Alimentos fritos costumam ser mais gostosos que os assados, mas também são mais calóricos e contêm gorduras que fazem mal à saúde. Por isso, o Bem Estar desta quarta-feira, 28, ensinou opções melhores para você fazer frituras – que não estão proibidas, mas devem ser consumidas com moderação.
Segundo o endocrinologista Alfredo Halpern e a nutricionista Elaine Moreira, os óleos de soja, canola, milho e girassol são mais adequados para fritar comida. Isso porque o azeite de oliva, apesar de mais indicado para temperar salada e outros alimentos, não é bom para ser aquecido, porque oxida rapidamente.
Depois do óleo de cozinha, a manteiga é a mais estável no processo de fritura, pois não sofre tantas reações químicas que podem alterar as características dos alimentos. Porém, ela é fonte de gordura saturada e colesterol. Por esse motivo, as pessoas que precisam controlar os níveis de gordura no sangue devem evitar frituras com manteiga.
Ao usar o óleo de cozinha, jamais guarde-o na própria frigideira dentro do forno para reutilizar depois. Segundo a nutricionista, o ideal é usar o produto, esperar esfriar, filtrar e colocar em um recipiente, como uma garrafa PET, para encaminhá-lo a um ponto de reciclagem.
Gordura trans
Formada por um processo de hidrogenação, a gordura trans é uma substância adicionada pela indústria alimentícia para melhorar as características sensoriais dos produtos, como cor, textura, aparência e aroma, além de aumentar a conservação.
O consumo excessivo de alimentos ricos em gorduras trans aumenta o colesterol ruim (LDL) e diminui os níveis do bom (HDL). A consequência dessas alterações no sangue, a longo prazo, pode ser a formação de placas nas artérias (aterosclerose) e o surgimento de doenças como infarto e derrame cerebral.
Para substituir a gordura trans, os fabricantes passaram a usar o óleo de palma. Isso se tornou viável porque o produto consegue manter as características de conservação, sabor e “crocância”, sem precisar passar pelo processo de hidrogenação. Apesar de ser menos nocivo que a gordura trans, o óleo de palma não é a opção mais saudável porque é um tipo de gordura saturada.
Receita de cebola à milanesa*
- 4 cebolas (as maiores que encontrar)
Para a parte molhada do empanado
- 4 ovos
- 300 ml de leite
- 300 ml de cerveja
- 2 xícaras de farinha de trigo
- 1 xícara de amido de milho
- 1 xícara de farinha de rosca
Para a parte seca
- 2 xícaras de farinha de rosca
- 1 xícara de farinha de trigo
- Cominho
- Sal
- Pimenta-do-reino
- Colorau
- Óleo para fritar
*Da chef portuguesa Lola Vinagre
Modo de preparo
O corte da cebola é essencial para formar uma espécie de flor. Depois, é preciso retirar a casca. Antes de abrir a cebola, coloque-a na água quente por 5 minutos, até ela levantar da água.
Assim, a cebola fica mais maleável, e deve ir para a água gelada por, no mínimo, 1 hora para passar por um choque térmico e ficar crocante.
"Vamos manuseando com jeitinho, com a palma das mãos para não quebrar. Usando a pontinha dos dedos, procuramos o miolo da cebola para retirá-lo. Primeiro, tiramos com a mão e depois recorremos à faca para não romper tudo. O núcleo é importante para unir todas as pétalas", explica a chef Lola Vinagre.
Para preparar a parte molhada do empanado, misture nos ovos as duas xícaras de farinha de trigo, uma de rosca e uma de amido de milho, além do leite. Em seguida, acrescente a cerveja. Bata tudo para desmanchar as bolinhas.
Para a parte seca, basta juntar a farinha de rosca, a de trigo e os temperos. Misture bem.
A cebola deve ser empanada primeiro na parte molhada, com mão e colher, após sair da água gelada. Depois, passe na parte seca, tire o excesso. Repita a operação para formar uma casca mais grossa.
Em uma panela funda e com o óleo bem quente, frite primeiro a parte de cima por 2 a 3 minutos até dourar. Depois, vire e faça o mesmo com o outro lado. A cebola é servida quente, com o molho no meio que leva catchup, mostarda e maionese em partes iguais. Destaque primeiro as pétalas de fora para comer como se fosse uma batata frita. A receita serve quatro porções.
G1