Uma pesquisa publicada nesta semana nos Estados Unidos identificou, pela primeira vez, uma variação genética responsável pela tendência que todo ser humano tem de preferir trabalhar de dia ou à noite, de dormir tarde ou acordar cedo.
Essas preferências são definidas pelo chamado ritmo circadiano, popularmente chamado de "relógio biológico". O estudo publicado pela revista científica “Annals of Neurology” mostrou que esse mecanismo é influenciado pela característica dos genes próximos a uma região do DNA conhecida como “Período 1”.
Pesquisas anteriores feitas tanto com gêmeos idênticos, quanto também com animais, já indicavam para uma grande probabilidade de que o relógio biológico fosse regulado por fatores genéticos. O novo estudo confirma essa hipótese.
O levantamento foi feito com um grupo de 1,2 mil pessoas na faixa de 65 anos que inicialmente participavam de uma investigação sobre o mal de Alzheimer. O trabalho colheu dados sobre os padrões de sono e sobre o genoma dos participantes, o que permitiu também fazer uma análise voltada ao relógio biológico.
Como uma parte dos voluntários desse estudo já haviam morrido, a equipe do Centro Médico Beth Israel Deaconess, ligado à Universidade Harvard, ao analisar seus dados, descobriu que esse mecanismo regula, inclusive, a hora do dia em que uma pessoa provavelmente pode morrer.
"O 'relógio biológico' interno regula muitos aspectos da biologia e comportamento humanos, como os horários preferidos para dormir, os momentos de pico de desempenho cognitivo, e a incidência de muitos processos fisiológicos. Ele também influencia o momento de eventos médicos agudos, como derrames e infartos", explica o autor principal Andrew Lim, em comunicado do centro médico.
Visitas ao dentista nunca são agradáveis. Eles insistem em dizer aos pacientes que irão manter os dentes brilhantes e livres de cáries, bem como manter as gengivas saudáveis. O uso de fio dental regularmente, por exemplo, já foi apontado por eles como meio para proteger o coração.
Mas, de acordo com o livro Kiss Your Dentist Goodbye, as pessoas que usam o fio dental regularmente estão perdendo tempo. O livro está criando polêmicas porque foi escrito pela doutora norte-americana Ellie Phillips, uma das primeiras mulheres do Guy’s Hospital, em Londres. Ela disse que usar fio dental não ajuda a reduzir o risco de cárie dentária. As informações foram publicadas no Daily Mail.
E um estudo publicado no British Dental Journal, em 2006, não encontrou nenhuma diferença no número de cáries sofridas por adultos que usam fio dental e aqueles que não usam.
"Não há nenhuma evidência de que o fio dental é eficaz na prevenção da cárie dentária a longo prazo," disse o Dr. Graham Barnby, um dentista de Marlow, que também é membro do Simply Health Advisory Research Panel, que analisa as últimas pesquisas e pensamentos médicos. "Então, de certa forma, ela tem alguma razão. No entanto, embora os benefícios da utilização do fio dental possa ser limitado, ele tem um papel na prevenção de doenças da gengiva", afirmou.
A cárie dentária ocorre quando o ácido na boca corrói os dentes. Este ácido é encontrado em alimentos, mas é produzido principalmente quando a pessoa ingere açúcar. A doença periodontal, por outro lado, é causada pela placa - uma película de bactérias nos dentes, que, se não for removida com a escovação, irrita a gengiva, causando sangramento e recua. Se a placa for deixada, ela endurece formando o tártaro, que irrita o osso e, em casos graves, pode fazer com que a pessoa perca os dentes.
Christina Chatfield, uma higienista dental independente com sede em Brighton, disse que o fio dental eficaz deve ajudar a reduzir os dois problemas. Ela argumenta que os estudos têm mostrado poucos resultados porque poucas pessoas sabem usar o fio dental corretamente. "A maioria das pessoas que faz uso fio dental (que eu acredito ser em torno de 5% da população), não usa de forma eficaz e, por isso, o benefício é mínimo para eles", disse.
Dr. Nigel Carter, diretor executivo da British Dental Health Foundation, disse que o fio dental não é definitivamente um desperdício de tempo, desde que você use corretamente. "Nós certamente não devemos encorajar as pessoas a não fazerem isso", disse. "Se você não limpar entre os dentes, você está limpando apenas 60% deles", acrescentou.
No entanto, Ellie Phillips argumenta que, ao invés de usar fio dental, você pode fazer três bochechos diferentes: um antes de escovar, e dois depois. Segundo ela, as pessoas, muitas vezes, escovam os dentes imediatamente após a ingestão, mas isso pode desgaste nos dentes. No lugar, ela recomenda o uso de bochechos com produtos com dióxido de cloro - que, segundo estudos, ajudam a remover as bactérias - antes de escovar. Depois de escovar os dentes, ela defende o uso do anti-sépticos bucal, para melhorar o processo de limpeza e, em seguida, um fluoreto de enxaguamento para fortalecer e reparar os dentes.
Depois desse processo, ela defende a utilização pastilhas ou goma de mascar contendo o adoçante xilitol, que foi apontado em testes como ajudante na redução de cárie dentária.
Na contramão, Christina Chatfield defende outro ponto de vista. "As bactérias ao redor dos dentes que causam a doença periodontal são difíceis de serem eliminadas e nem sequer respondem aos antibióticos", disse. "A ideia de que estas bactérias podem ser eliminadas por bochechos é ridícula", afirmou.
A Coordenação Estadual de Imunização prorrogou o prazo para recebimento dos Termos de Adesão Municipais referentes à Portaria 2363, de 18 de outubro deste ano, até o dia 30 de novembro.
A Portaria institui mediante assinatura do termo de adesão repasses financeiros para aquisição de equipamentos para a implantação do novo sistema de informação do Programa Nacional de Imunização - SIPNI.
O valor será repassado por meio do piso variável de Vigilância e Promoção da Saúde, que é de R$ 1.500,00 por sala de vacina, pactuado no termo de adesão. “É importante ressaltar que as salas de vacina virtuais que funcionam em unidades de saúde com cadastro do CNES também podem aderir”, informa Doralice Lopes, Coordenadora de Imunização da Sesapi.
Segundo a coordenadora, alguns municípios enviaram os termos de adesão, porém não discriminaram as salas de vacina (nome das unidades de saúde e o código do CNES). “Eles devem realizar a retificação dos mesmos e enviar novamente”, lembra Doralice.
O termo deve ser enviado para o email imunizacaopiaui@hotmail até dia 30 ou diretamente para Coordenação Estadual de Imunização/ Rede de Frio, que fica na Avenida Pernambuco, 2464 Bairro: Primavera, Teresina - PI CEP: 64003-500 ou através do endereço www.brasilsus.com.br/legislacoes/gm/1157714-2363html
Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) indicam que, todos os anos, cerca de 9 mil casos de câncer infantil são detectados no país. Os tipos mais comuns são a leucemia (doença maligna dos glóbulos brancos) e os linfomas (que se originam nos gânglios). A boa notícia é que o diagnóstico precoce e a quimioterapia, juntos, representam a principal arma contra a doença e permitem índices de cura que chegam a 80%.
No Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantojuvenil, lembrado hoje, 23, a onco-hematologista e diretora técnica do Hospital da Criança de Brasília, Isis Magalhães, lembrou que a doença em crianças é diferente da diagnosticada em adultos. Nas crianças, as células malignas são geralmente mais agressivas e crescem de forma rápida. Os tumores dificilmente são localizados e o tratamento não pode ser feito com cirurgia, destacou a especialistas.
Outra peculiaridade do câncer infantil é que não há forma de prevenção, uma vez que não é possível explicar a razão do surgimento dos tumores. Isis alertou que os sinais da doença podem ser facilmente confundidos com os de quadros bastante comuns em crianças, como infecções. Alguns exemplos são o aparecimento de manchas roxas na pele e anemia. Os sintomas, entretanto, devem se manifestar por um período superior a duas semanas para causar algum tipo de alerta.
“É preciso saber identificar quando aquilo está passando do limite e quando é normal. Afinal, qual criança não tem uma mancha roxa na canela de vez em quando? Dependendo da situação, a lista de sinais causa mais desespero nos pais do que ajuda”, explicou. A orientação, segundo ela, é levar as crianças periodicamente ao pediatra.
Isis também defende que os próprios oncologistas pediátricos orientem profissionais de saúde da rede básica sobre os sinais de alerta do câncer infantil. A ideia é que o pediatra geral e o agente de saúde, por exemplo, sejam capazes de ampliar seu próprio grau de suspeita, prescrever exames mais detalhados e, se necessário, encaminhar a criança ao especialista.
“A doença não dá tempo para esperar. É preciso seguir o protocolo à risca, porque essa é a chance da criança. O primeiro tratamento tem que ser o correto”, disse. Isis destacou também a importância de centros especializados de câncer infantil, já que a doença precisa ser combatida por equipes multidisplinares, compostas por oncologistas, pediatras, neurologistas, cardiologistas, infectologistas e mesmo psicólogos, odontólogos e fisioterapeutas, além do assistente social.
Luziana Alves de Carvalho, de 29 anos, conhece bem essa rotina de especialistas e exames oncológicos. O filho Madson foi diagnosticado com leucemia pela primeira vez quando tinha apenas 3 anos. Enfrentou sessões de quimioterapia, ficou livre da doença, mas, aos 7 anos, ela voltou. Durante os quatro anos de luta contra o câncer, o menino só conseguiu frequentar o primeiro ano da pré-escola.
Antes de iniciar o tratamento na capital federal, a família morava no município de Santa Maria da Vitória (BA). “Nunca tinha ouvido falar em leucemia. Nem sabia muito bem o que era o câncer. No interior, não temos essas coisas. Os médicos diziam que ele tinha uma infecção na garganta ou uma virose”, contou Luziana. Os sintomas iniciais apresentados pelo menino eram manchas roxas no corpo, dor de estômago e muito cansaço.
Atualmente, Madson está bem de saúde. A próxima sessão de quimioterapia está prevista para o dia 4 de dezembro e a última deve se ser em janeiro de 2013. Os planos de Luziana para o Ano-Novo da família incluem voltar para a Bahia com o filho curado e matricular o menino na escola. “Ele sente muita falta de casa e chora pedindo para assistir à aula. Se Deus quiser, vai dar certo.”