A coluna humana tem 33 vértebras. São 33 ossinhos, e ali no meio passa a medula – o grande canal de comunicação entre o cérebro e o corpo. É uma estrutura muito sensível, cheia de músculos, nervos e discos, e é por isso que a dor nas costas é tão comum – especialistas afirmam que 80% das pessoas vão sofrer com o problema alguma vez na vida.
No Bem Estar desta sexta-feira, 3, o ortopedista Luiz Batata e a fisioterapeuta Laura Proença esclareceram as principais causas para a dor e deram dicas para tratá-lo. Laura, inclusive, é instrutora de pilates, um exercício usado para tratar o problema.
O pilates é um conjunto de exercícios em aparelhos específicos e mistura técnicas ocidentais e orientais. Seu foco é desenvolver a força e a flexibilidade, e funciona porque fortalece o core, o conjunto de músculos que seguram a coluna – e isso impede que ela seja sobrecarregada.
A atividade está ficando cada vez mais acessível. O ideal é que as aulas sejam sem rodízio de aparelhos e no máximo em dupla, pois envolvem atenção total do instrutor à realização dos movimentos, que não podem ser muito diferentes. Os aparelhos mais usados são trapézio, barril, carrinho e cadeira, além de bolas, faixas e elásticos.
Além de fortalecer a musculatura do tronco, é preciso ter atenção para não sobrecarregar as costas no dia-a-dia.
O primeiro passo é se manter em boa forma. Se uma pessoa fica dez quilos acima do peso ideal, aumenta em 25% o risco de sofrer de dor nas costas.
Outro tradicional vilão da medicina que também vale para as costas é o cigarro. O fumo reduz a irrigação dos vasos nos discos vertebrais que protegem a coluna e faz com que eles percam a maleabilidade.
A postura também é importantíssima para as costas. Ao dormir, a melhor posição é dormir de lado, com travesseiros para manter a cabeça na mesma linha do ombro.
No computador, a posição ideal é com os ombros abaixados, a lombar no encosto, os dois pés no chão ou em um apoio e olhos na altura do monitor. E o ideal é mudar de posição a cada uma hora, pois os músculos relaxam aos poucos, deixando a coluna desprotegida.
Os profissionais que mais sofrem dor nas costas são exatamente os que têm que se esforçar em posições que não são muito naturais ao ser humano e não conseguem fazer essa adaptação: dentistas, desenhistas em prancheta, operadores de computadores, motoristas, cirurgiões e trabalhadores de escritórios.
Fazer sacrifícios para seu parceiro ou parceira é algo positivo, mas não quando você teve um dia estressante, indica uma pesquisa da Universidade do Arizona, nos EUA, publicada no periódico Journal of Social and Personal Relationships.
O estudo, liderado pela pesquisadora Casey Totenhagen, PHD em família e desenvolvimento humano, incluiu 164 casais, casados e separados, cujas relações duraram de seis meses a 44 anos.
Cada um dos 328 indivíduos foi convidado a preencher entrevistas diárias online, ao longo de sete dias, indicando os sacrifícios diários que haviam feito para os parceiros em 12 categorias, tais como tarefas domésticas e tempo gasto com amigos, entre outros.
Eles também foram solicitados a informar sobre as dificuldades vividas naquele dia e o quanto isso teria afetado o relacionamento. Os participantes, em seguida, classificaram, em uma escala de um a sete, como eles se sentiam comprometidos com seus parceiros, o quão próximos eles sentiam deles e o quanto se sentiram satisfeitos com o relacionamento naquele dia.
Para fins de estudo, foram definidos como 'sacrifícios' pequenas mudanças na rotina diária com o objetivo de fazer algo de bom para o outro e manter a qualidade do relacionamento.
Os pesquisadores descobriram que os indivíduos que fizeram sacrifícios para os parceiros em geral sentiram-se mais comprometidos com eles. Mas quando se sacrificavam em dias difíceis, a sensação era oposta. E o parceiro também não percebia que algo estava sendo feito para ele.
"Você precisa estar consciente dos recursos que têm para fazer sacrifícios no final do dia", afirma a pesquisadora. Os resultados, segundo ela, sugerem que não é saudável para o relacionamento tentar separar trabalho e vida pessoal, algo que outros estudos já haviam indicado.
"Se eu tiver um dia terrível no trabalho, eu vou voltar para casa mal-humorada, e, provavelmente, a qualidade de interação com o meu parceiro não vai ser tão boa. E se o meu parceiro teve um dia estressante, provavelmente vai voltar para casa do mesmo jeito, então eu ainda vou sofrer pelo dia estressante do meu parceiro", comenta.
A saída, para ela, é que os casais trabalhem seus problemas diários juntos.
Som do apito de uma panela de pressão, barulho do chuveiro ou canto da cigarra constante. É assim que as pessoas que têm zumbido no ouvido descrevem o som que ouvem diariamente. Trata-se de um barulhinho que está sempre lá - pode até passar despercebido às vezes, mas em outras ocasiões chega a ser enlouquecedor.
Cerca de 17% da população mundial têm zumbido, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, o que corresponde a cerca de 278 milhões de pessoas. Só no Brasil o problema atinge 28 milhões. A maioria dos pacientes que sofre com o problema se refere a ele apenas como um incômodo. Porém, quem sofre com a forma grave de zumbido relata casos de muito sofrimento, que pode acarretar depressão e insônia, afetar a qualidade de vida e prejudicar a capacidade de executar atividades rotineiras como trabalhar ou estudar.
"Alguns pacientes não se incomodam com o barulho, outros se sentem desconfortáveis a ponto de não conseguir dormir direito ou realizar suas atividades normalmente. Estimativas revelam que em 80% dos casos, o zumbido é bloqueado pelo cérebro e o indivíduo não sente incômodo. Porém, cerca de 15% dos pacientes sentem indisposições com o zumbido e 5% têm o chamado 'zumbido incapacitante', que compromete a vida profissional, social e a saúde", aponta Rita de Cássia Cassou Guimarães, especialista em otorrinolaringologia e otoneurologia e coordenadora do Grupo de Informação a Pessoas com Zumbido de Curitiba (GIPZ Curitiba).
O zumbido, também conhecido como tinnitus ou tinido, é definido como um som nos ouvidos ou na cabeça sem a presença de uma fonte externa. Ele não é uma doença, mas sim o sinal de que alguma coisa está errada. Na verdade, ele pode ser o sintoma de mais de 200 problemas de saúde, que vão de questões odontológicas até psicológicas, passando por questões hormonais, doenças do labirinto, alterações vasculares, problemas musculares e aumento do colesterol.
Porém, a causa mais frequente do problema é a perda de audição. "Nove em cada dez pacientes têm perda auditiva", afirma Guimarães. "Vale lembrar que o zumbido não causa surdez, mas a surdez pode provocar zumbido", diz. Envelhecimento, exposição a ruídos, medicamentos, doenças e até traumas cranianos podem causar alguma lesão na estrutura do ouvido, o que pode acarretar perda de audição e o zumbido.
Razões emocionais
Mas o zumbido também pode ter razões emocionais. Sentimentos como depressão, frustração e nervosismo podem causar o problema. Uma das razões que explicam essa relação é que situações de muito estresse ou ansiedade, por exemplo, podem resultar em apertamentos exagerados da musculatura mastigatória (como o bruxismo), que causam a compressão de áreas vascularizadas próximas aos ouvidos, e os sinais enviados ao cérebro são interpretados como zumbido.
O mesmo acontece em casos de má oclusão dentária e excesso de força na musculatura facial. "Os aspectos odontológicos podem causar o zumbido, influenciar a sua intensidade ou agravar o quadro quando o sintoma já existe por outros motivos", destaca o ortodontista e ortopedista facial Gerson Köhler, membro do GIPZ Curitiba.
Mas não é só isso. Os especialistas afirmam que as emoções negativas também podem agravar a percepção do zumbido. Isto é, se a pessoa não está bem emocionalmente, então o cérebro dará mais atenção ao zumbido. O paciente pode até dizer que o zumbido aumentou, mas na realidade é a sua percepção que está mais aguçada devido aos pensamentos negativos, que induzem o cérebro a identificá-lo como uma ameaça.
"O grau de incômodo depende da importância que a pessoa dá ao seu zumbido e da associação dele com emoções negativas. Este é um dos motivos pelos quais é muito importante que o tratamento seja iniciado o mais precocemente possível evitando que estas associações negativas ocorram", alerta a professora do Departamento de Otorrinolaringologia, Área de Cirurgia em Cabeça e Pescoço da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp Raquel Mezzalira.
Cigarro e celular
Um estilo de vida saudável é essencial para evitar o zumbido, ou ao menos amenizar seus efeitos. Pesquisa realizada pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) apontou que os fumantes têm mais chances de desenvolver o problema.
A pesquisa avaliou 72 fumantes e 72 não fumantes, e concluiu que quase metade dos fumantes avaliados tiveram problemas auditivos – 40% deles zumbido. Deficit de oxigenação no sangue, obstruções vasculares e alterações na viscosidade sanguínea provocados pelo cigarro seriam as possíveis razões que levariam ao problema, de acordo com a pesquisa.
A ingestão de bebida alcoólica também estaria relacionada ao agravamento do problema. O álcool não seria responsável pelo surgimento do zumbido, mas várias pesquisas comprovam que a ingestão frequente ou em altas doses piora, e muito, a sensação do zumbido.
Pesquisas recentes também relacionam o uso frequente do celular com a piora da condição. Um estudo feito na Universidade de Viena, na Áustria, publicado no Occupational and Environmental Medicine, apontou que pessoas que usam o celular frequentemente e por períodos prolongados têm 70% mais chances de desenvolver zumbido no ouvido.
A explicação é que a energia gerada pelo telefone é afunilada no canal auditivo e que os ossos do ouvido acabam absorvendo todo esse impacto, o que gera o zumbido.
Alimentação saudável
Pode parecer mentira, mas uma alimentação equilibrada é fundamental para manter também a saúde dos ouvidos. Maus hábitos alimentares, como abusar da ingestão de doces e alimentos gordurosos, ter uma dieta pobre em vitaminas e minerais ou ficar sem comer por períodos prolongados, são constantemente associados por especialistas com o zumbido. "Erros alimentares com abuso da ingestão de doce e cafeína e períodos prolongados de jejum são causas comuns de zumbido", diz Mezzalira.
Por outro lado, uma dieta balanceada pode ajudar – e muito – a reduzir o problema. Evitar cafeína, doces, alimentos gordurosos e sal em excesso, assim como beber muito água, preferir alimentos frescos e integrais e uma dieta rica em frutas e verduras podem fazer a diferença. Alimentar-se bem se reflete na saúde e no bem-estar, e ajuda o paciente a lidar melhor com o problema – além de contribuir para que o tratamento seja bem sucedido.
A coordenadora estadual de Enfrentamento às Drogas, Zita Vilar, esteve em reunião com a equipe técnica de Saúde do Adolescente e do Jovem, do Ministério da Saúde, para acertar detalhes em relação ao projeto Jovens Raízes. O programa visa capacitar jovens atuantes na atenção ao uso e abuso de drogas, na perspectiva da redução de danos, tornando-os multiplicadores do conhecimento e agentes da prevenção. A capacitação será realizada nos onze polos-raízes sobre drogas existentes no Piauí.
O projeto Jovens Raízes, criado pela Coordenadoria Estadual de Enfrentamento às Drogas (Cedrogas), foi classificado em 3º lugar a nível nacional no projeto Vivajovem.com. O programa é uma iniciativa do Ministério da Saúde e do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC), e conta com a parceria do Ministério da Cultura (MinC), por meio da Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural (SCDC).
A coordenadora Zita Vilar, acompanhada do gerente de Políticas Públicas Ricardo Cruz, também participou de reunião no Ministério da Justiça, onde recebeu orientações sobre o sistema de acompanhamento do Plano Crack é Possível Vencer, o qual teve adesão do Governo do Estado.