comidasaudavelCuidar da saúde pode fazer mais do que retardar o processo de envelhecimento. Segundo pesquisa, pode até mesmo reverter os danos causados pelo tempo. A informação vem de um estudo da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, que mostra que manter uma rotina de exercícios, uma dieta equilibrada e praticar técnicas que permitam reduzir ou aliviar o estresse, como ioga, aumentam a vida útil das células.

 

Para chegar à conclusão, médicos avaliaram o impacto do estilo de vida sobre os telômeros, estrutura que funciona como uma capa nos cromossomos e que protege contra o envelhecimento. Para entender o papel deles basta pensar no acabamento de um cadarço de sapato que evita que o tecido fique desfiado.

 

A pesquisa se baseou em dados coletados em dois grupos formados por homens diagnosticados com câncer de próstata. Nenhum deles havia feito cirurgia ou iniciado tratamento. Metade deles seguiu sem mudanças. A outra foi submetida a uma mudança de estilo de vida radical, monitorada por médicos, nutricionistas e psicólogos.

 

A dieta do grupo de controle passou a ingerir grandes quantidades de proteínas vegetais, frutas, vegetais e grãos integrais, além de poucos índices de gordura e carboidratos processados. Os homens passaram a praticar ioga, a meditar e a fazer exercícios de forma moderada, como 30 minutos de caminhada, seis dias por semana.

 

Monitorados por cinco anos, os homens submetidos à nova rotina mostraram que os telômeros aumentaram cerca de 10%. Os dos demais homens seguiram o processo de degeneração natural e diminuíram cerca de 3%. A pesquisa, divulgada pelo jornal Daily Mail, no entanto, não constatou diferenças na evolução da doença entre os grupos.

 

 

 

Ponto a ponto ideias

mirtiloCientistas americanos analisaram 446 compostos de plantas para observar o estímulo ao sistema imunológico nos seres humanos e descobriram apenas dois que se destacaram: o resveratrol, encontrado em uvas roxas, e a pterostilbena, presente no mirtilo (blueberry).

 

Essas duas substâncias fazem parte do mesmo grupo, os estilbenoides, que atuam em conjunto com a vitamina D e têm um impacto significativo na expressão de um gene chamado CAMP, envolvido na função de defesa do organismo. Os resultados da pesquisa, apoiada pelo Instituto Nacional de Saúde (NIH) dos EUA, foram publicados na terça-feira, 17, na revista "Molecular Nutrition and Food Research".

 

Segundo os cientistas do Instituto Linus Pauling, da Universidade do Oregon, onde ocorreu o estudo, a descoberta foi feita em culturas de células em laboratório e não é prova definitiva de que esse efeito poderá ser visto em um aumento do consumo. Apesar disso, os autores, liderados por Adrian Gombart, destacam o potencial que alguns alimentos concentram para melhorar a resposta imunológica.

 

O resveratrol tem sido alvo de dezenas de estudos sobre inúmeros benefícios, desde à saúde do coração até contra o câncer ou inflamações. Mas, segundo os pesquisadores, esse é o primeiro trabalho a mostrar uma interação clara do composto com a vitamina D e a expressão do gene CAMP.

 

Esse gene também tem sido alvo de várias pesquisas, pois sabe-se que ele desempenha um papel-chave no sistema imunológico inato (que nasce com a pessoa), capaz de combater infecções bacterianas, por exemplo. Segundo os cientistas, é fundamental estudar essa resposta imune inata porque muitos antibióticos atualmente têm perdido eficácia e favorecido bactérias cada vez mais resistentes.

 

 

Para os pesquisadores, novos estudos também são necessários para entender melhor como a alimentação interfere no nosso sistema de defesa. Eles pretendem observar, ainda, se é possível usar compostos naturais para impulsionar a resposta imune inata.

 

 

 

G1

cafUma pesquisa conduzida por cientistas britânicos indica que seguir uma dieta saudável, praticar exercícios diários e possivelmente tomar café pode reduzir os riscos de câncer de colo do útero.

 

Os pesquisadores, do Imperial College, de Londres, ressalvaram que, apesar de terem encontrado indícios de que o café pode ajudar a proteger mulheres contra o tumor, não há evidências suficientes para estimular consumo da bebida como forma de prevenção da doença.

 

Na primeira análise global de pesquisas sobre câncer endometrial desde 2007, os pesquisadores examinaram as ligações entre a doença e a prática de exercícios, dieta e peso corporal. Eles concluíram que cerca de 3,7 mil casos de câncer de colo do útero poderiam ter sido evitados se as mulheres tivessem se exercitado ao menos 38 minutos diários cinco dias por semana e mantido um peso saudável.

 

A autora do estudo, Teresa Norat, afirmou que se as mulheres se exercitarem regularmente e mantiverem uma boa dieta "podem reduzir os riscos de câncer de útero e melhorar a saúde em geral".

 

Karen Sadler, diretora-executiva do World Cancer Research Fund, afirmou que as evidências sobre o café "são muito interessantes", mas que novas pesquisas devem ser feitas sobre os efeitos da bebida na prevenção do câncer.

 

 

"Temos de considerar os possíveis efeitos colaterais do café em outros tipos de câncer e na saúde em geral", afirmou Sadler.

 

BBBrasil

Para emissão de registro profissional aos participantes do Mais Médicos, os conselhos regionais de medicina (CRMs) em todo o Brasil só podem exigir os documentos estabelecidos pela Medida Provisória (MP) 621/2013 que instituiu o programa. Foi o que determinou o parecer 051/2013, assinado pela presidenta da República, Dilma Rousseff, e pelo Advogado-Geral da União, ministro Luís Inácio Adams, publicado nessa segunda-feira, 16, no Diário Oficial da União. O parecer tem força de lei, e os conselhos que exigirem documentos extras cometerão ação de improbidade administrativa, estando sujeitos a ações judiciais.

 

Conselhos de diferentes estados do país estavam exigindo informações extras, tais como: revalidação de diploma, os nomes do tutor e do supervisor e o endereço das Unidades Básicas de Saúde (UBS) onde os profissionais iriam atuar. A medida provisória do Programa Mais Médicos estabelece que os CRMs devem exigir da coordenação do programa a declaração de participação do profissional;  cópia de documentos que comprovem nome, nacionalidade, data e lugar do nascimento, filiação; habilitação profissional para o exercício de Medicina e diploma expedido por instituição de educação superior estrangeira.

 

Para o ministro Adams, as exigências dos conselhos regionais têm conteúdo político, não jurídico nem técnico. “Esta é uma reação política, corporativa, que não está atenta à necessidade da população brasileira. A finalidade é impedir o andamento do programa. Qualquer negação de registro é descabida, indevida e viola a lei. Não podemos aceitar que o programa seja atacado com medidas postergatórias”, declarou durante coletiva à imprensa na sede do AGU, em Brasília.

 

“Por conta destas exigências, desde o final de agosto nenhum registro provisório dos 682 médicos participantes do programa foi emitido. E só conseguimos protocolar 624 pedidos de registro”, afirmou o secretário de Gestão da Educação e do Trabalho em Saúde do Ministério da Saúde, Mozart Sales.

 

O ministro Adams afirmou que há por parte dos conselhos tentativa de intimidar os tutores como se eles fossem solidariamente responsáveis pelos atos profissionais dos médicos estrangeiros participantes do programa. “É responsabilidade do médico a prática”, frisou. No entender da AGU, ao exigirem do médico estrangeiro do nome de tutor ou supervisor, os CRMS estão se negando a exercer função que é deles, de fiscalizar a atuação do profissional.“O governo não quer excluir os conselhos do programa, ao contrário, eles são parte essencial deste processo, tem papel de fiscalizar a atuação destes profissionais”, esclareceu.

 

O parecer publicado nessa segunda-feira, também esclarece que os médicos participantes do programa são responsáveis pelos seus atos profissionais, conforme determinação do Código de Ética Médica, o que afasta qualquer responsabilidade subsidiária dos tutores e orientadores do programa. “Os conselhos profissionais são entidades paraestatais, têm competência delegada pelo estado. Não são um estado dentro do estado”, afirmou o ministro Adams.

 

A norma assinada pela presidenta Dilma estabelece que os conselhos federal e regionais de Medicina são entidades de natureza autárquica e exercem funções delegadas pelo poder público. Dessa forma, estão submetidos aos princípios que regem a administração pública, isto é, não tem governabilidade própria.

 

Porta Saúde