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Com a chegada do tempo seco, sintomas como nariz entupido, tosse e olhos irritados se tornam mais frequentes. Segundo a pneumologista e membro da Sociedade Brasileira de Pneumologia (SBP) Maria Cecília Maiorano, a baixa umidade do ar interfere diretamente na saúde, principalmente em quem tem doenças respiratórias crônicas, como asma, rinite e bronquite.

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“O ar seco resseca as vias respiratórias, a boca, os olhos e a pele. Isso aumenta a irritação, causa desconforto e pode até dificultar a respiração”, afirma a médica. Tosse, espirros e crises respiratórias Entre os sintomas mais comuns estão tosse seca, espirros, dor de garganta e falta de ar. Além disso, o tempo seco aumenta a ocorrência de infecções respiratórias como sinusite, gripes e resfriados.

Pacientes com doenças como DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), rinite alérgica ou asma devem redobrar os cuidados. “Essas condições tendem a piorar porque o ar seco facilita a inflamação das vias aéreas”, explica a pneumologista.

Olhos e pele também sofrem O tempo seco não afeta apenas o sistema respiratório. “Os olhos podem ficar secos, ardendo e avermelhados. A pele fica áspera, coça e, em alguns casos, pode até rachar”, diz a especialista.

O que fazer para aliviar os efeitos do tempo seco Veja abaixo as principais recomendações da pneumologista para lidar melhor com a baixa umidade:

Beber bastante água ao longo do dia. Usar soro fisiológico no nariz. Aplicar hidratante na pele e nos lábios. Evitar banhos muito quentes e demorados. Ligar o umidificador por até 3 horas em dias muito secos (umidade abaixo de 30%). Manter a casa limpa, arejada e sem acúmulo de poeira. A hidratação é uma das medidas mais importantes. A recomendação geral é consumir cerca de 35 ml de água por quilo de peso por dia — uma pessoa de 60 kg, por exemplo, deve beber cerca de 2,1 litros. No entanto, quem tem insuficiência cardíaca ou renal deve seguir orientação médica.

Dra. Maria Cecília ressalta que os umidificadores são úteis, mas devem ser usados com cautela: “Funcionam bem se usados por algumas horas e com limpeza adequada. Caso contrário, podem acumular fungos e piorar os problemas respiratórios.”

Quando procurar um médico? Alguns sinais indicam que é hora de buscar ajuda profissional:

Falta de ar Tosse persistente Chiado no peito Febre Dor no peito ao respirar Irritação intensa nos olhos ou garganta “Manter o acompanhamento médico e usar corretamente os medicamentos é essencial, principalmente para quem tem doenças respiratórias crônicas”, conclui a pneumologista.

G1

Uma vacina experimental de mRNA desenvolvida por cientistas da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos, conseguiu potencializar os efeitos da imunoterapia e eliminar tumores em testes com camundongos. A descoberta, publicada na quinta-feira (18) na revista Nature Biomedical Engineering, é considerada um passo importante rumo à criação de uma vacina universal contra o câncer.

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O diferencial do estudo está no fato de que a vacina testada não foi desenvolvida para atingir um tumor específico, mas sim para estimular o sistema imunológico de forma ampla, como se o corpo estivesse respondendo a um vírus. Esse estímulo provocou uma reação robusta das células de defesa, que passaram a reconhecer e atacar as células tumorais.

“A grande surpresa é que uma vacina de mRNA, mesmo sem ter como alvo um câncer específico, conseguiu gerar uma resposta imune com efeitos anticâncer bastante significativos”, explicou o oncologista pediátrico Elias Sayour, líder do estudo e pesquisador da UF Health.

Testes eliminaram tumores em modelos resistentes Nos experimentos, os pesquisadores combinaram a nova vacina de mRNA com medicamentos já usados na imunoterapia, os chamados inibidores de checkpoint imunológico, como o anti-PD-1. Esses fármacos "liberam o freio" das células T, parte essencial da defesa do organismo, para que elas consigam atacar o tumor.

A combinação foi testada em camundongos com melanoma, um tipo agressivo de câncer de pele, e apresentou resultados promissores, inclusive em tumores resistentes a tratamento. Em alguns modelos, os tumores desapareceram completamente. A equipe também obteve efeitos positivos em casos de câncer ósseo e cerebral.

A chave do sucesso, segundo os cientistas, foi forçar os tumores a expressarem a proteína PD-L1, que torna as células cancerígenas mais visíveis para o sistema imunológico. Essa "isca" aumentou a eficácia da imunoterapia.

Tecnologia similar à das vacinas da covid-19 A formulação da vacina experimental segue a mesma lógica das vacinas de mRNA contra a covid-19, como as da Pfizer e da Moderna. Ela usa uma molécula de RNA mensageiro envolta em nanopartículas lipídicas (pequenas partículas de gordura) para levar instruções às células e gerar uma resposta imunológica.

No ano passado, o grupo de Sayour já havia testado com sucesso, em humanos, uma vacina personalizada de mRNA para tratar glioblastoma, um tipo de câncer cerebral raro e agressivo. Na ocasião, a vacina foi feita a partir das células tumorais de cada paciente. Agora, a inovação é ir além: usar uma vacina genérica, de uso mais amplo, que dispense a personalização.

“Este estudo propõe um terceiro paradigma no desenvolvimento de vacinas contra o câncer”, disse Duane Mitchell, coautor da pesquisa. “Em vez de adaptar a vacina a um tumor específico ou buscar alvos comuns entre pacientes, podemos usar uma resposta imune forte e inespecífica como arma principal.”

PRÓXIMOS PASSOS: A expectativa agora é levar a nova formulação a testes clínicos com humanos. “Se conseguirmos replicar esses efeitos em humanos, isso abre caminho para uma vacina universal que prepara o sistema imunológico para reconhecer e destruir o câncer”, afirmou Mitchell.

Os cientistas trabalham para aprimorar a formulação e viabilizar os testes em pacientes nos próximos anos. A pesquisa foi financiada por diversas agências americanas, incluindo os Institutos Nacionais de Saúde (NIH).

“Poderíamos despertar a resposta imune do próprio paciente contra seu tumor. Se isso for validado em humanos, terá implicações profundas no tratamento do câncer”, disse Mitchell. Essa nova abordagem representa uma promessa especialmente relevante para pacientes com tumores agressivos ou que não respondem bem aos tratamentos convencionais, como quimioterapia e radioterapia.

G1

Foto: Freepik

Muitas pessoas deixam para tomar café da manhã mais tarde, seja por falta de fome, ou pela correria mesmo. No entanto, de acordo com o endocrinologista Francisco Rosero, o horário das refeições pode ter um impacto direto no metabolismo, no equilíbrio hormonal e até no humor. Segundo o especialista, quando o assunto é café da manhã, o nosso relógio biológico é bem exigente.

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O que acontece no seu corpo quando você atrasa o café da manhã Nosso corpo é uma máquina pontual. Nós seguimos um ciclo circadiano de 24 horas que organiza tudo: do sono ao apetite, da produção de hormônios ao gasto de energia.

É aí que entra a crononutrição, a ciência que estuda não só o que comemos, mas quando comemos. Em um vídeo postado no seu Instagram, Rosero destaca que tomar café da manhã cedo — de preferência antes das 9h — é uma das melhores estratégias para manter a saúde metabólica em dia. E isso tem tudo a ver com o cortisol, também chamado de "hormônio do estresse".

O pico do cortisol começa às 4h da manhã e sobe até 8h ou 9h, quando atinge seu nível máximo e depois começa a diminuir", explica Rosero. Comer nesse intervalo ajuda o corpo a aproveitar melhor essa janela de ação hormonal, contribuindo para o equilíbrio energético e até para o bom humor ao longo do dia.

Por outro lado, não quebrar o jejum antes das 9h pode ser interpretado pelo organismo como um sinal de ameaça ou escassez. Em vez de entrar no modo “tudo sob controle”, o corpo continua em alerta máximo.

“Se eu não tomo café da manhã antes das 9h, meu corpo interpreta esse jejum como um sinal de estresse e, portanto, não deixa os níveis de cortisol começarem a cair, mas os mantém altos”, explica o endocrinologista FE tem mais: um estudo com participação do ISGlobal mostrou que tomar café da manhã depois das 9h aumenta em 59% o risco de desenvolver diabetes tipo 2, comparado a quem come antes das 8h.

Afinal, qual é o horário ideal para começar a comer? Segundo o endocrinologista Francisco Rosero, "o horário ideal para quebrar o jejum é entre 7h e 8h da manhã". Quando fazemos isso, enviamos ao corpo uma mensagem poderosa: "está tudo bem" e "não é mais necessário manter o alerta ligado com altos níveis de cortisol".

Fontes de fibras e proteínas são os melhores alimentos para comer no café da manhã Não basta só acordar e comer qualquer coisa. Para o endocrinologista Francisco Rosero, o que colocamos no prato logo cedo faz toda a diferença, especialmente se a ideia é equilibrar hormônios, controlar o estresse e manter o corpo funcionando em ritmo saudável.

Segundo ele, alimentos ricos em proteínas de alta qualidade são essenciais nesse momento do dia. Eles aumentam a saciedade, estabilizam os níveis de açúcar no sangue e ainda dão suporte ao cérebro e ao sistema hormonal. De quebra, ajudam a frear a produção exagerada de cortisolrancisco Rosero.

Café da manhã depois das 9h aumenta o risco de diabetes Enquanto o café da manhã não vem, o corpo assume que precisa agir por conta própria. Para garantir energia imediata, ele mantém os níveis de cortisol nas alturas e recorre a um plano B de sobrevivência: a gliconeogênese, um processo que transforma nossas próprias reservas internas em glicose, inclusive o tecido muscular, se for necessário.

Esse modo de emergência pode até funcionar a curto prazo, mas tem um custo. O excesso de açúcar no sangue gerado por esse processo, se sustentado dia após dia, pode prejudicar a sensibilidade à insulina, estimular inflamações crônicas e criar um cenário metabólico nada favorável.

Alguns dos alimentos que Rosero cita são:

ovos, iogurte grego, queijos, fontes vegetais como as leguminosas (feijão, grão-de-bico, lentilha...). Esse tipo de café da manhã rico em proteína não só reduz os picos de fome no fim do dia, como melhora a concentração e garante uma curva de energia mais estável, sem altos e baixos ao longo da jornada.

Tudo Gostoso

Você sabia que a obesidade pode afetar a saúde mental? Já se sabe que existe uma relação entre alimentação e ansiedade. No entanto, alguns fatores relacionados ao excesso de peso aumentam o risco de declínio cognitivo e transtornos mentais, conforme apontam estudos sobre o assunto.

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Conforme destaca o neurologista Pedro Schestatsky (@drpedroneuro), pós-PhD em Harvard, isso reforla a importância de um controle do peso para a saúde mental.

"O excesso de peso pode afetar significativamente a saúde mental, indo além da já conhecida neuroinflamação e estresse oxidativo associados à obesidade", ressalta.

Como a obesidade pode afetar a saúde mental Dois estudos demonstram que a obesidade impacta tanto o volume, quanto o fluxo sanguíneo no cérebro, explica o especialista.

Em termos de volume, o excesso de peso está relacionado a uma redução de 8% na perfusão sanguínea de várias regiões cerebrais, com destaque para o hipocampo e o córtex orbitofrontal. Essas áreas estão associadas ao desenvolvimento de vários transtornos mentais.

Quanto ao fluxo sanguíneo cerebral, o aumento do peso corporal pode reduzir a perfusão em até 22% em regiões como o lobo temporal e o hipocampo, ambas associadas a importantes distúrbios cognitivos.

Essas alterações predispõem os indivíduos a um risco elevado de declínio cognitivo, doenças neurodegenerativas e transtornos mentais.

"Isso reforça a importância de intervenções para reduzir o excesso de peso visando proteger a sua saúde física e mental no médio e longo prazo", ressalta o neurologista.

Tudo Gostoso