A Secretaria da Assistência Social e Cidadania (Sasc) promove, nesta sexta-feira, 28, como parte dos eventos comemorativos ao Dia Internacional da Pessoa Idosa, o seu fórum sobre temáticas relevantes, que abordará o Processo de Envelhecimento e a Política de Assistência Social para Pessoa Idosa.
A diretora técnica da Sasc, Jamilla Emérito, ressalta o tema como atual e oportuno, não só pela data alusiva ao Dia do Idoso (1º de outubro), mas como uma discussão contínua, “O nosso encontro tem, ao meu modo de ver, o objetivo de fortalecimento e orientação sobre direitos e serviços prestados à pessoa idosa”, afirma.
O fórum acontece nesta sexta-feira, 28, a partir das 9:00h, no auditório da Sasc.
Muitos brasileiros têm passado dos 60 anos com um ritmo diário de exercícios físicos de dar inveja a jovens e adultos sedentários. Segundo um levantamento da Associação Brasileira de Academias (Acad), os idosos já são responsáveis por um terço das matrículas no país. Esse número é equivalente a 1,8 milhão de alunos - há dez anos não passava de 300 mil.
Em Santos, no litoral sul de São Paulo, o dentista João Henrique de Mesquita, de 80 anos, é um exemplo dessa disposição há 62 anos, quando começou a malhar.
Além de fazer musculação três vezes por semana, o profissional – que ainda não pensa na aposentadoria – se mantém ativo com aulas de natação, surfe, kitesurf, caminhadas e corridas na praia.
"Mantenho o peso desde os 18 anos: 70 kg em 1,76 m. Não sinto dor, não tenho colesterol alto, nada. Sempre me cuidei e tive uma alimentação saudável, e nunca malhei para ficar forte, com braço e peitoral. Isso tudo é consequência", diz Mesquita.
Segundo ele, é possível reconhecer quem não faz atividade física regular só de olhar na rua, pelo andar cansado. Mas o dentista destaca também que os exageros são tão prejudiciais quanto a falta de exercícios, e cita ex-atletas que se desgastaram e sentem dores após anos de treinamento intensivo.
"Amigos meus extrapolaram e tiveram que parar, por causa de lesões, problemas nas articulações e até rompimento do bíceps. O excesso em tudo é ruim", afirma o santista.
E os idosos não querem apenas aulas de baixo impacto, como hidroginástica, alongamento e pilates. Procuram diversificar as modalidades e também ter um gasto calórico alto, para manter a forma.
É o caso da dona de casa paulistana Terezinha Jorge, de 63 anos, que faz natação e hidroginástica duas vezes por semana, musculação e esteira na academia do prédio há um ano, e corridas no parque com um personal trainer, para fortalecer o corpo.
"Sempre me exercitei, faço natação há 30 anos e gosto muito do estilo borboleta, que todo mundo acha pesado. Nado entre 1.000 e 1.200 metros em 45 minutos", revela.
Terezinha conta que é "caxias" e não falta a nenhuma aula, mesmo não gostando muito de musculação. Já o personal, segundo ela, é um incentivo a mais, pois, se não tiver ninguém do lado, acaba não tendo ânimo para se mexer.
Durante a menopausa, a dona de casa diz que passou por um período de pré-diabetes, hipertensão, colesterol e triglicérides altos – que já baixaram. "Para controlar a alimentação, estou consultando uma nutricionista, porque gosto muito de comida salgada", revela.
Avaliação médica
Para que a atividade na terceira idade seja prazerosa e não provoque dores, o ortopedista Erick Murata, que atua em São Paulo, destaca alguns cuidados. Para quem tem problemas na coluna ou nas articulações, como artrose no quadril, joelho ou tornozelo, o ideal é mesmo fazer exercícios mais leves, de baixo impacto, como alongamento, hidroginástica, natação, esteira e musculação – com menos carga e mais repetições.
"A pessoa não pode sofrer, precisa ter condição física, ortopédica e também força de vontade", enumera.
BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA NA TERCEIRA IDADE
1. Melhora o equilíbrio e a flexibilidade
2. Aumenta os reflexos e a velocidade
3. Melhora a autoestima e a independência
4. Contribui para a manutenção da densidade óssea e o aumento da massa muscular
5. Ajuda a combater a insônia e a depressão
6. Diminui o peso, a pressão arterial, os níveis, de os níveis de glicose, colesterol, triglicérides e os batimentos cardíacos (poupando o coração)
O médico reforça a importância de fazer uma avaliação geral antes de sair do sedentarismo, principalmente para ver as condições cardiovasculares, a pressão arterial e a capacidade respiratória.
"Se o paciente estiver bem, pode começar no dia seguinte. É recomendado fazer o check-up antes do início e a cada seis meses, ou assim que tiver alguma alteração, como falta de ar, dor no peito ou tontura", cita.
Murata ressalta que a musculação também pode trazer benefícios aos ossos, por prevenir a osteoporose ou evitar que um estágio anterior da doença avance. Segundo o ortopedista, a partir dos 45 anos, a mulher tem uma perda de massa óssea de até 1% por ano, enquanto o homem tem um desgaste anual de 0,3% a 0,5% a partir dos 50 anos.
Além disso, é indicado usar um tênis de boa qualidade. Se o indivíduo tiver preparo e não sofrer nenhuma doença, pode atingir o nível de um jovem.
"Tudo é questão de treino e condicionamento. E o exercício também aumenta o convívio social e melhora o humor dos praticantes", diz.
Preparação física
Na opinião do preparador Alcides Sousa da Silva, que trabalha em uma academia em São Paulo e também como personal trainer, os idosos precisam de um treino individualizado, com base no histórico clínico, para saber se há algum limite e evitar eventuais abusos.
"Assim, dá para fazer todo dia, e sempre algo diferente", enfatiza Silva, que tem 20 alunos nessa faixa entre os 110 para os quais dá aula.
A alimentação recheada de gorduras é o fator mais comum apontado como de risco para o aparecimento de doenças cardíacas. Mas há outras razões e algumas provavelmente não passam pela cabeça de quem se preocupa com o assunto. A revista Health enumerou 15 deles, que incluem questões como a relação com o chefe ou local onde se vive. Confira:
Moradia
Em 2001, um estudo publicado no The New England Journal of Medicine apontou que moradores de áreas mais pobres corriam três vezes mais riscos de sofrer um ataque cardíaco do que habitantes de bairros mais ricos, mesmo tendo o mesmo nível de educação e trabalho parecido. A pesquisa acompanhou pessoas com idades entre 45 e 64 anos durante nove anos.
Antibióticos
O uso de remédios contendo uma substância muito usada, a azitromicina, foi associado ao aumento de casos de ataques cardíacos, principalmente em pessoas com doenças na região. Outras pesquisas estão sendo feitas para verificar a descoberta, mas pode ser uma boa ideia pedir ao médico alternativas à essa substância.
Suplementos de cálcio
Publicada este ano no jornal Heart, uma pesquisa aponta que pessoas que consumiam suplementos de cálcio sofriam mais de ataques cardíacos do que as que não faziam uso dos remédios. O consumo de cálcio por meio da dieta alimentar não mostrou ter alguma influência nos riscos.
Infecção
Até mesmo resfriados e outras infecções comuns podem aumentar os riscos de um ataque cardíaco, principalmente nos três dias após o diagnóstico do problema. Nesse período, os riscos são cinco vezes maiores.
Psoríase
Segundo alerta da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, pessoas que apresentam a doença autoimune são pacientes de risco quando o assunto são ataques cardíacos. Isso porque a doença é caracterizada como uma inflamação crônica, o que é fator de risco. O estudo concluitu que outras doenças autoimunes, como lúpus, também são fatores de risco em geral.
Problemas de relacionamento
Viver em um clima negativo ou de tensão com a cara-metade aumenta em 34% as chances de ter um ataque cardíaco, segundo pesquisa da University College London, na Inglaterra.
Colesterol bom muito baixo
Segundo análise das condições de saúde de 7 mil pessoas feita pela Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, níveis muito baixos de HDL, também chamado de colesterol bom, são o terceiro principal fator de risco para um ataque cardíaco.
Problemas renais
Dois estudos apontam que problemas nos órgãos podem aumentar os riscos de ter problemas no coração. Nos homens, o risco pode ser o dobro, mesmo que os rins não estejam comprometidos com um quadro de insuficiência.
Vida urbana
Lidar com o trânsito é fator de risco para o coração e pode dobrar as chances de sofrer um ataque cardíaco, segundo pesquisadores alemães. Sem falar nos problemas pulmonares que são duas vezes mais comuns em pessoas que moram ou passam muito tempo em estradas movimentadas.
Parar de tomar aspirina
Pacientes que já apresentam problemas cardíacos e que tomam aspirina precisam de supervisão médica se quiserem parar de ingerir o medicamento. Estudos mostram que a interrupção no consumo aumentou os casos de ataques em pacientes no perfil.
Depressão
A relação entre doenças cardíacas e depressão é bem conhecida. Pacientes depressivos que já sofreram ataques cardíacos têm mais chances de ter um novo ataque do que os não depressivos. Nas mulheres, a doença também é fator de risco para problemas cardíacos.
Chefe
Um levantamento feito em 2005 descobriu que funcionários que não se sentem valorizados pelos chefes têm mais riscos de sofrer um ataque cardíaco, bem como os que têm um trabalho estressante, com chances 23% maiores.
Problemas na gengiva
A saúde da boca também é fator de risco para doenças do coração. Problemas nas gengivas aumentam em 25% as chances de ter um problema cardíaco.
Diabetes
Além dos problemas causados pela doença em si, diabetes são fator de risco para ataques cardíacos, dobrando ou até quadruplicando as chances.
Tratamento para problemas na próstata
Pesquisa feita em 2006 pela Faculdade de Medicina de Harvard aponta que tratamento para problemas da próstata aumenta as chances de morte em um ataque cardíaco, mesmo que os pacientes não tenham histórico de doenças no coração.
O Ministério da Saúde lançou hoje, 26, as Diretrizes de Atenção a Pessoa com Síndrome de Down. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que apresentou o documento no Rio de Janeiro, o objetivo é ampliar o conhecimento dos profissionais de saúde acerca da doença, a fim de melhorar o atendimento médico a pacientes que tenham a síndrome.
— É como se fosse um protocolo, um manual para que os profissionais de saúde saibam como diagnosticar, lidar e acompanhar pessoas que têm síndrome de Down. Eles passam a ter uma orientação clara do Ministério da Saúde. É muito importante que os profissionais de saúde saibam, por exemplo, que às vezes [os portadores da síndrome] são pessoas que têm tendência à obesidade, que são pessoas que têm mais propensão a ter problemas do coração.
As diretrizes, cujo documento pode ser baixado do site do ministério, contêm informações sobre os efeitos da síndrome desde a infância até a idade adulta, os cuidados necessários em cada fase da pessoa, o histórico da doença e até a melhor forma de lidar com os pais e os pacientes.
Mãe de Beatriz, uma menina de dois anos que tem síndrome de Down, Maria Antônia Goulart começou um projeto chamado Movimento Down depois de perceber que faltavam informações sobre a doença.
— Muitas vezes, a gente não sabe o que fazer nem a hora que tem que fazer e acabam ficando muito na auto-ajuda, sem orientações claras de como proceder.
Segundo ela, ainda há muito a ser feito no país, principalmente na estruturação da rede de atendimento a pessoas com deficiência.
— A gente tem uma carência na rede de serviços que precisa ser resolvida, precisamos discutir com o Ministério e acompanhar o Plano Viver sem Limites [do governo federal, voltado para pessoas com deficiência], porque, de fato, o custo é muito alto [para a família]. Desde o nascimento até a idade adulta, são muitas as terapias e os exames que precisam ser garantidos. É algo que a gente precisa avançar.
Além das diretrizes, ainda foi lançada uma cartilha voltada às próprias pessoas com síndrome de Down, também disponível no site do Ministério da Saúde. Em linguagem simples, a cartilha apresenta a síndrome e mostra os efeitos que ela tem na vida de cada um.
O ator Breno Viola, de 31 anos, que tem síndrome de Down e atuou em Colegas, escolhido melhor filme do Festival de Gramado deste ano, que trata, justamente, da síndrome, reforça que são todos iguais.
— Antigamente, tratavam a gente como mongolóide. A gente não quer isso. A gente quer se igual a todos. Ter um cromossomo a mais não nos impede de sermos iguais aos outros.
O ministro Alexandre Padilha informou que o ministério divulgará também diretrizes para outros tipos de deficiência, como paralisia cerebral, autismo e deficiências físicas decorrentes de traumas.
Segundo ele, há um esforço do governo, através do Plano Viver sem Limites, de melhorar as redes de saúde e assistência social para atender a essas pessoas.