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O Tribunal de Contas da União (TCU) deu um prazo de 90 dias ao Ministério da Saúde para que elabore um plano de ação com medidas que agilizem o diagnóstico de pessoas com câncer. Em auditoria realizada junto a diversas agências de saúde pública, divulgada em 5 de setembro, o tribunal identificou que a maioria dos pacientes recebe o diagnóstico de câncer quando já se encontra em estágio avançado da doença. Em alguns casos, a demora é de até 200 dias.

Cerca de 56% dos pacientes só recebem a confirmação da doença quando ela já está bastante desenvolvida, o que diminui as chances de cura. E o percentual vem crescendo nos últimos anos: em 2013, eram 53%.

Conforme comunicado do TCU, o relator do processo, ministro Augusto Nardes, avalia que a situação encontrada pela auditoria "é preocupante e sinaliza que o que foi realizado no âmbito da Política Nacional para a Prevenção e Controle do Câncer não obteve a efetividade ao mínimo esperada”. Em seu voto durante o processo, o ministro disse que a detecção precoce da doença não tem ocorrido de forma eficaz em todo o país.
A auditoria foi realizada no Ministério da Saúde, na Secretaria de Atenção à Saúde (SAS/MS), no Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) e nas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde de 14 estados (Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Piauí, Paraná, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins).

Foram coletadas e analisadas informações sobre os oito tipos de câncer mais frequentes no Brasil: próstata, mama, colo do útero, traqueia/brônquio/pulmão, cólon e reto, estômago, cavidade oral e tireoide.

Agilidade no diagnóstico
O TCU encontrou diversos gargalos que o paciente de câncer enfrenta antes de começar o tratamento: o agendamento da primeira consulta com o especialista, a demora na realização da biópsia, os atrasos ao obter o resultado dos exames, e o retorno ao especialista para confirmar o diagnóstico.

Somando essas etapas, a estimativa de espera chega a 200 dias, ou quase sete meses.

"Dependendo do tipo de câncer, esse tempo é a diferença entre conseguir ficar ou não ficar curado", disse à TV Globo o oncologista clínico Gilberto Amorim, da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica.
Por isso, a auditoria do TCU determinou que o Ministério da Saúde apresente um plano para mudar esse quadro. Uma das principais medidas seria a criação de centros regionais de diagnóstico.

Segundo o secretário de controle externo da saúde do TCU, Carlos Augusto de Melo Ferraz, a agilização do processo depende principalmente de uma decisão política. "Existe uma decisão que tem que ser tomada pelo Estado brasileiro: qual meta quero atingir, quando, e quanto dinheiro estou disposto a colocar. Não adianta fixar uma meta sem alocar recursos", diz.

Posicionamento do Ministério da Saúde
Em nota enviada ao G1, o Ministério da Saúde afirmou que o Sistema Único de Saúde (SUS) já oferece atenção integral à prevenção contra o câncer e ao tratamento contra a doença. A pasta afirmou ter conhecimento da decisão do TCU, mas especificou que ela se trata apenas dos oito tipos de cânceres mais comuns, "o que não representa o cenário nacional".

"Ressalta-se, ainda, que o relatório deve ser observado em sua totalidade, e não apenas em pontos isolados, bem como devem ser consideradas suas limitações metodológicas, como, por exemplo, não considerar o tratamento cirúrgico e se restringir aos dados de procedimentos de quimioterapia e radioterapia para cálculo do início do tratamento de câncer e o aumento do número de notificações de casos de câncer", diz a nota do ministério.

Além disso, a pasta afirma que apoia os gestores da administração pública na implantação de serviços para o paciente com câncer: "O Ministério da Saúde tem ampliado e qualificado o acesso e a oferta às ações e serviços de saúde."

Segundo a pasta, em seis anos os recursos federais destinados aos tratamentos do câncer na rede pública de saúde mais que dobraram: passaram de R$ 2,2 bilhões, em 2010, para R$ 5 bilhões, em 2018. "Em relação à radioterapia, houve crescimento de 39% de aplicações em comparação ao mesmo período, passando de 8.316.397 para 11.626.537 procedimentos", justifica.
Idade é um dos fatores de risco para o câncer

Os casos de câncer surgem por causa do estilo de vida, como alimentação, excesso de álcool e o cigarro. O fato de envelhecermos deixa o organismo mais frágil.

 

G1

dorcabeçDiversos fatores podem desencadear ou piorar as dores de cabeça, como o uso de óculos, tiaras ou bonés apertados, o frio e até o uso frequente de descongestionante nasal e analgésicos, principalmente em pessoas com enxaqueca.

O analgésico causa efeito rebote, ou seja, as pessoas que têm enxaqueca ou dor de cabeça tensional, se usarem este tipo de medicamento mais do que duas ou três vezes por semana, ou dez comprimidos em dez dias do mês, podem tornar a dor de cabeça crônica.

As mulheres são mais vulneráveis porque o ciclo hormonal pode ser um gatilho para as crises de dor. A tensão pré-menstrual (TPM), por exemplo, pode aumentar as dores de cabeça em mulheres que já sofrem com a enxaqueca.

Muito se fala sobre os efeitos positivos do café para a dor de cabeça, mas segundo especialistas, depende da quantidade de café e a frequência de dor de cabeça que a pessoa tem. Em pessoas com dor de cabeça esporádica, pode ajudar a melhorar. Em pessoas com dor de cabeça frequente, piora. Então, a cafeína pode ser uma vilã ou uma mocinha para a dor de cabeça.
MITOS E VERDADES SOBRE DORES DE CABEÇA

- Café melhora a dor de cabeça?
Depende da quantidade de café e a frequência de dor de cabeça que a pessoa tem. Em pessoas com dor de cabeça esporádica, pode ajudar a melhorar. Em pessoas com dor de cabeça frequente, piora.

- Frio piora a dor de cabeça?
Em pessoas com enxaqueca, sim. Alterações de clima, principalmente climas frios ou muito quentes, podem ser gatilhos para piorar ou até provocar uma dor de cabeça na pessoa que sofre com enxaqueca. E não precisa ser exatamente um clima frio, basta se expor a um ar-condicionado mais frio para piorar a dor de cabeça ou até provocar crises.

- Óculos e bonés apertados pioram dor de cabeça?
Em pessoas com enxaqueca, sim. Pessoas com enxaqueca são mais sensíveis à estímulos de pressão, então, tiara, penteado ou boné muito apertados, óculos escuros com hastes apertadas na região das orelhas ou pressão em cima do nariz, uso de capacete, podem causar ou piorar crises de dor de cabeça.

- Tomar muito analgésico piora a dor de cabeça?
Sim. O analgésico é um fator de risco para trazer a dor de cabeça de volta, porque ele causa efeito rebote.

- TPM aumenta a dor de cabeça?
Sim, em pessoas com enxaqueca. O período hormonal, pré-menstrual e também durante a ovulação é o principal gatilho para enxaqueca em mulheres. Então, antes, durante e depois da menstruação, e também durante o período de ovulação, são quando as mulheres com enxaqueca apresentam as crises com mais frequência, maior duração e maior intensidade.

  • Descongestionante nasal pode causar dor de cabeça?
    Sim, principalmente nas pessoas com enxaqueca. O descongestionante nasal, assim como um analgésico, se usado diariamente, pode ser um fator de risco para a dor de cabeça. Quem tem enxaqueca deve evitar descongestionante nasal.

 

G1

Foto: divulgação

Dos 183 países integrantes da Organização Mundial da Saúde (OMS), apenas 38 pesquisados pelo organismo, entre eles o Brasil, contam com uma estratégia nacional de prevenção ao suicídio. Embora represente um aumento de quase 35% em comparação aos 28 países que, já em 2014, tinham estabelecido políticas públicas para lidar com o tema, o resultado ainda é considerado insuficiente pela OMS.

Em um relatório divulgado, hoje (9), véspera do Dia Mundial para a Prevenção ao Suicídio, a organização alerta sobre a necessidade dos governantes mundiais estabelecerem estratégias nacionais, instituindo medidas preventivas e orientações claras para auxiliar a população a lidar com o tema, que costuma ser encoberto por uma nuvem de preconceitos e incompreensão.

De acordo com a organização, uma pessoa se suicida a cada 40 segundos, no mundo. Número que, conforme destaca o relatório, não representa fielmente a realidade, já que, para cada morte devidamente registrada, há muitas outras tentativas e óbitos que não chegam a ser contabilizados como suicídios.

Segundo a OMS, apenas 80 dos 183 países-membros da organização dispõem de informações de “boa qualidade” sobre o tema, o que dificulta a elaboração de uma estratégia nacional eficaz. Ainda de acordo com a OMS, 79% de todos os casos mundiais se concentram em países de baixa renda – ainda que, por razões demográficas, as maiores taxas de casos por cada grupo de 100 mil habitantes tenham sido registradas nos países desenvolvidos e de maior poder aquisitivo, diz a organização.

Jovens

O autoextermínio já é a segunda causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos, atrás apenas dos acidentes de trânsito, segundo a OMS. Globalmente, se analisados os gêneros, o suicídio é a segunda causa de mortes entre meninas de 15 a 19 anos (depois de problemas decorrentes da maternidade) e a terceira entre garotos da mesma faixa etária (superada por acidentes de trânsito e por casos de agressão).

Após avaliarem experiências bem-sucedidas em diversas nações, os responsáveis pelo relatório apontam que as formas mais eficazes de reduzir o número de suicídios incluem medidas para dificultar o acesso a alguns meios de se matar; a sensibilização dos meios de comunicação sobre a importância de abordar o assunto da forma correta; a oferta de programas que ensinem os jovens a lidar com as frustrações e problemas cotidianos e a identificação de pessoas sob risco, oferecendo-lhe todo o apoio necessário.

Dentre as medidas, a OMS destaca as restrições ao livre acesso a pesticidas como a mais eficaz, já que a letalidade desses produtos é muito alta. Dados internacionais apontam que a proibição dos produtos mais perigosos à saúde humana contribuiu para a redução das taxas de suicídio em vários países, como o Sri Lanka, onde, segundo a OMS, uma série de medidas restritivas reduziram em cerca de 70% a taxa de suicídio, ajudando a salvar em torno de 93 mil vidas entre 1995 e 2015. Outra fonte de preocupação dos especialistas em todo o mundo é o acesso às armas de fogo.

Renda

A OMS ressalta que, embora a ligação entre suicídio e transtornos mentais, particularmente transtornos relacionados à depressão e ao uso de álcool, esteja bem documentada em países com renda elevada, muitos suicídios ocorrem impulsivamente durante tempos de crise que minam a capacidade de enfrentar as tensões da vida, como problemas financeiros, quebra de relacionamento ou dor e doença crônica.

Além disso, experiências relacionadas a conflitos, desastres, violência, abuso, perdas e sentimentos de isolamento estão intimamente ligadas ao comportamento suicida. As taxas de suicídio também são altas entre grupos vulneráveis sujeitos a discriminação, por exemplo, refugiados e migrantes; comunidades indígenas; pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, intersexuais e presos.

Desde 2006, quando foi publicada a Portaria nº 1.876, o Brasil conta com diretrizes para a prevenção ao suicídio. A norma estabelece que as medidas devem ser implantadas em todas as unidades da federação e incluir, entre outras ações, medidas de promoção de qualidade de vida, de educação, de proteção e de recuperação da saúde e de prevenção de danos, a fim de fazer frente aos casos de suicídios, classificados como "um grave problema de saúde pública, que afeta toda a sociedade e que pode ser prevenido".

No ano de publicação da portaria, o Ministério da Saúde apontava o "aumento observado na frequência do comportamento suicida entre jovens entre 15 e 25 anos, de ambos os sexos, escolaridades diversas e em todas as camadas sociais", como uma razão para a adoção de diretrizes nacionais.

 

Agência Brasil

remedioQue atire a primeira pedra quem nunca sentiu algum desconforto físico e tomou um remédio por conta própria, sem consultar um médico. Essa é uma prática muito comum na vida do brasileiro: segundo pesquisa realizada neste ano pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF), por meio do Instituto Datafolha, quase metade (47%) da população se automedica pelo menos uma vez por mês.

O hábito é popular, porém, pode causar prejuízos à saúde. Efeitos colaterais, que podem ir desde uma dor de estômago simples até um sangramento gástrico complicado, por exemplo, são alguns dos possíveis danos em pessoas de todas as idades. Mas, quando tratamos de idosos, esses riscos só aumentam. É o que explica o médico geriatra Renato Gorga Bandeira de Mello, da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia.

"Isso ocorre por diversas razões, como a modificação da composição corporal dos idosos (com menos água e menos gordura), que causa alteração na absorção do medicamento, menor capacidade de excreção do remédio, modificação do padrão de ação e da resposta aos distintos medicamentos".

O também geriatra Natan Chehter, do Hospital Beneficência Portuguesa, chama a atenção para a mistura de medicamentos, que é mais comum em pessoas mais velhas.

"Os idosos, pelas condições de saúde, geralmente acabam precisando de mais medicamentos. Os remédios de uso contínuo e os da automedicação podem interferir entre si, e o efeito de um pode cessar, por exemplo. Quanto mais remédios, mais chances de ter efeitos colaterais", diz.


A automedicação nunca é segura?
Será que nem mesmo um remédio para dor de cabeça pode ser consumido sem prescrição médica? Segundo o dr. Renato, "não há como garantir segurança, pois até mesmo os remédios com indicação médica podem causar efeitos indesejados".

"A grande diferença é que o médico deverá discutir com o paciente quais são esses riscos, quais seus sinais e como proceder, caso aconteçam", pontua o especialista. "Isso é especialmente importante para pessoas que tratam já alguma doença ou condição clínica por meio de outros remédios. No caso da automedicação, a insegurança seria maior ainda".

A importância de consultar um especialista
"Existem casos de pessoas que acabam consumindo remédios de outras pessoas. Isso prejudica não só pelo fato de estar tratando a doença do outro, e não a sua, e fazendo um tratamento inadequado, mas também por aumentar o risco de ter um efeito ruim, porque aquele remédio foi prescrito naquela dose para aquela pessoa", diz o dr. Natan.

"Não se automedique. Existe muito a ideia de que envelhecer é ter dor, que dores são da idade. Mas isso é quase tão perigoso quanto se automedicar. Você pode estar deixando de diagnosticar um problema maior por acreditar que ele é 'normal da idade' e, assim, deixando de se tratar da maneira correta", alerta o médico.

 

R7

Foto: Freepik