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Um novo estudo internacional acende um sinal de alerta sobre o consumo diário de bebidas adoçadas – como refrigerantes e sucos industrializados – e o risco elevado de desenvolver câncer de fígado.

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Segundo a pesquisa publicada na revista Journal of the American Medical Association (JAMA), mulheres que ingerem uma ou mais porções dessas bebidas por dia têm 85% mais chances de desenvolver a doença em comparação com aquelas que consomem menos de três latas por mês.

Além disso, a taxa de mortalidade por doenças hepáticas crônicas também apresentou aumento expressivo – 68% maior entre as consumidoras frequentes dessas bebidas.

E os refrigerantes diet? Eles também preocupam Se você pensa que a solução está nas versões diet, é melhor repensar. O estudo mostrou que o consumo diário de bebidas adoçadas artificialmente também representa um risco aumentado: 17% mais chance de câncer de fígado em comparação a quem consome com pouca frequência.

Por outro lado, não foi observada uma diferença significativa na taxa de mortalidade por doenças hepáticas entre consumidoras diárias de bebidas dietéticas e aquelas que consomem esporadicamente.

Estudo acompanhou mais de 160 mil mulheres por duas décadas A pesquisa foi conduzida por cientistas do Hospital Brigham da Mulher, em Harvard, e analisou dados de 161.808 mulheres, com idades entre 50 e 79 anos. Destas, cerca de 99 mil participaram da avaliação de bebidas com açúcar, enquanto outras 65 mil foram analisadas quanto ao consumo de versões adoçadas artificialmente.

Durante os 20 anos de acompanhamento, a taxa de incidência de câncer de fígado entre as grandes consumidoras de bebidas adoçadas foi de 18 casos por 100 mil pessoas ao ano.

Conclusões e cuidados recomendados O câncer de fígado é considerado um dos tipos mais letais, com menos de 40% de sobrevida em cinco anos. No Brasil, é o 15º câncer mais comum, com variações regionais e entre sexos.

Embora mais pesquisas sejam necessárias, os dados já servem de alerta para mulheres na pós-menopausa, que compõem o grupo analisado. A recomendação dos especialistas é clara: priorizar água, sucos naturais e bebidas com menos aditivos para reduzir os riscos.

Câncer de fígado: atenção aos sintomas comuns Especialistas alertam para sinais iniciais do câncer de fígado, como fadiga, dor abdominal e perda de peso. A detecção precoce é essencial para o tratamento eficaz. Clique aqui para saber mais.

Catraca Livre

Foto: © iStock/magicmine

O inverno chegou e durante essa estação existem várias maneiras de se manter aquecido, desde usar muitas camadas de roupa até o preparo de sopas e caldos bem quentinhos. Nesse momento, também é muito comum escutar que o álcool pode ajudar a esquentar o corpo, mas será que isso é verdade?

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A ciência tem uma explicação simples e clara para essa informação que passa de geração em geração, e o TudoGostoso vai te contar quais são os efeitos dessa bebida no organismo durante as temperaturas baixas. Confira!

Bebida alcoólica realmente aquece o corpo? A alegação de que o álcool ajuda a aquecer o corpo é um mito. O Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA) explica que a sensação de calor é enganosa e temporária e não vai espantar o frio do jeito que muitos acreditam. O que acontece é uma falsa sensação de aquecimento, pois acontece um deslocamento do calor dos órgãos vitais para a superfície do corpo.

Além disso, as bebidas alcoólicas causam uma dilatação dos vasos sanguíneos, fazendo com que o sangue e o calor sejam levados para as extremidades do corpo e para a pele. Mas, essa sensação de calor se dissipa rapidamente. Com os vasos dilatados e pele exposta ao frio, acontece, na verdade, uma perda maior de calor.

O lado perigoso de consumir muito álcool durante o frio Existe ainda um lado perigoso em acreditar nesse mito, pois a dilatação dos vasos sanguíneos acontece em um momento em que eles deveriam estar contraídos para preservar a temperatura do corpo. Quando isso acontece, a tendência é beber mais para suportar o frio, mas isso pode aumentar o risco de hipotermia.

Os efeitos negativos do consumo de álcool durante o frio podem ser potencializados pela falta de ingestão de água. Quando a temperatura está mais baixa a ingestão de água costuma diminuir e o álcool tem efeito diurético, ou seja, acontece o estímulo de eliminação do pouco líquido que ainda temos no corpo através da urina.

Isso pode aumentar o risco de uma desidratação e causar sintomas como dor de cabeça, fadiga e baixo desempenho cognitivo, por exemplo. Por isso, o álcool pode até estar presente em um jantar ou para acompanhar petiscos, mas não funciona como uma alternativa para aquecer o corpo.

O que é mais eficiente para aquecer o corpo durante o frio? Agora que já deixamos claro os verdadeiros efeitos da bebida alcoólica em nosso corpo, você deve estar se perguntando qual é a melhor opção para se aquecer de verdade. E a resposta é simples: bebidas e alimentos quentes.

Alimentos e líquidos com temperaturas elevadas são aliados no combate ao frio. Sopas, caldos, chás e o delicioso chocolate quente são excelentes opções, pois além de proporcionarem uma sensação imediata de conforto térmico, esses alimentos também contam com nutrientes importantes, fortalecendo o seu corpo e contribuindo para a sua saúde.

As sopas, por exemplo, são refeições completas que podem ser preparadas com uma variedade de legumes, proteínas e temperos, garantindo vitaminas, minerais e fibras em um momento em que o sistema imunológico precisa de um reforço. Aqui no blog, você encontra várias sugestões do que comer durante o inverno.

Tudo Gostoso

Dormir é uma atividade básica e essencial à vida, mas nem por isso é algo simples. Para começar, é quase impossível ter horário fixo para ir para cama.

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Algumas vezes, é difícil pegar no sono. Outras, é complicado se manter nele. Na maioria, parece que faltou tempo para dormir. O lado bom é que quando chega no final de semana, dá para acordar tarde.

Essa rotina (ou a falta dela), bem comum nos grandes centros urbanos, é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de diversas doenças, entre elas, a hipertensão arterial.

Estudo relaciona sono irregular com aumento no risco de hipertensão Segundo um estudo publicado pela revista Hypertension, periódico científico da American Heart Association, pessoas cujos horários de dormir variavam em 90 minutos ou mais tinham 92% mais chances de desenvolver pressão alta, em comparação com aquelas que mantinham um horário regular para dormir. Até mesmo uma alteração em pouco mais de 30 minutos de uma noite para outra, apresentava um risco aumentado de 32%.

O estudo mostrou que dormir até tarde também favoreceu o desenvolvimento de pressão alta, mas menos do que não ir para a cama na hora certa. Acordar 43 minutos depois foi associado a um crescimento de 9%.

Os pesquisadores também descobriram que pessoas que dormiam menos de sete ou mais de nove horas tinham 20%-30% mais probabilidade de ter pressão alta.

Aquelas cuja duração do sono variava em duas horas ou mais de uma noite para outra tinham 85% mais probabilidade de ter hipertensão do que aquelas com menos de uma hora de diferença na quantidade de sono que dormiam a cada noite.

O que dizem os especialistas? De acordo com o Dr. Celso Amodeo, cardiologista especializado em hipertensão arterial do Hcor, o risco de hipertensão aumenta em pessoas com irregularidades e distúrbios do sono porque o organismo não consegue passar pelo devido processo de descanso e restabelecimento.

“Os hormônios que controlam a circulação são produzidos nas fases mais profundas do sono. Se a pessoa dorme mal, ela não consegue atingir os níveis adequados e isso pode levar a diversas doenças do coração, entre elas, a hipertensão”, explica.

Por isso, caso haja problemas para dormir, é preciso investigar a causa. “A apneia do sono, por exemplo, atinge um terço da população adulta brasileira e é uma condição que tem relação significativa com as doenças cardiovasculares. Ela causa episódios de fechamento parcial ou completo das vias respiratórias superiores. Isto reduz o nível de oxigênio no sangue e coloca o corpo em estado de alerta, levando ao aumento da pressão arterial e ao estresse no coração”, alerta.

Para promover a saúde ideal do coração e do cérebro, a recomendação é que adultos durmam de sete a nove horas por noite.

“A recomendação é baseada em pesquisas anteriores que descobriram que pessoas que dormem menos de seis horas por noite, em média, enfrentam um risco muito maior de pressão alta, obesidade, doenças cardiovasculares e morte prematura. Da mesma forma, aqueles que dormem demais — mais do que uma média de nove horas por noite — enfrentam riscos maiores de pressão alta, derrame, diabetes tipo 2 e morte”, revela.

Dicas para dormir melhor Tenha uma hora fixa para acordar e dormir; Durma entre sete e nove horas por noite; Mantenha o quarto escuro, silencioso e a uma temperatura amena; Evite telas 30 minutos antes de dormir; Evite refeições pesadas e alimentos estimulantes; Cuide da saúde mental; Pratique exercício físico regularmente; Faça um check-up.

Catraca Livre

Foto: © Andrii Lysenko/istock

O consumo de álcool pode aumentar o risco de câncer de pâncreas, independentemente do sexo e do tabagismo, segundo uma pesquisa conduzida pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer. Os pesquisadores acompanharam cerca de 2,5 milhões de pessoas com idade média de 57 anos por 16 anos. Dos 2,5 milhões, mais de 10 mil tiveram o câncer de pâncreas.

alcool

O consumo de duas até mais de seis doses de cerveja ou destilados por dia pode aumentar o risco entre 12 e 36%. Uma dose padrão de cerveja é de 355 ml (uma latinha). E a de destilado é de 44 ml (o copo pequeno).

As associações foram particularmente evidentes para o consumo inicial de álcool de pelo menos 15 g/dia em mulheres e 30 g/dia em homens.

Além do pâncreas, o consumo de álcool também pode causar câncer em outras partes do corpo:

Mama em mulheres

Colorretal

Esôfago

Laringe

Fígado

Boca e garganta

Além do álcool, outros fatores também contribuem para o aparecimento do câncer, como a genética, a dieta e o histórico familiar.

A pesquisa usou dados coletados de 30 cortes em quatro continentes, incluindo Ásia, Austrália, Europa e América do Norte.

Um total de 2.494.432 participantes sem câncer no início do estudo foram recrutados entre 1980 e 2013 na faixa etária de 57 anos. Ao todo, 10.067 casos incidentes de câncer de pâncreas foram registrados.

A pesquisa investigou a potencial heterogeneidade por sexo, tabagismo, regiões geográficas e tipo de bebida alcoólica.

Um incremento de 10 g/dia na ingestão de álcool foi associado a um aumento de 3% no risco geral de câncer pancreático, sem evidência de heterogeneidade por sexo ou tabagismo.

As associações foram consistentes na Europa-Austrália e América do Norte, enquanto nenhuma associação foi observada em coortes da Ásia. Associações positivas com o risco de câncer de pâncreas foram encontradas para o consumo de álcool proveniente de cerveja e destilados/licores, mas não de vinho.

Segundo o estudo, as associações diferenciais entre regiões geográficas e tipos de bebidas alcoólicas podem refletir diferenças nos hábitos de consumo e merecem mais investigações.

Os resultados da análise conjunta em larga escala corroboram uma modesta associação positiva entre o consumo de álcool e o risco de câncer de pâncreas, independentemente do sexo e do tabagismo.

G1

Foto: Adobe Stock