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Dieta rica em vegetais pode ajudar a evitar o desenvolvimento de pancreatite aguda. É o que sugere estudo publicado na revista Gut.


A pesquisa mostra que pessoas que comem mais vegetais, mais de 4 porções por dia, são 44% menos propensas à doença do que aquelas que comem menos de 1 porção por dia.


Pancreatite se refere à inflamação do pâncreas, glândula localizada atrás do estômago que, entre outras coisas, libera as enzimas digestivas para digerir a comida.


Ocasionalmente, essas enzimas ficam ativas dentro do pâncreas e começam a digerir a própria glândula. Um em cada cinco pessoas com pancreatite aguda tem sintomas graves e potencialmente fatais.


Pesquisas anteriores sugeriram que a produção excessiva de radicais livres, subprodutos de atividade celular, está associada com a pancreatite aguda. Além disso, os níveis de enzimas antioxidantes, que eliminam esses radicais são aumentados durante um ataque.


Com o novo trabalho, a equipe decidiu saber se um desequilíbrio nos níveis de antioxidantes, associado com fatores alimentares, pode tornar o pâncreas mais sensível aos efeitos dos radicais livres e assim aumentar o risco de pancreatite aguda.


Eles analisaram uma amostra populacional de 80 mil adultos que vivem na região central da Suécia entre 1998 e 2009. Em 1997, cada um dos participantes respondeu a um questionário completo sobre quantas vezes eles tinham comido de uma escala de 96 itens alimentares ao longo do ano anterior.


A média de consumo de vegetais e frutas foi de cerca de 2,5 e pouco menos de 2 porções, respectivamente, a cada dia.


Durante o período de monitoramento, 320 pessoas desenvolveram pancreatite aguda que não foi associada com as complicações de cálculos biliares, uma causa relativamente comum da condição.


A quantidade consumida de fruta não pareceu influenciar o risco de desenvolvimento de pancreatite aguda, mas isto não foi o caso para vegetais.


Depois de avaliar fatores susceptíveis de influenciar os resultados, a análise mostrou que aqueles que comiam mais vegetais, mais de 4 porções por dia, eram 44% menos prováveis de desenvolver pancreatite aguda do que aqueles que comiam menos de 1 porção por dia.


A proteção proporcionada por uma dieta rica em vegetais pareceu mais forte entre aqueles que consumiam mais de 1 bebida de álcool por dia, e aqueles que estavam com sobrepeso (IMC de 25 ou mais).


O risco de desenvolver a doença caiu 71% entre os que bebiam e 51% entre aqueles que estavam acima do peso.


A explicação mais provável para o efeito protetor dos vegetais é o elevado nível de antioxidantes que contêm, afirmam os autores, do Karolinska Institutet.


Segundo eles, a razão pela qual frutas, que também contém altos níveis de antioxidantes, não parecem afetar o risco de pancreatite aguda, pode estar no seu teor de frutose, que pode contrariar os efeitos dos antioxidantes.


Se os seus resultados forem confirmados por outras pesquisas, os autores sugerem que o aumento da ingestão de vegetais pode ajudar a evitar o desenvolvimento de pancreatite aguda.



R7

Ficar de pé por longos períodos de tempo durante a gravidez pode impactar o crescimento do feto, apontam as conclusões de um estudo recém-divulgado.


Pesquisadores perceberam que mulheres que passavam a maior parte de sua jornada laboral de pé davam a luz a bebês cujas cabeças eram cerca de 1 cm menores do que a média. Isso, porém, não afetou a saúde dos bebês pesquisados no parto.


A pesquisa, publicada no periódico 'Occupational and Environmental Medicine', acompanhou 4,6 mil mulheres durante a gravidez. Cerca de 40% delas eram profissionais que passavam cerca de 8 horas por dia de pé - por exemplo, cabeleireiras, vendedoras e babás.


O pesquisador-chefe Alex Burdof disse que 'não é surpreendente que a cabeça (dos bebês) seja menor em grávidas que ficavam de pé, mas foi uma boa surpresa descobrir que a diferença é pequena - apenas 3% menor do que a média'.


Não se sabe, porém, que efeito isso pode ter no crescimento das crianças após o nascimento. Para Tim Overton, do Royal College de Obstetrícia e Ginecologia, na Grã-Bretanha, 'é difícil saber se essas descobertas têm relevância clínica. Para saber se o tamanho da cabeça tem um efeito no desenvolvimento neurológico da criança seria necessário acompanhá-las por muitos anos ao longo de seu crescimento'.


Trabalho na gravidez

A pesquisa de Burdof também mostra que trabalhar durante 36 semanas de gravidez não teve nenhum impacto no peso, tamanho ou no nascimento dos bebês estudados.


Tampouco se observaram efeitos em mulheres cujo trabalho envolvia levantar coisas pesadas, ao contrário de outros estudos que sugerem que o esforço físico pode afetar gravidezes de forma indesejada.


Jenny Myers, do Centro de Saúde Materna e Fetal de Manchester, disse que o excesso de esforço físico na gravidez 'pode ter um pequeno efeito no crescimento do feto, mas o impacto disso no desenvolvimento da criança é desconhecido'.


Acredita-se que esforço físico altere o fluxo de sangue ao útero e à placenta, reduzindo o suprimento de oxigênio e nutrientes ao feto. Além disso, o ato de levantar peso e inclinar-se pode aumentar a pressão abdominal, algo que tende a favorecer um parto prematuro.


Ambiente de trabalho

Burdof admite que 'as implicações da pesquisa não estão claras', mas que devem servir de argumento para as profissionais grávidas que trabalham muito tempo de pé pedirem mudanças no ambiente laboral.


'Se ela trabalha por muitas horas, deve pensar em pedir uma redução da jornada no último trimestre da gravidez', disse ele.


Gail Johnson, da Faculdade Real de Parteiras da Grã-Bretanha, afirmou que 'grávidas precisam ter a segurança de que seu trabalho não vai aumentar o risco de problemas. Esta pesquisa abre uma boa oportunidade de discussão de questões laborais para essas mulheres'.


O estudo de Burdof foi feito entre 2002 e 2006, na Holanda. Outros fatores que afetam o crescimento fetal, como fumo, consumo de álcool e a idade da mãe também foram levados em consideração.




BBC Brasil

bancodeleiteNas férias escolares, o volume de arrecadações de leite materno diminui nos bancos de todo o país. Dados tabulados na coleta pela Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (RedeBLH/ Fiocruz) comprovam esta redução em todo o país, nesta época do ano.

 

“Este comportamento está associado ao fato de que as mulheres voluntárias, quando têm em casa outros filhos em férias, também possuem um aumento na sobrecarga das tarefas”, observa o coordenador da RedeBLH/ Fiocruz, João Aprígio Guerra de Almeida. Segundo ele, é fundamental que as doações ocorram durante todo o ano.

 

O coordenador explica que o leite humano é o único alimento com concentrações ideais e propriedades nutricionais e imunológicas que contribuem para o desenvolvimento dos recém-nascidos. Segundo ele, os prematuros, que estão com baixo peso, são os principais beneficiados do leite doado. “ É um alimento de fácil e rápida digestão, completamente assimilado pelo organismo infantil, diminuindo índices de mortalidade. O leite é um fator vital que mistura nutrição e medicamento”, esclarece João Aprígio.

 

Para ser voluntária, a mulher deve estar apta a amamentar seu filho e não possuir fator de risco para a própria vida. Além de ajudar outros bebês, as mulheres que amamentam e doam o leite evitam o empedramento das mamas. “Quando o bebê nasce, a produção de prolactina aumenta e estimula as glândulas mamárias. A mulher começa a produzir leite de maneira expressiva e estabelece sincronia entre a capacidade produtora e a necessidade de alimentação do bebê”, explica João Aprígio.

 

“As mamas enchem muito e chegam a empedrar. A medida mais eficaz para não ter este problema é extrair o leite, aliviando o peito e facilitando a amamentação do bebê. O excedente extraído deve ser doado”, aconselha.

 

As mulheres em condições de serem doadoras podem entrar em contato com os bancos de leite mais próximos de suas residências. Lá serão orientadas  sobre a forma correta de coleta e armazenamento.

 

A lista completa dos bancos de doação está disponível no portal da Rede.

 

Dicas para retirar o leite:

 

    Escolha um lugar limpo, tranquilo e longe de animais

    Prenda e cubra os cabelos com uma touca ou lenço

    Evite conversar durante a retirada do leite, utilize uma máscara ou fralda cobrindo o nariz e a boca

    Lave as mãos e antebraços com água e sabão e seque em uma toalha limpa. As unhas devem estar sempre aparadas

    Despreze os primeiros jatos ou gotas e inicie a coleta no frasco

    Colete o leite em um copo previamente fervido

    Passe o leite para o frasco com tampa e guarde no congelador ou freezer, com a data da primeira coleta

    A retirada do leite deve ser manual, sem a utilização de bombinhas, para minimizar a chance de contaminação

 

Como preparar o frasco e o copo para esterilização:

 

    Lavar o copo, o vidro e a tampa com detergente neutro

    Enxaguar bem em água corrente

    Ferver por 10 minutos em uma panela

    Colocar o copo,o frasco e a tampa de boca para baixo sobre um pano limpo para escorrer

    Fechar o frasco após secagem completa


Portal da saúde

O Inquérito Nacional sobre Esquistossomose e Geo-helmintoses, foi  concluído  em sete municípios do Piauí, dos 12 selecionados, pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi). O inquérito é uma orientação do Ministério da Saúde e deve ser realizado em todo o país, a partir dos comandos das secretarias de estado da Saúde e Educação. Nesta quarta-feira, 27, aconteceu em Teresina uma reunião de avaliação dos trabalhos no estado.

 

Participaram da reunião o coordenador nacional do Inquérito Prof. Naftale Katz, da FIOCRUZ/MG, o coordenador da regional Nordeste II (MA,PI,PB,SE e BA) prof. Fernando Bezerra da UFC/CE e representantes do LACEN e Sesapi.

 

“Foi apresentado todo trabalho realizado e a realizar. Até o momento, dos 12 municípios selecionados para a realização do inquérito, sete foram concluídos e três estão em execução (Teresina, Batalha e São Félix do Piauí)”, disse Inácio Lima, coordenador de Vigilância em Saúde Ambiental.

 

Segundo o coordenador, a meta é realizar 6.002 exames de fezes na população escolar na faixa etária de 7 a 14 anos. “Já foram realizados 2.191 exames, correspondendo a 36,6% de cobertura. Os 9 municípios restantes estão com os trabalhos programados para os meses de agosto e setembro, quando devemos concluir o inquérito”, afirmou Inácio Lima.

 

O inquérito é demandado pelo Ministério da Saúde, sob a Coordenação da FIOCRUZ/MG e com abrangência em 542 municípios distribuídos nas 27 unidades da Federação. Do Piauí, 12 municípios foram selecionados para a pesquisa. Na área endêmica foram incluídas Pio IX e Picos. De áreas não endêmicas, estão as cidades de Teresina, Paulistana, Lagoinha do Piauí, São Miguel do Tapuio, Ilha Grande, Inhuma, Jerumenha, Piracuruca, São Feliz do Piauí, Miguel Alves, Altos, Wall Ferraz, Batalha, Bocaina, São João do Arraial, Luis Correia e Floriano.

 

O objetivo principal do inquérito é conhecer a prevalência da esquistossomose mansoni, ascaridíase, trichuríase e ancilostomíase no Brasil. O Piauí foi o primeiro estado brasileiro a dar início ao Inquérito Nacional sobre Esquistossomose e Geo-helmintoses.

 

A Esquistossomose e as Geo-helmintoses

A Esquistossomose mansoni é uma doença parasitária causada pelo trematódeo digenético Schistosoma mansoni, que tem o homem como principal hospedeiro. Trata-se de uma doença de veiculação hídrica, em que se faz necessária a presença do hospedeiro intermediário, caracterizado por caramujos do gênero Biomphalaria. A doença tem ampla distribuição geográfica, atingindo alguns países da América do Sul, inclusive o Brasil, onde vários estados são endêmicos.

 

As manifestações clínicas da Esquistossomose apresentam diversas formas, entretanto, suas características patogênicas envolvem alterações intestinais, hepáticas e esplênicas, onde a hepatoesplenomegalia torna-se um achado significativo. Tais manifestações podem evoluir para quadros mais graves e apresentar altos índices de morbidade e mortalidade, principalmente em indivíduos em fase produtiva.

 

As geo-helmintoses são parasitemias causadas por nematódeos que desenvolvem parte dos seus ciclos no ambiente e cuja transmissão depende da contaminação fecal do solo e de recursos hídricos. Neste grupo, destacam-se o Ascaris lumbricoides, Ancilostomídeos (Necator americanus e Ancylostoma duodenale) e o Trichuris trichiura.

 

As condições adequadas de temperatura e umidade, associadas à falta de saneamento básico, às condições precárias de higiene, ao tratamento inadequado da água e à educação sanitária insuficiente, constituem os fatores que favorecem a infecção e a alta carga parasitária que estes agentes promovem na população, principalmente em crianças e jovens advindos de famílias de baixo poder aquisitivo.

 

No Brasil, a doença é detectada em todas as regiões. As áreas endêmicas e focais compreendem os Estados de Alagoas, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba, Sergipe, Espírito Santo e Minas Gerais, com predominância no Norte e Nordeste. No Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás e no Distrito Federal, a transmissão é focal, não atingindo grandes áreas.


Sesapi

 

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