos grupos americanos de especialistas em doenças infecciosas publicaram um relatório no qual pedem que autoridades de saúde e políticos em todo o mundo aumentem os esforços para melhorar o uso dos antibióticos existentes e promover a investigação de novos medicamentos.

 

Especialistas afirmam que a atual resistência das bactérias a antibióticos é causada principalmente pelo mau uso desses remédios e que, muitas vezes, são os próprios médicos que receitam os medicamentos excessivamente. Segundo os autores do estudo, entre as medidas para evitar a resistência está o estabelecimento de programas que ajudem os médicos a decidir quando é necessário receitar um antibiótico e qual a melhor opção de tratamento.


BBC Brasil

Subcategorias