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Os casos de câncer no mundo provavelmente aumentarão em quase 75% em 2030, influenciados por fatores demográficos e de estilos de vida, revelou um estudo que será publicado na edição desta sexta-feira da revista médica The Lancet Oncology.



Uma equipe de pesquisa chefiada por Freddie Bray, da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC, na sigla em inglês), em Lyon, na França, reportou que em 2008 havia 12,7 milhões de novos casos de câncer, número que saltaria para 22,2 milhões em 2030, com 90% deste aumento registrado nos países mais pobres.



Em muitos países, a redução na incidência de cânceres vinculados a infecções foi contrabalançada pelos cânceres de cólon, reto, mama e próstata, associados a uma dieta "ocidentalizada", afirmaram os cientistas.



O estudo usou dados da GLOBOCAN, base de dados da IARC sobre casos de câncer em 184 países.



Em 2008, os casos de câncer de mama, pulmão, colorretal e próstata corresponderam à metade dos casos de câncer registrados em países ricos. Em países de renda mediana, cânceres de esôfago, estômago e fígado foram relativamente mais frequentes.



Nas duas categorias de países se observou uma queda nas incidências de câncer cervical e de estômago nos últimos anos.



Nos países mais pobres, o câncer cervical ou de colo de útero foi particularmente numeroso, superando os casos de câncer de mama e de fígado.



"Se as tendências específicas para câncer e sexo estimadas neste estudo se mantiverem, prevemos um aumento na incidência de casos de todos os cânceres de 12,7 milhões de novos casos em 2008 para 22,2 milhões em 2030", destacou o estudo.



"Intervenções direcionadas podem levar a uma redução do aumento estimado, através de estratégias de prevenção primárias eficazes, juntamente com a implementação de vacinação, detecção precoce e programas eficazes de tratamento", concluiu.



AFP