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Ter um animal de estimação em casa traz muita alegria para a família, mas é extremamente importante saber cuidar do bichinho para que essa relação seja saudável e proveitosa. A primeira dica é levá-los ao veterinário a cada 6 meses e manter os cuidados nutricionais e a vacina em dia, como alertou a veterinária Silvia Ricci no Bem Estar desta segunda-feira, 18.

 

Os cuidados com a higiene também são importantes e os animais, principalmente aqueles que circulam na área interna da casa, devem ser escovados e limpos toda semana ou uma vez a cada 15 dias.

 

Segundo o infectologista Caio Rosenthal, a limpeza dentro da casa também exige cuidados, especialmente em relação às fezes – a dica é recolhê-las logo após a evacuação, seja em casa ou na rua, para diminuir o risco de transmissão de doenças. Vale lembrar que não é recomendável entrar em contato direto com os dejetos e, por isso, o uso de luvas é obrigatório.

 

Após recolher as fezes, o chão pode ser limpo com água e sabão. Vez ou outra, é bom usar desinfetante e hipoclorito de sódio a 2,5% (uma colher de sopa por balde de água), principalmente nas áreas em que o animal costuma urinar porque essa limpeza mais profunda pode também diminuir o cheiro. A veterinária alerta, no entanto, para que o chão seja bem enxaguado após a limpeza para que o produto usado não cause dermatite de contanto no animal caso ele pise ou deite no local.

 

Para prevenir doenças e outros problemas de saúde, é importante sempre lavar as mãos após brincar com os animais, principalmente as crianças. O infectologista Caio Rosenthal explicou que, entre as doenças que podem ser transmitidas por gatos e cachorros, a raiva é a mais grave.

 

A contaminação pode acontecer através de arranhões ou mordidas desses animais e, por isso, é importante que eles estejam com a vacina antirrábica em dia, para diminuir o risco da doença. Gatos e cachorros podem transmitir também o bicho geográfico, pelas fezes. Ao entrar em contato com os dejetos do animal, as larvas podem entrar na pele da pessoa e contaminar principalmente a região dos pés, nádegas e coxas.

 

Uma dica para prevenir esse problema é fazer a vermifugação do animal doméstico a cada 4 meses, preferencialmente com indicação do veterinário e com exame de fezes.

 

Há também o risco de toxoplasmose, transmitida pelas fezes dos gatos. Nesse caso, o cuidado é maior para as grávidas porque a doença pode causar problemas congênitos graves no bebê e até mesmo o aborto. Outro meio de contaminação é a carne de vaca e boi mal passada, que pode não só atingir os humanos, como também os gatos. Para evitar, é importante que as fezes do bichinho sejam recolhidas com uma pá e descartadas o mais rápido possível.

 

Em relação à convivência do dia a dia, também vale tomar alguns cuidados. Pode parecer difícil ficar sem beijar os gatos e cachorros, mas esse hábito pode ser perigoso mesmo no caso dos bichinhos que não costumam freqüentar a rua porque os pelos são locais onde as fezes são depositadas. É importante também não deixar o animal lamber o rosto ou a boca de ninguém na família, especialmente aqueles que têm a imunidade baixa, porque a saliva tem bactérias e vírus causadores de doenças.

 

No caso dos bebês, por exemplo, o sistema imunológico ainda não está totalmente formado e, por isso, as mães devem evitar o contato com os animais nos primeiros meses. Crianças com rinite alérgica não precisam necessariamente se afastar dos animais porque, na maioria das vezes, a alergia não está relacionada a eles. Para minimizar as crises alérgicas dos pequenos, é bom escovar e dar banho regularmente nos bichinhos.

 

Pombos

Os médicos alertaram também para o risco de transmissão de doenças através das fezes dos pombos. Não é necessário o contato direto com os dejetos; apenas o bater das asas dos bichos pode contaminar e transmitir duas doenças, a criptococose e a histoplasmose. Os sintomas são febre, dor torácica, dor de cabeça, rigidez na nuca e distúrbios visuais - em pessoas com baixa imunidade, o risco é enorme e essas doenças podem ser até fatais.

 

A dica dos médicos para se proteger e proteger toda a família é, principalmente, não alimentar os pombos. Se eles têm o que comer, podem se proliferar excessivamente, causando o desequilíbrio populacional e afetando a qualidade de vida das pessoas. Para limpar as fezes dos pombos, é obrigatório usar luvas e, em casos mais específicos, também máscaras. O pano úmido com água e sabão evita que os dejetos se dispersem; não é recomendável usar uma vassoura.

 

Para afastar os pássaros, a dica é colocar uma proteção com grade na janela, fios de nylon e objetos brilhantes e coloridos para que eles se assustem. Gel e naftalina também podem ajudar a espantar os animais que podem pousar na janela, não só os pombos.

 

 

G1