manteigaaO que você passa no pão durante o café da manhã? Nos últimos 50 anos, cientistas aconselharam reduzir a ingestão de gorduras animais saturadas, encontradas na manteiga, e comer mais gorduras vegetais poli-insaturadas, encontradas na margarina. Mas agora um estudo publicado no British Medical Journal mostrou que essa substituição pode duplicar a probabilidade de morte por doenças cardíacas. As informações são do site do jornal Daily Mail.

 

O estudo foi realizado em Sydney com 458 homens, com idade entre 30 e 59 anos, que sofreram algum ataque cardíaco recentemente.

 

Metade foi aconselhada a cortar o consumo de manteiga e a outra metade a cortar a ingestão margarina. Os resultados mostraram que aqueles que consumiam mais gordura vegetal poli-insaturadas, ou ômega 6, tiveram duas vezes mais chance de morrer por uma série de fatores, incluindo doenças cardíacas.

 

A maioria dos estudos de intervenções dietéticas tem envolvido vários fatores, mas este é focado apenas no ômega 6, também conhecido como ácido linoleico, presente na maioria das dietas de países ocidentais.

 

Ele é encontrado em grande quantidade em óleos vegetais, como o de milho, girassol, cártamo e soja. Depois de ingerido, ele é convertido em ácido araquidónico, um composto que pode provocar a liberação de outras substâncias que causam inflamação, que é a principal causa de doenças crônicas.

 

Os pesquisadores, do Instituto Nacional de Saúde no EUA, disseram que a descoberta pode ter "implicações importantes para todas as recomendações dietéticas". Mas outros cientistas têm criticado os resultados, dizendo que eles não fornecem evidências suficientes para sugerir que as pessoas devem mudar os hábitos alimentares.

 

Ainda assim, de acordo com especialistas, óleos vegetais e margarinas ajudam a baixar o colesterol e a pressão arterial, mas são alimentos quimicamente modificados e não devem ser incluidos no grupo de produtos saudáveis.

 

Terra

china622013As mulheres grávidas expostas a gases poluentes têm um risco mais elevado de dar à luz uma criança de baixo peso, segundo um amplo estudo internacional publicado nesta quarta-feira, 6, nos Estados Unidos.

 

Os cientistas constataram que quanto mais alta for a taxa de poluição, mais elevada será a taxa de nascimento de crianças com peso insuficiente.

 

"São níveis de poluição do ar aos quais estamos todos expostos no mundo", afirma uma das autoras do relatório, Tracey Woodruff, professora de ginecologia e de ciência da reprodução na Universidade da Califórnia, em São Francisco, nos Estados Unidos.

 

Um baixo peso no nascimento (menos de 2,5 kg) está vinculado a maiores riscos de doenças e mortalidade pré-natal, assim como a futuros problemas crônicos de saúde, destaca Payam Dadvand do Centro de Pesquisa em Epidemiologia Mental (Creal) em Barcelona, na Espanha, outro dos co-autores.

 

Woodruff destacou que os países que têm normas mais rígidas para limitar a poluição dos carros e das fábricas a carvão registram níveis menores destes poluentes.

 

"Nos Estados Unidos, demonstramos durante vários anos que os bons resultados para a saúde e o bem-estar público da redução da contaminação do ar são maiores que os custos", disse.

 

A pesquisa foi baseada em três milhões de nascimentos em 14 cidades de América do Norte, África do Sul, Europa, Ásia e Austrália, no período das décadas de 1990 e 2000.

 

As partículas poluentes que se encontram no ar são medidas em microgramas por metro cúbico de ar. Nos Estados Unidos, as normas federais limitam a concentração média anual a 12 microgramas/m3. Já na União Europeia, o limite é de 25 microgramas/m3. Recentemente, foram medidos mais de 700 microgramas/m3 na China.

 

"Estes níveis são insustentáveis para a saúde pública mundial", destaca Mark Nieuwenhuijsen, do Creal, outro responsável pelo estudo. Os resultados da pesquisa foram publicados pela revista médica "Environmental Health Perspectives".

 

 

AFP

vitaminac622013Homens que tomam suplementos de vitamina C têm risco maior do que a média de ter pedras nos rins, de acordo com um estudo sueco com mais de 22 mil pessoas do sexo masculino.

 

"Há muito que se suspeita que doses elevadas de vitamina C possam elevar o risco de pedras nos rins, já que parte da vitamina C absorvida pelo organismo é excretada na urina na forma de oxalato, um dos principais componentes das pedras nos rins", disse a pesquisadora Laura Thomas, do Karolinska Institutet, em Estocolmo.

 

O estudo de Laura e sua equipe, cujo resultado foi divulgado numa publicação científica da Associação Médica Americana (Jama), usou dados de um grande estudo com homens suecos idosos e de meia-idade, que responderam a uma série de perguntas sobre sua dieta e estilo de vida. Em seguida, foram acompanhados em média por 11 anos.

 

A análise incluiu 907 homens que disseram tomar regulamente tabletes de vitamina C e mais de 22 mil que não usam suplementos nutricionais.

 

Dos usuários de vitamina C, durante o estudo 3,4 por cento tiveram pela primeira vez pedras nos rins enquanto entre os não-usuários de suplementos o problema foi constatado em 1,8 por cento. Homens que tomavam suplementos de vitamina C pelo menos uma vez por dia eram os mais afetados por pedras nos rins.

 

As pedras se constituem de pequenos cristais, que podem ser formados pela combinação de cálcio com oxalato. Eles costumam ser expelidos, mas podem causar dor severa no processo, embora ocasionalmente pedras maiores requeiram cirurgia.

 

Os resultados não provam que a vitamina em si provoca a formação de pedras.

 

Mas os pesquisadores disseram que, por não haver benefícios claros ligados a altas doses de vitamina C, as pessoas que já tiveram pedras nos rins poderão querer refletir melhor antes de pensar em tomar suplementos extras.

 

 

Reuters

familiaaliemntacao622013Para crescer e ter uma vida saudável, é importante que as crianças sejam incentivadas aos bons hábitos alimentares desde cedo. Por isso, os pais devem criar um ambiente familiar livre de guloseimas, tentações e alimentos calóricos, como alertou o nutrólogo Mauro Fisberg no Bem Estar desta quarta-feira, 6.

 

Se os pais não têm preocupação com a alimentação, os filhos crescem com o mesmo pensamento e dificilmente terão um estilo de vida saudável. Para incentivar e ajudar na formação do paladar das crianças, é importante que eles tenham horários para as refeições e que a família se junte para comer, como recomendou a nutricionista Sônia Tucunduva.

 

Segundo o endocrinologista Alfredo Halpern, o controle da dieta dos pequenos deve existir, mas sem radicalismos – por exemplo, os pais podem liberar algo que está fora do cardápio uma vez por semana. Nos outros dias, eles devem incentivá-los a comerem de 3 a 5 frutas e salada antes das refeições.

 

A família precisa tomar cuidado também com as gorduras, frituras, doces e refrigerantes, principalmente como forma de recompensar as crianças por algo bom que elas fizeram. A dica é formar o paladar dos pequenos oferecendo novos sabores e fazendo com que eles experimentem diferentes alimentos de forma gradativa.

 

Para o endocrinologista Alfredo Halpern, é importante não proibir ou permitir muito, apenas controlar já que o equilíbrio ajuda no desenvolvimento da criança. De acordo com o médico, além do incentivo à boa alimentação, os pais devem também influenciar os filhos a praticar esportes e passar menos tempo navegando na internet.

 

No caso das crianças que cresceram sem essas orientações ou limites, elas podem sofrer no futuro com o excesso de peso, que podem levá-las à necessidade de realizar uma cirurgia bariátrica.

 

Porém, mesmo nesse caso, a reeducação alimentar também é necessária já que o resultado da cirurgia só é eficaz se o paciente conseguir mudar os hábitos. Por isso, há uma preparação feita por uma equipe multidisciplinar antes e depois da operação, para que a pessoa não volte a engordar.

 

 O programa mostrou a história do Mateus, um jovem de 17 anos, que recorreu à redução de estômago após tentar perder peso de diversas outras maneiras. Depois da cirurgia, ele conseguiu eliminar 11 kg e teve grande mudança na sua vida, como mostrou a repórter Daiana Garbin (veja no vídeo ao lado).

 

Porém, o endocrinologista Alfredo Halpern alerta que reduzir o estômago apenas troca a doença da obesidade por um procedimento que exigirá cuidados para o resto da vida. Ou seja, não é apenas fazer a cirurgia, mas também adotar um estilo de vida novo com a prática de atividade física e dieta saudável para ajudar não só a perder peso, mas também a mantê-lo.

 

Tudo isso mostra que, na maioria dos casos, o que importa é a reeducação alimentar. Mesmo após a cirurgia bariátrica ou até mesmo em pacientes que não a realizaram, sejam crianças, adultos ou idosos, a adoção de um estilo de vida com uma dieta controlada e sem excessos traz diversos benefícios à saúde.

 

G1