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dialiseÉ verdade que a diálise troca todo o sangue do corpo? Qual o objetivo? O nefrologista Marcos Alexandre Vieira, presidente da Fundação Pró-Rim, explica que a diálise "limpa o sangue". Uma máquina recebe o sangue por meio de um acesso vascular. Esse sangue é impulsionado por uma bomba até um filtro, onde será exposto a uma solução que, por meio de uma membrana semipermeável, retira as toxinas. Em seguida, o sangue retorna limpo ao paciente. Essa limpeza serve para retirar as substâncias tóxicas, água e sais minerais que seriam absorvidos naturalmente pelo rim.

 
A diálise funciona como substituto do rim? O que é a diálise e qual sua função? O tratamento de hemodiálise funciona como um rim artificial, que filtra as substâncias indesejáveis do sangue por meio de uma máquina, explica Vieira. São necessárias três sessões por semana, com 4 horas de duração. Outro tratamento é a diálise peritoneal, que tem a mesma finalidade da hemodiálise, mas é feita por meio da infusão de líquido (glicose) e drenagem desse material, que filtra o sangue. Diferentemente da hemodiálise, realizada em clínica especializada, a diálise peritoneal pode ser feita em casa sob a responsabilidade do paciente, familiar ou cuidador.

 
Quem faz diálise não pode viajar? Como isso é manejado? Pode, segundo o nefrologista. O paciente que faz hemodiálise pode viajar com autorização do seu médico. Se for se ausentar por um longo período, ele deve verificar a existência de uma clínica de hemodiálise na cidade ou região onde vai passar os dias e solicitar à assistência social da sua clínica a disponibilidade de atendimento no local desejado. "Muitos pacientes viajam até para outros países, basta planejamento e vagas disponíveis na clínica. Esse tratamento se chama Diálise em Trânsito", explica.

 
Quem começa a fazer diálise fará “para sempre”? Qual o critério para parar? Na maioria dos casos, sim, afirma o médico. As pessoas que precisam fazer hemodiálise são aquelas diagnosticadas com insuficiência renal. O tratamento é indicado quando os rins apresentam menos de 10% de sua atividade. Segundo Vieira, uma saída para deixar de realizar a hemodiálise, ou a diálise peritoneal, é o transplante de rim. Mas, mesmo assim, será preciso manter um rígido controle da saúde, com medicamentos e hábitos saudáveis por toda a vida.

 
A diálise evoluiu nos últimos anos? O que mudou em relação à qualidade de vida do paciente? O nefrologista explica que pesquisas em relação aos medicamentos de comorbidades que acompanham o paciente renal crônico, como hipertensão e diabetes, têm resultado em melhor qualidade de vida. Ele ressalta ainda que as máquinas e o atendimento multidisciplinar evoluíram nos últimos 30 anos diminuindo sintomas durante a hemodiálise e aumentando o bem-estar.


A diálise evoluiu nos últimos anos? O que mudou em relação à qualidade de vida do paciente? O nefrologista explica que pesquisas em relação aos medicamentos de comorbidades que acompanham o paciente renal crônico, como hipertensão e diabetes, têm resultado em melhor qualidade de vida. Ele ressalta ainda que as máquinas e o atendimento multidisciplinar evoluíram nos últimos 30 anos diminuindo sintomas durante a hemodiálise e aumentando o bem-estar.


Como cuidar da saúde renal para prevenir a diálise? Para evitar a diálise, é preciso prevenir a doença renal crônica, destaca o nefrologista. Para isso, é necessário adotar hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada com pouco sal e açúcar, fazer atividade física, controlar a hipertensão e o diabetes, consultar o médico periodicamente, evitar o consumo de álcool e outras drogas, além da automedicação. Pessoas com doença renal na família também realizar consultas preventivas, afirma.

 

R7

Foto: Wikipedia

Há o risco de quebrar o pescoço ao estalar essa parte do corpo? Sim, segundo o ortopedista Márcio Schiefer, professor-adjunto de ortopedia da Faculdade de Medicina da UFRJ. "Eu, inclusive, já tive um paciente que tinha um tique nervoso de estalar sempre o pescoço. Ele estalou tantas vezes que teve fraturas de várias vértebras. Não foram graves, foram fraturas do processo espinhoso das vértebras. Ele precisou ser medicado por um psiquiatra e se tratar com medicamentos para parar de estalar o pescoço para que as fraturas pudessem se consolidar", afirma.

 
Mania de estalar o pescoço pode causar AVC? Sim. O ortopedista explica que não é corriqueiro, mas é possível. Isso pode ocorrer porque quando se tenta estalar o pescoço, ele não estala necessariamente, mas sofre um movimento brusco em suas estruturas. Entre essas estruturas estão não apenas os nervos, mas também as artérias, que vão para o crânio “ligar o cérebro”. Se essas artérias sofrem uma angulação abrupta, elas podem causar dano na camada interna e esse dano pode levar a um AVC, segundo Schiefer.


Existe algum tipo de estalo que requer mais atenção? De acordo com o professor da UFRJ, é preciso ficar atento aos estalidos acompanhados de dor. Ele explica que os estalidos podem acontecer por deslizamentos de superfícies ósseas ou cartilaginosas irregulares. Ou seja: um paciente que tem um desgaste da cartilagem, chamado de artrose, pode sofrer esse atrito, o que provoca estalido e dor. "É muito comum no joelho", diz.


Há malefícios em estalar o corpo com frequência? Estalar os dedos com frequência, por exemplo, pode ser um tique nervoso, alerta o médico. "Pode ser a manifestação de um problema psicológico, uma compulsão. O ideal é que se investigue isso com um psiquiatra", afirma. Segundo ele, caso a pessoa não tenha uma compulsão, o fato de uma articulação produzir barulho não faz mal, a não ser quando a articulação é dobrada ao máximo. "Estalar os dedos, por exemplo, requer que dobre a articulação ao máximo e isso pode sim fazer mal. Nas articulações da coluna, esse estalido preocupa mais porque alguns pacientes podem ter o estalo acompanhado de uma contratura muscular, já que a musculatura pode contrair muito forte. Isso merece cautela", diz.


Estalar de forma incorreta pode trazer problemas? Sim, estalar de forma incorreta pode fazer mal, de acordo com Schiefer. "Não sei se existe uma forma correta de estalar, porque não é recomendável que se faça, mas o fato é que o estalo não pode ser seguido de dor. Se isso acontece, algo está errado", explica
Estalar de forma incorreta pode trazer problemas? Sim, estalar de forma incorreta pode fazer mal, de acordo com Schiefer. "Não sei se existe uma forma correta de estalar, porque não é recomendável que se faça, mas o fato é que o estalo não pode ser seguido de dor. Se isso acontece, algo está errado", explica.

 
Qual a dica para quem tem o costume de estalar e quer parar? A dica é procurar ajuda médica, segundo Schiefer. Ele orienta a consulta com um psiquiatra, médico que trata comportamentos compulsivos.

 
Por que alguns fisioterapeutas utilizam esse recurso em tratamentos? O professor da UFRJ afirma que é porque o estalido articular causa conforto nos pacientes. "A maior parte dos pacientes se sentem relaxados, aliviados, mas, particularmente, acho que existem outros métodos de obter esse relaxamento sem esse tipo de recurso. Estalar as articulações não é um método que eu recomendo", diz.


Por que estalar o corpo faz barulho? Estalar uma articulação provoca barulho por diversos motivos, de acordo com Schiefer, sendo o mais comum o ruído produzido pelo líquido sinovial. Ele explica que as articulações têm uma fina camada de líquido sinovial em quantidade suficiente para lubrificar as articulações. Mas, quando se dobra o dedo, por exemplo, ou outra articulação com força, esse líquido que estava espalhado acaba sendo represado. Esse deslocamento rápido do líquido é o que provoca o "cleck", o estalido.


Quais são os outros motivos? O deslocamento de ligamentos e tensões, segundo o ortopedista. Os ligamentos ficam esticados. Quando há um movimento brusco, esses ligamentos podem deslizar sobre um osso ou uma articulação, provocando o som. Algo similar ocorre sobre os tendões, explica o médico. "Isso não é tão comum mas pode acontecer", ressalta.

 

r7

O período da menopausa é extremamente desconfortável para a maioria das mulheres, especialmente por causa dos sintomas, que incluem ondas de calor, distúrbios do sono e secura vaginal. Por isso, nesta fase da vida, a mulher necessita de apoio emocional, especialmente das pessoas mais próximas, como familiares e amigos. Aliás, a falta de suporte pode até mesmo agravar os sintomas da menopausa, segundo estudo publicado esta semana no Journal of Epidemiology & Community Health.

Entre os principais riscos aos quais as mulheres estão sujeitas na menopausa é o enfraquecimento ósseo, ocasionado pela queda nos níveis de estrogênio (hormônio feminino). Segundo os pesquisadores, esse risco pode ser ainda maior quando a mulher mantém relacionamentos ruins, seja de amizade, familiar ou conjugal. Isso acontece porque essas relações causam stress que, por sua vez, altera os níveis hormonais, incluindo hormônios tireoidianos, do crescimento e glicocorticoides. Todos esses hormônios interferem no funcionamento e manutenção do esqueleto.

A equipe explica que essas alterações na densidade mineral óssea (DMO) colocam as mulheres em maior risco de sofrer fraturas ou desenvolver osteoporose. A pesquisa indica que as partes do esqueleto mais afetadas pelo stress são quadril, coluna lombar e fêmur. Com base nos resultados, os cientistas recomendam que profissionais de saúde e familiares busquem criar medidas de intervenção para reduzir os níveis de stress da mulher e, assim, evitar problemas ósseos.

Após excluir fatores de risco, como idade, peso, tabagismo, consumo de álcool, terapia hormonal e histórico de fratura, os cientistas concluíram que níveis elevados de stress ligado à relações sociais está associado a menor densidade mineral óssea do quadril, coluna lombar e fêmur.

Apesar dos resultados, a equipe salientou que não foi possível estabelecer a causa direta entre a degradação óssea e relacionamentos ruins. Além disso, o estudo foi baseado em auto relato e, portanto, as informações podem ter sofrido variações.

Relacionamento

Um dos principais sintomas da menopausa é o declínio das atividades sexuais. Um novo estudo tentou desvendar o por quê. Os resultados mostraram que, além dos fatores biológicos, como queda nos níveis hormonais, e físicos, como secura vaginal (que pode causar dor durante o sexo), outras questões podem interferir na vida sexual. Entre os fatores estão questões psicológicas e qualidade do relacionamento com o parceiro.

“Desafios de saúde sexual são comuns em mulheres à medida que envelhecem e os fatores que envolvem parceiros desempenham um papel proeminente na atividade sexual e satisfação das mulheres, incluindo a falta de parceiro, disfunção sexual do parceiro, saúde física do parceiro e problemas no relacionamento”, disse Stephanie Faubion, da Sociedade Norte-Americana de Menopausa, em comunicado.

Segundo ela, os problemas de origem física e biológica podem ser tratados com medicamentos e terapias que ajudam na manutenção de uma vida sexual ativa. Caso o principal seja na relação amorosa, a recomendação é conversar com o parceiro para tentar resolver as questões que dificultam o sexo ou procurar auxílio de um terapeuta especializado.

 

Veja

jejumFazer jejum não é para qualquer pessoa, pois exige muita força de vontade e bom controle da saúde para evitar hipoglicemia, por exemplo. Mas para aqueles que aguentam passar muitas horas sem comer, o método é uma excelente forma de emagrecer, indica estudo publicado na revista Cell Metabolism. A pesquisa mostrou que ficar 36 horas sem comer algumas vezes por semana ajuda na perda de peso, mas é necessário intercalar o próximo jejum com períodos de doze horas para comer adequadamente (inclusive alguns alimentos mais calóricos).

Os resultados mostraram que a prática, batizada de jejum de dias alternados (ADF, na sigla em inglês), promove restrição calórica de 35% e ajuda na perda de, pelo menos, 3,5 quilos em quatro semanas. De acordo com os pesquisadores, a eficiência da dieta pode estar associada ao fato de o organismo humano estar acostumado a longos períodos de jejum seguidos de excessos alimentares, pois nossos ancestrais não tinham uma rotina alimentar determinada e comiam quando era possível.

“A elegância da dieta está no fato de que ela não exige que os participantes contem suas refeições e calorias: eles simplesmente não comem nada por um dia”, comentou Thomas Pieber, principal autor do estudo, à revista Time.

Apesar disso, os pesquisadores ressaltaram que ninguém deve iniciar a dieta sem consultar um especialista, já que nem todas as pessoas estão em condições de se submeter a uma restrição calórica tão extrema. A equipe ainda salientou que mais estudos são necessários para entender os mecanismos que tornam o jejum de dias alternados tão eficiente.


O estudo
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores da Universidade de Graz, na Áustria, acompanharam sessenta pessoas durante um mês. Os participantes foram divididos em dois grupos: um realizou o jejum de dias alternados, enquanto o outro não fez nenhuma dieta. Os indivíduos do primeiro grupo ainda mantiveram um diário para seguir a alimentação e foram monitoradas as taxas de glicose para verificar se eles estavam seguindo a rotina alimentar adequadamente.

Os resultados mostraram que a restrição calórica de 36 horas é eficiente na luta contra a balança. “Acreditamos que é um bom regime a ser feito por alguns meses para pessoas obesas como forma de reduzir o peso. Também poderia ser uma intervenção clínica útil em doenças causadas por inflamação”, explicou Frank Madeo, coautor da pesquisa, à Time.

Os pesquisadores ainda refizeram o estudo com trinta participantes com acompanhamento de seis meses. Ao final do estudo, descobriu-se que o jejum não interferiu na função imunológica e promoveu redução na gordura da barriga — que está associado ao aumento do risco de câncer.

No entanto, os participantes mostraram níveis menores de triiodotironina —hormônio ligado a maior expectativa de vida. Segundo especialistas, a falta desse hormônio no organismo pode causar deficiência visual e dor de barriga. ” É importante consultar um médico antes de fazer qualquer regime alimentar severo”, alertou Madeo. A equipe ainda salientou a necessidade de realizar maiores pesquisas para entender os efeitos a longo prazo do jejum de dias alternados.

 

Veja

Foto: Thinkstock/VEJA/VEJA