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O município florianense é uma das cidades que tem se destacado no estado do Piauí, quanto ao tratamento da hanseníase. A informação parte do coordenador municipal do programa, Donizete Leal. A entrevista do profissional em saúde ao piauinoticias.com foi dada na última quinta-feira, 12.
 
 

“O melhor programa em desenvolvimento no estado é em Floriano, mas temos algumas coisas que deixamos a desejar. Uma das donizete1572012situações que precisamos melhorar muito são os exames de contatos, ou seja, são as pessoas que convivem com pacientes com hanseníase e que as vezes não querem ir a Posto Médico para serem vacinados, então toda pessoal que conhece alguém ou que convive com alguém que tenha a doença, ele deve procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para ter informações com um médico ou enfermeiro para saber se estar contaminado ou não”, disse Donizete afirmando que o processo de descentralização da saúde local provocou uma melhora no atendimento.
 
 

Ainda segundo enfermeiro o município está disponibilizando equipes com profissionais qualificados e Postos em Saúde que tem estrutura para fazer todo acompanhamento de pacientes com hanseníase. 


 
Saiba mais
Com o avanço da doença, o número de manchas ou o tamanho das já existentes aumenta e os nervos ficam comprometidos, podendo causar deformações em regiões, como nariz e dedos, e impedir determinados movimentos, como abrir e fechar as mãos. Além disso, pode permitir que determinados acidentes ocorram em razão da falta de sensibilidade nessas regiões.


O diagnóstico consiste, principalmente, na avaliação clínica: aplicação de testes de sensibilidade, força motora e palpação dos nervos dos braços, pernas e olhos. Exames laboratoriais, como biópsia, podem ser necessários.


Esta doença é capaz de contaminar outras pessoas pelas vias respiratórias, caso o portador não esteja sendo tratado. Entretanto, segundo a Organização Mundial de Saúde, a maioria das pessoas é resistente ao bacilo e não a desenvolve. Aproximadamente 95% dos parasitas são eliminados na primeira dose do tratamento, já sendo incapaz de transmiti-los a outras pessoas. Este dura até aproximadamente um ano e o paciente pode ser completamente curado, desde que siga corretamente os cuidados necessários. Assim, buscar auxílio médico é a melhor forma de evitar a evolução da doença e a contaminação de outras pessoas.


O tratamento e distribuição de remédios são gratuitos e, ao contrário do que muitas pessoas podem pensar, em face do estigma que esta doença tem, não é necessário o isolamento do paciente. Aliás, a presença de amigos e familiares é fundamental para sua cura.
 

Durante este tempo, o hanseniano pode desenvolver suas atividades normais, sem restrições. Entretanto, reações adversas ao medicamento podem ocorrer e, nestes casos, é necessário buscar auxílio médico.

Importante saber

Segundo a OMS, nosso país é líder mundial em prevalência da hanseníase. Em 1991, foi assinado pelo governo brasileiro um termo de compromisso mundial, comprometendo-se a eliminar esta doença até 2010. Entretanto, a cada ano, há mais de quarenta mil novos casos tendo, entre eles, vários indivíduos em situação de deformidade irreversível.


Nos dias 24, 26 e 27 de janeiro são comemorados, respectivamente, o Dia do Hanseniano, o Dia Mundial de Combate à Hanseníase e o Dia Estadual de Combate à Hanseníase.
 


“Lepra”, designação antiga desta doença, era o nome dado a doenças da pele em geral, como psoríase, eczema e a própria hanseníase. Devido ao estigma dado a esta denominação e também ao fato de que hoje, com o avanço da medicina, há nomes apropriados para cada uma destas dermatoses, este termo deixou de ser utilizado (ou, pelo menos, deveria ter sido).
 
 
 
Da redação
IMAGEM: piauinoticias.com