A Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA, na sigla em inglês) publicou uma nova nota em que descarta definitivamente a necessidade de reavaliar um tipo de milho geneticamente modificado.
Em setembro, um estudo liderado por Gilles-Eric Seralini, da Universidade de Caen, na França, e publicado pela revista “Food and Chemical Toxicology” indicou que o milho transgênico NK603 estaria ligado ao surgimento de tumores em ratos de laboratório.
Desde sua publicação, vários outros pesquisadores questionaram a pesquisa por sua qualidade científica, levando em conta aspectos como a metodologia, e isso pôs em xeque também a validade dos resultados obtidos. A própria EFSA já havia desqualificado a pesquisa em uma nota, e havia pedido que Seralini enviasse novos dados para validar seus resultados.
A nova nota, publicada nesta quarta-feira, 28, vem depois da disponibilização desses novos dados. Em 9 de novembro, a equipe responsável pelo estudo divulgou uma resposta generalizada aos especialistas que a questionavam.
A resposta não convenceu os pesquisadores da EFSA. “Depois de examinar cautelosamente a publicação, a EFSA concluiu que ela só providenciou uma quantidade limitada de informações relevantes, que falham em responder a maioria dos questionamentos levantados na primeira nota da EFSA”, disse o texto publicado pela agência.
A EFSA afirmou ainda que a questão foi avaliada por grupos de pesquisa independentes, e que o trabalho da equipe de Seralini “não atinge padrões científicos aceitáveis” para ser levado em conta.
AFP