Equipe de pesquisadores espanhóis demonstrou que elevados níveis de açúcar no sangue podem aumentar o risco de câncer.A pesquisa sugere que manter altos níveis de açúcares por muito tempo no organismo, como acontece com diabéticos, danifica as células e, agora, também pode aumentar a probabilidade de câncer.
É bem sabido que a obesidade é uma das principais causas da diabetes, uma doença em que o corpo não consegue controlar os níveis de açúcar no sangue. Níveis elevados de açúcar no sangue são característicos da obesidade e do diabetes. O que é menos conhecido é que a diabetes e obesidade também estão relacionados a um aumento no risco de câncer. Isto é, a população diabética tem até duas vezes mais chances de sofrer de câncer de pâncreas ou cólon, entre outros, de acordo com estudos epidemiológicos.
Agora, a equipe da Universidade Rei Juan Carlos descobriu um mecanismo-chave nessa conexão. Os elevados níveis de açúcar no sangue aumentam a atividade de um gene conhecido por acelerar a progressão do câncer.
O estudo mostrou que a capacidade das células do intestino para secretar um hormônio chamado GIP, que otimiza a liberação de insulina pelo pâncreas, é controlada por uma proteína chamada ß-catenina.Por sua vez, a atividade da ß-catenina é estritamente dependente dos níveis de açúcar no organismo.
O excesso de açúcar pode levar a uma superatividade dessa proteína, que já se sabe estar envolvida no desenvolvimento em vários tipos de câncer, ao tornar as células "imortais", evitando a apoptose, ou morte celular programada.
"Ficamos surpresos ao verificar que alterações em nosso metabolismo, causadas pelo açúcar que ingerimos, impactam nosso risco de ter câncer. Nós agora estamos investigando que outros componentes da dieta podem influenciar o risco de câncer. Mudanças de dieta são uma das estratégias de prevenção mais fáceis, que podem potencialmente evitar muito sofrimento", conclui a pesquisadora Custodia Garcia-Jimenez.
Os médicos que se inscreveram no Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab 2013) têm até o dia 17 de fevereiro para escolher o município onde tenham preferência para atuar. Os profissionais devem acessar o sistema pela Internet (http://provab2013.saude.gov.br) e selecionar uma opção dentro dos seis perfis estabelecidos pelo Ministério da Saúde como prioritários (veja os perfis no fim do texto).
Esses perfis consideram um conjunto de características, entre elas, capital ou região metropolitana; população maior que 100 mil habitantes; população rural e pobreza; populações quilombola, indígena e dos assentamentos rurais.
O Provab 2013 prevê especialização em Saúde da Família para os médicos, com bolsa no valor de R$ 8 mil mensais, custeada integralmente pelo Ministério da Saúde. O número de vagas em cada localidade depende da demanda informada pela respectiva Secretaria Municipal de Saúde.
“O Provab é uma ação que beneficia os gestores municipais, os médicos e a população. Os municípios passarão a contar com mais profissionais de Medicina atuando em suas unidades básicas, o que permitirá o fornecimento ao usuário de um serviço mais qualificado. Já o médico participante terá a oportunidade de viver uma experiência essencial para seu desenvolvimento profissional”, explica o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mozart Sales.
A distribuição dos médicos obedecerá a critérios de preferência nos casos em que o número de profissionais interessados for maior do que a oferta de vagas. Terão prioridade na alocação os médicos que se graduaram, obtiveram certificado de conclusão de curso ou revalidaram diploma em instituição de ensino localizada na unidade da federação à qual pertence o município, bem como os nascidos no estado. O segundo critério consiste na data e horário da adesão. O terceiro, na idade do profissional – a preferência é pela maior.
Após o processo de validação profissional, que ocorrerá entre 20 e 26 de fevereiro, o profissional deverá se apresentar à Secretaria Municipal de Saúde. O início das atividades está previsto para o dia 1º de março.
São considerados aptos a participar do Provab 2013 os profissionais que não tenham vínculo empregatício com a Atenção Básica e não constem com esse vínculo no Sistema Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES). Os profissionais que ainda estiverem inscritos no SCNES devem providenciar sua regularização até 26 de fevereiro, através do site (http://cnes.datasus.gov.br/). Também é necessário que o gestor municipal homologue a solicitação. Para os que estão nessa situação, o prazo de escolha de município continua o mesmo – ou seja, até 17 de fevereiro.
Escolha dos municípios - Há duas formas de escolha para os profissionais que ainda têm o vínculo com o SCNES. Os que ingressaram na Atenção Básica antes de março de 2012 não poderão escolher o município em que estão cadastrados no SCNES, devendo selecionar locais que tenham o mesmo perfil ou perfis subsequentes. Por exemplo: os que já atuam em municípios de perfil IV (aqueles de população rural e pobreza intermediária) poderão escolher municípios com esse perfil ou ainda os de perfil V e VI (de população rural e pobreza elevada e populações quilombola, indígena e assentamentos rurais).
Já os que ingressaram após março de 2012 poderão indicar o município onde atuam e outros de todos os perfis. O próprio sistema de inscrição do Provab 2013 fará esse filtro.
Acompanhe abaixo os perfis prioritários definidos pelo Ministério da Saúde no edital 35/12e disponíveis para seleção dos profissionais no sistema do programa:
Perfis
Características
Perfil I
Capital ou região metropolitana
Perfil II
População maior que 100 mil habitantes
Perfil III
Intermediário (outros municípios)
Perfil IV
População rural e pobreza intermediária
Perfil V
População rural e pobreza elevada
Perfil VI
Populações quilombola, indígena e dos assentamentos rurais.
Os homens que passam mais de 20 horas por semana na frente da televisão produziriam um esperma de qualidade inferior ao daqueles que se abstêm de assistir a telinha, segundo um estudo americano publicado na terça-feira, 5, em um periódico britânico.
Cientistas da Escola de Saúde Pública de Harvard, em Boston, analisaram amostras de esperma de 189 homens jovens, com idades entre 18 e 22 anos, aos quais fizeram perguntas precisas sobre seu estilo de vida, como prática de exercícios, alimentação, tempo passado em frente à televisão.
O grupo que ficou mais de 20 horas por semana vendo televisão apresentou uma concentração de espermatozoides 44% menor do que o grupo que passou menos tempo.
Um outro fator importante é a prática de exercícios físicos, revelou o estudo publicado na edição online da revista britânica Sports Medicine, do grupo British Medical Journal.
Os homens que praticam atividades físicas durante 15 horas ou mais por semana têm uma concentração de espermatozoides 73% maior do que aqueles que fazem menos de 5 horas de exercícios por semana.
Contudo, em todos os casos analisados, as concentrações de espermatozoides seriam suficientes para permitir a concepção, ressaltou o estudo.
A qualidade do esperma parece decair após várias dezenas de anos em diferentes países ocidentais, mas as razões para este empobrecimento não são sabidas com certeza.
Os cientistas suspeitam que o estilo de vida sedentário e a falta de exercícios sejam, em parte, responsáveis por este declínio.
Para os autores do estudo, "será preciso avaliar o impacto dos diferentes tipos de atividades físicas sobre a qualidade do esperma, porque estudos precedentes sugeriram efeitos contraditórios dos exercícios sobre as características do esperma".
Uma pesquisa realizada na Universidade de São Paulo, demonstrou que a casca da romã pode prevenir o surgimento do mal de Alzheimer.
"Isso se deve ao fato de que a quantidade de antioxidante presente na romã é elevada", comenta a autora do trabalho, a pesquisadora Maressa Caldeira Morzelle, do Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição. A pesquisa, uma dissertação de mestrado, foi feita sob a orientação da professora Jocelem Mastrodi Salgado, também da Esalq.
Morzelle identificou uma enzina com atuação específica na prevenção do mal de Alzheimer, doença degenerativa e atualmente incurável que afeta, na maioria dos casos, idosos com idade entre 60 e 70 anos. No Brasil, cerca de 900 mil pessoas já foram diagnosticadas com a doença.
Morzelle elaborou, em sua pesquisa, uma forma de processamento para que o produto seja industrializado em cápsulas. Ela buscou alternativas que pudessem concentrar todo o extrato da casca, em pó, para ser diluído ou adicionado a sucos de outros sabores, levando em consideração os desafios do processamento e armazenagem, e o fato de que a adição do composto bioativo não poderia afetar as propriedades sensoriais do produto final. Segundo ela, os testes já permitem dizer que o produto foi aprovado e estará disponível para uso industrial.
Poder antioxidante
Antioxidantes são essenciais para a prevenção dos radicais livres, substâncias que produzimos em nosso organismo e que contribuem para o envelhecimento e surgimento de doenças. De acordo com a pesquisa, apenas na casca da romã é possível encontrar mais antioxidantes do que no suco e na polpa da fruta.
Segundo Morzelle, a casca da romã, quando industrializada, não teve sua atividade anticolinesterásica (inibidora de enzimas associadas ao Alzheimer) e sua capacidade antioxidante afetadas. "Desta forma, verifica-se o potencial para a indústria no emprego das microcápsulas à base do extrato da casca de romã como um ingrediente a ser incorporado na dieta, sendo um aliado na prevenção do mal de Alzheimer", conclui a pesquisadora.
O poder das frutas
Zilmar de Barros, outro pesquisador da casca da romã, constatou seu benefício na proteção a doenças degenerativas em 2011, quando defendeu sua dissertação de mestrado também na Esalq.
Para ele, não só a romã como outras frutas, especialmente as brasileiras, não recebem a devida atenção quando o assunto é saúde. "Desde a pré-história, as frutas desempenham papel importante na alimentação do homem, mas só agora começamos a prestar mais atenção aos fatores medicinais de seu consumo", comentou em sua dissertação.
Segundo o pesquisador, a romã tem efeito anti-inflamatório e possui elevada quantidade de antioxidante, especialmente na casca. "Elas são subaproveitadas, embora sejam uma excelente fonte de antioxidantes", comentou.
A pesquisa conduzida por ele demonstrou, ainda, que a casca de romã processada pode ser utilizada para fornecer a sucos industriais já comercializados no mercado sua característica antioxidante sem que alterações no sabor sejam registradas. O preparado desenvolvido por Barros, feito à base de um grama de casca de romã desidratada, quando adicionado aos sucos, aumenta em praticamente 30 vezes a capacidade antioxidante do suco ao qual é acrescentado.
Após essa adição, a taxa de antioxidantes manteve-se estável. "Isso é importante, já que, se for utilizado comercialmente, a estocagem não deve tirar as características do produto", informou. Segundo a Esalq, o composto foi aprovado para uso industrial e sua comercialização por empresas do setor está em fase de negociações.
Benefícios
Originária do sudeste asiático, a romã ganhou fama, no Brasil, graças às simpatias de fim de ano. Segundo o dermatologista Claudemir Peixoto, porém, os benefícios da fruta são desconhecidos da maioria das pessoas.
Segundo ele, os antioxidantes atuam no combate aos radicais livres que causam envelhecimento precoce, flacidez da pele, celulite, perda da elasticidade, rugas etc. "Por ter muito antioxidante, a romã também inibe a proliferação de melanócitos, prevenindo manchas na pele causadas pelo sol", comenta.
O chá da casca também é popularmente utilizado contra infecções de garganta, já que as cascas e sementes da fruta possuem propriedades anti-inflamatórias capazes de aderir à mucosa, protegendo-a e aliviando as dores. "Consumir romã, certamente, é um excelente ganho para a saúde", comenta o clínico geral Joaquim Ribeiro.