Mais de 21 900 pessoas vivem em situação de alto risco a movimentos de massa e enchentes, em 26 bairros de Teresina. É o que aponta o catálogo "Ação Emergencial para Reconhecimento de Áreas de Alto e Muito Risco", elaborado pelo Governo Federal, através do Ministério de Minas e Energias no Piauí e em vários estados Brasileiros.

Em solo piauiense, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) analisou as cidades de Esperantina, Campo Maior, Barras e Teresina. Só na capital, 5.569 imóveis, entres eles, seis edifícios e até o Shopping Riversidade estão sujeitos a alagamentos ou acidentes ambientais com necessidade de evacuação e remoção de edificações em casos extremos.

Somente no bairro dos Noivos, por exemplo, 348 casas e 2.780 pessoas correm risco por conta da proximidade da área urbanizada com o rio Poti e da proximidade do lençol freático com a superfície do terreno, sujeito a inundações e alagamentos durante o período chuvoso.

Entre as outras áreas citadas no documento estão os bairros Santa Sofia, Mocabinho I, II e III, Satélite, Poti Velho, Olarias, Primavera, Morro da Esperança, Por Enquanto, Água Mineral, Alto Alegre, Mafrense,  Nova Brasília, Alvorada,  São Joaquim, Matadouro, Ilhotas,  Monte Castelo, Três Andares, Catarina,  Conjunto São Paulo, Novo Milênio, Bairro Deus Quer e Cidade Leste.

Além de apontar os locais críticos da cidade, o documento traz sugestões de intervenções a serem adotadas como: implantação de medidas estruturais para contenção de cheias, a exemplo de barragens e diques, adequação do sistema de drenagem pluvial e monitoramento/alarme para evacuação em casos extremos.

Durante o mês de abril deste ano, os pesquisadores de geociência Bruno Elldorf e Marlon Hoelze percorreram Teresina realizando um mapeamento da capital. As informações recolhidas e condensadas no catálogo farão parte de um banco de dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemanden), tendo como objetivo final a prevenção de acidentes ambientais e resguardar a vida humana.

O levantamento foi elaborado a pedido da presidente Dilma Rousseff, após o desastre ocorrido na cidade de Nova Friburgo, no estado do Rio de Janeiro, no ano passado.

Em razão do histórico de ocorrências de acidentes ambientais em todo o país, o CPRM fez um levantamento, identificou e caracterizou áreas de risco para ajudar na orientação e tomada de decisão em caso de desastres naturais, ajudando a Defesa Civil na remoção da população dessas áreas e reduzindo o número de danos materiais e possíveis perdas de vidas humanas.

O documento foi entregue à Prefeitura de Teresina, por meio da coordenadoria de Assistência Militar e Defesa Civil, às mãos do tenente coronel Lídio Rodrigues. "Em casos de enchentes, como aquela que atingiu nossa cidade em 2009, todo o transtorno com casas alagadas e pessoas desabrigadas será evitado já que teremos como prevê situações de risco com um detalhe de possíveis ocorrências, consequentemente, as ações preventivas serão mais rápidas e satisfatórias", ressalta.

Portal O dia

O pleno do Tribunal de Justiça em sessão extraordinária, realizada em 11 de maio, aprovou a instauração de Procedimento Administrativo Disciplinar contra o Juiz de Direito da 2ª Vara da Comarca de Campo Maior José William Veloso Vale, com o afastamento de suas funções devido a violação dos deveres inerentes a magistratura, previstos no art.35, I, da Lei Orgânica da Magistratura Nacional – Loman.

Foi sorteado para relatar o procedimento o desembargador Raimundo Nonato da Costa Alencar. O tribunal considerou ofício onde foram encaminhados petição e documentos do Promotor Eleitoral noticiando supostas irregularidades praticadas pelo Juiz de Direito.

A portaria de nº 1. 103 determinando a instauração foi publicada ontem, 21 de maio.

GP1

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Mendes Ribeiro Filho, visitará o Piauí no próximo dia 6 de junho, para o lançamento da campanha de vacinação contra febre aftosa. Na oportunidade, o ministro deve confirmar o Estado como área livre da doença. A abertura da campanha acontecerá na Fazenda JM, no povoado Santa Teresa.

Com um rebanho estimado em cerca de 1,7 milhão de cabeças, o Piauí há dois anos conseguiu sair do risco desconhecido para risco médio e está pleiteando junto ao Mapa a sua inclusão na área livre de febre aftosa com vacinação. Um intenso programa de vacinação vem sendo desenvolvido há dez anos e a expectativa é de que ainda este ano o Estado consiga avançar mais um estágio.

Além disso, nos próximos dias, o Mapa deve proibir o trânsito de gado dos estados do Rio Grande do Norte e Paraíba para o Piauí, como parte do processo que visa transformar o território piauiense em área livre de aftosa com vacinação, resultado que deverá ser anunciado até o mês de novembro deste ano.

Dados do Ministério revelam que 91% do trânsito de animais do Piauí ocorre dentro do próprio Estado. Só 19% atravessa as divisas. “A partir de agora, os exames sorológicos serão feitos simultaneamente em todos os estados que se encontram no mesmo nível do Piauí. É importante que todos eles apresentem resultados coincidentes”, explica Janilson Lima, gerente de Defesa Animal, da Agência de Desefa Agropecuária do Piauí (Adapi).

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