Beber quatro xícaras de café por dia pode cortar quase pela metade (49%) o risco de câncer de boca. A conclusão é de uma pesquisa da Sociedade Americana de Câncer, nos Estados Unidos. Os dados são do jornal Daily Mail.
Os cientistas analisaram dados de cerca de 1 milhão de homens e mulheres. Durante os 30 anos de estudo, 868 voluntários morreram da doença. Ao analisar os hábitos alimentares, constatou-se os benefícios, que são aplicados até mesmo em fumantes e pessoas que ingerem álcool.
Café descafeinado também mostrou alguma proteção, mas os números envolvidos eram insuficientes para tirar conclusões definitivas. O chá, por sua vez, não leva à proteção. Acredita-se que não seja a cafeína a responsável pela diminuição de tumores malignos, mas as centenas de antioxidantes naturais encontradas na iguaria.
Uma nova pesquisa sugere que mulheres que fumam pouco, incluindo aquelas que fumam apenas um cigarro por dia, dobram as chances de morte súbita em comparação às mulheres que nunca fumaram.
O estudo analisou a saúde de 101 mil enfermeiras durante mais de três décadas. Durante a pesquisa, realizada por cientistas da Universidade de Alberta, no Canadá, e publicada na revista da Associação Americana do Coração, ocorreram 315 mortes súbitas causadas pela parada inesperada do coração. Em pessoas com 35 anos ou menos, este tipo de morte geralmente ocorre quando há um histórico de problemas cardíacos na família.
Mas, em pessoas acima de 35 anos, como no caso da maioria das enfermeiras estudadas, a morte pode ter sido causada pelo entupimento de artérias do coração devido a depósitos de gordura.
Das 315 mortes súbitas registradas durante o estudo, 75 ocorreram entre enfermeiras que ainda fumavam, 148 entre mulheres que tinham parado de fumar (recentemente ou não) e 128 entre pessoas que nunca fumaram.
Um ou 14 cigarros por dia
Depois de levar em conta outros fatores de risco para o coração, como pressão alta, colesterol alto e histórico familiar de problemas cardíacos, Roopinder Sandhu, que liderou a pesquisa, descobriu que mulheres que fumavam tinham o dobro de chances de morrer de repente mesmo se fumassem entre um e 14 cigarros por dia.
Para cada cinco anos de fumo contínuo, o risco aumentava em 8%.
Mas, os pesquisadores descobriram que aquelas que pararam de fumar, voltaram ao fator de risco igual a de mulheres que nunca fumaram, depois de 20 anos sem cigarros.
"O que este estudo realmente mostra às mulheres é a importância de parar de fumar. Os benefícios em termos de redução de morte súbita cardíaca estão lá, para todas as mulheres, não apenas aquelas que já tem problemas cardíacos", afirmou Sandhu.
"Pode ser difícil parar. É necessário um objetivo no longo prazo. Não é sempre fácil e pode ser necessária mais do que uma tentativa", acrescentou.
"Esta pesquisa mostra que fumar apenas alguns cigarros por dia ainda pode afetar muito sua saúde no futuro", afirmou Ellen Mason, enfermeira especializada em cuidados cardíacos da Fundação Britânica do Coração.
"Se você está pensando em parar e precisa de um empurrãozinho, esta pesquisa acrescenta às muitas provas [que já temos] que parar de fumar é a melhor coisa que você pode fazer pela saúde do seu coração", acrescentou.
Um estudo publicado recentemente na revista "The Lancet" sugeriu que 1,2 milhão de mulheres que pararam de fumar aos 30 anos evitaram quase completamente os riscos de uma morte prematura devido a doenças relacionadas ao fumo.
Diversos estudos publicados indicam que o uso de ácido acetilsalicílico pode contribuir para a erosão dentária. Esses trabalhos relatam estudos de laboratório (dentes extraídos colocados em soluções de água e ácido acetilsalicílico) e estudos de casos clínicos de pessoas que ingeriram seis doses de ácido acetilsalicílico em pó por dia durante um período de dois a três anos. No estudo de laboratório, os pesquisadores observaram a superfície do esmalte (camada externa) e da dentina (camada estrutural abaixo do esmalte) dos dentes extraídos imersos na solução de água com ácido acetilsalicílico. (1)
No estudo clínico, a superfície oclusal dos molares, pré-molares inferiores apresentaram severa erosão, assim como os dentes anteriores inferiores no lado voltado para a língua. O uso de ácido acetilsalicílico em pó foi a causa da erosão. (2)
Outro estudo, com 42 crianças que sofriam de artrite reumatóide e tomavam ácido acetilsalicílico em comprimidos, mastigando-os ou engolindo-os inteiros, mostrou severa erosão nos molares primários superiores e inferiores e nos primeiros molares permanentes. As 17 crianças que engoliram os comprimidos não apresentaram erosão dentária. Assim, o estudo concluiu que a erosão dentária desenvolvida pelas crianças devia-se ao fato de mastigarem os comprimidos de ácido acetilsalicílico. (3)
O ácido acetilsalicílico pode afetar a estrutura da superfície do dente e, dependendo de como é ingerida, pode causar irritação nos tecidos moles da boca. Consulte seu dentista e seu médico se houver recomendação de ácido acetilsalicílico para o tratamento de algum problema de saúde.
Laboratórios interessados em produzir medicamentos genéricos com o princípio ativo oxalato de escitalopram, usados no tratamento de depressão, ansiedade e síndrome do pânico, já podem abrir o processo na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para obter o registro.
Até a última quarta-feira, 5, a prática era proibida, mas uma nova decisão da Justiça reverteu o quadro e passou a permitir essa produção.
A proibição se dava porque o laboratório Lundbeck Brasil, responsável pelo medicamento de referência, chamado de Lexapro, alegava que os genéricos se apropriavam de resultados de testes feitos por ele. Inicialmente, o Tribunal Federal da 1ª Região concordou com essa avaliação e proibiu o registro dos genéricos.
No entanto, a Anvisa, por meio da Advocacia-Geral da União, recorreu, alegando que esses dados não são usados no registro dos genéricos. Segundo a Anvisa, para esses registros, as empresas que produzem os genéricos precisam comprovar a segurança e a eficácia de seus medicamentos por meio de outros exames.
Segundo a Anvisa, esses exames, chamados de “testes de equivalência farmacêutica e de biodisponibilidade”, não se utilizam de resultados anteriores. O medicamento de referência é comprado no mercado e usado apenas em testes comparativos. Se aprovado nesses testes, o genérico já comprova automaticamente que é seguro e eficaz, pois tem as mesmas substâncias que um medicamento já registrado.
De acordo com esse argumento, a Justiça voltou atrás em sua decisão anterior e passou a permitir o registro dos genéricos com o oxalato de escitalopram.
A assessoria de imprensa da Lundbeck informou que o laboratório vai recorrer da nova decisão. "O respeito ao uso exclusivo, pelo laboratório que desenvolveu o antidepressivo Lexapro, dos resultados de testes e outros dados não divulgados pelo período de 10 anos, é o que garantirá o prosseguimento de novos investimentos em estudos e pesquisas visando a criação de medicamentos de ponta, imprescindíveis ao atendimento das necessidades de saúde da população brasileira", afirmou a empresa, em nota.