O sono é o período de repouso de que o organismo precisa para revigorar as energias para mais uma jornada. Se você não dorme bem o risco de engordar aumenta. A privação de sono aumenta a produção do hormônio grelina, substância que tem o efeito oposto da leptina, ou seja, aumenta o apetite, principalmente por carboidratos. Mais fome e menos saciedade é igual a quilos extras. Outra consequência é que o diabetes pode evoluir.
Estudos mostram que dormir mal por apenas três noites é o suficiente para deflagrar sinais de resistência à insulina, condição que pode evoluir para diabetes.
Outro aspecto prejudicial de noites mal dormidas é que o envelhecimento acelera. Em alerta, o corpo fica em estado de estresse. Por isso, aumenta a produção de radicais livres, moléculas formadas naturalmente no organismo e que degradam as células.
Para ter bons sonhos comece há desacelerar uma hora antes de se deitar. Evite atividades barulhentas ou excitantes. Evite consumir substâncias estimulantes poucas horas antes de dormir, como chocolate, guaraná em pó e bebidas à base de cafeína. Bebidas alcoólicas prejudicam o sono. Apesar de provocar um relaxamento imediato, elas excitam e dificultam o sono.
Os médicos não costumam usar a palavra cura, mas pesquisas nacionais e internacionais mostram que a cirurgia bariátrica, também conhecida como redução de estômago, elimina a necessidade de medicação para o controle do diabetes em mais de 80% dos casos. Com o “desaparecimento” da doença, o paciente tem menos chances de apresentar problemas cardiovasculares e outras comorbidades associadas, como hipertensão e apneia do sono.
O endocrinologista Dr. João Eduardo Salles, diretor da SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes), lembra que o diabetes — que atinge 12 milhões da população brasileira — é a causa mais comum de cegueira, amputação de membros inferiores e doença renal, por isso precisa ser tratado de forma efetiva.
— A cirurgia surge como mais uma alternativa terapêutica e pode ser indicada quando o tratamento convencional não surte efeito.
Atualmente, o diabetes tipo 2 — que representa 90% de todos os casos da doença no País — é tratado com alimentação balanceada, prática regular de atividade física e administração de medicamentos orais ou insulina.
— O problema é que mudar hábito é uma tarefa muito difícil e, como a doença não causa dor, consequentemente, não incomoda, o paciente costuma negligenciar o tratamento. E isso causa prejuízos graves tanto para a saúde como para o bolso.
Sobrepeso ou obesidade leve
No Brasil, a cirurgia bariátrica é aprovada para pacientes com IMC (Índice de Massa Corporal) a partir de 35 kg/m² com doenças associadas ou acima de 40 kg/m² sem a presença de outras patologias. Mas, o cirurgião do aparelho digestivo Dr. Ricardo Cohen, presidente da SBCBM (Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica), discorda desta norma.
— O IMC tem que ser mais um parâmetro de indicação para a cirurgia, mas não o único. O critério mais importante deve ser a avaliação clínica.
O médico coordenou a maior pesquisa de longo prazo já realizada no mundo sobre os efeitos da bariátrica em diabéticos com IMC entre 30 e 35 kg/m²e constatou que dos 66 pacientes submetidos à operação 88% se livrou do diabetes. No restante, houve redução gradativa da dosagens dos medicamentos.
— O estudo também confirmou que tratar o diabetes é prevenir morte por doenças cardiovasculares.
A pesquisa brasileira foi publicada em julho deste ano na revista Diabetes Care, renomada publicação da Associação Americana de Diabetes (ADA).
O Outubro Rosa é o mês de conscientização e combate do câncer de mama. No Brasil, estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), indicam que a doença será responsável por 52.680 novos casos até o fim do ano.
O movimento que dura o mês inteiro busca alertar sobre os riscos e a necessidade de diagnóstico precoce deste tipo de câncer, que é o segundo mais recorrente no mundo, perdendo apenas para o de pele.
Dentre as razões para o aumento da incidência, o mastologista Dr. José Roberto Filassi, coordenador de mastologia do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), aponta a adoção de novos hábitos e estilo de vida.
Exame de sangue detecta câncer de mama e pulmão em menos de uma hora
— A incidência vem aumentando nos últimos anos e algumas razões tentam explicar isso: hoje as mulheres engravidam mais tarde e amamentam menos. Além disso, tendem a ter maior índice de obesidade, ingerem mais bebida alcoólica e consomem mais alimentos industrializados.
Além disso, existem os fatores de risco para o câncer de mama, que estão ligados a aspectos hormonais, genéticos e idade. Assim, correm mais risco de desenvolver a doença mulheres que tiveram a primeira menstruação antes dos 12 anos, aquelas que entraram na menopausa após os 50 anos, quem teve a primeira gravidez após os 30 anos, aquelas que passaram por terapia de reposição hormonal pós-menopausa por mais de cinco anos, ou mesmo quem passou por radioterapia antes dos 40 anos. Vale lembrar que histórico familiar, principalmente em parentes de primeiro grau antes dos 50 anos, podem indicar predisposição genética.
No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, em parte porque a doença ainda é diagnosticada em estádios avançados. Em 2010, a doença foi responsável por 12.852 mortes, sendo 12.705 mulheres e 147 homens, que também podem ser surpreendidos pela doença. Especialistas alertam que quando mais cedo o diagnóstico for feito, maiores são as chances de cura.
A prevenção, ferramenta que pode ajudar a reverter esses índices, é dividida em dois tipos. “Na prevenção primária, com a qual reduzimos o risco de a mulher desenvolver a doença, aconselhamos uma alimentação balanceada, evitando excessos e sobrepeso, assim como a bebida alcoólica. Além disso, a atividade física regular quatro vezes por semana é essencial. Já a prevenção secundária, ou seja, quando o câncer já existe e é detectado na fase inicial, é feito através do exame mamografia”, explicou o mastologista Dr. Ruffo de Freitas Jr., diretor da Escola de Mastologia da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), ao lembrar que o recomendado é todas as mulheres acima de 40 anos fazerem o exame anualmente.
Um estudo feito no Canadá mostra que a atividade física em pacientes que sofreram um acidente vascular cerebral (AVC) melhora não só a recuperação dos movimentos, mas também o funcionamento do próprio cérebro.
O trabalho apresentado no Congresso Canadense de AVC mostrou que os exercícios ajudam a melhorar memória, linguagem, raciocínio e juízo em quase 50%.
O AVC é o entupimento de uma veia ou artéria no cérebro, que pode deixar sequelas tanto nos movimentos quanto nas funções mentais. Nos casos mais graves, ele pode levar à morte.
A pesquisa foi feita com 41 pacientes – e 70% deles apresentavam dificuldades de locomoção, andando com ajuda de uma bengala ou de um andador. Eles seguiram um programa de treinamento com exercícios aeróbicos e de resistência cinco dias por semana, adaptados para suas limitações.
Além da evolução na força muscular e na capacidade de caminhar, o estudo encontrou “melhoras significativas” na função cerebral como um todo, em especial na atenção, na concentração e na organização.
“Esses resultados oferecem evidência persuasiva de que, ao melhorar a saúde cardiovascular com exercícios aeróbicos e aumentar a massa muscular com treinamento de resistência, pessoas com derrame podem melhorar a saúde cerebral”, afirmou Susan Marzolini, do Instituto de Reabilitação de Toronto, que liderou o estudo.