Verão, calor e umidade, a receita perfeita para o surgimento de micoses. Nessa época do ano a gente sua mais e isso favorece a proliferação dos fungos. Mas você sabe o que é a micose? Quem explica é a dermatologista e consultora do Bem Estar Márcia Purceli: “micose é uma infecção causada por fungos que atingem a pele, as unhas e o couro cabeludo”.
É normal as pessoas classificarem tudo como micose, mas não é bem assim. Na micose, a pele descama porque o fungo se alimenta de queratina presente em nossa pele, unhas e cabelos. O tratamento é feito por 30 dias com uso de antimicótico.
Suar excessivamente ou trabalhar em um ambiente quente e úmido, andar descalço em lugares úmidos, como ginásios, vestiários e chuveiros, má circulação sanguínea e lesões ou infecções nas unhas contribuem para o desenvolvimento da infecção.
Tem como evitar a micose? Secar-se sempre muito bem após o banho, principalmente nas dobras, como virilhas e dedos dos pés. Evitar andar descalço em locais que sempre estão úmidos, como vestiários, saunas e lava-pés de piscinas. Não ficar com roupa molhada por muito tempo. Não usar calçado fechado por longo período. Evitar roupa quente e justa e aquela feita em tecido sintético. Pano Branco
O pano branco, ou ptiríase versicolor, é um tipo de micose que muita gente acha que tem relação com a praia, mas não tem. Para começar, ele não é contagioso.
Ele é causado por um fungo que temos no couro cabeludo. Como no verão a pele fica mais oleosa, ela fica mais propícia para o fungo. Ele não penetra na pele, mas se alimenta da queratina e por isso inibe a formação da cor. Para tratar, shampoo antimicótico por um mês.
Apesar do nome pano branco, nem sempre as manchas ficarão brancas. Isso depende da cor da pele de cada um.
O consumo de antidepressivos no Brasil cresceu 23% entre 2014 e 2018, de acordo com um estudo da Funcional Health Tech, líder em inteligência de dados e serviços de gestão no setor de saúde. Para Eduardo Tancredi, psiquiatra e sócio da eCare Life, grupo focado em melhorar os cuidados com a saúde mental, ainda é cedo para dizer que houve um aumento no número de pessoas com depressão a partir desses dados. Na eCare, por exemplo, houve um aumento de aproximadamente 220% no número de pacientes nos últimos cinco anos. “Hoje, as pessoas estão mais informadas e isso contribuiu para reduzir o preconceito em relação às doenças mentais e aumenta a procura de tratamento”, diz o psiquiatra.
Ainda segundo o levantamento, feito com base em 327.000 clientes da empresa, mulheres na faixa de 40 anos são as que mais utilizam esse tipo de medicamento. “Estatisticamente, a mulher corre um risco de depressão até três vezes maior do que os homens. A variação do estrogênio está diretamente relacionada à química da serotonina e de outros neurotransmissores”, diz Tancredi. Fatores como stress, crise econômica e o fato de as mulheres serem mais abertas a procurar ajuda – em comparação com os homens – também contribuem para esse dado.
Dados da Funcional Health Tech mostram que os medicamentos psiquiátricos mais vendidos são antidepressivos, analépticos (drogas estimulantes do sistema nervoso central), sedativos e ansiolíticos (usados no controle da ansiedade). De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país mais ansioso e estressado. Cerca de 5,8% dos brasileiros sofrem de depressão e 9,3% de ansiedade.
Nas aulas de biologia, é fácil reconhecê-los: os rins vêm num par, num formato que lembra feijões. Zelam em silêncio pela nossa saúde, filtrando o sangue para eliminar substâncias nocivas ao organismo. Depois de passar por eles, o sangue segue, livre de toxinas, para as veias renais rumo ao coração e a urina leva as impurezas até a bexiga. É a “sujeira” eliminada que provoca o cheiro forte característico do xixi.
No entanto, essa eficiência discreta acaba fazendo com que as pessoas não se preocupem em monitorar a saúde do órgão. “A maioria sabe de cor suas taxas de colesterol e glicose, relacionadas ao risco de doença cardiovascular e diabetes, mas não presta atenção na creatinina, o principal marcador do rim”, alerta o nefrologista Eduardo Rocha, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com doutorado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Ela detecta o nível de ‘sujeira’ no sangue, indicando se ele está ou não está filtrando como deveria”, completa.
Quando funcionam bem, os rins descartam os resíduos e a creatinina é baixa. Na verdade, existe uma espécie de “repescagem” no órgão, como explica o médico: “os glomérulos filtram tudo, mas há muitas substâncias importantes que devem ser reaproveitadas, e aí entram em ação os túbulos, que reabsorvem boa parte delas”. Já nascemos com os cerca de um milhão de glomérulos, as unidades funcionais responsáveis por retirar as impurezas.
Conforme envelhecemos, é natural que ocorra uma perda da sua capacidade, acrescenta: “se temos uma eficiência de 100% na juventude, a partir dos 40 ou 50 anos essa curva vai caindo. No entanto, isso não quer dizer que a pessoa tenha doença renal. A medição da creatinina, através de exame de sangue, aliada a informações como idade, sexo e etnia, é a forma mais simples de prevenção”.
E é com o passar dos anos que o risco dos anti-inflamatórios aumenta, afirma o nefrologista: “são medicamentos baratos, que não precisam de receita e os idosos os usam para controlar a dor. O problema é que diminuem o calibre dos vasos sanguíneos e inibem substâncias endógenas, as prostaglandinas, que protegem os rins. Utilizar um remédio desse tipo por mais de cinco dias aumenta o risco de isquemia renal”. O paciente também pode desenvolver um quadro alérgico, que provoca uma lesão nos túbulos semelhante à que ocorreria na pele, chamada nefrite intersticial.
Não se hidratar é prejudicial, mas o médico lembra que não há necessidade de beber água em excesso, porque isso não ajuda o trabalho do órgão. Em média, um ser humano consome de 1 litro a 1.5 litro por dia, o que equivaleria a algo entre seis e oito copos de água. “A doença é silenciosa, porque, mesmo quando os rins perdem a capacidade de filtrar, não há mudança significativa no volume de urina. Da mesma forma, as pessoas se enganam achando que a urina clara é sinal de que os rins funcionam bem, mas a filtragem pode estar comprometida e o descarte ser basicamente de água, enquanto as impurezas permanecem no organismo”, enfatiza o doutor Eduardo Rocha.
Você sabe quais são os efeitos da cocaína no cérebro? Trata-se de uma das drogas mais consumidas no mundo, e desde os anos 1980 ela vem causando um verdadeiro problema sanitário na área da toxicodependência.
Essa substância, sintetizada a partir da planta da folha de coca, provoca uma sensação de euforia, energia e alerta mental em quem a consome. Também influencia reduzindo o apetite, assim como a necessidade de dormir.
Além desses efeitos de curto prazo, o consumo de cocaína tem fortes consequências a longo prazo, como alterações emocionais ou comportamentais. A seguir, vamos descrever os principais efeitos da cocaína no cérebro nos planos anatômico, metabólico e funcional.
Essa substância influencia os sistemas noradrenérgicos e dopaminérgicos do cérebro. Especificamente, seu mecanismo consiste em promover a liberação de noradrenalina, ao mesmo tempo que inibe a recaptação de serotonina, dopamina e noradrenalina nas sinapses.
Dessa forma, no espaço que existe entre dois neurotransmissores se comunicando, também chamado de fenda sináptica, a disponibilidade desses neurotransmissores é muito maior.
Esse efeito dá origem a uma série de alterações cerebrais a longo prazo. Em observações post mortem, verificou-se que nos cérebros de pessoas consumidoras de cocaína havia uma menor quantidade de dopamina no corpo estriado, menor densidade de monoaminas e da expressão do RNA que codifica o transportador de dopamina.
Além disso, um aumento de micróglias e macrófagos. Ou seja, o consumo de cocaína está relacionado com uma perda de terminais dopaminérgicos, assim como de neurônios inteiros.
Esse dano celular faz com que as vias de recompensa, das quais a via dopaminérgica faz parte, alterem sua funcionalidade, produzindo um consumo compulsivo. Da mesma forma, a presença cada vez menor de dopamina de forma natural, ou hipodopaminergia, é a causadora dos sintomas de abstinência, depressão e craving.
Por outro lado, observou-se que o consumo de cocaína e outras substâncias aumenta a presença de radicais livres e estresse oxidativo. Essas células, apesar de necessárias, em excesso estão relacionadas com o envelhecimento e o dano celular.
Além disso, elas interferem no funcionamento da barreira hematoencefálica, fundamental para proteger o cérebro de agentes externos prejudiciais e manter a homeostase.
O consumo de cocaína também foi diretamente relacionado com efeitos sobre a vasculatura cerebral, tornando mais provável a ocorrência de um acidente vascular cerebral, assim como com um aumento do fator de necrose tumoral.
Os efeitos funcionais As alterações e os danos nomeados anteriormente têm uma série de consequências no funcionamento neuropsicológico dos consumidores. Em geral, as pessoas que consomem cocaína apresentam um pior rendimento em provas de avaliação neuropsicológica. Esses efeitos foram observados, principalmente, em aspectos como atenção, memória, inibição de resposta e funções executivas.
De forma mais específica, a cocaína afeta processos de atenção seletiva e contínua, memória de trabalho, memória visual e capacidade de aprendizagem. De fato, esses efeitos se tornam mais evidentes em períodos de abstinência.
Em relação às funções executivas, os consumidores de cocaína apresentam mais falhas quando se trata de inibir respostas, mais impulsividade, e são menos hábeis na hora de tomar decisões. Além disso, verificou-se uma menor flexibilidade diante da mudança, pior capacidade para processar erros e lidar com as contingências.
Em resumo, o consumo de cocaína, possivelmente uma das drogas mais viciantes, afeta o consumidor em muitos níveis. Além dos efeitos aqui descritos, também há uma grande quantidade de consequências emocionais, comportamentais e sociais que impactam a qualidade de vida da pessoa.