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ecstasNova pesquisa da Universidade Imperial College London, na Inglaterra, mostrou que o MDMA (metilenodioximetanfetamina), conhecido popularmente como Ecstasy, pode ser utilizado de forma mais eficiente no tratamento do alcoolismo do que outros métodos tradicionais.

Além disso, a substância também pode ajudar a prevenir recaídas. O líder do estudo, o psiquiatra Ben Sessa explicou ao The Guardian: "Com o uso do ecstasy, nós temos uma pessoa que recaiu completamente, de volta níveis anteriores de bebida; cinco pessoas completamente livres do vício e quatro ou cinco que tomaram uma ou duas bebidas, mas não alcançaram o diagnóstico de alcoolismo".

É importante lembrar que o MDMA clínico e o ecstasy recreativo são incomparáveis ??em termos de pureza do medicamento, administração e triagem e monitoramento dos participantes selecionados.

 

Vício em álcool

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o alcoolismo é caracterizado pela dependência do indivíduo ao álcool. Ou seja, quando seu uso é feito de forma constante, descontrolada e progressiva.

O especialista Sessa explica que a maioria dos vícios se baseia em traumas subjacentes, que geralmente vem desde a infância. As memórias do passado e o medo delas pode levar ao consumo abusivo da bebida. E o papel do ecstasy ajuda porque prejudica seletivamente a resposta ao medo, o que permite recordar memórias dolorosas sem ser sobrecarregado.

"A psicoterapia com MDMA oferece a oportunidade de lidar com narrativas pessoais rígidas, baseadas em traumas precoces. É a droga perfeita para psicoterapia focada em trauma", afirmou o psiquiatra.

Ecstasy e alcoolismo

Médicos em Bristol, na Inglaterra, estão analisando o uso de pequenas quantidades da droga em conjunto com a psicoterapia, para entender se ela realmente pode ajudar os pacientes de forma mais eficácia que os tratamentos convencionais.

A primeira etapa do novo estudo, publicada no Centro Nacional de Informação Biotecnológica dos Estados Unidos (NCBI) foi projetada para mostrar que a terapia é segura.

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É seguro?

A primeira etapa do novo estudo foi projetada para mostrar que a terapia é segura. Os participantes passaram por testes médicos e psicológicos e passaram por 8 semanas de psicoterapia. Nas semanas três e seis, eles recebem uma dose forte do MDMA

O acompanhamento foi feito em hospital, com a presença de psiquiatra e psicólogo durante 8 horas, com óculos e fones de ouvido. Foram analisados quanto à qualidade do sono, humor e risco potencial de suicídio. Os dados não mostraram evidências de abstinência de medicamentos ou outro sintomas.

Agora, segundo a publicação, a terapia com a droga está entrando no estágio final da Fase 3 do desenvolvimento de medicamentos, no qual mais pesquisas serão realizadas nos EUA e na Europa.

A meta definida para o licenciamento é em 2021. Isso significa que, se os critérios de eficácia clínica forem alcançados, o MDMA se tornará um medicamento.

Mas "ainda há muito trabalho a ser feito para convencer os críticos de que um composto experimentado recreativamente por tantas pessoas também pode, em sua forma clínica, ter benefícios para pacientes que sofrem de transtornos mentais resistentes ao tratamento", finaliza a conclusão do estudo.

Alcoolismo e suas consequências

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Minha vida

Foto: divulgação

A estafa afeta milhares de pessoas ao redor do mundo. Nos últimos dias, muito foi visto sobre a enfermidade que acometeu a cantora Anitta, diagnosticada com a doença e apresentando também sintomas de depressão. A estafa, também conhecida como síndrome de Burnout, nada mais é que o esgotamento profissional e físico. A enfermidade já integra a lista Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial da Saúde (OMS) que entrará em vigor em 2020.

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Os sintomas são comuns, estresse, sensação de cansaço constante, incapacidade do corpo relaxar e falta de motivação. Mas existem muitas formas de tratar a síndrome e uma delas é o Neurofeedback. O psicólogo e especialista na técnica Yuri Wolff explica que o tratamento tem como principal objetivo a auto regulação do sistema fisiológico.“O sono também pode ficar deficiente, o que desregula o ciclo circadiano que controla nosso sistema de "regeneração" do corpo enquanto dormimos, trazendo mais cansaço, pois o corpo não foi capaz de se reorganizar para o dia seguinte. Há também casos que as pessoas desenvolvem irritação ou desânimo, sentimentos depressivos assim como a memória que também fica prejudicada”, diz o especialista.

A técnica Bio/Neurofeedback consiste em promover o reconhecimento de estados disfuncionais como estresse, tensão ou falta de energia para a partir dessa observação conseguir ensinar ao corpo e a mente estratégias e ferramentas que a própria pessoa desenvolve durante o trabalho, modificando esses padrões disfuncionais.

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Mas o que é Neurofeedback?

O Neurofeedback é uma técnica não invasiva, não medicamentosa e sem efeitos colaterais, pois o objetivo consiste no aprendizado feito pelo próprio cérebro. Essa técnica possibilita enxergar o cérebro funcionando em tempo real e a partir dessa visão são identificados padrões cerebrais disfuncionais para aquele indivíduo.

Com a avaliação realizada, o especialista pode “elaborar um protocolo de treinamento com o objetivo de ensinar ao cérebro outros caminhos de funcionamento, aumentando sua capacidade de neuroplasticidade e ativação em situações que causam desconforto e sofrimento a aquele sujeito”, conclui Yuri Wolff.

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A técnica é muito útil para tratamento de depressão, ansiedade, enxaquecas, transtornos obsessivos compulsivos, insônia, memória e TDAH - Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade. Conforme a necessidade de cada caso, será definido um protocolo de treinamento personalizado, bem como o número de sessões a serem realizadas.

Agência Educa Mais Brasil

 

A prática recreativa de esportes, como aquele futebol semanal com os amigos, precisa ser acompanhada de visitas regulares ao médico, mesmo que você tenha menos de 30 anos e nenhum sinal de doença cardíaca. Este é o recado dos cardiologistas para quem estiver preocupado após a notícia da morte do filho do ídolo do futebol brasileiro Cafu.

Danilo Feliciano de Moraes, 30, faleceu na noite de quarta-feira, depois de passar mal enquanto jogava uma partida entre amigos na casa do pai, em Alphaville, condomínio na região metropolitana de São Paulo. As circunstâncias específicas da morte de Danilo não são conhecidas, mas se sabe que ele já teria enfrentado um infarto há alguns anos.

O cardiologista Fernando Costa, diretor da Sociedade Brasileira de Cardiologia, diz que a pré existência de uma doença cardíaca não impede necessariamente a prática desportiva por uma pessoa jovem. Mas o mais importante a ser observado é que a ausência de qualquer sinal de problemas também não serve como desculpa para que não se ter cuidados regulares com o coração.

"Pode ter tido um infarto e jogar? Pode. Pode ter uma arritmia e jogar? Pode", diz Costa, ressaltando que é necessário o ok de um médico, exames específicos e, eventualmente, tratamento.

"Não tem nada, nenhum sintoma, nenhuma anomalia aparente nos exames? Mesmo assim, o ideal é fazer avaliação todos os anos. Se você tem um carro e faz revisão obrigatória, por que não fazer com você mesmo?"

Consulta e eletrocardiograma devem ser anuais

O cardiologista lembra que a sensação de super poderes que os jovens normalmente têm costuma atrapalhar a prevenção de problemas cardíacos.

A detecção de anomalias no funcionamento do coração pode ser feita com a visita ao médico, que vai ascultar coração e pulmão com cuidado, medir a pressão adequadamente e fazer uma avaliação física geral.

Depois, um exame simples de eletrocardiograma mostrará se o coração está mesmo funcionando como deveria.


Se tudo estiver bem nos exames, a pelada de fim de semana está liberada. Mas é preciso repetir os exames anualmente, para evitar qualquer tipo de surpresa.

O cardiologista chama a atenção para o fato de que a porcentagem de pessoas com doenças cardíacas não é alta, mas estas doenças podem ser letais. "Quem tem uma doença escondida, tem a fatalidade ao seu lado", alerta Costa.

Prática irregular de esportes

A prática de esporte sempre força o coração, em qualquer situação. Por isso, se existe uma anomalia qualquer, aquela atividade se torna um risco.

"Só joga no fim de semana? Esta situação ainda é pior. Quem pratica atividade física sem regularidade está mais exposto", diz o médico.

A regularidade da atividade física serve para blindar o coração. Assim como para prevenir um estiramento muscular se faz alongamento antes de entrar em campo, o coração precisa estar "aquecido". Só que não adianta fazer isso minutos antes do jogo.

"A recomendação é sempre a mesma: 40 minutos de caminhada diários são o mínimo a se fazer", ressalta Costa.

Para os mais jovens, que costumam ser mais "abusados", o cardiologista lembra: "É possível que o esporte seja só recreação."

Mas sempre com cuidados.

 

R7

 

Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) descobriu que o vírus Zika, além de se replicar no cérebro de pessoas adultas, também causa prejuízos de memória e problemas motores. O estudo foi publicado hoje (5), em Londres, no Nature Communications.

O estudo foi iniciado na época do surto de Zika no país, nos anos de 2015 e 2016. “[Na época] aumentou o número de casos e, junto com a microcefalia, que foi o que chamou mais a atenção, começaram a aparecer complicações em pacientes adultos”, disse uma das coordenadoras da pesquisa, a neurocientista Claudia Figueiredo.

zikaApesar de a doença ser autolimitada, com sintomas leves, muitos pacientes apresentavam quadro mais grave: alguns entravam em coma ou tinham internações por períodos mais longos. “Então, surgiu a nossa pergunta: os pesquisadores têm mostrado que o vírus se replica em células progenitoras, que são aquelas do feto, do nervo central. Será que esse vírus não infecta também o neurônio maduro? Foi aí que começou a nossa abordagem”, relatou Claudia.

Neurônio maduro

Os pesquisadores da UFRJ usaram tecidos de acesso, ou seja, tecidos sem doença, de pacientes adultos que haviam se submetido a cirurgias do cérebro, mas não tinham Zika. Eles fizeram cultura em laboratório e colocaram o vírus Zika nesse tecido, que tem neurônio maduro. Observaram então que o vírus infectava aquelas células, principalmente os neurônios desse tecido, e se replicava nesse tecido. Ou seja, produzia novas partículas virais.

Nesse meio tempo, surgiram achados clínicos de que em alguns pacientes se detectava o vírus no sistema nervoso central, no líquor, que é o líquido que envolve o cérebro. Os pesquisadores da UFRJ decidiram então ver que tipo de efeito aconteceria se infectassem o cérebro de um animal adulto com esse vírus. “A gente fez a administração do vírus dentro do cérebro do camundongo adulto e observou várias coisas”, disse Cláudia.

Replicação

Constatou-se então que o vírus se replicava no cérebro do animal adulto e tinha preferência por áreas relacionadas com a memória e o controle motor. “E era justamente isso que estava alterado nos pacientes quando eles tinham o vírus em quadros mais complicados. Não só o vírus se replicou, mas ele [camundongo] ficou com prejuízo de memória e prejuízo motor”. Isso pode acontecer com pessoas adultas também, confirmou a coordenadora do estudo. “Quando o vírus infecta, em algumas pessoas, não se sabe por quê, o vírus chega ao sistema nervoso central, em outras não, depende de vários fatores, e pode causar esse tipo de dano”.

A neurocientista destacou que o prejuízo de memória ocorreu não apenas na fase adulta da infecção. Os cientistas perceberam que os sintomas permanecem mesmo após a infecção ter sido controlada nos camundongos. O vírus se replicou e teve um pico de replicação de vários dias. “Só que até 30 dias depois que o vírus já está com quantidade baixa no cérebro, o animal ainda continua com prejuízo de memória. O prejuízo de memória persiste”. A pesquisadora esclareceu que 30 dias na vida de um animal equivalem a dois, três ou quatro anos na vida de um humano. “É muito tempo”.

A pesquisa alerta que talvez seja necessário avaliar a memória dos pacientes infectados após alguns anos. O estudo também concluiu que o vírus induz uma informação importante no cérebro: que esses períodos de memória estão associados a quadros inflamatórios muito intensos. Os pesquisadores usaram um anti-inflamatório e viram que esse tratamento melhora o prejuízo de memória, levando o paciente a recuperar a função prejudicada. Os cientistas acreditam que a descoberta pode contribuir para a elaboração de políticas públicas para tratamento de complicações neurológicas por Zika em pacientes adultos.

Doenças neuropsiquiátricas

A pesquisa agora deverá estudar outras alterações, isto é, se os pacientes que saem de um quadro de infecção de Zika ficam mais suscetíveis a outras doenças neuropsiquiátricas. Para isso, estão submetendo um animal que já se recuperou e melhorou do prejuízo de memória, para ver se ele fica mais suscetível, por exemplo, a eventos de estresse que podem levar a um quadro depressivo. Claudia Figueiredo afirmou que a continuidade dos estudos depende de novos apoios financeiros. A Faperj, por exemplo, já ampliou a Rede Zika por mais um ano.

Os pesquisadores querem avaliar ainda o efeito de outras arboviroses, isto é, os vírus transmitidos por mosquitos, entre os quais a Chikungunya, sobre esse tipo de alteração, principalmente na questão da dor. “Que tipo de dor induz. Se é um quadro similar à artrite, se há um componente neurológico nessa dor, algum componente central”, informou a pesquisadora.

A pesquisa contou com financiamento da Rede de Pesquisa em Zika, Chikungunya e Dengue no Estado do Rio de Janeiro, da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Além de Claudia Figueiredo, também coordenou a pesquisa, Sergio Ferreira, do Instituto de Bioquímica da UFRJ. A virolgista Andrea Da Poian, do Instituto de Bioquímica Médica da UFRJ colaborou.

 

Agência Brasil

Foto: divulgação