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Um levantamento realizado pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e a Rede Brasileira de Pesquisa em Mastologia mostrou que, a realização de mamografias pelo Sitema Único de Saúde (SUS) em mulheres entre 50 e 69 anos — faixa etária prioritária —, no ano passado, foi a menor dos últimos cinco anos.

Os dados apontam que, entre os 11,5 milhões de exames na rede pública esperados para essa faixa etária, apenas 2,7 milhões foram realizados, o que representa 23% do total.

Já em relação a este ano, o Ministério da Saúde informa que, de janeiro a julho, foram feitas mais de 2 milhões de mamografias, sendo 1,3 milhão delas de mulheres entre 50 a 69 anos.

A mamografia é o exame realizado para a detecção de câncer de mama. Trata-se de um exame de raio-X na qual a mama é comprimida para que pequenos tumores, menores que 1 cm, e lesões em início possam ser identificadas. A recomendação da SBM é de que esse exame seja realizado a partir dos 40 anos, a cada dois anos, e, após os 50, anulamente.

Segundo Ruffo Freitas Jr., coordenador da pesquisa e presidente do Conselho Deliberativo da SBM, as regiões Norte e Centro-Oeste são as que apresentaram menor resultado. Ele afirmou, por meio de nota, que a baixa procura se deve à dificuldade para agendar e fazer a mamografia, à falta de técnicos para a realização do exame e equimentos danificados.

Contatado pelo R7, o Ministério da Saúde afirmou que o atendimento é regulado pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde. "O atendimento aos pacientes do SUS deve ser regulado pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, tendo como objetivo garantir a adequada prestação de serviços à população, regulando o acesso do paciente conforme a sua necessidade, realizando a programação das ações e serviços de saúde e alocando os recursos de acordo com a quantidade necessária de produção nos diferentes municípios", informou por meio de nota.

Entre os locais com piores resultados estão o Amapá, com realização de 260 exames dos 24 mil esperados, o Distrito Federal, que realizou 5 mil exames da expectativa de 158,7 mil, e Rondônia, que realizou 5,7 mil dos 76,9 mil exames esperados.

Antônio Frasson, presidente da SBM afirmou, por meio de nota, que, se o estudo abrangisse mulheres desde os 40 anos, idade na qual é recomendada a realização anual do exame, o cenário seria ainda mais desesperador.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o câncer de mama afetará cerca de 85.600 mulheres este ano no Brasil, sendo o mais comum no país. Assim como o câncer de pulmão, o câncer de mama é o que apresentará maior número de novos casos: 2,1 milhões de novos casos devem ser diagnosticados neste ano.

 

R7

correrO Brasil está entre os países mais sedentários do mundo. Um estudo publicado na revista The Lancet aponta que 47% dos brasileiros são sedentários. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), para sair do sedentarismo a gente precisa dar 10 mil passos por dia. Esses passos podem estar tanto dentro de uma atividade ou exercício físico.

Quem é sedentário precisa encontrar uma atividade que provoque estímulos positivos. E por que não a caminhada? Caminhar é a forma mais simples e democrática de sair do sedentarismo e iniciar um exercício físico regular.
Se mexer traz muitos benefícios:

Libera endorfina, que causa sensação de bem-estar
O indivíduo ganha mais consciência na alimentação, porque a endorfina ajuda a controlar as compulsões.
Melhora o sono
Ajuda no controle e prevenção de diabetes, hipertensão, depressão.
Cuide do seu coração! 150 minutos de exercício físico moderado por semana previne e trata problemas de saúde. São 30 minutos de caminhada por dia, cinco vezes na semana.
Atividade física x exercício físico: qual a diferença?
A atividade física é qualquer movimento que você faz que tenha algum gasto energético. É tudo o que realizamos no dia a dia quando não estamos descansados: subir escada, levantar para pegar água, andar para pegar um ônibus, lavar a louça, etc). Ela não é programada, simplesmente acontece pela necessidade natural do ser humano.

Já o exercício físico é toda atividade que você faz regularmente. Você se prepara, planeja a atividade (academia três vezes por semana, aula de dança uma vez por semana, caminhada no parque duas vezes por semana, etc). Ela é repetida e deve ser feita com a ajuda de um profissional de saúde.

 

 G1

 

Pesquisadores da Universidade de York identificaram genes em um parasita que podem ajudar os médicos a prever os resultados do tratamento medicamentoso para pacientes com leishmaniose visceral no Brasil.

Os resultados podem levar a um novo teste prognóstico que pode prever quais pacientes responderão bem ao tratamento medicamentoso e quais pacientes necessitam de soluções alternativas.

A leishmaniose é uma doença parasitária transmitida aos seres humanos pela picada do mosquito fêmea infectado. Com 50 mil a 90 mil novos casos em todo o mundo a cada ano, causa febre, perda de peso substancial, inchaço do baço e do fígado e anemia e pode ser fatal se não for tratada.

A equipe, em colaboração com a Universidade Federal de Glasgow, a Universidade Federal do Piauí e a Universidade Estadual de Montes Claros, constatou que a ausência de quatro genes particulares no parasita Leishmania infantum no Brasil o torna menos suscetível a um medicamento oral chamado miltefosina.

O parasita chegou pela primeira vez ao país vindo da Europa em 1600 e sofreu mutações e adaptações ao longo do tempo, tornando difícil prever quando responderá ao tratamento medicamentoso. Durante um ensaio clínico anterior feito com a medicação oral, 40% dos pacientes tiveram recaídas dentro de seis meses.

A presença dos genes no parasita na Índia, no entanto, significa que após um mês de tratamento, a doença pode ser curada com um menor risco de recaída.

Juliana Brambilla Carnielli, pesquisadora do Departamento de Biologia da Universidade de York, disse: "A miltefosina é o único tratamento oral disponível para a leishmaniose, mas devido à sua baixa eficácia no tratamento da leishmaniose visceral no Brasil, esta droga não é licenciada no país. Isso significa que os pacientes brasileiros dependem de medicações intravenosas, que requerem instalações médicas para seu uso".

"Por isso, é importante investigarmos o que estava tornando a droga oral menos eficaz no Brasil do que na Índia, onde ela tem sido amplamente utilizada", explicou em nota.

O estudo
Pesquisadores investigaram os marcadores moleculares do parasita Leishmania para entender o que pode estar contribuindo para sua resistência natural à miltefosina.

A ausência dos genes correlaciona-se com a resistência ao remédio, o que significa que os pacientes brasileiros se beneficiariam de um exame de sangue capaz de detectar se estão portando o parasita resistente a medicamentos. Este exame de sangue está sendo desenvolvido pela equipe de pesquisa.

Jeremy Mottram, professor de Biologia de Patógenos no Centro de Imunologia e Infecção da Universidade de York, disse: "Este trabalho contribui para muitos estudos que estão sendo conduzidos em todo o mundo nesta doença negligenciada".

"A Índia, o Brasil, a África Oriental e algumas partes da Europa são afetados por esta doença em vários graus, por isso precisamos saber mais sobre como o parasita vive em seres humanos e como o parasita reage a várias drogas", continuou.

"Uma abordagem de medicina personalizada será a chave para fazer a grande diferença nos resultados dos pacientes, já que nossa pesquisa está nos dizendo que o parasita não reagirá da mesma maneira em todos os casos a um tratamento de tamanho único"- Jeffrey Mottram, pesquisador da Universidade de York
Em 2016, quando o Ministério da Saúde divulgou dados sobre a doença, 3.200 pacientes apresentaram a doença no Brasil e 265 pacientes morreram.

A próxima etapa do estudo seria um novo ensaio clínico em pacientes no Brasil que apresentassem um exame de sangue positivo para verificar se a realização de testes prognósticos precocemente na progressão da doença e a adaptação de medicamentos poderiam reduzir o número de pacientes com recaídas.

O que é Leishmaniose Visceral
A Leishmaniose Visceral é uma doença infecciosa sistêmica, caracterizada por febre de longa duração, aumento do fígado e baço, perda de peso, fraqueza, redução da força muscular, anemia e outras manifestações.

Se não tratada, pode levar a morte em 90% dos casos.

Transmissão
Segundo o Ministério da Saúde, no ambiente urbano, os cães são a principal fonte de infecção para o vetor.

A transmissão acontece quando fêmeas dos mosquitos conhecidos como mosquito-palha picam cães ou outros animais infectados, e depois picam o homem, transmitindo o protozoário Leishmania chagasi.

Tratamento
O tratamento está disponível pelo Sistema Único de Saúde. Os medicamentos utilizados atualmente no Brasil não eliminam por completo o parasita nas pessoas e nos cães. No entanto, o homem não tem importância como reservatório da doença.

Já nos cães, o tratamento resolve os sintomas clínicos, mas os animais continuam como fonte de infecção. Por isso, a eutanásia é recomendada de forma integrada com os tratamentos recomendados pelo Ministério da Saúde.

 

G1

biosenssorPesquisadores do Instituto de Física de São Carlos, da Universidade de São Paulo (IFSC-USP), em parceria com o Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano), do Hospital de Câncer de Barretos, e a Universidade do Minho, de Portugal, criaram um biossensor capaz de diagnosticar precocemente o câncer de pâncreas, considerado um tipo de tumor raro no Brasil, porém altamente letal por ter sintomas que demoram para aparecer e quando dão sinais indicam que a doença já está em estágio avançado, tornando o tratamento mais difícil.

Segundo informações da Fapesp, que apoia o projeto, os cientistas construíram um dispositivo de baixo custo que consegue de detectar o biomarcador do câncer de pâncreas com alta sensibilidade e seletividade. “Conseguimos fazer um biossensor de baixo custo que demonstrou ser capaz de detectar o biomarcador do câncer de pâncreas em amostras reais de sangue e de células tumorais em uma faixa de relevância clínica”, disse um dos criadores do marcador e professor do IFSC-USP, Osvaldo Novais de Oliveira Junior.

De acordo com a Fapesp, o dispositivo é formado por duas lâminas em escala nanométrica (da bilionésima parte do metro), compostas por ácidos e anticorpos que reconhecem o antígeno CA19-9, proteínas existentes nas células cancerígenas. “O antígeno CA19-9 não é completamente específico para detecção de câncer de pâncreas. Pacientes com pancreatite (inflamação do pâncreas) também podem apresentar alteração na produção dessa proteína”, explicou Oliveira Junior.

Atualmente a detecção do CA19-9 é feita por meio do teste Elisa, que é um exame de sangue de alto custo e sensibilidade limitada, sendo difícil para detectar câncer de pâncreas em estágio inicial. “Produzimos o imunosensor com arquitetura mais simples possível para imobilizar anticorpos da proteína CA19-9. Para conseguir obter alta sensibilidade ao antígeno, a arquitetura de imunossensores que foi desenvolvida antes era mais complicada, utilizava mais materiais e tinha mais etapas de construção”, explicou Oliveira Junior.

Segundo o pesquisador, os resultados dos testes mostram que já é possível utilizar o imunossupresor na prática, mas há dois desafios: o de produzir os dispositivos em larga escala com os mesmos resultados e as análises de dados gerados pelos testes para estabelecer os padrões de detecção.

“Essas análises poderão ser feitas por meio de técnicas de computação, que permitem visualizar os dados em gráficos, e de seleção de atributos, que possibilitam escolher parte de um sinal gerado pelos testes para fazer distinções de padrões. Esse trabalho exigirá pesquisas com a participação de cientistas da computação”, disse.

 

Agência Brasil

Foto: divulgação

 

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