Segundo um estudo espanhol, pessoas com temperamento agressivo tem duas vezes mais chances de ter um derrame. De acordo com o jornal britânico Daily agressivos3182012Mail, a pesquisa avaliou que aqueles que se encaixam na "personalidade tipo A" – caracterizada por comportamentos de hostilidade, agressão e impaciência – podem ter o risco de um acidente vascular cerebral tanto quanto quem fuma.

 

Os cientistas compararam 150 adultos que sofreram derrame com outras 300 pessoas saudáveis e que vivem na mesma área, todos com média de idade de 54 anos. Foram observados os níveis de estresse crônico analisando ansiedade, depressão, bem-estar geral e padrões de comportamento. Segundo a publicação, os níveis de estresse estão ligados ao alto risco de derrame, doença que mata 67 mil britânicos por ano.

 

Outros fatores de risco como diabetes, pressão alta, colesterol alto, e questões relacionadas ao estilo de vida, como ingestão de álcool, cafeína, cigarro e se tinha ou não um parceiro ou um trabalho, foram igualmente avaliados. O estudo, publicado na versão online do Jornal de Neurologia, Neuro-Cirurgia e Psiquiatria, mostrou também que a chance de se ter um derrame pode ser até quatro vezes maior para aqueles que viveram um evento traumático, como um luto, nos últimos 12 meses.

 

O responsável pela pesquisa, Dr. Jose Antonio Egido, neurologista do Hospital da Universidade de San Carlo, em Madri, na Espanha, comentou o resultado. “Características de comportamento podem refletir a capacidade de se adaptar a uma vida estressante. Nós concluímos, portanto, que indivíduos com altos níveis de competitividade e agressão podem ser até duas vezes mais propensos a sofrer um derrame comparados aos mais controlados”, afirmou. Ele declarou ainda que não observou que homens e mulheres tenham diferenças quanto a esse resultado. "Relacionando a influência de fatores psicossociais, como o estresse, às causas do derrame, poderíamos adicionar terapias preventivas contra esta doença nas classes de pessoas que correm mais riscos”, completou.

 

Terra

O período após o parto é o momento em que a mulher fica vulnerável a diversas emoções, desde as mais simples, como o choro, a tristeza, até as coisas bem mais inusitadas, como imaginar que há alguém a perseguindo ou que tem superpoderes. O obstetra Sérgio Floriano Toledo, diretor da Sociedade Paulista de Ginecologia, explica que durante a gravidez, o corpo fica “banhado” de hormônios, com destaque para o estrogênio e a progesterona.

 

Após o nascimento do bebê, há uma queda intensa da produção hormonal, deixando a mulher mais suscetível a uma série de fatores que podem levar à depressão.

 

— A morte de alguém, passar muitos dias na UTI e o determinismo genético [ter casos na família] podem ficar mais evidenciados no período pós-parto.

 

Com “determinismo genético”, o médico quer dizer que ter histórico familiar de depressão pode aumentar as chances de que a mulher também tenha.

 

Além disso, a doença se enquadra em três tipos: tristeza pós-parto, depressão pós-parto e psicose pós-parto. Elas se diferenciam nos sintomas e na intensidade, durando de cinco a sete dias.

 

— A duração da depressão intermediária e da psicose pós-parto vai depender do diagnóstico correto, da proposta de tratamento e do envolvimento dos familiares.

 

Existe tratamento para esse distúrbio psicológico? Sim. Dependendo da intensidade, é necessário o uso de medicamentos e, às vezes, até do método de eletroconvulsoterapia (corrente elétrica) em casos especiais de psicose pós-parto. O médico acrescenta:

— Já a psicoterapia pode ser inserida como tratamento para os três tipos de depressão.

 

Vale ressaltar que, quando a mulher se encontra em estado de depressão, quem procura pela ajuda médica são os familiares, pois quem “está de fora” consegue perceber com mais rapidez as alterações emocionais que ocorrem na mãe. Por isso é fundamental a participação e o apoio da família durante o processo de cura.

 

Quer saber mais sobre os tipos de depressão que podem ocorrer após o parto? Confira:

Tristeza pós-parto: Ela pode ocorrer do 3º ao 4º dia após o parto, atingindo cerca de 50% a 80% das mulheres. Sintomas: Após o nascimento do bebê, a mulher fica mais chorosa, irritada, não consegue dormir, o humor fica alterado e há certa dificuldade em se concentrar.

 

Depressão pós-parto (intermediária): Normalmente ela inicia a partir da segunda semana após o parto, atingindo cerca de 10% a 15% das mulheres. Sintomas: Na fase intermediária, os sintomas aparecem com mais intensidade. São elas: tristeza excessiva, choro, desânimo, desligamento da vida social, perda do apetite, aparência abatida, distúrbio do sono e perda da libido.

 

Psicose pós-parto: Ela pode ocorrer entre duas ou três semanas após o parto. A incidência é infinitamente menor, atingindo cerca de 0,1% a 0,2% das mulheres. Sintomas: Ilusões, alucinações (sensação de ter alguém te seguindo), confusão mental e agitação motora. A mulher fica totalmente desconexa do tempo e do espaço.

 

R7

chocolateMais um estudo revelou os benefícios do chocolate sobre a saúde do coração. Dessa vez, pesquisadores suecos descobriram que o doce pode ser um aliado dos homens para evitar um acidente vascular cerebral (AVC). Segundo os resultados do trabalho, que foi publicado nessa quarta-feira no periódico Neurology, comer pequenas quantidades do alimento já é suficiente para reduzir o risco de derrame em 17%.

 

A pesquisa, feita pelo Instituto Karolinska, em Estocolmo, na Suécia, acompanhou por dez anos mais de 37.000 homens de 49 a 75 anos. Ao longo desse período, eles responderam a questionários sobre estado de saúde e hábitos alimentares. Ao final do estudo, foram registrados quase 2.000 derrames cerebrais.

 

Entre os homens que nunca comiam chocolate ou que consumiam as menores quantidades, a incidência de AVC foi de 85 por 100.000 participantes ao ano. Essa taxa, entre aqueles que mais comiam o doce (cerca de 10 gramas por dia), foi de 73 por 100.000 homens ao ano. O risco de derrame foi menor entre esse grupo mesmo após os pesquisadores levarem em consideração fatores como peso, tabagismo, sedentarismo e pressão alta.

 

Para a coordenadora do estudo, Susanna Larsson, pode ser que os efeitos positivos do chocolate se devam à presença dos flavonoides no alimento. Essa substância, que também é encontrada em frutas e vegetais, é conhecida por ter propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Enquanto o mecanismo pelo qual esse doce age no organismo ainda não e completamente compreendido, a autora afirma que o consumo de chocolate deve ser moderado, já que ele é calórico e contém gordura.

 

 

Fonte: G1

Os pacientes com doenças crônico-degenerativas, em casos terminais, devem ter a vontade de morrer respeitada pelos médicos, independente da vontade da família. Isso é o que determina a resolução 1995/2012 do Conselho Federal de Medicina, publicada neste ano. Com a resolução, o paciente que avisar o médico e tiver registrado no prontuário que quer "morrer em paz", sem intervenção de aparelhos e da tecnologia, não poderá ser contrariado.

 

De acordo com o presidente do CFM (Conselho Federal de Medicina), Roberto D'Ávila, o paciente deve definir para seu médico, enquanto lúcido, o que quer para o seu momento final de vida. Isso pode ser feito em qualquer idade, mesmo antes da doença.

 

O paciente deve dizer, por exemplo, se quer ou não ser operado, levado para a UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) ou reanimado em caso de paradas cardíacas ou respiratórias.

 

Registrado no prontuário do paciente, a decisão pode ou não ser assinada pela pessoa. O documento, inclusive, pode ser registrado em cartório. No Estado de São Paulo, segundo D'Ávila, mais de 3.000 documentos semelhantes já foram registrados.

 

— As pessoas devem dizer o que querem quando estiverem morrendo e o médico será obrigado a fazer isso. Se ela não quer ir para a UTI, quer morrer em casa, vai ser respeitada. Mas se quiser usar todos os requisitos tecnológicos, também será respeitada.

 

Eutanásia

A grande preocupação do CFM é preservar a relação médico-paciente, garantindo, a quem quiser, a "tranquilidade do momento de partida". Isso, no entanto, não deve ser confundido com eutanásia.

 

— Não queremos confundir com a eutanásia, quando o médico desliga aparelhos. Não vamos desligar aparelhos. A pessoa não será abandonada, vai receber os cuidados paliativos para ter conforto o tempo necessário e morrer em paz.

 

Segundo D'Ávila, o que defende o CFM é a ortotanásia, ou seja, a morte natural, inclusive com o auxilio e acompanhamento de um médico.

 

— Temos que fazer todo um possível até um limite, mas queremos resgatar que as pessoas morram no seu tempo certo, sem intervenção desnecessária que não traz benefício. Queremos respeitar o paciente que não quer sentir dor, não quer ficar nervoso, quer ter presença dos familiares, estar em casa. E queremos deixa-lo partir sem amarra ou intervenção fútil, porque não lhe da opção de voltar a estado de saúde prévio.

 

O presidente do CFM explica a diferença da eutanásia e da ortotanásia, relativa à resolução. Se um paciente em estado vegetativo tem os aparelhos desligados, isso pode ser considerado eutanásia. Se ele decide e avisa o médico, quando ainda está saudável, que não quer intervenções que prolonguem a vida, o médico não o deixaria chegar a um estado vegetativo, por exemplo, e isso é a ortotanásia, porque a pessoa morre naturalemente.

 

Entenda a diferença:

Eutanásia: abreviação da morte. É quando o médico desliga os aparelhos de uma pessoa que está em estado vegetativo, por exemplo, dependendo daqueles aparelhos para viver.

Distanásia: prolongação da morte. É quando o médico liga o paciente em aparelhos e usa a tecnologia disponível para prolongar a vida ou atrasar a morte.

Ortotanásia: morte natural. É quando o médico trata o paciente, mas, em casos terminais, não utiliza artifícios tecnológicos para atrasar a morte do paciente.

 

R7