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Cientistas norte-americanos desenvolveram uma pomada capaz de tratar o câncer de pele. O avanço foi possível devido ao uso da nanotecnologia, e o processo foi descrito em um artigo publicado nessa segunda-feira, 02, pela “PNAS”, a revista da Academia Americana de Ciências.


O medicamento penetra em todas as camadas da pele e “desliga” genes específicos, responsáveis pelo surgimento dos tumores. Os genes normais, que não têm ligação com o câncer, são poupados. Segundo os autores, esse é o primeiro creme capaz de conduzir tratamentos genéticos nas células das camadas mais internas da pele.


Fazer com que o efeito atinja essas áreas mais profundas é complicado, pois a pele provém uma defesa natural contra agentes externos. Os autores da pesquisa conseguiram penetrar a pele com uma alteração química.


O RNA, agente usado no tratamento, normalmente não consegue entrar nas células devido ao seu formato linear. Nos laboratórios da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, os cientistas organizaram esse material em uma esfera, menor e mais densa que o normal, e conseguiram programar a sequência genética de forma a atacar os genes causadores do câncer.


“Isso nos permite tratar um problema de pele exatamente onde ele está se manifestando na pele”, afirmou Amy Paller, uma das autoras do estudo. “Os riscos são minimizados, e até o momento não foram vistos efeitos colaterais em nossos modelos na pele humana e em camundongos”, afirmou.


O tratamento localizado serviria como uma forma de reduzir os efeitos colaterais. A quimioterapia, um dos tratamentos mais usados contra o câncer, provoca a queda de cabelos e debilita o sistema de defesa do corpo, por exemplo.


Os principais alvos da terapia genética da pele são o melanoma e o carcinoma espinocelular, dois dos tumores mais comuns da pele. No entanto, a técnica tem o potencial de ser aplicada em qualquer problema de pele que envolva a questão genética. A psoríase, distúrbio inflamatório que atinge a pele, e até mesmo as rugas podem vir a ser tratadas com pomadas desse tipo.



G1

O vinho sempre foi considerado como um deflagrador de enxaqueca. Estudo inédito mostra que a bebida não é tão culpada no que diz respeito às crises de dor de cabeça como se pensava.


A pesquisa, coordenada pelo neurologista brasileiro Abouch Krymchantowski e apresentada no 54.º Congresso Americano de Cefaléia, há duas semanas, mostra que apenas 33% das pessoas que tomam vinho frequentemente têm deflagrada a crise.


E algumas variedades da bebida têm potencial maior de provocar os sintomas do que outras.


Especialista em cefaléia, Krymchantowski selecionou 40 pacientes que estavam em tratamento para enxaqueca, que apreciavam vinho e relatavam crises após a ingestão da bebida.


Cada um deles foi convidado a tomar meia garrafa de vinho das variedades Malbec, Tannat, Cabernet Sauvignon e Merlot, todos da América do Sul, e com intervalo mínimo de 4 dias entre eles - 33,4% relataram ter tido enxaqueca em todas as ocasiões; 54% sentiram-se mal em duas ocasiões; e 87% tiveram dor ao menos uma vez.


Ao comparar o efeito gatilho entre os pacientes que sentiram-se mal ao menos duas vezes depois de beber o vinho, o Tannat e o Malbec foram as variedades que desencadearam a enxaqueca com maior frequência, 51,7% e 48,2% respectivamente. Cabernet Sauvignon e Merlot causaram dor em menos de 30% das vezes em que foram ingeridos.


Krymchantowski explica que Tannat e Malbec são variedades que têm mais tanino, radicais flavonoides responsáveis pela cor escura do vinho. É esse composto que faz o vinho ser saudável para o coração, mas também provoca uma mobilização súbita da serotonina que desencadeia a enxaqueca.


A pesquisa foi tão bem recebida que, 24 horas após a apresentação no congresso, foi reproduzida por 549 sites médicos dos EUA. Krymchantowski está ampliando o estudo, vai comparar o efeito do Cabernet Sauvignon francês com o produzido na América do Sul. "Ao que parece, o francês tem mais tanino."


Para o Krymchantowski, as pessoas que sofrem de enxaqueca não devem abandonar o vinho. O importante é não combinar fatores que trazem a crise, como beber de estômago vazio, após um dia de estresse.


A enxaqueca é uma doença que afeta neurotransmissores e atinge 15% da população do País, de acordo com estimativa da Sociedade Brasileira de Cefaleia.


O cérebro fica mais sensível a estímulos, o que desencadeia crises de dor, que pode vir acompanhada de outros sintomas. A doença não deve ser confundida com a dor de cabeça ocasional e deve ser diagnosticada e tratada por especialista.




R7

hgv copyCento e cinco pessoas procuraram o Ambulatório Integrado do Hospital Getúlio Vargas (HGV), nesse sábado, 30, para participarem da Campanha de Prevenção ao Câncer de Boca e HPV, cujo objetivo foi alertar a população e identificar possíveis casos suspeitos de um dos tipos mais evitáveis de câncer. A ação aconteceu de 8:00h às 12:00h e contou com a participação de médicos, dentistas, enfermeiros e técnicos de enfermagem.


Segundo a médica oncologista e coordenadora da campanha, Kátya Marabuco, todos que compareceram ao Ambulatório do HGV foram examinados clinicamente, e aqueles que apresentaram algum tipo de lesão suspeita foram orientados a retornarem ao Hospital para a realização de biópsia, procedimento no qual se colhe uma amostra do tecido. Os casos confirmados como positivo serão encaminhados imediatamente para tratamento.


A médica chama a atenção para a importância de se diagnosticar precocemente uma lesão com potencial de se transformar em câncer, ou mesmo diagnosticar o câncer já instalado em estágio inicial, que pode ser feito com auxílio de um profissional médico ou ainda por meio do autoexame.


"O principal sintoma do câncer bucal é o aparecimento de feridas na boca que não cicatrizam em até uma semana. Outros sintomas são ulcerações superficiais e indolores, que podem sangrar ou não, e manchas esbranquiçadas ou avermelhadas nos lábios ou na mucosa bucal. Já em nível avançado, o câncer de boca tem como sintomas dificuldade da fala, do ato de mastigar e da deglutição, emagrecimento acentuado, dor, e a presença de linfadenomegalia cervical (íngua no pescoço)", explica.


Ainda de acordo com Kátya Marabuco, estudos mostram que o câncer bucal atinge mais indivíduos do sexo masculino acima dos 30 anos de idade, mas que os números estão mudando, pois a quantidade de mulheres que fazem uso do tabaco e do álcool é crescente, assim, o número de casos de câncer de boca no sexo feminino tem aumentado muito com o passar dos anos.


"Evitar o fumo e o álcool, manter a higiene bucal, fazer uma consulta odontológica pelo menos uma vez por ano e ter uma dieta saudável rica em frutas e vegetais, são boas dicas para prevenir o câncer bucal. Outra recomendação importante é evitar a exposição ao sol sem proteção (filtro solar ou chapéu de aba longa)", enfatiza.


O aposentado Roberval Pereira Nascimento, 74 anos, diz que não bebe e não fuma, mas mesmo assim resolveu participar da campanha em nome da boa saúde. "Fui avaliado e a médica disse que eu não tenho nada, que estou muito bem. Estou tranquilo, por isso procuro levar uma vida cultivando hábitos saudáveis como não beber e não fumar, e aconselho que todos façam o mesmo", enfatiza.



Governo do Estado


Um novo estudo feito por pesquisadores holandeses e britânicos mostra que a privação de sono pode ter os mesmos efeitos do estresse sobre o nosso sistema imunológico.


Os autores compararam 15 homens jovens em condições normais, de oito horas de sono durante uma semana, e após 29 horas acordados.


Foram analisados os glóbulos brancos (células de defesa) do sangue dos participantes. As maiores alterações foram observadas em células conhecidas como granulócitos, que aumentaram principalmente à noite.


Os voluntários foram expostos a pelo menos 15 minutos de luz ao ar livre na primeira 1:30h após acordarem e proibidos de usar cafeína, álcool ou medicamentos nos últimos três dias da pesquisa. Tudo isso foi feito para estabilizar o relógio biológico dessas pessoas e minimizar a privação de sono antes do estudo intensivo em laboratório.


Segundo a principal autora, Katrin Ackermann, trabalhos futuros devem revelar os mecanismos moleculares por trás dessa resposta imediata ao estresse físico e mostrar qual é o papel deles no desenvolvimento de doenças associadas à perda crônica do sono. Profissionais que trabalham por turnos e sofrem mais com esse problema poderiam ser os maiores beneficiados.


Estudos anteriores já têm associado à restrição e a privação do sono com o desenvolvimento de doenças crônicas como obesidade, diabetes e hipertensão. Outros também evidenciam que dormir bem ajuda a manter o funcionamento do sistema imunológico.



G1

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