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Utilizado para evitar a gravidez, o DIU, sigla para dispositivo intra-uterino, pode causar complicações e até levar à sepse, conforme explica o ginecologista e obstetra Alexandre Pupo, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

O DIU é um dispositivo derivado de material plástico, com cerca de 3 mm em forma de T, colocado por um ginecologista na cavidade uterina da mulher para evitar a gravidez.

"A presença do DIU dentro do útero pode agir como facilitador de infecção, que é capaz de subir do útero para as trompas e ovários, chamada de doença inflamatória pélvica, além de evoluir para peritonite, infecção abdominal. Daí pode cair na corrente sanguínea e virar uma sepse", explica.

"Outra questão é que os mecanismos de defesa do corpo caminham pelo sistema sanguíneo. Se uma bactéria conseguir colonizar o DIU, ele ficará protegido do sistema imune porque a cavidade uterina, na verdade, é uma abertura externa do corpo e não interna. Tem uma ligação com o colo do útero e com a vagina, que tem comunicação externa", completa.

Os cuidados durante a aplicação do dispositivo são fundamentais para prevenir infecções. O médico explica que o aplicador utilizado para posicionar o DIU na cavidade uterina pode levar bactérias da vagina, caso haja uma infecção no local, ao atravessar o canal do colo do útero. "Fungos, como os que causam a candidíase, não sobrevivem no útero, apenas as bactérias", ressalta.

Diferenças entre DIU com ou sem hormônio

Atualmente existe DIU com ou sem hormônio. Os dispositivos sem hormônio são de cobre (contêm cobre, na verdade) ou liga de prata. Segundo Pupo, o DIU sem hormônio age como uma barreira física para prevenir a gravidez. Portanto, a mulher continua produzindo óvulos e menstruando todo mês.

"No caso do DIU de liga de prata, o material tem uma ação que mata os espermatozóides e diminui o risco de infecções, em relação ao de cobre. O problema dos DIUs sem hormônio é que, por estarem dentro da cavidade uterina, podem aumentar o volume de sangue e o número de dias da menstruação. Em algumas mulheres, podem causar cólica", afirma.

Já o DIU com hormônio utiliza um derivado da progesterona chamado levonorgestrel que causa atrofia do endométrio, camada interna do útero, reduizindo o fluxo menstrual em 80% das mulheres, segundo o ginecologista. "Em um prazo de seis meses, pode interromper o fluxo, pois essa camada fica tão fina que, na época da menstruação, não descama", explica.

Ele destaca que esse tipo de DIU ainda provoca o espessamento do muco do colo do útero, bloqueando a passagem de bactérias e, assim diminuindo o risco de infecções.

Dispositivo após o parto

Embora seja permitida a colocação de DIU logo após o parto pela Febrasgo (Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia), o médico não recomenda. Para ele, o ideal é esperar pelo menos três meses.

"Após o parto natural, o colo do útero fica aberto por 40 dias. Se a mulher entrou em trabalho de parto antes da cesárea, também. Além disso, há o sangramento, chamado de lóquio, que facilita que as bactérias adentrem o útero", diz.

"Há quadros graves de infecção em mulheres porque colocaram o DIU após o parto", completa.

Sintomas de infecção

O primeiro sintoma de uma infecção causada por bactérias que colonizaram o DIU é cólica constante fora do ciclo menstrual. De acordo com o ginecologista, essa cólica se intensifica durente o ciclo e piora após a menstruação.

"Junto a esse sintoma há presença de corrimento de cor acinzentada e pode haver febre. O quadro pode evoluir para dor abdominal e no baixo ventre que vai se localizando do lado direito ou do esquerdo, de acordo com a trompa infectada, além de piorar com a relação sexual", afirma. O tratamento é feito à base de antibiotico.

Para prevenir complicações com o uso do DIU, Pupo orienta visitar o ginecologista a cada 6 meses, ter atenção com a higiene pessoal, manter relações sexuais com preservativo e, ao sinal de qualquer dor, consultar um médico.

 

R7

Como saber exatamente se entrei ou não na menopausa? A ausência da menstruação por um ano, entre 48 e 50 anos, indica que você entrou na menopausa, o final da vida reprodutiva, segundo o ginecologista Cesar Fernandes, presidente da Febrasgo (Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia). Ele ressalta que essa ausência costuma vir acompanhada de outros sintomas, sendo o principal as ondas de calor, chamadas de fogacho. Caso ainda reste dúvida se entrou ou não na menopausa, a orientação é passar por uma consulta ginecológica.


Menopausa causa secura nos olhos? Pode causar, de acordo com o ginecologista. A menopausa é marcada pela interrupção da produção do estrógeno pelos ovários. A falta desse hormônio repercute em todo o corpo, inclusive da produção lacrimal, causando secura nas mucosas

O início da menopausa tem a ver com o início da menstruação? Por exemplo, quem começou a menstruar cedo irá entrar na menopausa cedo? Não há qualquer correlação, explica Fernandes. O que determina quando ocorrerá a menopausa é a quantidade de óvulos que uma mulher produz durante a vida, o que é definido geneticamente. Vale lembrar que a mulher já nasce com o número de óvulos que será disponibilizado ao longo de sua vida reprodutiva .


Com a menopausa pode vir também a depressão? Sim, segundo o presidente da Febrasgo, principalmente nos primeiros anos da menopausa. Ele explica que a falta do estrógeno repercute em todo organismo, inclusive no cérebro, na produção de neuro-hormônios como a adrenalina e a serotonina, mediadores químicos relacionados com a depressão. Mas ele ressalta que o surgimento da depressão nessa fase depende de predisposição genética. "Só a falta do estrógeno em si não determina isso", diz.


Na menopausa, a mulher pára de produzir estrógeno ou esse hormônio ganha outra função? Fernandes afirma que o organismo pára de produzir o hormônio. "Quem produz o estrógeno são os ovários. Existe uma produção extra-ovariana, mas é ínfima e insuficiente para manter a quantidade do hormônio necessária para manter suas funções", explica.


Na menopausa, a mulher pára de produzir estrógeno ou esse hormônio ganha outra função? Fernandes afirma que o organismo pára de produzir o hormônio. "Quem produz o estrógeno são os ovários. Existe uma produção extra-ovariana, mas é ínfima e insuficiente para manter a quantidade do hormônio necessária para manter suas funções", explica.


Há um aumento da chance de câncer de mama depois da menopausa, mesmo sem reposição de hormônio? O risco de câncer de mama aumenta com a idade, de acordo com Fernandes. "O risco é etário, independentemente da complementação hormonal", afirma.


Como lidar com a secura vaginal da menopausa? O que é possível fazer para não ter dor na relação sexual e nos exames ginecológicos? O médico explica que, primeiramente, é preciso que a mulher passe por uma consulta ginecológica para avaliação da mucosa vaginal, que irá confirmar se a dor está realmente relacionada à falta de hidratação ou se trata-se de um outro problema. O tratamento, segundo ele, pode ser por medicação oral ou local, sendo a local mais eficiente, que consiste no uso de um hidratante à base de estrógeno entre 3 e 6 meses.


A menopausa diminui o desejo sexual? Segundo o presidente da Febrasgo, sim. Ele afirma que a falta de estrógeno compromete o desejo, além de causar dificuldade para ter relações sexuais, devido ao ressecamento vaginal, que provoca dor. A reposição hormonal, de acordo com o médico, ajuda a minimizar os sintomas da menopausa, mas ele ressalta que "não vão resolver o problema se o relacionamento afetivo não tiver qualidade".

 
O que ninguém conta sobre a menopausa? Na opinião de Cesar Fernandes, as mulheres têm uma impressão equivocada da menopausa. "As mulheres não gostam nem de receber o diagnóstico. Vêem como uma sentença, o fim da vida. Mas não é. A menopausa ocorre em torno dos 50 anos e a expectativa de vida das mulheres excede os 80. É possível viver após a menopausa com qualidade de vida, de uma forma gratificante, se ela se tratar", afirma.

 

R7

tosseExistem mais de uma dezena de causas para a tosse. As mais comuns estão relacionadas a gripes ou alergias e, felizmente, não são motivo de preocupação. No entanto, tossir com frequência por mais de oito semanas exige atenção médica.

No Brasil, a recomendação do Ministério da Saúde é que a partir da terceira semana seja investigada a possibilidade de tuberculose. Ainda assim, se a doença for descartada e a tosse continuar, é preciso verificar com mais profundidade.

Os motivos podem ser desde uma rinite crônica ou um refluxo crônico até câncer de pulmão ou mesmo problemas cardíacos.

O médico pneumologista Francisco Mazon explica que que as tosses se dividem em três grupos: agudas (até três semanas de duração); subagudas (de três a oito semanas); e crônicas (acima de oito semanas).

"A principal causa de tosse aguda são quadros infecciosos, como um resfriado, sinusite, pneumonia. Nas tosses subagudas, tem o que a gente chama de tosse de via aérea superior, que é o muco que sai do nariz e goteja na garganta. Esse tipo está muito relacionado a alergias, rinites, ar seco, poluição e variação da temperatura."

O refluxo gástrico também é outra causa comum e menos preocupante de tosse. Se for crônico, assim como a rinite, pode ser que se manifeste por um período mais longo.

"Tem quadros que a pessoa têm muitos sintomas: queimação, azia, arrotos, mas em outros, o único sintoma do refluxo é só a tosse", observa o pneumologista.

Tosse persistente
A tosse requer atenção especial quando passa de oito semanas. É nessa fase que são identificados problemas mais graves, como câncer de pulmão, enfisema, congestão do pulmão, acúmulo de líquido na pleura e até mesmo doenças cardíacas.

Embora tenha outros sintomas, a tosse crônica é um dos sinais de insuficiência cardíaca.

"Coração e pulmão trabalham juntos. A insuficiência cardíaca pode provocar a congestão do pulmão, que é como se ele se transformasse em uma esponja molhada. O coração não consegue bombear o sangue para a frente e causa acúmulo de líquidos", explica Mazon, ressaltando que outro sintoma comum nesses casos é o inchaço das pernas.

Algumas doenças que inflamam o interstício, uma espécie de "recheio" do pulmão, podem provocar tosse. Esses processos resultam na chamada fibrose, uma cicatrização que torna o órgão mais rígido e diminui sua capacidade.

O médico alerta que esse tipo de problema pode ser causado por inalar poeira de origem orgânica, presente em plumas de travesseiros ou roupas de cama feitas de penas, mofo e grãos armazenados em silos.

"Se o paciente estiver na fase de tosse aguda, a gente afasta dessa exposição, trata com anti-inflamatório e consegue reverter a situação. Mas se já tiver formada a fibrose, é irreversível", acrescenta.

O pneumologista recomenda evitar roupas de cama com materiais de origem animal e para ficar atento à presença de mofo na casa.

"Toda substância orgânica, especialmente pena e mofo, pode desencadear reação alérgica pulmonar, que é uma coisa progressiva. Nem todo mundo tem o mesmo risco, tem que ter uma predisposição genética. Mas ainda que não tenha, existe o risco, apesar de ser menor."

A fibrose também pode ser provocada por inalar substâncias químicas tóxicas ou pelo uso de drogas, como a cocaína. Além disso, pessoas idosas podem apresentar o que os médicos classificam de fibrose pulmonar idiopática, em que não há causa única e determinada.

Até algum tempo atrás não havia medicamento para essa doença, cujo tempo médio de vida do paciente é de 18 meses, muito semelhante a um câncer de pulmão avançado. O remédio não é a cura, mas consegue aumentar um pouco a expectativa e a qualidade de vida do paciente, embora ainda permaneça curta.

Câncer e outras doenças
O câncer de pulmão é o que mais mata no Brasil e pode ser silencioso. "Mas um dos principais sintomas é a tosse prolongada", ressalta Mazon. Por isso a importância de procurar um especialista logo no início.

Outras causas de tosse incluem asma; DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), comum em fumantes; coqueluche, conhecida antigamente como tosse comprida; alergia a alguns tipos de medicamentos, por exemplo, para hipertensão.

Alguns indivíduos também podem apresentar tosse psicogênica — de origem emocional.

 

R7

Foto: Freepik

genética é um dos principais fatores que influenciam no sobrepeso e na dificuldade de emagrecer. Porém, um estudo realizado pela Universidade de Taiwan revelou os seis exercícios mais eficazes para controlar o ganho de peso, principalmente para quem tem tendência à obesidade.


A pesquisa contou com a participação de 18 mil pessoas da base de dados chinesa de pesquisa biomédica, com idade entre 30 e 70 anos. Durante o estudo, especialistas analisaram fatores como índice de massa corporal (IMC), percentual de gordura corporal, circunferência de cintura, circunferência de quadril e relação cintura-quadril.


Exercícios para emagrecer

De acordo com os autores do estudo, as modalidades mais indicadas para controlar o sobrepeso e a obesidade são, nesta ordem:

Jogging, ou o trote
Ciclismo de montanha
Caminhada
Marcha atlética
Dança
Yoga
O estudo aponta que esses esportes ajudam a reduzir o IMC, mesmo em pessoas cuja genética as deixem mais propensas a terem peso excessivo. Mas, os especialistas recomendam que sejam praticados regularmente, sendo pelo menos três vezes por semana e por no mínimo 30 minutos.

Além disso, a pesquisa apontou que atividades como ciclismo, alongamento e natação não conseguem evitar os efeitos da genética sobre a obesidade. Isso porque, de acordo com o principal pesquisador do estudo, Wan-Yu Lin, os alongamentos consomem menos energia que as demais atividades e a natação estimula o apetite.

 

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