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As primeiras doses da Butantan-DV, primeira vacina de dose única contra a dengue no mundo aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), devem começar a ser aplicadas em dezembro, segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou nesta quarta-feira (26).

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O imunizante, porém, só deve ser colocado no calendário de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) a partir do início do ano que vem.

Já há 1 milhão de doses produzidas pelo Instituto Butantan, e espera-se ter mais 25 milhões até o segundo semestre de 2026. Em 2027, deverão ser mais 35 milhões. Os estudos apontaram que os voluntários que tomaram a vacina ficaram protegidos durante cinco anos.

A Anvisa assinou nesta quarta o termo de compromisso com o Instituto Butantan para estudos e monitoramento da vacina. Essa é a última etapa que faltava para o registro da vacina.

O anúncio foi realizado durante coletiva de imprensa pelo Ministério da Saúde, Butantan e governo de São Paulo com a presença de autoridades, incluindo o governador Tarcísio de Freitas.

Na próxima segunda-feira (1º), haverá uma reunião com comitê de especialistas e gestores do SUS para definir o grupo a ser vacinado. O imunizante protege contra os quatro tipos de vírus da doença (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4) e será destinado a pessoas de 2 a 59 anos.

Segundo o diretor do Butantan, Esper Kallas, a eficácia da vacina é a seguinte:

Eficácia geral: 74,7% Proteção para dengue grave ou sinais de alerta: 91,6% (mesmo vacinada, se uma pessoa for infectada pelo vírus, a probabilidade de desenvolver sintomas graves é bem baixa) Proteção para hospitalização: 100% O instituto também fechou parceria com a empresa chinesa WuXi para ampliar a capacidade de produção.

secretária estadual de Saúde em exercício, Priscilla Perdicares, destacou as vantagens de ter uma vacina de dose única: facilita a logística, aumenta a adesão das pessoas e vai acelerar a imunização da população.

A vacina contra a dengue, com duas doses, foi incorporada ao PNI em dezembro de 2023, quando o Brasil se tornou o primeiro no mundo a oferecer o imunizante na rede pública. Até então, apenas a Qdenga, fabricada pela farmacêutica japonesa Takeda, estava disponível no SUS.

Como é produzida fora do país e exige duas doses, o imunizante do laboratório japonês ficou restrito a crianças e adolescentes de 10 a 14 anos — público que concentra o maior número de hospitalizações depois dos idosos. A Qdenga não tem autorização da Anvisa para uso acima dos 60 anos.

A nova vacina do Butantan não substitui a japonesa. O contrato do Ministério da Saúde com a Takeda é de 18 milhões de doses.

Estudos A Butantan-DV vem sendo desenvolvida há mais de uma década em parceria com o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (NIH). O pedido de registro foi apresentado à Anvisa em 16 de dezembro de 2023.

A aprovação ocorreu após cinco anos de acompanhamento dos voluntários na fase 3 dos ensaios clínicos.

Segundo o instituto, nos estudos de fase dois, a vacina demonstrou 79,6% de eficácia geral para prevenir casos de dengue sintomática.

Já na terceira fase de estudos, a eficácia chegou a uma proteção de 89% contra dengue grave e dengue com sinais de alarme, além de eficácia e segurança prolongadas por até cinco anos.

Cenário epidemiológico A ampliação da vacinação ocorre em meio ao aumento expressivo de casos de dengue no país.

O Brasil registrou 6,56 milhões de casos prováveis da doença e 6.321 mortes em 2024, segundo o painel de monitoramento da doença do Ministério da Saúde. O número é quatro vezes maior que o de 2023, quando houve 1,65 milhão de casos e 1.179 óbitos. Em 2025, já são 1,63 milhão de casos prováveis e 1.730 mortes. O estado de São Paulo concentra 55% das infecções, com 897 mil casos e 1.108 óbitos.

G1

Foto: Camilla Carvalho/Instituto Butantan

Os ensaios clínicos da Novo Nordisk sobre a doença de Alzheimer, que envolviam uma versão oral mais antiga do seu medicamento semaglutida, não conseguiram retardar a progressão da doença neurodegenerativa, segundo informação divulgada pela empresa nesta segunda-feira (24).

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Os ensaios clínicos, que a Novo havia anteriormente chamado de “bilhete de loteria” para enfatizar a grande incerteza em relação ao resultado, estavam testando se o medicamento poderia retardar o declínio cognitivo em milhares de pacientes com doença leve.

O revés frustra as esperanças da Novo de que o Alzheimer pudesse abrir um novo e importante mercado para medicamentos GLP-1, como a semaglutida, e colocar a Novo à frente da concorrente Eli Lilly, contra a qual perdeu terreno em suas principais áreas de tratamento, como obesidade e diabetes.

“O fato de o estudo ter sido interrompido após dois anos, apesar de uma extensão planejada para um terceiro ano, sugere que a semaglutida praticamente não oferece nenhum benefício na desaceleração da progressão do Alzheimer”, disse à Reuters Erik Berg-Johnsen, gestor de portfólio da Storebrand Asset Management, acionista da Novo.

O ensaio clínico da Novo estava sendo acompanhado de perto como um indicador de se os medicamentos GLP-1, usados por milhões de pessoas para tratar diabetes e para perda de peso, poderiam retardar a progressão da doença. O medicamento testado foi o Rybelsus, um comprimido aprovado apenas para diabetes tipo 2. Assim como os medicamentos de sucesso da Novo, Ozempic e Wegovy, ele contém semaglutida.

A Associação de Alzheimer afirmou estar desapontada com os resultados, mas que o estudo continuaria.

“Embora este comprimido de semaglutida não tenha ajudado contra o Alzheimer, a área de pesquisa continuará investigando essa classe de medicamentos, pois eles podem agir de maneira diferente”, afirmou em comunicado.

A doença de Alzheimer e outras demências afetam mais de 55 milhões de pessoas em todo o mundo. Não há cura.

“Não foi o que esperávamos” “Hoje anunciamos que nossos esforços para retardar a progressão da doença de Alzheimer chegaram ao fim”, disse o presidente-executivo da Novo, Mike Doustdar, em um vídeo publicado no LinkedIn.

“Sempre soubemos que a probabilidade de sucesso seria baixa, mas era importante determinar se a semaglutida poderia superar um dos maiores desafios da medicina, com base nos dados indicativos que tínhamos.”

A Novo afirmou em comunicado à imprensa que observou um impacto nos biomarcadores da doença de Alzheimer, mas não especificou quais.

Os resultados dos dois ensaios clínicos com pacientes em fase inicial, denominados EVOKE e EVOKE+, representam mais um revés para a farmacêutica dinamarquesa e para o novo presidente-executivo, Doustdar, que havia alcançado um sucesso estrondoso, impulsionado pelos medicamentos Ozempic e Wegovy, antes que a desaceleração do crescimento das vendas e a queda acentuada do preço das ações levassem à troca de presidente-executivo e a demissões em massa.

O revés reforça o ceticismo dos analistas em relação às ambições da Novo no tratamento da doença de Alzheimer, com o UBS estimando uma probabilidade de sucesso de apenas 10%.

As ações da Novo caíram mais de 12% após a divulgação da notícia e fecharam em queda de 6%, o menor nível desde julho de 2021, um mês depois do lançamento do Wegovy. Já as ações da Lilly subiram 1%.

Diversos analistas descreveram a queda no preço das ações na segunda-feira como uma reação exagerada. “A reação das ações provavelmente se deve mais ao sentimento negativo em relação às ações da Novo Nordisk e ao fluxo de notícias negativas ao longo do último ano - talvez houvesse uma esperança de que esse estudo pudesse impulsionar um pouco o mercado”, disse o analista do Sydbank, Soren Lontoft Hansen.

Participantes dos testes Durante décadas, pesquisadores têm buscado tratamentos para a doença de Alzheimer, caracterizada pela presença das proteínas amiloide e tau no cérebro, e a maioria dos resultados tem sido insatisfatória.

As ações da Biogen subiram 3% após a notícia do fracasso do ensaio clínico da Novo para Alzheimer. O Leqembi, da Biogen e sua parceira Eisai, e o Kisunla, da concorrente Eli Lilly, são os únicos tratamentos aprovados nos Estados Unidos para retardar o declínio cognitivo causado pela doença de Alzheimer. Ambos os medicamentos requerem infusões ou injeções e podem causar efeitos colaterais significativos.

A Eli Lilly, a outra grande empresa no mercado de medicamentos para obesidade, não testou seu medicamento GLP-1 para Alzheimer.

Os ensaios clínicos com Rybelsus, que abrangeram um total de 3.808 pacientes, foram os primeiros grandes estudos a testar medicamentos GLP-1 em pessoas com Alzheimer em estágio inicial.

Os ensaios clínicos utilizaram um sistema de avaliação para mensurar mudanças clínicas em áreas como memória e capacidade dos pacientes de cuidar de si mesmos ao longo de um período de dois anos. Os estudos visavam uma desaceleração de 20% no declínio cognitivo, conforme mostram os detalhes dos ensaios.

A Novo divulgará os principais resultados do estudo na próxima semana, durante um congresso sobre Alzheimer, enquanto os dados completos serão divulgados em outro congresso, em março do ano que vem.

“Embora esses resultados não sejam os que esperávamos, eles contribuirão para nossa compreensão dessa doença devastadora e fatal”, disse Joanne Pike, presidente da Associação de Alzheimer.

Stine Jacobsen, Maggie Fick e Jacob Gronholt-Pedersen, da Reuters

Foto: Denis Balibouse/Reuters

Um estudo inédito da Universidade da Califórnia, em São Francisco (UCSF), nos Estados Unidos, e da Universidade de Adelaide, na Austrália, sugere que beber uma xícara de café diariamente pode evitar em 39% o risco do surgimento de arritmia cardíaca, que são batimentos irregulares e rápidos.

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O eletrofisiologista da UCSF, Gregory Marcus, diz que “a cafeína é também um diurético, que pode reduzir a pressão arterial e, portanto, diminuir o risco de arritmia. Muitos outros ingredientes presentes no café também têm propriedades anti-inflamatórias que podem apresentar resultados positivos”, diz, em nota publicada pelo site Science Daily.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores das duas universidades conduziram testes clínicos em 200 pacientes que apresentavam quadros constantes de arritmia cardíaca (fibrilação atrial), histórico do problema ou condições correlatas.

Choque elétrico Os pacientes foram submetidos a uma cardioversão elétrica, que é a aplicação de um único choque elétrico que busca restaurar o ritmo normal das batidas.

Após o procedimento, parte dos pacientes foi escolhida aleatoriamente para beber uma xícara de café com cafeína uma vez ao dia durante seis meses. Para a outra parte foi pedido para deixar de tomar qualquer substância com cafeína pelo mesmo período de tempo.

Ao final do estudo, o grupo que bebeu café teve risco 39% menor de ter arritmia. Um dos autores do estudo, Christopher Wong, da UCSF, explica que a pesquisa quebra um paradigma na medicina sobre o consumo de café por pessoas com problemas cardíacos.

“Médicos sempre recomendaram aos pacientes com arritmia cardíaca minimizar o consumo de café, mas esse teste sugere que o seu consumo é seguro e pode até mesmo proteger o indivíduo,” opinou.

Segundo dados do estudo, a fibrilação atrial ocorre mais comumente na população acima dos 60 anos e também em pessoas que estão muito acima do peso ideal. Nos Estados Unidos, o problema atinge cerca de 10 milhões de adultos.

Agência Brasil

Foto: © Marcelo Camargo/Agência Brasil

Sentir uma pontada aguda e repentina na cabeça, que desaparece em poucos segundos, é algo que costuma assustar quem passa por isso. Apesar do alarme que provoca, esse tipo de dor, segundo o neurocientista Dr. Fabiano de Abreu Agrela, pós-PhD em Neurociências e especialista em Genômica, geralmente não representa algo grave. Trata-se, na maioria dos casos, de um quadro conhecido como Cefaleia em Pontadas.

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“É um sintoma muito característico. O paciente descreve uma dor lancinante, como um choque ou uma ‘agulhada de gelo’ (ice-pick), que aparece aleatoriamente,” explica o Dr. Fabiano de Abreu.

Entendendo o fenômeno O especialista destaca que a dor pode surgir em diferentes regiões da cabeça — frontal, temporal ou parietal — e tem uma duração bem delimitada.

“Essas dores duram de um a dez segundos, no máximo um minuto em uma série de rajadas, e desaparecem completamente. Neurocientificamente, interpretamos isso como um disparo nociceptivo transitório,” afirma o Dr. Fabiano.

Segundo o neurocientista, o fenômeno está relacionado a uma hiperexcitabilidade momentânea no sistema trigeminal, responsável pela sensibilidade da face e parte da cabeça.

“Não se trata de uma lesão estrutural ou dano grave na maioria dos casos, e sim de uma disfunção funcional. O sistema de processamento da dor, que envolve o balanço entre excitação e inibição neuronal, tem um ‘curto-circuito’ muito breve, que se manifesta nessa pontada aguda,” detalha.

Quando é hora de se preocupar Embora a Cefaleia em Pontadas seja considerada primária — ou seja, não decorrente de outra doença — o Dr. Fabiano de Abreu alerta para a importância de observar os sinais associados.

“É fundamental diferenciar a Cefaleia em Pontadas de outros tipos de dor de cabeça. Se essa dor vier acompanhada de náuseas, vômitos, rigidez na nuca, febre ou, especialmente, se for a pior dor de cabeça da vida do indivíduo, é preciso procurar ajuda de emergência imediatamente para descartar causas secundárias, como um evento vascular.”

O especialista reforça que, diante de qualquer dor de cabeça com características diferentes do habitual, a avaliação médica é indispensável. Somente um neurologista pode confirmar o diagnóstico e indicar o tratamento mais adequado, garantindo segurança e tranquilidade ao paciente.

Saúde em Dia