A imagem do "velho carrancudo" pode não corresponder à realidade como muita gente pensa. Um estudo da Universidade de Warwick indica que, apesar de a qualidade física inevitavelmente decair conforme os anos passam, a satisfação mental aumenta a partir dos 45 anos. Os dados são do site Daily Mail.
Foram analisados os estilos de vida de mais de 10 mil pessoas nos EUA e no Reino Unido, colocando em questão fatores como percepção geral da saúde, dores, sociabilidade e saúde mental. Foi observada uma curva em "U", na qual a felicidade atinge seu mínimo aos 45 anos, para depois apenas crescer.
Para Saverio Stranges, pesquisador que comandou o estudo, a felicidade pode aumentar a partir dessa idade porque as pessoas lidam melhor com as dificuldades do que os jovens, não se deixando afetar tanto. Algo como uma habilidade de "suportar". "Pessoas mais velhas lidam melhor com as dificuldades e fatos negativos. Também pode ser por terem menos expectativas, não se pressionarem tanto na vida pessoal e profissional", disse ao site.
Sobreviventes do câncer na infância têm um risco maior de sofrer de infertilidade na vida adulta. Esta é a conclusão a que chegou Magdalena Balcerek e seus co-autores em um estudo publicado na Alemanha, o Deutsches Ärzteblatt Internacional.
Em uma pesquisa nacional alemã sobre a infertilidade após o tratamento para o câncer na infância e na adolescência, os autores coletaram dados de ex-pacientes de oncologia pediátrica.
Dos 2.754 participantes, 1.476 tinham sido tratados contra a leucemia e 1.278 contra tumores sólidos. No total, 210 desses pacientes toparam que testassem sua fertilidade.
Depois disso, o risco de infertilidade foi encontrado em 30% deles. Em um subgrupo de 23%, entre os que foram testados, foi dito que eles e seu parceiro falharam na tentativa de conceber um filho, durante dois anos tendo relações sexuais, cumprindo assim a definição da OMS (Organização Mundial da Saúde) acerca da infertilidade.
Em uma segunda investigação, na qual 201 sobreviventes de câncer infantil aceitaram fazer testes de hormônios e análise de esperma, o risco de infertilidade foi apresentado em um quarto deles.
Com base nessas descobertas, os pesquisadores concluem que os pacientes ou seus pais devem ser informados sobre possíveis medidas de preservação da fertilidade antes do início do tratamento.
O Instituto Farmanguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), anunciou que vai iniciar no segundo semestre deste ano testes em humanos de um novo medicamento para o tratamento de Aids em crianças. Em um único comprimido, os pesquisadores conseguiram combinar princípios ativos usados no tratamento da doença – lamivudina, zidovudina e nevirapina – e com doses adequadas para crianças.
Em vez de três, o paciente tomará apenas um comprimido. Além disso, o antirretroviral tem sabor agradável e pode ser dissolvido em água, facilitando a ingestão pelas crianças até 13 anos de idade. Segundo o instituto, os objetivos da terapia antirretroviral são maximizar a supressão da carga viral, restaurar o sistema imune, retardar a progressão da doença e aumentar a sobrevida do paciente.
Os testes serão feitos em seis diferentes centros clínicos, em Minas Gerais, São Paulo e no Rio de Janeiro, para avaliar o efeito do remédio no organismo. A previsão é que o medicamento esteja disponível no mercado dentro de três anos. O SUS (Sistema Único de Saúde) dispõe de 16 tipos de antirretrovirais para crianças. No entanto, a maioria das dosagens é para adultos.
O Ministério da Saúde informa que a maior diferença entre antirretrovirais infantis e adultos disponíveis está na apresentação farmacêutica: até os seis anos de idade as crianças contam com remédios líquidos. A partir dos seis e oito anos, os pequenos já conseguem engolir comprimidos menores, em doses próprias para seu peso corporal.
De 1980 a 2010, cerca de 14 mil casos de Aids em menores de 13 anos foram registrados no Brasil. Aproximadamente 4.000 recebem tratamento. Nessa faixa etária, a transmissão vertical da doença é a mais frequente, de mãe para filho durante a gravidez, parto ou aleitamento.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) decide nesta terça-feira, 13, se proíbe a inclusão de aditivos como açúcar e mentol nos cigarros comercializados no Brasil. Em fevereiro, a Diretoria Colegiada da agência já havia chegado a um consenso de que essas substâncias deveriam ser proibidas, mas a decisão final foi adiada para a reunião desta terça.
Se os aditivos forem proibidos, os fabricantes terão até 18 meses a partir da publicação da norma para tirar do mercado nacional todos os cigarros com essas substâncias
O julgamento envolve aditivos de sabor, que deixam o sabor e o cheiro do tabaco mais agradáveis, como açúcar, mentol, chocolate, morango, cereja, canela e cravo. Na avaliação dos especialistas técnicos da ANVISA, baseados em estudos científicos, os aditivos não fazem mais mal ao organismo que um cigarro sem eles, mas são usados para “atrair” novos fumantes -- principalmente os mais jovens.
“A resolução terá impacto direto em uma das principais estratégias da indústria para incentivar que jovens comecem a fumar, já que a adição de substâncias, como mentol, cravo e canela, mascara o gosto ruim da nicotina e torna o tabaco um produto mais atraente para esse público”, afirmou, em nota, o diretor da Anvisa Agenor Álvares após a reunião de fevereiro.
Em manifesto divulgado em jornais do país, representantes da indústria de tabaco e de cidades onde a planta é cultivada, criticaram a norma da Anvisa. Segundo eles, "as medidas propostas são muito mais restritivas do que o objetivo declarado".
De acordo com o texto, as entidades não têm problema com a proibição dos cigarros com sabor. "Se esse, de fato, fosse o conteúdo da proposta apresentada, não haveria qualquer objeção por parte da cadeia produtiva do tabaco", dizem os fabricantes. "A proibição abrange praticamente todos os ingredientes usados no processo produtivo, inviabilizando a fabricação de 99% dos cigarros atualmente comercializados legalmente no Brasil," continua a nota.
Açúcar
Entre esses ingredientes, o principal ponto de discórdia é o açúcar. A técnica usada para produção de cigarros no Brasil envolve uma combinação de folhas de tabaco que tem um sabor muito ruim e é impossível de ser usada em cigarros sem o auxílio do açúcar, segundo Iro Schünke, presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (Sinditabaco), uma das entidades que assina a carta.
“Sem o açúcar, esse tabaco não tem condições de ser usado”, apontou Schünke em uma entrevista . “Não estamos falando de sabores atrativos. Aqui é sabor de tabaco”, esclareceu.
Segundo a primeira proposta da ANVISA, que seria votada em fevereiro, o açúcar não seria proibido imediatamente e poderia continuar sendo usado como aditivo por pelo menos um ano. O diretor-presidente da ANVISA, Dirceu Barbano, no entanto, quis mais detalhes sobre o uso do açúcar e, por isso, a decisão foi adiada.
Impacto
Segundo a ANVISA, o número de marcas de cigarro com sabor disponíveis no mercado quase dobrou entre 2007 e 2010, de 21 para 40. Cerca de 600 aditivos são usados na fabricação de cigarros – 10% da massa de um cigarro é, na verdade, composta por aditivos.
Os produtores afirmam que 2,5 milhões de empregos estão ligados à cadeia produtiva do cigarro, especialmente na região Sul. Cerca de 15% do tabaco produzido no Brasil é voltado para o mercado interno. Os principais compradores são os países da União Europeia e do Extremo Oriente.