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Todas as manhãs o girassol parte em busca do sol, seguindo a luminosidade insistentemente, porque precisa dela para crescer e florescer. Mesmo quando o sol está escondido entre as nuvens, a flor gira persistente, apesar da dificuldade, em direção à luz. Em alusão a esse comportamento da natureza, o girassol foi escolhido como símbolo da campanha Na Direção da Vida – Depressão sem Tabu, iniciativa do movimento mundial Setembro Amarelo, que tem o objetivo de abrir o diálogo e alertar a sociedade sobre o tema.

A campanha conduzida pela Upjohn, uma das divisões de um laboratório farmacêutico focada em doenças crônicas não transmissíveis, em parceria com a Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (Abrata) e participação do Centro de Valorização à Vida (CVV), trará ações digitais e de rua para combater os estigmas da depressão. O trabalho tem ainda o apoio de músicos, esportistas e influenciadores digitais que já passaram ou passam pelo problema, dividindo suas experiências.

Os usuários de redes sociais serão convidados a postar o ícone do girassol para mostrar que estão dispostos a falar sobre o assunto #depressaosemtabu. Eles também poderão conhecer o site www.depressaosemtabu.com.br, que traz informações sobre o tema e orientações sobre a identificação de comportamentos de risco em pessoas próximas.

Fora da internet, no dia 10 de setembro, Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, um labirinto de dois mil girassóis, com 120 metros quadrados, será montado no Largo da Batata, zona oeste de São Paulo. Quem percorrer o caminho do labirinto acompanhará a jornada do paciente com depressão, desde a dificuldade do diagnóstico até os desafios ao longo do tratamento, como o preconceito ou a sensação de inadequação. A instalação estará aberta das 9h às 18h, até o dia 14.

“Queremos levar informação às pessoas. Quem visitar o local será convidado a deixar uma mensagem de coragem e apoio aos pacientes. Ao final, essas flores serão recolhidas e doadas para uma organização não governamental, que as transformará em buquês para serem distribuídos a pessoas que estão em tratamento", explicou a neurologista da Upjohn Elizabeth Bilevicius.

Depressão e suicídio

Segundo Elizabeth, para tratar a depressão e evitar o suicídio, o primeiro passo é ver a depressão como uma doença que precisa ser tratada. “Precisamos criar uma atmosfera de confiança para o paciente se sentir à vontade para dizer que tem a doença e legitimar o que ele sente como sintoma de algo que pode ser tratado. Essa é uma forma de encorajar a busca por ajuda adequada, criando um entorno social mais empático e melhor informado para ajudar essa pessoa”, disse.

De acordo com as informações da Upjohn, mais de 90% dos casos de suicídio estão associados a distúrbios mentais e transtornos do humor. A depressão é o diagnóstico mais frequente, aparecendo em 36% das vítimas. O aumento dos casos entre os mais novos e com prevalência entre os homens faz da depressão a quarta maior causa de suicídio entre jovens no país. Outras doenças que podem ser tratadas, como o alcoolismo, a esquizofrenia e transtornos de personalidade, também afetam esses pacientes e por isso afirma-se que o suicídio pode ser evitado na maioria das vezes.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que o Brasil é o país com maior percentual de depressão na América Latina, chegando a 5,8% da população, o que corresponde a 12 milhões de brasileiros. A taxa é maior do que o valor global, que é de 4,4%. Igualmente maior do que em outros países, a taxa de suicídio entre adolescentes de 10 a 19 anos aumentou 24% de 2006 a 2015. A cada 46 minutos alguém tira a própria vida no Brasil.

O psiquiatra Teng Chei Tung,  coordenador dos Serviços de Pronto-Socorro e Interconsultas do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (HC-USP) e vice-coordenador da Comissão de Emergência Psiquiátrica da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), explicou que a alta incidência entre os jovens está ligada à grande expectativa externa e interna de que eles se comportem como adultos, mesmo sem ter ainda as habilidades de um adulto, e à pressão de que o adolescente seja pleno, potente, competente e reconhecido.

"Então ele faz as coisas, erra e se frustra. Nessas frustrações os jovens podem entrar na depressão. Os preconceitos são os mesmos e são agravados pela desinformação. Para o jovem existe a influência do pensamento de que a saúde mental é só uma questão social, existencial e psicológica", afirmou.

Teng disse que sentir tristeza é normal e que a frustração sempre traz alguma tristeza passageira, mas é preciso que as pessoas próximas fiquem atentas para perceber quando esse estado já se tornou uma depressão. Segundo ele, a tristeza é algo que gera introspecção, provoca reflexão e crescimento, mas o deprimido fica introspectivo por vários dias e semanas.

"Um dos parâmetros é quando há sofrimento excessivo e quando começa a causar real prejuízo. Afeta as relações interpessoais, produtividade no trabalho, ou sofrimento individual, ou seja, a pessoa está sofrendo mais do que que precisaria naquela situação. Não é que não pode ter tristeza e emoção, mas isso não pode prejudicar a pessoa a ponto de afetá-la fisicamente", destacou.

Para Teng, a melhor forma de falar sobre a depressão é deixar claro que ela é uma doença que apresenta alterações biológicas e fisiológicas, envolvendo fatores genéticos e estruturais, o que significa que a pessoa nasce com a tendência de desenvolver o quadro depressivo. O tratamento inclui, principalmente, melhorar o estilo de vida. "Quem tem depressão precisa se equilibrar e cuidar da saúde, para não ter de novo a doença", disse o médico.

 

Agência Brasil

Um grupo internacional de pesquisadores liderado pela Universidade de Munique, na Alemanha, descobriu que uma proteína relacionada à inflamação do cérebro ajuda a atrasar a progressão do Alzheimer, o que abre um novo caminho para desenvolver tratamentos que melhorem a vida dos pacientes.

Marc Suárez-Calvet, um dos autores do estudo e pesquisador do Barcelonabeta Brain Research Center da Fundação Pasqual Maragall, explicou à Agência Efe que trata-se da proteína TREM-2, que se manifesta nas células micróglia, as defensoras do cérebro.
Quando ocorre um dano neste órgão - como o causado pelo Alzheimer - é desencadeada uma reação inflamatória, na qual estas células estão envolvidas, para tentar contê-lo.

O estudo, publicado pela revista Science Traslational Medicine, esclarece que a inflamação mediada pela proteína TREM-2 tem um efeito benéfico para o curso da doença, de modo que potencializá-la pode ser uma maneira de desacelerar a progressão.
Suárez-Calvet admitiu que a cura do Alzheimer "ainda está longe", mas que "é factível modificar o curso da sua evolução", por isso o próximo passo será criar fármacos "que exerçam a função da proteína TREM-2".

E, embora isso possa levar alguns anos, esta descoberta permite "definir uma meta terapêutica muito valiosa", assim como corroborar que estes remédios deverão ser usados nas fases mais iniciais da doença, informou o pesquisador.

A descoberta põe fim a uma "controvérsia" que permeava a comunidade científica sobre os benefícios ou prejuízos "do papel da inflamação e as respostas imunológicas" e demonstra que os pacientes com níveis mais altos de TREM-2 apresentam uma melhor previsão.
Para chegarem a essa conclusão, os cientistas calcularam as proteínas de pessoas em fases muito iniciais da doença, as quais foram acompanhadas durante 11 anos e meio. Aquelas com maiores níveis de tal proteína "pioravam cognitivamente de forma mais lenta".

"Isto pode servir para mais pesquisas e tentar prever a evolução dos pacientes em estágios iniciais", destacou Suárez-Calvet, que acrescentou que já é possível prever quais pessoas têm mais probabilidades de desenvolver a doença.

Esse fato é notado com a análise do líquido cefalorraquidiano para detectar a proteína amiloide, que é depositada no cérebro das pessoas com Alzheimer e cujos primeiros sintomas podem demorar até 30 anos para se manifestarem.
Além disso, de acordo com o pesquisador, "as doenças neurodegenerativas são o grande desafio da medicina e um tema de estudo pendente", pois nos últimos anos não houve tantos avanços como em relação ao câncer ou ao HIV.

"O cérebro é extremamente complexo e as doenças neurodegenerativas não começam de forma repentina, mas têm um curso muito longo e lento, por isso são muito difíceis de estudar", detalhou.

Atualmente, o Alzheimer é a causa de demência mais habitual e afeta 46 milhões de pessoas no mundo todo, um número que pode se triplicar até 2050 caso não seja encontrada uma cura.

Segundo dados da Fundação Pasqual Maragall, um a cada dez idosos de 65 anos sofre Alzheimer e o seu impacto tem aumentado com o crescimento da expectativa de vida da população.

 

EFE

A ligação entre diabetes e câncer vem sendo investigada há anos: afinal, por que pacientes diabéticos têm o risco aumentado para desenvolver alguns tipos de câncer? Há fatores compartilhados pelas duas enfermidades, como envelhecimento, obesidade e sedentarismo, mas pessoas com diabetes tipo 2, a forma mais comum da doença, têm 2.5 chances a mais de desenvolver câncer de pâncreas e fígado. O perigo também é maior para câncer de ovário, bexiga e rim, entre outros.

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Agora, um importante passo foi dado na solução dessa questão. De acordo com John Termini, Ph.D e professor do Departamento de Medicina Molecular do centro City of Hope, níveis anormais de açúcar no sangue estão associados a danos ao DNA, o que explicaria uma maior ocorrência de câncer em pessoas diabéticas. O City of Hope é uma instituição considerada referência mundial tanto no estudo e tratamento do diabetes quanto do câncer.


“Conforme a incidência de diabetes continuar a crescer, o mesmo ocorrerá com os casos de câncer. A ironia do destino é que alguns tratamentos contra o câncer aumentam o risco de diabetes, que, por sua vez, aumentam o risco de câncer”, lamentou Termini. Até a imunoterapia, um dos campos mais promissores da área oncológica, pode acarretar o surgimento de diabetes do tipo 1.


O professor e seus colegas utilizaram camundongos para mostrar que taxas elevadas de glicose provocavam danos ao DNA das células, além de interferir em seu reparo. Eles buscaram um tipo específico de dano, conhecido como aduto – a palavra vem do latim, adductus, que significa atraído – que produz uma modificação química na base do DNA, capaz de levar a mutações. Encontraram o CEdG. “A exposição a altos níveis de glicose não só gerava adutos no DNA como impedia que o organismo conseguisse fazer sua reparação, uma combinação que pode causar instabilidade genômica e câncer”, afirmou o doutor Termini.

Os pesquisadores completaram um estudo clínico que mediu os níveis de CEdG em indivíduos com diabetes tipo 2, e estes tinham taxas bem superiores às das pessoas sem a doença. O mapeamento para determinar os motivos pelos quais não se dá o reparo do DNA alterado pelos adutos apontou para duas proteínas cuja atividade é comprometida pelo diabetes: HIF1α e mTORC1. A boa notícia é que já há drogas que estimulam essas proteínas e logo começarão os testes em animais. O trabalho foi apresentado no encontro anual da American Chemical Society, realizado durante esta semana em San Diego (EUA).

 

globo.com

Foto: https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Blood_sugar_level#/media/File:Testing_Blood_Sugar_Levels.jpg

O Brasil vive um surto de sarampo que se intensificou a partir de junho deste ano. O Ministério da Saúde determinou ações de combate à doença, sendo que a vacinação é a principal recomendação. O grupo formado por pessoas a partir de 50 anos não está entre os alvos da campanha ou do calendário regular, mas não há restrição específica para essa faixa etária (veja abaixo).

 

Quais são os 'grupos prioritários'?
O governo federal orientou que todos os bebês entre seis meses e menos de um ano devem tomar uma "dose extra" da vacina. Em São Paulo, que concentra 99% dos casos, a atual campanha contra o sarampo também busca imunizar jovens de 15 a 29 anos. Além disso, a recomendação é para que todos sigam o Calendário Nacional de Vacinação. Em todo o país, a vacinação contra sarampo na rede pública só ocorre até os 49 anos.

Por que quem tem mais de 50 não é prioridade?
Segundo o Ministério da Saúde, essa faixa etária já tomou uma dose de vacina ou já entrou em contato com o vírus ao longo da vida.

"Quem hoje tem 50, 60 anos, viveu nos anos 70 quando o sarampo era muito prevalente e é improvável que uma pessoa com esta idade não tenha tido contato com o sarampo" - Suzi Berbert, infectologista.


A infectologista lembra ainda que há especialistas que defendem que todas pessoas tenham as doses. "Mas se prioriza quem tem até 30 anos porque esses receberam uma só dose e não tiveram contato com a doença. Não faz mal tomar a vacina se tiver um bloqueio, por exemplo, não existe contraindicação pela idade, somente para quem toma medicamentos imunossupressores ou está gestante", explica Suzi Berbet.

Há impedimento para que esse público tome a vacina?
O Ministério da Saúde ressaltou que não há impedimento, por exemplo, para que quem tem mais de 50 anos tome a vacina na rede privada ou seja incluído em alguma ação de bloqueio pontual.

As ações de bloqueio ocorrem, por exemplo, quando um caso é detectado em uma empresa e todos são vacinados. Nessa situação, a vacinação é liberada para todos caso a vacina contra o sarampo não conste na carteira de vacinação. Se a pessoa com mais de 50 anos já tiver tomado uma dose, não é incluída no bloqueio.

A Sociedade Brasileira de Imunização reforça essa recomendação do ministério e lembra ainda que profissionais da saúde, ainda que estejam acima desta faixa etária, devem tomar a vacina.

"Limite para vacina não existe. Quem não sabe se teve ou tomou a vacina, se quiser mais tranquilidade, pode tomar uma dose. Acima dos 50 anos, uma dose basta", explica a Dr. Ana Escobar, colunista do G1.

O surto recente tem afetado esse público acima dos 50?
Na faixa etária acima de 50 anos, no período dos últimos 90 dias, o número de casos foi de 64, para uma população estimada em 50,8 milhões. O coeficiente de incidência (por 100.000 habitantes): é 1. Na faixa etária abaixo de um ano, o coeficiente de incidência é 46, com 296 casos, e entre os jovens com 20 a 29 anos, o coeficiente é 34,8, com 753 casos.

 

G1