Quando não tratada, a hipertensão pode levar a danos permanentes e ocasionar derrames cerebrais, infarto, insuficiência cardíaca e renal e até mesmo alterações na visão que podem levar à cegueira, de acordo com o cardiologista Lucas Velloso Dutra. São consequências graves para uma doença que pode ser facilmente controlada quando detectada precocemente.
O tratamento envolve mudanças no estilo vida, com a adoção de uma alimentação saudável e a prática de atividade física. São usados medicamentos quando o paciente não consegue controlar a pressão apenas com mudanças de hábito ou quando os índices são muito elevados. Em casos mais graves, o tratamento medicamentoso costuma ser para o resto da vida e não deve ser interrompido.
Nos quadros de hipertensão secundária, a pressão alta costuma desaparecer quando a doença que originou o problema é curada, mas são casos raros.
Usualmente conhecida como pressão alta, a hipertensão é uma condição clínica caracterizada por níveis elevados e sustentados da pressão arterial. A doença é responsável por 40% dos infartos, 80% dos derrames e 25% dos casos de insuficiência renal terminal e atinge 25% da população adulta brasileira.
Considerada uma doença silenciosa, por não apresentar sintomas na maioria dos casos, a hipertensão pode estar relacionada a múltiplos fatores. No entanto, a doença pode ser controlada com a adoção de hábitos de vida saudável e o uso de medicamentos.
Para ser considerada hipertensa uma pessoa deve ter a pressão arterial, sistematicamente, igual ou maior que 14 por 9. Na medida, são observadas a pressão sistólica (ou máxima) e a pressão diastólica (ou mínima). Os valores são obtidos por meio de um aparelho chamado esfigmomanômetro. “Como a maioria das pessoas não têm sintomas, o diagnóstico costuma ser feito em consultas de rotina, daí a importância de fazer exames preventivos e acompanhamento médico”, afirma.
A doença é mais frequente entre os homens, mas as mulheres também estão vulneráveis ao problema, especialmente após a entrada na menopausa. Segundo Dutra, na maioria das vezes, não é possível indicar uma causa única para a hipertensão arterial, mas muitos fatores podem ser responsáveis. Os principais são hereditariedade, peso, vida sedentária, má alimentação, tabagismo e estresse.
Existe também a chamada hipertensão secundária, que pode estar relacionada, por exemplo, a alterações nas artérias renais, uso de medicações e alguns tipos de tumores que levam a distúrbios do metabolismo”, afirma o especialista.
R7