A Secretaria Estadual da Justiça (Sejus), em parceria com a Secretaria Estadual da Saúde (Sesapi), está realizando a Oficina de Formação de Aconselhadores em DST/HIV/Aids e Hepatites virais para profissionais de saúde do sistema penitenciário do Estado. O evento ocorre até esta sexta-feira, 20, e conta com a participação de cerca de 26 profissionais entre assistentes sociais, psicólogos, enfermeiros e técnicos em enfermagem.
De acordo com Rosângela Queiroz, diretora de Humanização e Reintegração Social da Sejus, a oficina tem o objetivo de formar multiplicadores em aconselhamento em DST/HIV/Aids e Hepatites virais para atuarem dentro do sistema prisional piauiense. “A parceria entre a Sejus e a Sesapi é de extrema importância para o sistema prisional do Estado. Essa em especial, se torna ainda mais importante, pois proporcionará mais rapidez na realização dos testes em HIV/Aids, já que a demanda é muito grande”, ressaltou a diretora.
Jorge Carlos do Nascimento, aconselhador do Centro de Testagem e Aconselhamento em DST/Aids, da Secretaria de Estado da Saúde, falou da importância em promover a formação de aconselhadores em DST/HIV/Aids e Hepatites virais. “A formação desses aconselhadores é importante para a promoção da saúde da população carcerária piauiense, pois proporcionará uma maior rapidez no atendimento”, assegurou.
Para Lucas de Sousa, enfermeiro do setor de saúde da Penitenciária de São Raimundo Nonato, a oficina contribuirá para o constante êxito nos trabalhos de promoção da saúde dos detentos. “Participar dessa oficina está sendo muito bom, pois os conhecimentos que estamos adquirindo aqui, irá contribuir para constante êxito do serviço de saúde que oferecemos aos internos”, disse o enfermeiro.
A assistente social da Penitenciária de Parnaíba, Rosângela Oliveira, parabenizou a Secretaria Estadual da Justiça pela iniciativa. “Atividades que proporcionam a capacitação de nós servidores são sempre bem-vindas. Gostaria de parabenizar a Sejus por constantemente promover atividades como essas”, afirmou.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) informou nesta sexta-feira, 20, que orientou os conselhos regionais a autorizarem os registros provisórios dos médicos estrangeirosdo programa Mais Médicos. De acordo com o CFM, o registro será feito desde que os médicos apresentem a documentação "completa" e "sem inconsistências".
A decisão foi tomada após a Advocacia-Geral da União (AGU), em processo na Justiça do Rio Grande do Sul, ter manifestado o entendimento de que o governo deve enviar aos CRMs informações sobre o endereço de trabalho e os nomes dos tutores e supervisores de cada um dos médicos estrangeiros inscritos, dados que vinham sendo exigidos pelos conselhos regionais.
De acordo com o CFM, a disposição do governo em repassar esses dados "demonstra a compreensão da Advocacia-Geral da União de que os pedidos de informações para viabilizar as ações de fiscalização relativas ao Programa Mais Médicos estão pautados pelo princípio da razoabilidade".
Na última segunda-feira, 16, foi publicado no "Diário Oficial da União" um parecer assinado pela presidente Dilma Rousseff e pelo advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, regulamentando o registro profissional dos participantes do programa Mais Médicos.
De acordo com o parecer, que tem força de lei, os conselhos regionais de Medicina não podem exigir qualquer documentação para conceder o registro dos profissionais além do que foi definido pela Medida Provisória 621/2013 e pelo Decreto 8040/2013, que regulamentam o programa.
Um dos questionamentos feitos pelos CRMs ao programa do governo federal é o fato de o Mais Médicos não exigir a revalidação do diploma de medicina para os aqueles que concluíram o curso de medicina no exterior. No parecer do governo, a revalidação do diploma não pode ser exigida na hora de conceder registro aos profissionais estrangeiros do programa.
Inconsistências
O CFM informou também que os CRMs vêm recebendo pedidos de registro de médicos estrangeiros com "inconsistências". "Um levantamento preliminar realizado junto aos CRMs mostra um número significativo de dossiês incompletos. Apenas as inconsistências que desobedecem à MP estão sendo apontadas. Entre os problemas mais comuns estão falta de legalização consular dos diplomas e dados de identificação pessoal com inconsistência", disse o CFM.
Pedidos que apresentarem problemas, segundo o conselho, "não receberão o CRM provisório". Nesses casos, os profissionais serão avisados para reparar os problemas.
O CFM disse ainda que diplomas e declarações sem tradução juramentada, escritos à mão e sem estarem acompanhadas dos respectivos originais estão sendo aceitos, "com base na orientação do governo". Segundo o conselho, a "responsabilidade pela originalidade, autenticidade e legitimidade desses documentos está sendo assumida pelo governo federal".
O Ministério da Saúde liberou recursos da ordem de R$ 11,280 milhões para custeio aos municípios participantes da Agenda para Intensificação da Atenção Nutricional à Desnutrição Infantil. Segundo Portaria publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira, 20, os recursos são distribuídos de acordo com a avaliação das metas pactuadas para este ano.
Foram contemplados municípios dos Estados do Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.
Você acorda cedinho e parece que tudo está girando. Aí, você sente tontura, enjoo, perde o equilíbrio e tem um grande mal-estar. Cuidado, isso pode ser labirintite.
Labirintite é um termo usado popularmente para descrever quadros de tontura e vertigem. Mas, na verdade, é uma doença pouco frequente, caracterizada por uma infecção ou inflamação no labirinto (estrutura do ouvido interno constituída pela cóclea, responsável pela audição, e pelo vestíbulo, responsável pelo equilíbrio).
"As alterações do equilíbrio decorrentes do labirinto deveriam ser denominadas alterações vestibulares", ensina Eliézia Alvarenga, otorrinolaringologista do Hospital Samaritano de São Paulo.
Essas alterações vestibulares, ao contrário, são muito comuns, e atingem cerca de 33% das pessoas em algum período da vida, de acordo com uma pesquisa realizada pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) no ano passado. E podem ser desencadeadas pela má alimentação e pelo estresse.
Uma questão de equilíbrio
O equilíbrio corporal é algo complexo e depende das respostas dos dois labirintos (direito e esquerdo, que devem estar em sintonia), do sistema musculoesquelético, que envolve a coluna e nos mantém ereto; e do sistema visual, que tem uma atuação no sistema modulador e transmissor dos impulsos nervosos responsáveis pelo equilíbrio, dadas pelo sistema nervoso central.
"Quando qualquer doença causa um distúrbio nesse sistema, podem ser desencadeadas tonturas, instabilidades ou até vertigens fortes com náuseas e vômitos. Isso é a `labirintite', termo genérico para as doenças do labirinto", explica Ricardo Ferreira Bento, professor do Departamento de Oftalmologia e Otorrinolaringologia e diretor da Divisão de Otorrinolaringologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). Como o labirinto é parte do sistema do ouvido, a labirintite é relacionada à diminuição auditiva, zumbido ou sensação de "ouvido cheio".
São inúmeras as causas das chamadas labirintites. O labirinto pode ser afetado por alterações inflamatórias, infecciosas, traumáticas, metabólicas, vasculares, degenerativas, neurológicas, endócrinas, tumorais, por medicações ou abuso de drogas entre outras. Já a labirintite real (a infecção ou inflamação do labirinto) pode ser causada por vírus, bactérias, lesão na cabeça, alergia ou ser uma reação a um determinado medicamento.
"Apesar do quadro de tonturas e náuseas ser muito desagradável, na maioria das vezes a labirintite não é causada por um problema de maior gravidade", diz Luiz Ubirajara Sennes, professor do Departamento de Oftalmologia e Otorrinolaringologia e coordenador do Programa de Pós-Graduação em Otorrinolaringologia da FMUSP. De qualquer forma, ele recomenda sempre procurar auxílio médico quando houver uma crise de tontura, para que seja investigada sua causa e afastada a suspeita de doenças graves.
Cuidado com o que você come
Os alimentos também podem interferir nas crises de labirintite. Os três principais inimigos do ouvido interno são o açúcar, o sal e a cafeína. A ingestão de açúcar em excesso pode interferir nas estruturas do labirinto, fazendo com que ele mande mensagens erradas ao cérebro. O sal está relacionado ao aumento da pressão nos vasos, o que também pode perturbar o labirinto. E a cafeína pode estimular demais o labirinto, também causando perturbações.
"Hábitos alimentares inadequados como ingestão de muita gordura e açúcar podem levar a alterações metabólicas que irão afetar o correto funcionamento do labirinto (colesterol aumentado, hipoglicemia por hiperinsulinismo, entre outras)", alerta Sennes.
É preciso prestar atenção não apenas no que se come, mas também em como se come. Comer sentado à mesa, sem pressa e tranquilamente, diminui o estresse, ajuda a digestão e faz bem para todo o corpo – até mesmo para o equilíbrio. Outra atitude que ajuda é comer a cada três horas, pois o labirinto precisa de um aporte constante de glicose e oxigênio para exercer suas funções. Ficar em jejum, portanto, não é uma boa ideia.
Hidratar-se também é essencial. Beber aproximadamente dois litros de água por dia é fundamental para que todas as reações biológicas do corpo ocorram adequadamente.
No stress
O estresse também pode levar a tonturas, pois é uma alteração do estado normal do organismo, com mudanças na liberação de hormônios, das funções cardiovasculares e digestivas, do sistema nervoso e psicológicas que podem afetar secundariamente o labirinto.
O estresse influencia no desencadeamento da sensação de tontura, o que, muitas vezes, acaba confundindo o diagnóstico da labirintite.
Mas ainda não se sabe com certeza se o estresse poderia causar a labirintite. No entanto, sabe-se que ele pode desencadear uma crise, assim como agravar seus sintomas.
"O estresse, muitas vezes, pode ser o gatilho para a crise e sua manutenção, gerando insegurança e retroalimentando a tontura e o estresse. Em um determinado momento dificulta saber o que veio primeiro: a tontura ou o estresse", diz Alvarenga.
Nem toda tontura é labirintite
Tontura não é doença, mas, sim, um sintoma que pode surgir em numerosas doenças. É um sinal de alerta de que algo não vai bem no organismo.
As tonturas estão entre os sintomas mais frequentes em todo o mundo e são de origem labiríntica em 85% dos casos. Mas elas podem estar relacionadas a outros problemas também. Um deles é o já citado estresse. Outros podem ser queda repentina da pressão arterial, desidratação e queda na taxa de açúcar no sangue (hipoglicemia), e até mesmo problemas cardíacos, hipertensão e tumores.
"Por isso, é sempre importante procurar serviço médico especializado para diagnosticar as causas e realizar o tratamento adequado", recomenda Bento.
Para descobrir as causas, inicialmente é feita uma série de testes, que são chamados de otoneurológicos, para diagnosticar se o problema é no labirinto e o que o provoca. Quando diagnosticada a labirintite, o tratamento varia de acordo com a causa, e pode ir de medicamentos para melhorar problemas do labirinto e da circulação sanguínea até intervenções cirúrgicas.