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Caminhar 7 mil passos por dia reduz significativamente os riscos de uma ampla variedade de problemas graves de saúde, de acordo com a maior revisão de evidências já realizada até o momento, divulgada nesta quinta-feira (24).

caminhada

A meta mais promovida para as pessoas que monitoram o número de passos é 10.000, embora esse número tenha supostamente surgido em uma campanha de marketing da década de 1960 para um pedômetro japonês.

Em busca de meta que tivesse embasamento científico, uma equipe internacional de pesquisadores liderada por acadêmicos da Universidade de Sydney, na Austrália, analisou 57 estudos anteriores realizados em todo o mundo que abrangeram 160.000 pessoas.

Os resultados, publicados no jornal científico "Lancet Public Health", revelaram que caminhar 7.000 passos por dia reduziu em 47% o risco de morte precoce em praticamente todas as causas, em comparação com o total de 2.000 passos diários, sendo que o estudo ainda analisou problemas de saúde não abordados anteriormente por outras pesquisas sobre o tema.

A prática de caminhar 7.000 passos por dia foi associada a uma redução de 38% no risco de demência, 25% menos risco de doenças cardíacas, 22% menos risco de depressão e 14% menos de diabetes.

Embora o número de passos não influenciasse se uma pessoa tinha ou não câncer, as pessoas que caminhavam mais tiveram 37% menos probabilidade de morrer em razão da doença em comparação com as que andavam menos passos.

Embora a velocidade de cada pessoa varie bastante, 7.000 passos equivalem a aproximadamente uma hora de caminhada ao longo do dia.

"Mais é sempre melhor", diz cientista "Embora 10.000 passos por dia ainda possa ser uma meta viável para as pessoas mais ativas, 7.000 passos por dia estão associados a melhorias clinicamente significativas nos resultados de saúde e podem ser uma meta mais realista e alcançável para alguns", escreveram os autores no artigo publicado no Lancet Public Health.

"Você não precisa dar 10.000 passos por dia para obter grandes benefícios à saúde", disse Paddy Dempsey, coautor do estudo e pesquisador médico da Universidade de Cambridge. "Os maiores ganhos ocorrem antes dos 7.000 passos, e a partir de então os benefícios tendem a se estabilizar", explicou.

Dempsey enfatizou que as pessoas que já conseguem dar 10.000 passos ou mais devem continuar a fazê-lo. Mas, para as que podem achar 7.000 passos algo um tanto assustador, ele diz "não desanimem".

"Se você só dá de 2.000 a 3.000 passos por dia, tente adicionar mais 1.000 passos. Isso equivale a apenas 10 a 15 minutos de caminhada leve ao longo do dia", disse ele.

Andrew Scott, pesquisador da Universidade de Portsmouth, que não participou do estudo, disse que "isso demonstra que, no geral, mais é sempre melhor". "As pessoas não devem se concentrar muito nos números, principalmente nos dias em que a atividade é limitada", acrescentou.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda pelo menos 150 minutos de atividade física moderada a intensa por semana. Segundo a entidade, quase um terço da população mundial não atinge essa meta.

G1

Foto: Reiner Knudsen/Pixabay

Pesquisadores da Universidade da Carolina do Sul, nos EUA, associaram o uso regular do fio dental a uma redução nos riscos de acidentes vasculares cerebrais (AVCs). A pesquisa, apresentada na International Stroke Conference 2025, em Los Angeles, acompanhou mais de 6 mil pessoas por 25 anos.

avcatividade

Foi observado que o uso do fio dental pelo menos uma vez por semana pode diminuir o risco de AVC isquêmico em 22% e de AVC cardioembólico em 44%.

Ligação entre saúde bucal e cardiovascular A conexão entre a saúde da boca e o sistema cardiovascular não é nova, mas este estudo amplia nossa compreensão. Bactérias bucais podem causar inflamações que afetam o coração e os vasos sanguíneos.

Estas bactérias podem entrar na corrente sanguínea, agravando condições cardíacas e aumentando o risco de complicações como coágulos sanguíneos. Proliferando na boca, elas não só afetam a saúde bucal, mas também têm impacto direto no risco cardiovascular.

Prática adequada do uso de fio dental Muitas pessoas não utilizam o fio dental corretamente. Para prevenir o acúmulo de placa bacteriana, que pode causar doenças gengivais e, consequentemente, problemas cardíacos, é essencial o uso diário e correto.

O uso do fio ou fita dental deve ser feito antes ou depois da escovação. Crianças também devem usá-lo, com a supervisão de um adulto. Confira como deve ser feito o uso:

1- Pegue um pedaço de 30 a 40 centímetros do fio e enrole em cada dedo do meio, deixando um pedaço livre entre eles;

2- Segure o fio entre o polegar e o indicador das mãos;

3- Para inserir ou retirar o fio de entre os dentes, faça movimentos de trás para frente;

4- Em frente ao espelho, passe o fio de cima para baixo entre os dentes. Depois, passe ao redor da base de cada dente, entrando no espaço entre o dente e a gengiva.

Impactos do estudo na saúde pública

Este estudo tem amplas implicações para a saúde pública. Integrar o uso do fio dental à rotina diária, além de uma dieta saudável e exercícios, surge como uma ferramenta prática na prevenção de doenças sérias.

A inclusão desse hábito nas políticas de saúde pública pode ajudar a prevenir complicações cardiovasculares, além de melhorar a saúde bucal de forma geral.

Embora este estudo forneça importantes insights, é apenas uma parte de um cenário mais amplo. Espera-se que futuros estudos continuem a investigar essa relação entre saúde bucal e cardiovascular.

Catraca Livre

Com a chegada do tempo seco, sintomas como nariz entupido, tosse e olhos irritados se tornam mais frequentes. Segundo a pneumologista e membro da Sociedade Brasileira de Pneumologia (SBP) Maria Cecília Maiorano, a baixa umidade do ar interfere diretamente na saúde, principalmente em quem tem doenças respiratórias crônicas, como asma, rinite e bronquite.

temposeco

“O ar seco resseca as vias respiratórias, a boca, os olhos e a pele. Isso aumenta a irritação, causa desconforto e pode até dificultar a respiração”, afirma a médica. Tosse, espirros e crises respiratórias Entre os sintomas mais comuns estão tosse seca, espirros, dor de garganta e falta de ar. Além disso, o tempo seco aumenta a ocorrência de infecções respiratórias como sinusite, gripes e resfriados.

Pacientes com doenças como DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), rinite alérgica ou asma devem redobrar os cuidados. “Essas condições tendem a piorar porque o ar seco facilita a inflamação das vias aéreas”, explica a pneumologista.

Olhos e pele também sofrem O tempo seco não afeta apenas o sistema respiratório. “Os olhos podem ficar secos, ardendo e avermelhados. A pele fica áspera, coça e, em alguns casos, pode até rachar”, diz a especialista.

O que fazer para aliviar os efeitos do tempo seco Veja abaixo as principais recomendações da pneumologista para lidar melhor com a baixa umidade:

Beber bastante água ao longo do dia. Usar soro fisiológico no nariz. Aplicar hidratante na pele e nos lábios. Evitar banhos muito quentes e demorados. Ligar o umidificador por até 3 horas em dias muito secos (umidade abaixo de 30%). Manter a casa limpa, arejada e sem acúmulo de poeira. A hidratação é uma das medidas mais importantes. A recomendação geral é consumir cerca de 35 ml de água por quilo de peso por dia — uma pessoa de 60 kg, por exemplo, deve beber cerca de 2,1 litros. No entanto, quem tem insuficiência cardíaca ou renal deve seguir orientação médica.

Dra. Maria Cecília ressalta que os umidificadores são úteis, mas devem ser usados com cautela: “Funcionam bem se usados por algumas horas e com limpeza adequada. Caso contrário, podem acumular fungos e piorar os problemas respiratórios.”

Quando procurar um médico? Alguns sinais indicam que é hora de buscar ajuda profissional:

Falta de ar Tosse persistente Chiado no peito Febre Dor no peito ao respirar Irritação intensa nos olhos ou garganta “Manter o acompanhamento médico e usar corretamente os medicamentos é essencial, principalmente para quem tem doenças respiratórias crônicas”, conclui a pneumologista.

G1

Uma vacina experimental de mRNA desenvolvida por cientistas da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos, conseguiu potencializar os efeitos da imunoterapia e eliminar tumores em testes com camundongos. A descoberta, publicada na quinta-feira (18) na revista Nature Biomedical Engineering, é considerada um passo importante rumo à criação de uma vacina universal contra o câncer.

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O diferencial do estudo está no fato de que a vacina testada não foi desenvolvida para atingir um tumor específico, mas sim para estimular o sistema imunológico de forma ampla, como se o corpo estivesse respondendo a um vírus. Esse estímulo provocou uma reação robusta das células de defesa, que passaram a reconhecer e atacar as células tumorais.

“A grande surpresa é que uma vacina de mRNA, mesmo sem ter como alvo um câncer específico, conseguiu gerar uma resposta imune com efeitos anticâncer bastante significativos”, explicou o oncologista pediátrico Elias Sayour, líder do estudo e pesquisador da UF Health.

Testes eliminaram tumores em modelos resistentes Nos experimentos, os pesquisadores combinaram a nova vacina de mRNA com medicamentos já usados na imunoterapia, os chamados inibidores de checkpoint imunológico, como o anti-PD-1. Esses fármacos "liberam o freio" das células T, parte essencial da defesa do organismo, para que elas consigam atacar o tumor.

A combinação foi testada em camundongos com melanoma, um tipo agressivo de câncer de pele, e apresentou resultados promissores, inclusive em tumores resistentes a tratamento. Em alguns modelos, os tumores desapareceram completamente. A equipe também obteve efeitos positivos em casos de câncer ósseo e cerebral.

A chave do sucesso, segundo os cientistas, foi forçar os tumores a expressarem a proteína PD-L1, que torna as células cancerígenas mais visíveis para o sistema imunológico. Essa "isca" aumentou a eficácia da imunoterapia.

Tecnologia similar à das vacinas da covid-19 A formulação da vacina experimental segue a mesma lógica das vacinas de mRNA contra a covid-19, como as da Pfizer e da Moderna. Ela usa uma molécula de RNA mensageiro envolta em nanopartículas lipídicas (pequenas partículas de gordura) para levar instruções às células e gerar uma resposta imunológica.

No ano passado, o grupo de Sayour já havia testado com sucesso, em humanos, uma vacina personalizada de mRNA para tratar glioblastoma, um tipo de câncer cerebral raro e agressivo. Na ocasião, a vacina foi feita a partir das células tumorais de cada paciente. Agora, a inovação é ir além: usar uma vacina genérica, de uso mais amplo, que dispense a personalização.

“Este estudo propõe um terceiro paradigma no desenvolvimento de vacinas contra o câncer”, disse Duane Mitchell, coautor da pesquisa. “Em vez de adaptar a vacina a um tumor específico ou buscar alvos comuns entre pacientes, podemos usar uma resposta imune forte e inespecífica como arma principal.”

PRÓXIMOS PASSOS: A expectativa agora é levar a nova formulação a testes clínicos com humanos. “Se conseguirmos replicar esses efeitos em humanos, isso abre caminho para uma vacina universal que prepara o sistema imunológico para reconhecer e destruir o câncer”, afirmou Mitchell.

Os cientistas trabalham para aprimorar a formulação e viabilizar os testes em pacientes nos próximos anos. A pesquisa foi financiada por diversas agências americanas, incluindo os Institutos Nacionais de Saúde (NIH).

“Poderíamos despertar a resposta imune do próprio paciente contra seu tumor. Se isso for validado em humanos, terá implicações profundas no tratamento do câncer”, disse Mitchell. Essa nova abordagem representa uma promessa especialmente relevante para pacientes com tumores agressivos ou que não respondem bem aos tratamentos convencionais, como quimioterapia e radioterapia.

G1

Foto: Freepik